Germânia Superior: diferenças entre revisões

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|nation = [[Império Romano]]
|era = [[Antiguidade Clássica]]
|capital =[[MoguntiacoMogontiacum]]
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'''Germânia Superior''' foi uma [[província romana|província]] do [[Império Romano]] localizada na região da [[Germânia]] e chamada assim por estar no "alto" curso do [[Reno]] em relação à [[Germânia Inferior]], mas próxima da foz. Ela abrangia a região oriental da moderna [[Suíça]], os [[montes Jura]] e a [[Alsácia]] na [[França]] e o sul da [[Alemanha]]. As cidades mais importantes era [[Vesôncio]] ([[Besançon]]), [[Argentorato]] ([[Estrasburgo]]), [[Água Matiacoro]] ([[Wiesbaden]]) e a capital da província, [[MoguntiacoMogontiacum]] ([[MogúnciaMainz]]). A região do [[Médio Reno]] junto da ''[[Limes Germanicus]]'' estava na Germânia Superior e a província fazia fronteira com a [[Récia]] para o sudeste.
 
==Conquista romana==
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=== Estratégia defensiva ===
[[FicheiroImagem:Limes2-fi.png|thumbminiatura|direita|A "cunha" na região de ''[[Agri Decumates]]'' e as cidades de [[MoguntiacoMogontiacum]], a capital, e [[Argentorato]], as principais bases militares nesta região do ''[[Limes Germanicus]]''. A linha contínua de fortificações corria pela base da "cunha", encurtando a fronteira.]]
{{AP|Limes Germanicus}}
Em 12 a.C., grandes bases militares existiam em [[Castra Vetera]] ([[Xanten]]) e [[MoguntiacoMogontiacum]] ([[MogúnciaMainz]]), a base de [[Nero Cláudio Druso|Druso]]. Um sistema de fortificações interligadas gradualmente se desenvolveu a partir dessas grandes bases. Porém, entre 69 e 70, todas as fortalezas romanas ao longo do Reno-Danúbio foram destruídas pelos germânicos durante a [[ano dos quatro imperadores|guerra civil]] depois da morte de [[Nero]]. Quando [[Vespasiano]] finalmente conseguiu se consolidar no trono, elas foram reconstruídas de forma ainda mais poderosa, agora com uma [[estrada romana|estrada]] conectando MogúnciaMainz e [[Augusta Vindelicoro]] ([[Augsburgo]]).
 
[[Domiciano]] foi à guerra contra os [[catos]], um povo que vivia ao norte da moderna [[Frankfurt]] entre 83 e 85. Nesta época, a primeira linha de fortificações contínuas na fronteira foi construída e consistia de uma "zona de observação", uma [[paliçada]] onde era possível, torres de madeira e fortalezas nos cruzamentos das estradas. O sistema alcançou sua extensão máxima em 90, quando uma estrada atravessava [[Odenwald]] e uma rede de estradas menores ligavam todas os fortes e torres.
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O plano por trás do desenvolvimento do ''[[limes]]'' era relativamente simples. Do ponto de vista estratégico, a ''[[Agri Decumates]]'', a região entre o Reno e o Danúbio, era como uma cunha na fronteira (vide imagem) entre celtas e germânicos, que estes tentaram explorar sob a liderança de Ariovisto. Ela dividia os assentamentos celtas densamento populados ao logo de todo o rio em dois. Forças invasoras podiam, por conta disso, penetrarem na região protegidas pela [[Floresta Negra]]. As obras defensivas romanas, portanto, cruzavam a base desta "cunha", negando assim ao inimigo um corredor seguro e diminuindo o comprimento da fronteira.
 
O ponto chave era a quina da cunha em MoguntiacoMogontiacum, a capital da província, onde estavam localizadas as reservas militares estratégicas romanas e era a base da [[Legio I Adiutrix|Legio I ''Adiutrix]] e da [[Legio XXII Primigenia|Legio XXII ''Primigenia]]''. Os fortes que atravessavam a floresta eram relativamente pouco defendidos justamente por estarem sempre sob ataque e, com frequência, terminavam incendiados pelos [[alamanos]]. Porém, como os ataques eram sempre conhecidos com antecedência, as legiões podiam atacá-los em campanhas punitivas ou preventivas a partir de MoguntiacoMogontiacum, [[Argentorato]] ou ainda de [[Augusta Vindelicoro]], do outro lado.
 
Nos anos seguintes, muito mais pacíficos, a ''limes'' perdeu seu caráter temporário e diversas comunidades se desenvolveram à volta das fortalezas. Em 150, muitos dos fortes e torres já haviam sido reconstruídos em pedra e os soldados viviam bons quartéis, também em pedra, com paredes decoradas com [[afresco]]s. As tribos germânicas também mudaram: onde antes César havia queimado miseráveis choupanas de palha dos [[suevos]] de Ariovisto, agora viviam os catos e os [[alamanos]] em confortáveis vilas romanizadas do outro lado do ''limes''.
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No século V, toda a região já fazia parte do [[Reino Burgúndio]] enquanto que a porção norte foi incorporada pela [[Alemânia]].
 
== Principais cidades ==
* [[Lopoduno]] ([[Ladenburg]])
* Forte romano em [[Bad Wimpfen|Wimpfen]]
* Forte romano em [[Estugarda]]
* [[Sumelocena]] ([[Rotemburgo]])
* [[Aras Flávias]] ([[Rottweil]])
* [[Aurélia Aquense]] ou Águas ([[Baden-Baden]])
* [[MoguntiacoMogontiacum]] ([[MogúnciaMainz]])
* [[Borbetômago]] ([[Worms (Alemanha)|Worms]])
* [[Noviômago Nemeto]] ([[Speyer]])
* [[Matiacoro]] ([[Wiesbaden]])
* [[Nida]] ([[Heddernheim]])
* {{ilc|Auduriênsio||Auderiensium}} ([[Dieburg]])
 
{{Referências}}
 
== Bibliografia ==
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*Valerie M. Hope: ''Constructing Identity: The Roman Funerary Monuments of Aquelia, Mainz and Nimes''; British Archaeological Reports (16. Juli 2001) ISBN 978-1-84171-180-5
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== Ligações externas ==
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* {{citar web|url = http://www.rgzm.de/navis/Themes/Flotte/FleetsAndBorder.htm| título = As frontas e a política de fronteira romana|língua = inglês| acessodata = 08/02/2014}}
* {{citar web|url = http://www.perseus.tufts.edu/cgi-bin/ptext?doc=Perseus%3Atext%3A1999.04.0006%3Aid%3Dlimes-germaniae-superioris| título = LIMES GERMANIAE SUPERIORIS| publicado = Perseus.org|língua = inglês| acessodata = 08/02/2014}}
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{{Províncias romanas 120 d.C.}}