Álvaro Alberto: diferenças entre revisões

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Nome do informante que denunciou a venda das centrífugas às forças que ocupavam a Alemanha. O informante foi o embaixador Edmundo Pena Barbosa da Silva, e não o Almirante Octacílio Cunha, como consta no texto.
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Tornou-se catedrático do Departamento de Físico-Química da Escola Naval e incluiu o estudo da física nuclear no currículo da [[Escola Naval]] (1939).
 
Tinha em mente a criação de uma instituição governamental, cuja principal função seria incrementar, amparar e coordenar a pesquisa científica nacional. Nomeado representante brasileiro (1946) na Comissão de Energia Atômica do Conselho de Segurança da recém-criada Organização da [[Nações Unidas]] (ONU), associou-se aos representantes russos na rejeição às propostas no do Plano Baruch, em que os norte-americanas pressionavam para controlar as reservas mundiais de tório e [[urânio]] (1946).
 
O [[Almirante]] qualificou a política dos [[Estados Unidos]] de "tentativa de desapropriação".
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Em virtude, disso o almirante Álvaro Alberto pediu autorização ao [[governo brasileiro]] para encetar negociações com outros países. Em missão do [[CNPq]], ele viajou para a [[Europa]] no fim de 1953, onde faria contato na [[França]] e na [[Alemanha]] ocupada pelos [[aliados]].
 
Na [[França]], negociou a aquisição de uma usina de "yellow cake", assinando contrato com a Societé des Produits Chimiques des Terres Rares e na Alemanha, onde havia estudado física antes da [[Segunda Guerra]],. usandoUsando de seus antigos contatos encomendou a físicos alemães à margem da legalidade aliada, em janeiro de 1954, a construção de três conjuntos de centrifugação para o enriquecimento de urânio. Convidou William Groth, Bayerle e Otto Hahn, descobridor da fissão nuclear. Conseguiu obter 3 unidades de enriquecimento pelo processo de ultracentrifugação ao preço de 80 mil dólares.
 
Neste ponto a missão do almirante Álvaro Alberto tomava aspectos de missão secreta, na medida em que suas ações passaram a não levar em conta outras instâncias decisórias, como o Conselho de Segurança Nacional, o Departamento de Produção Mineral, pois, para completar sua tarefa, isto é, transferir os protótipos das centrífugas de [[urânio]] para o Brasil, ele dependia de uma diplomacia secreta à margem do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
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Através do Banco Germânico para a América do Sul, os alemães receberam 80.000 dólares para a fabricação de três ultracentrifugadoras. As centrifugadoras foram apreendidas em Göttingen e Hamburg pelo Military Board of Security, menos de 24 horas após esta consulta. Os conjuntos acabaram sendo interceptados pelo Alto Comissariado do Pós Guerra, 24 horas antes do embarque para o Brasil, a partir de denúncia feita pelo diplomata brasileiro Edmundo Pena Barbosa da Silva. Documentos revelados posteriormente mostraram que o Brasil estaria sendo impedido de buscar o enriquecimento do urânio por ser um país localizado dentro da área de influência dos Estados Unidos.
 
O plano do golpe feito contra a encomenda fora forjado pela [[Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos]]. Alberto, ao contatar o presidente desta Comissão, almirante Lewis Strauss, não recebeu deste, nenhuma esperança de que as máquinas apreendidas pelos aliados fossem liberadas. Por outro lado Strauss, habilmente, contra-atacaria emhabilmente com uma oferta de "ajuda" dos Estados Unidos nos moldes permitidos pela política nuclear americana.
 
Álvaro Alberto, mais uma vez, repetiria os desejos de seu governo: usinas de enriquecimento, uma fábrica de produção de hexafluoreto de urânio, além de reatores de pesquisa. O que foi tentado através de acordos secretos com os alemães e mais tarde descobertos pelos americanos.