Batalha de Pavia: diferenças entre revisões

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A '''Batalha de Pavia''', ocorrida na manhã de [[24 de fevereiro]] de [[1525]], foi um acontecimento decisivo para a [[Guerra Italiana de 1521–1526|Guerra Italiana de 1521-1526]]. O exército [[Casa de Habsburgo|Habsburgo]]<ref>O exército estava reunido sob o comando de [[Carlos I de Espanha]], e incluía essencialmente tropas espanholas e italianas, leais a ele como Rei de Espanha, além de outras unidades sob a bandeira do [[Sacro Império Romano-Germânico]], ou sob seu pagamento. Vários autores as chamam de tropas ''imperiais'', ''espanholas'', dos ''Habsburgo'', ''imperialistas'' ou uma combinação deles, a fim de simplificar a sua denominação.</ref>, sob o comando nominal de [[Carlos de Lannoy]] (e trabalhando em conjunto com a [[Guarnição (força militar)|guarnição]] de [[Pavia]], comandada por [[Antonio de Levya]]) atacou os franceses sob o comando pessoal do rei [[Francisco I de França|Francisco I]] no grande campo de [[Mirabello]] {{dn}}, no lado externo dos muros da cidade.
 
Em quatro horas de lutas, o exército francês foi dividido e derrotado fragrorosamente. O gauleses tiveram vítimas numerosas, que incluíam muitos dos principais nobres de França; O próprio Rei Francisco I foi capturado pelas tropas inimigas, e levado preso ao seu contendor, o imperador [[Carlos I de Espanha|Carlos V]], e forçado a assinar o humilhante [[Tratado de Madrid (1526)|Tratado de Madri]], em que cedia territórios significantes ao adversário.
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[[Carlos de Lannoy]] lançou uma invasão da [[Provença]], que estava sob o comando de [[Fernando de Ávalos]], Marquês de Pescara, e de [[Carlos III de Bourbon|Carlos III]], Duque de Bourbon (que havia recentemente traído Francisco, pois este lhe retirava os domínios, e aliara-se ao Imperador). Embora inicialmente tivesse sucesso, a ofensiva imperial perdeu valioso tempo durante o [[Cerco de Marselha (1524)|Cerco de Marselha]] e foi forçado a bater em retirada para a Itália com a chegada em [[Avinhão]] de Francisco I e o grosso do exército.
 
Em meados de outubro de 1524 o rei franco cruzou os Alpes e avançou sobre Milão, ele próprio ao comando de um exército que somava mais de quarenta mil homens. Bourbon e de Ávalos, cujas tropas ainda não haviam se recuperado da campanha em Provença, não estava em condições para oferecer nenhuma resistência séria<ref>Hackett, ''Francis the First'', 281; Konstam, ''Pavia 1525'', 89.</ref>. O exército francês movia-se em muitas colunas, ignorando as tentativas imperiais de conter seu avanço, mas sem levar o corpo principal para o combate. A este tempo, Carlos de Lannoy, que conseguira juntar cerca de dezesseis mil homens para resistirem aos trinta e três mil das tropas francesas em Milão, decidiu que a cidade não poderia ser defendida e ordenou a retirada para [[Lodi]] em [[26 de outubro]]<ref>Konstam, ''Pavia 1525'', 30—33.</ref>. Tendo entrado em Milão e instalado [[Luís II de laLa Trémoille]] como seu governador, Francisco (pressionado por Bonnivet e contrariando o conselho dos seus demais velhos comandantes, que defendiam uma vigorosa perseguição as tropas de Lannoy em retirada) avançou para [[Pavia]], onde [[Antonio de Leyva]] permanecia com uma considerável guarnição imperial<ref>Konstam, ''Pavia 1525'', 34.</ref>.
 
[[Imagem:Pavia campaign (1524-25).png|250px|left|thumb|Avanço galo na Lombardia e a campanha de Pavia de 1524-25. Os movimentos franceses se mostram em azul e os imperiais em vermelho.]]
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=== Francisco ataca ===
Uma terceira onda de tropas - as cavalarias pesadas espanholas e imperiais, sob comando do próprio [[Carlos de Lannoy]], e a infantaria sob comando de Ávalos - moveram-se para o interior dos bosques, justamente onde acampava o rei Francisco I. O monarca num primeiro momento não percebera a magnitude do ataque imperial; mas, aproximadamente às sete horas e vinte minutos, de Ávalos avançou contra a bateria francesa de artilharia, que iniciara o fogo contra as linhas espanholas. Isto alertou Francisco, que lançou finalmente uma carga da inteira força de [[gendarme]]s contra a imensa cavalaria de Lannoy, dispersando os espanhóis às sete horas e quarenta minutos<ref>Konstam, ''Pavia 1525'', 65–69.</ref>.
 
O avanço precipitado de Francisco, entretanto, não apenas colocou suas tropas na linha de fogo da artilharia - impedindo-a, portanto, de agir - como ainda afastou para longe a infantaria francesa, comandada por [[Richard de la Pole]] e por [[François de Lorraine]], que comandava os [[Banda Negra]], formados por renegados piqueiros lansquenês, que somavam entre quatro e cinco mil homens bem fortes. De Ávalos, assumindo o comando das tropas espanholas depois que Lannoy tinha acompanhado os embates da cavalaria, reuniu seus homens na extremidade dos bosques e enviara mensageiros a Bourbon, [[Georg von Frundsberg]] e De Vasto, pedindo ajuda<ref>Konstam, ''Pavia 1525'', 69–72.</ref>.
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==Resultados==
A derrota francesa foi decisiva. Além do rei, vários nobres (incluindo os principais Montmorency e Flourance) foram capturados; um número ainda maior - entre eles Bonnivet, Le Tremoille, La Palice, Suffolk e Lorraine - foram mortos na luta. Francisco foi levado preso à fortaleza de Pizzighettone, onde escreveu uma famosa carta à sua mãe, que ficara como regente, dizendo:
 
{{quote2|''Para informar-te de como vão ocorrendo-me as desgraças, tudo está perdido, menos a honra e a vida, que estão a salvo<ref>Konstam, ''Pavia 1525'', 76. Hackett dá uma tradução similar e destaca que fontes contemporâneas concordam com a frase “tudo perdido, salvo a honra”'' (''Francis the First'', 298).</ref>.|[[Francisco I de França|Francisco I]], carta à sua mãe}}