Sociedade romana: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Togato, I sec dc. con testa di restauro da un ritratto di nerva, inv. 2286.JPG|thumb|190px|A [[toga]], mostrada aqui numa estátua restaurada do [[Imperador romano|imperador]] [[Nerva]], era a vestimenta distintiva dos [[Cidadania romana|cidadãos romanos]] do sexo masculino.]]
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A= '''A sociedade romana''', no {{AC|século V|x}}, período do [[Reino de Roma]], era um conjunto de camponeses livres. Em geral cada''' '''''família possuía sua casa, pais e filhos trabalhavam juntos no cultivo de cereais e, por vezes, também [[oliveira]]s e [[uva]]s. Poucas cabeças de [[gado]] eram criadas em terras comuns. Instrumentos agrícolas e roupas eram simples. A cidade fortificada, aonde os camponeses iam esporadicamente, era o centro do governo e da religião. Lá estavam os [[templo]]s, as casas dos mais ricos, lojas de artífices e comerciantes, onde cereais, óleo e vinho podiam ser trocados por sal ou instrumentos agrícolas.{{HarvRef|Wells|1972|p = 650}}''''' =
==# '''''Estrutura =='''''
 
# '''''Os cidadãos eram organizados em [[patrícios]] e [[plebeus]]. Os''''' [[Escravidão na Roma Antiga|escravos]] e estrangeiros (''[[Peregrinus]]''), tal como na [[Grécia Antiga]], não faziam parte do [[Estado]].{{HarvRef|Wells|1972|p = 651}} Porém, diferente da Grécia, grande parte do poder do Estado era delegado a uma instituição chamada [[Senado romano|senado]]. A administração do Estado, no período monárquico e no início da república, eram exclusivos dos patrícios. Os plebeus eram excluídos das funções públicas.{{HarvRef|Wells|1972|p = 652}}
== Estrutura ==
# As famílias mais ricas formavam as ''gentes'' (singular: ''[[gens]]'', [[clã]]) submetidas a autoridade de um ''[[pater familias]]'';{{NotaNT|Na [[Roma Antiga]], os'' [[pater familias]]'' eram vistos como donos de sua propriedade, animais, [[Escravidão na Roma Antiga|escravos]], filhos e mulher.{{HarvRef|name=Fanuri94|Funari|2001|p=84-85-94}}}}
 
acreditavam descender de um ancestral comum.{{HarvRef|Rostovtzeff|1960|p = 30}} A partir do termo ''pater'' foi cunhado o termo ''patrício'', nome da [[Classe social|camada social]] dominante em Roma.{{HarvRef|Berutti|2010|p = 77}} Esta camada ostentava maior número de rebanhos, terras e escravos, da mesma forma que a eles era legado o direito a exercer funções públicas, militares, religiosas, jurídicas e administrativas;{{HarvRef|Cotrim|1999|p = 64}} por vezes apropriavam-se das ''[[ager publicus]]'', terras que pertenciam ao governo.{{HarvRef|Panazzo|2002|p = 139}} Abaixo dos patrícios estavam os [[Clientela|clientes]], classe constituída por [[Plebe|plebeus]], escravos libertos, estrangeiros ou filhos ilegítimos que associavam-se aos patrícios prestando-lhes diversos serviços em troca de auxílio econômico e proteção social. Quanto maior fosse o número de clientes sob proteção de um patrício, maior era seu prestígio social e político.{{HarvRef|Apolinário|2009|p = 191}}
Os cidadãos eram organizados em [[patrícios]] e [[plebeus]]. Os [[Escravidão na Roma Antiga|escravos]] e estrangeiros (''[[Peregrinus]]''), tal como na [[Grécia Antiga]], não faziam parte do [[Estado]].{{HarvRef|Wells|1972|p=651}} Porém, diferente da Grécia, grande parte do poder do Estado era delegado a uma instituição chamada [[Senado romano|senado]]. A administração do Estado, no período monárquico e no início da república, eram exclusivos dos patrícios. Os plebeus eram excluídos das funções públicas.{{HarvRef|Wells|1972|p=652}}
# Os [[plebe]]us (de ''plebs'', multidão) eram camponeses, pequenos agricultores, [[artesão]]s e comerciantes. No período monárquico, os plebeus não possuíam direitos políticos embora estivessem sujeitos a [[Imposto|carga tributária]] e a obrigações militares.{{HarvRef|Berutti|2010|p = 78}} Era proibido o casamento entre plebeus e patrícios para evitar a mistura de ambas as classes sociais.{{HarvRef|Wells|1972|p = 652}}
 
As famílias mais ricas formavam as ''gentes'' (singular: ''[[gens]]'', [[clã]]) submetidas a autoridade de um ''[[pater familias]]'';{{NotaNT|Na [[Roma Antiga]], os'' [[pater familias]]'' eram vistos como donos de sua propriedade, animais, [[Escravidão na Roma Antiga|escravos]], filhos e mulher.{{HarvRef|name=Fanuri94|Funari|2001|p=84-85-94}}}}
acreditavam descender de um ancestral comum.{{HarvRef|Rostovtzeff|1960|p=30}} A partir do termo ''pater'' foi cunhado o termo ''patrício'', nome da [[Classe social|camada social]] dominante em Roma.{{HarvRef|Berutti|2010|p=77}} Esta camada ostentava maior número de rebanhos, terras e escravos, da mesma forma que a eles era legado o direito a exercer funções públicas, militares, religiosas, jurídicas e administrativas;{{HarvRef|Cotrim|1999|p=64}} por vezes apropriavam-se das ''[[ager publicus]]'', terras que pertenciam ao governo.{{HarvRef|Panazzo|2002|p=139}} Abaixo dos patrícios estavam os [[Clientela|clientes]], classe constituída por [[Plebe|plebeus]], escravos libertos, estrangeiros ou filhos ilegítimos que associavam-se aos patrícios prestando-lhes diversos serviços em troca de auxílio econômico e proteção social. Quanto maior fosse o número de clientes sob proteção de um patrício, maior era seu prestígio social e político.{{HarvRef|Apolinário|2009|p=191}}
 
Os [[plebe]]us (de ''plebs'', multidão) eram camponeses, pequenos agricultores, [[artesão]]s e comerciantes. No período monárquico, os plebeus não possuíam direitos políticos embora estivessem sujeitos a [[Imposto|carga tributária]] e a obrigações militares.{{HarvRef|Berutti|2010|p=78}} Era proibido o casamento entre plebeus e patrícios para evitar a mistura de ambas as classes sociais.{{HarvRef|Wells|1972|p=652}}
 
[[Imagem:Ehepaar mit Kind.JPG|thumb|esquerda|Representação de uma família romana, [[Museu do Vaticano]].]]