Invasão corintiana: diferenças entre revisões

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Desfeita a edição 41847677 de BrPeRiCa As fontes consultadas citaram entre 50 a 70 mil, portanto colocar outros números (bem como o próprio presidente do Flu), seja acima ou abaixo, é manipulação.
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A '''invasão corintiana ao Maracanã''' foi como ficou conhecido o episódio no qual milhares de torcedores do [[clube de futebol]] [[brasil]]eiro [[Sport Club Corinthians Paulista|Corinthians]], da [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]], viajaram até o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] para acompanhar a partida única da fase pré-final (equivalente à semifinal) do [[Campeonato Brasileiro de 1976]],{{nota de rodapé|À época, o Campeonato Brasileiro de 1976 era chamado de II Copa Brasil}} disputada entre a equipe paulista e o [[Fluminense Football Club|Fluminense]]. Além de ter valido uma vaga para a final do campeonato nacional, a partida ficaria notabilizada por ter sido o maior deslocamento de torcedores de um time visitante na história do futebol mundial.<ref name=JP/18-07-2012>Jovem Pan Online, 18 de julho de 2012</ref><ref name=GAZETA-ESPORTIVA-NET/29-08-2010>Gazeta Esportiva.net, 29 de agosto de 2010</ref><ref name=FOLHA.COM/05-12-2009>Folha.com, 5 de dezembro de 2009</ref><ref name=VIOMUNDO/02-12-11>Azenha, 2 de dezembro de 2011</ref><ref name=NEGREIROS/2010>Negreiros, 2010</ref>
 
Além de valer uma vaga para a final do campeonato nacional, a partida ficaria notabilizada por ter sido o maior deslocamento de torcedores de um time visitante na história do futebol mundial.<ref name="JP/18-07-2012">{{citar web|língua2=pt|url=[http://jovempan.uol.com.br/70-anos-radio-jp/1976-corinthians-x-fluminense-a-maior-invasao-da-historia-do-futebol.html|título=Corinthians x Fluminense - a maior invasão da história do futebol|autor=[[Jovem Pan|Jovem Pan Online]]|publicado=|data=18 de julho, 2012|acessodata=23 de dezembro, 2013}}</ref><ref name="GAZETA-ESPORTIVA-NET/29-08-2010">{{citar web|língua2=pt|url=http://www.gazetaesportiva.net/nota/2010/08/13/649667.html|título=Anos '1977': A libertação de uma nação|autor=[[Gazeta Esportiva|Gazeta Esportiva.net]]|publicado=|data=29 de agosto, 2010|acessodata=23 de dezembro, 2013}}</ref><ref name="FOLHA.COM/05-12-2009">{{citar web|língua2=pt|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u662326.shtml|título=Há 33 anos a paixão pelo Corinthians levou 70 mil fiéis ao Maracanã|autor=[[Folha de S.Paulo|Folha.com]]|publicado=|data= 05 de dezembro, 2009|acessodata=23 de dezembro, 2013}}</ref><ref name="AZENHA/02-12-11">{{citar web|língua2=pt|url=http://www.viomundo.com.br/humor/o-dia-em-que-o-corinthians-conquistou-o-rio.html|título=O dia em que o Corinthians conquistou o Rio|autor=Luiz Carlos Azenha|publicado=[[Luiz Carlos Azenha|Viomundo]]|data=02 de dezembro, 2011|acessodata=23 de dezembro, 2013}}</ref><ref name="AURORA/PUC-SP/2010">{{citar web|língua2=pt|url=http://revistas.pucsp.br/index.php/aurora/article/view/3784/2460|título=A invasão corinthiana – Rio, 05 de dezembro de 1976|autor=Plínio Labriola Negreiros|publicado=[[PUC-SP|Revista Aurora (PUC-SP)]]|data=Edição 9, 2010|acessodata=23 de dezembro, 2013}}</ref> Estima-se que entre 50 mil a 70 mil corintianos, de um total de 146 mil espectadores presentes na tarde do dia [[5 de dezembro]] [[1976|daquele ano]] no [[estádio do Maracanã|Maracanã]], palco do evento, se deslocaram do [[Estado de São Paulo]] em direção a capital fluminense, por [[ônibus]], [[trem]], [[avião]] ou [[automóvel]] particular, para irem torcer pelo Corinthians.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/PRIMEIRA-PÁGINA/INVASÃO-CORINTIANA"CAPA>[[Folha de S.Paulo]], (5 de dezembro de 1976). ''"Com Coríntians, metade do Maracanã"''. Páginapágina 1</ref><ref name="FSP-06-DEZ-1976/-SUSTO-EUFORIA-FESTA">[[Folha de S.Paulo]], (6 de dezembro de 1976). ''"O susto, aPágina euforia, a festa"''. Caderno de13 (Esportes, Página 13)</ref> Alguns outros milhares de torcedores de outros clubes cariocas rivais do Fluminense - como o [[Club de Regatas Vasco da Gama|Vasco da Gama]], o [[Botafogo de Futebol e Regatas|Botafogo]] e o [[Clube de Regatas Flamengo|Flamengo]] - teriam ajudado a completar a ''"divisão ao meio"'' do Maracanã em favor de Fluminense e Corinthians, respectivamente.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/QUINTO-CADERNO/UM-DOIS-TRÊS-FLU-FREGUES">[[Folha de S.Paulo]], (5 de dezembro de 1976).''"'Um, dois,página três…', o Fluminense será freguês?"'' -68 (5º caderno, página 68)</ref><ref name="FSP-06-DEZ-1976/-CLIMA-VIOLÊNCIA">[[Folha de S.Paulo]], (6 de dezembro de 1976)., ''"Climapágina de cantos pornográficos e violência"''.18 (Caderno de Esportes, página 18)</ref>
 
Cotado antes do jogo como o favorito, o Fluminense abriu o placar com um gol de [[Carlos Alberto Pintinho]], o que parecia confirmar os prognósticos favoráveis aos cariocas. Mas com empenho e raça, o Corinthians conseguiu igualar o placar com [[José Carlos dos Santos (futebolista)|Ruço]]. Com o empate no tempo normal e prorrogação, a decisão foi para os [[pênaltis]]. O goleiro corintiano [[José Benedito Tobias|Tobias]] pegou duas cobranças e o Corinthians sagrou-se vencedor da partida, classificando-se para a final do campeonato nacional.<ref name=FSP-06-DEZ-1976-NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE>Folha de S.Paulo, 6 de dezembro de 1976, página 14 (Caderno de Esportes)</ref>
Em [[2006]], [[Francisco Horta]] (então presidente do Fluminense na época da partida) revelou ter disponibilizado uma carga de 70 mil ingressos aos corintianos e que havia feito sua entrega pessoalmente ao então presidente corintiano [[Vicente Matheus]] na [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]]. O próprio Horta admitiu que jamais esperava a aparição de 70 mil corintianos no Maracanã.<ref name="CBN-2006-12-05/FRANCISCO HORTA">{{citar web|língua2=pt|url=http://archive.is/RZ7p4#|título=Ex-presidente do Fluminense fala sobre a "invasão corintiana" em 5 de dezembro de 1976, quando 70 mil torcedores de cada lado assistiram à vitória do Corinthians sobre o time carioca nos pênaltis|autor=[[CBN|CBN]]|publicado=|data=05 de dezembro, 2006|acessodata=23 de dezembro, 2013}}</ref>
 
Cotado antes do jogo como o favorito, o Fluminense abriu o placar com um gol de [[Carlos Alberto Pintinho]], o que parecia confirmar os prognósticos favoráveis aos cariocas. Mas com empenho e raça, o Corinthians conseguiu igualar o placar com [[José Carlos dos Santos (futebolista)|Ruço]]. Com o empate no tempo normal e prorrogação, a decisão foi para os [[pênaltis]]. O goleiro corintiano [[José Benedito Tobias|Tobias]] pegou duas cobranças e o Corinthians sagrou-se vencedor da partida, classificando-se para a final do campeonato nacional.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE">[[Folha de S.Paulo]] (6 de dezembro de 1976).''"Nos pênaltis, o Coríntians vence"''. Caderno de Esportes, página 14</ref>
 
==História==
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{| class="wikitable" border="1" align="center"
|+ '''Primeira Fase (chamada na época de ''Fase Preliminar'')'''<ref name="FLUMINENSE-BRASILEIRAO-1976-FUTPEDIA">[http://futpedia.globo.com/fluminense/jogos/campeonato-brasileiro/1976 Fluminense no Brasileirão de 1976] - Futpédia, GloboEsporte.com</ref><br><sub>Classificado em quarto lugar no Grupo E, com 13 pontos</sub>
|- style="background: #DDFFDD;"
! Data
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{| class="wikitable" border="1" align="center"
|+ '''Segunda Fase (chamada na época de ''Fase Semifinal'')'''<ref name="FLUMINENSE-BRASILEIRAO-1976-FUTPEDIA"/><br><sub>Classificado em terceiro lugar no Grupo G, com 6 pontos</sub>
|- style="background: #DDFFDD;"
! Data
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|}
{| class="wikitable" border="1" align="center"
|+ '''Terceira Fase (chamada na época de ''Fase Final'')'''<ref name="FLUMINENSE-BRASILEIRAO-1976-FUTPEDIA"/><br><sub>Classificado em primeiro lugar no Grupo R, com 15 pontos</sub>
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! Data
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|}
 
Já o Corinthians começou bem a primeira fase da competição, garantindo sua classificação após três vitórias consecutivas contra [[Ceará Sporting Club|Ceará]] (2 a 0, fora), [[Nacional Futebol Clube (Manaus)|Nacional]] (2 a 0, em casa) e [[Clube do Remo|Remo]] (3 a 0, em casa), respectivamente.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">[[Folha de S.Paulo]], (5 de dezembro de 1976). ''"O longo caminho, entrepágina esperanças e lágrimas"''.72 (5º caderno, página 72)</ref> Pela segunda fase, após duas derrotas em três partidas, os corintianos estavam quase eliminados, mas conseguiram duas vitórias dramáticas contra o [[Operário Futebol Clube (Campo Grande)|Operário-MS]] (3 a 1, em casa) e o [[Sport Club do Recife|Sport]] (1 a 0, fora). E após um início ruim na fase final,{{nota de rodapé|Finalizada a terceira rodada, o Corinthians amargava a sétima colocação, somando apenas dois pontos ganhos - dois empates e uma derrota. À frente estavam: [[Sport Club Internacional|Internacional]], 6 pontos em 2 jogos; [[Associação Atlética Ponte Preta|Ponte Preta]], 4 pontos em dois jogos; [[Coritiba Foot Ball Club|Coritiba]] e [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]], 4 pontos em três jogos; [[Santa Cruz Futebol Clube|Santa Cruz]], 3 pontos em três jogos; [[Botafogo Futebol Clube (Ribeirão Preto)|Botafogo]] de [[Ribeirão Preto]], dois pontos em três jogos}} o alvinegro precisava vencer as partidas seguintes para ter alguma chance de conquistar uma das duas vagas do Grupo Q para a semifinal do nacional, e o time do Parque São Jorge conseguiu uma seqüência de cinco vitórias ([[Botafogo Futebol Clube (Ribeirão Preto)|Botafogo]] de [[Ribeirão Preto]], [[Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul|Caxias do Sul]], [[Associação Atlética Ponte Preta|Ponte Preta]], [[Sport Club Internacional|Internacional]] e [[Santa Cruz Futebol Clube|Santa Cruz]]), somando doze pontos nestas cinco partidas{{nota de rodapé|Vitória por diferença igual ou superior a dois gols valia três pontos ganhos}} e garantindo ao clube do Parque São Jorge a segunda vaga para a semifinal.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO"/>
 
{| class="wikitable" border="1" align="center"
|+ '''Primeira Fase (chamada na época de ''Fase Preliminar'')'''<ref name="CORINTHIANS-BRASILEIRAO-1976-FUTPEDIA">[http://futpedia.globo.com/corinthians/jogos/campeonato-brasileiro/1976 Corinthians no Brasileirão de 1976] - Futpédia, GloboEsporte.com</ref><br><sub>Classificado em primeiro lugar no Grupo C, com 15 pontos</sub>
|- style="background: #DDFFDD;"
! Data
Linha 184 ⟶ 182:
| [[1 de setembro]]
| [[Estádio Moisés Lucarelli|Moisés Lucarelli]]
| {{BR-SPb}} [[Associação Atlética Ponte Preta|Ponte Preta]]{{nota de rodapé|Atuando mal, o Corinthians sofreu sufoco do time ponte-pretano e chegou ao empate somente através de um gol contra.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
|'''1 - 1'''
|-
| [[12 de setembro]]
| [[Estádio do Morumbi|Morumbi]]
| {{BR-SPb}} [[Guarani Futebol Clube|Guarani]]{{nota de rodapé|Estreia dos novos reforços corintianos [[Givanildo José de Oliveira|Givanildo]] e [[Antônio Rodrigues Filho|Neca]]. Apesar da boa atuação da equipe do Parque São Jorge, o time bugrino venceu a partida com um gol de falta, no fim do jogo, marcado por [[Zenon de Souza Farias|Zenon]].<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| 0 - 1
|-
Linha 204 ⟶ 202:
| [[22 de setembro]]
| [[Estádio Plácido Castelo|Castelão]]
| {{BR-CEb}} [[Ceará Sporting Club|Ceará]]{{nota de rodapé|Em partida difícil, o time corintiano só conseguiu marcar os dois gols da vitória no final do jogo, depois da equipe cearense estar com um homem a menos durante o segundo tempo.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| '''2 - 0'''
|-
Linha 218 ⟶ 216:
|}
{| class="wikitable" border="1" align="center"
|+ '''Segunda Fase (chamada na época de ''Fase Semifinal'')'''<ref name="CORINTHIANS-BRASILEIRAO-1976-FUTPEDIA"/><br><sub>Classificado em terceiro lugar no Grupo H, com 7 pontos</sub>
|- style="background: #DDFFDD;"
! Data
Linha 227 ⟶ 225:
| [[10 de outubro]]
| [[Estádio Olímpico Monumental|Olímpico]]
| {{BR-RSb}} [[Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense|Grêmio]]{{nota de rodapé|Um dos gols da derrota sofrida em [[Porto Alegre]] foi irregular. O árbitro [[Armando Marques]] assinalou um [[pênalti]] em uma falta que foi cometida fora da área.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| 0 - 3
|-
| [[13 de outubro]]
| Pacaembu
| {{BR-PRb}} [[Coritiba Foot Ball Club|Coritiba]]{{nota de rodapé|Mesmo jogando mal e sem inspiração ofensiva, o Corinthians conseguiu a vitória por um gol a zero, frustrando o técnico corintiano Duque que queria os três pontos (a vitória por diferença de dois gols valia três pontos).<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| '''1 - 0'''
|-
| [[16 de outubro]]
| Morumbi
| {{BR-RJb}} [[Botafogo Futebol e Regatas|Botafogo]]{{nota de rodapé|Com uma atuação apagada e erros de marcação, o Corinthians acabou perdendo para um adversário cheio de desfalques.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| 1 - 2
|-
| [[20 de outubro]]
| Pacaembu
| {{BR-MSb}} [[Operário Futebol Clube|Operário]]{{nota de rodapé|Precisando vencer por uma diferença de dois gols para somar três pontos e manter vivo as chances de se classificar para a Terceira Fase do nacional, o Corinthians venceu o Operário, na base da luta e da raça, em uma partida dramática, pelo placar de 3 a 1. Após o apito final, jogadores e torcedores corintianos comemoraram a vitória como se fosse a conquista de um título.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| '''3 - 1'''
|-
| [[24 de outubro]]
| [[Estádio Ilha do Retiro|Ilha do Retiro]]
| {{BR-PEb}} [[Sport Club do Recife|Sport]]{{nota de rodapé|Os paulistas enfrentavam um adversário sem técnico, após a saída do treinador Paulinho Almeida, e que havia perdido todos os quatro jogos realizado naquela fase da competição. O presidente Vicente Mateus ainda contratou o meia Luciano, ídolo e jogador fundamental do Sport, que totalizava oito ausências (por contusões e suspensões) para o jogo na Ilha do Retiro. Mesmo com isso e a volta de [[Ernesto Luís Lance|Lance]] ao trio ofensivo, o Corinthians só conseguiu a vitória com um sofrido gol marcado nos últimos minutos por [[Geraldo da Silva|Geraldão]].<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| '''1 - 0'''
|}
{| class="wikitable" border="1" align="center"
|+ '''Terceira Fase (chamada na época de ''Fase Final'')'''<ref name="CORINTHIANS-BRASILEIRAO-1976-FUTPEDIA"/><br><sub>Classificado em segundo lugar no Grupo Q, com 14 pontos</sub>
|- style="background: #DDFFDD;"
! Data
Linha 260 ⟶ 258:
| [[31 de outubro]]
| Pacaembu
| {{BR-SPb}} [[Associação Portuguesa de Desportos|Portuguesa]]{{nota de rodapé|Na estreia da Terceira Fase, em um Pacaembu lotado, o Corinthians enfrentou um adversário retrancado, violento e que, em dois contra-ataques no fim de jogo, quase marcou o gol da vitória.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| '''0 - 0'''
|-
| [[3 de novembro]]
| [[Estádio Major Antônio Couto Pereira|Couto Pereira]]
| {{BR-PRb}} [[Coritiba Foot Ball Club|Coritiba]]{{nota de rodapé|Nesta partida da Terceira Fase, a equipe dirigida por Duque atacou, mas não conseguiu marcar gols no goleiro Jairo. Quando menos se esperava, o time paranaense marcou o gol da vitória em um lance polêmico. O juiz Agomar Martins não assinalou um impedimento de Oberdã, que estava em posição avançada. O resultado complicava a situação do Corinthians na competição. Após a partida, o presidente corintiano [[Vicente Matheus]] estava revoltado e chegou a pedir aos torcedores para abandonarem os estádios caso a equipe continuasse a ser prejudicada pela arbitragem.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| 0 - 1
|-
| [[7 de novembro]]
| Morumbi
| {{BR-SPb}} [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]]{{nota de rodapé|Em um clássico sem emoções, Palmeiras e Corinthians não conseguiram sair do zero a zero. Surgiram críticas ao "ataque milionário" corintiano, que completava três jogos sem marcar gols.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| '''0 - 0'''
|-
| [[11 de novembro]]
| Pacaembu
| {{BR-SPb}} [[Botafogo Futebol Clube (Ribeirão Preto)|Botafogo]]{{nota de rodapé|Os corintianos esperavam conquistar uma vitória por dois gols de diferença, que valia três pontos, para manter as chances de classificação. Mas mesmo com o espírito de luta dos jogadores, a vitória foi por diferença de um gol, e o Corinthians somava apenas dois pontos, complicando-se na tabela de classificação.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| '''2 - 1'''
|-
| [[14 de novembro]]
| [[Estádio Francisco Stédile|Centenário]]
| {{BR-RSb}} [[Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul|Caxias]]{{nota de rodapé|Sem ter conseguido uma vitória por três pontos, o Corinthians foi até o Rio Grande do Sul enfrentar o Caxias. A vitória contra o adversário era considerada difícil, mas não impossível. Eficiente em campo, o Corinthians soube aproveitar as oportunidades e goleou a equipe da casa por 4 a 1, somando três pontos e gerando um clima de otimismo que se refletiria nas partidas seguintes.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-O-LONGO-CAMINHO">Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, página 72 (5º caderno)</ref>}}
| '''4 - 1'''
|-
| [[18 de novembro]]
| Pacaembu
| {{BR-SPb}} [[Associação Atlética Ponte Preta|Ponte Preta]]{{nota de rodapé|Com o Internacional praticamente classificado para a fase seguinte, restava uma vaga na chave. A Ponte Preta, uma das candidatas a esta vaga, estava a frente do Corinthians na classificação naquele momento. Uma vitória corintiana era fundamental para os anseios do clube do Parque São Jorge. Com o Pacaembu lotado, o Corinthians venceu bem e deu um passo importante para se classificar.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/QUINTO-CADERNO/O-IMPORTANTELONGO-LUTAR"CAMINHO>[[Folha de S.Paulo]], (5 de dezembro de 1976)., Aroldopágina Chiorino: ''"O importante é lutar"''.72 (5º caderno, página 68)</ref>}}
| '''2 - 0'''
|-
| [[21 de novembro]]
| Morumbi
| {{BR-SPb}} [[Sport Club Internacional|Internacional]]{{nota de rodapé|A partida era o grande teste para o Corinthians naquela altura do campeonato. Octacampeão gaúcho, o time do Inter impressionava pelo refinamento de seu futebol. O Morumbi recebeu neste jogo um público pagante de 113 286 pessoas, mais 7 mil não-pagantes, totalizando mais de 120 mil pessoas, um recorde da competição até então. A arrecadação - mesmo com o grande número de ingressos falsos - foi de cerca de três milhões de cruzeiros, também um recorde para o campeonato naquela temporada. No duelo, o Corinthians se impôs em campo e se mostrou superior ao time comandado pelo meio-campo [[Paulo Roberto Falcão]]. Os paulistas marcaram dois gols nos primeiros onze minutos de jogo. No final, placar de 2 a 1 e muita festa no Morumbi.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/QUINTO-CADERNO/O-IMPORTANTE-LUTAR"CHIORINO>Chiorino, 5 de dezembro de 1976, p.68, 5º caderno</ref>}}
| '''2 - 1'''
|-
| [[28 de novembro]]
| [[Estádio do Arruda|Arruda]]
| {{BR-PEb}} [[Santa Cruz Futebol Clube|Santa Cruz]]{{nota de rodapé|Com o Internacional já classificado, restava uma vaga por disputar entre Corinthians e Ponte Preta. O time de São Paulo somava 12 pontos, enquanto que o de Campinas, 11. Caso a Ponte perdesse seu jogo diante do Caxias, o Corinthians estaria automaticamente classificado. As duas partidas estavam marcadas para as 17h, mas propositalmente, o time do Corinthians atrasou em 20 minutos o jogo em Recife e, assim, saberia de antemão o resultado do jogo no Rio Grande do Sul. Santa Cruz e Corinthians ainda empatavam por 0 a 0 quando a partida em Caxias do Sul foi encerrada, com derrota para a Ponte Preta, resultado que classificava os corintianos.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/QUINTO-CADERNO/O-IMPORTANTE-LUTAR"CHIORINO>Chiorino, 5 de dezembro de 1976, p.68, 5º caderno</ref>}}
| '''2 - 1'''
|}
 
===Promoção do jogo===
Logo nos primeiros dias após a definição da classificação das equipes, os presidentes de Fluminense e Corinthians trataram de realizar a promoção da partida. Segundo o presidente tricolor [[Francisco Horta]], ele conversou com o colega corintiano [[Vicente Matheus]] para que os dois pudessem promover o jogo na mídia. Horta foi à [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]] e participou de programas esportivos.<ref name="CBN-2006-12-05/FRANCISCO HORTA"/> Em comum acordo, os presidentes de Fluminense e Corinthians acertaram a divisão de ingressos para a partida. Quando foi à São Paulo, Horta levou pessoalmente a carga de 70 mil ingressos ao Parque São Jorge, e Matheus pagou tudo à vista.<ref name="CBN-2006-12-05/FRANCISCO HORTA"/>{{nota de rodapé|Segundo oos [[Jornal do Brasil]] em 06jornais de dezembro de 1976{{carece fontes}}época, foram enviados 52 mil ingressos a São Paulo. Em uma entrevista em 2006, masFrancisco 10Horta revelou ter disponibilizado uma carga de 70 mil foramingressos devolvidos,aos emboracorintianos oe próprioque havia feito sua entrega pessoalmente ao então presidente docorintiano Fluminense[[Vicente tenhaMatheus]] admitidona [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]]. O próprio Horta admitiu que entregoujamais cercaesperava a aparição de 70 mil aocorintianos presidenteno doMaracanã.<ref Corinthiansname=CBN-2006-12-05>CBN, 5 de dezembro de 2006</ref>.}}
 
Ao mesmo tempo, os próprios dirigentes tentavam fazer provocações na [[mídia]] esportiva, com a intenção de promover o confronto.<ref name="CBN-2006-12-05/FRANCISCO HORTA"/> No dia [[29 de novembro]], um dia após a definição dos quatro semifinalistas do Campeonato Brasileiro de 1976, Horta fez uma "polêmica declaração" que seria capitaneada por Matheus para mobilizar os corintianos ao longo daquela semana rumo ao jogo decisivo do Maracanã: ''"Que os vivos saiam de casa e os mortos saiam das tumbas para torcer pelo Corinthians no Maracanã, porque o Fluminense vai ganhar a partida."''.<ref name="FSP-|05-DEZ-1976/QUINTO-CADERNO/UM-DOIS-TRÊS-FLU-FREGUES">[[Folha de S.Paulo]], (5 de dezembro de 1976).''"'Um, dois,página três…', o Fluminense será freguês?"'' -68 (5º caderno, página 68)</ref> A "declaração polêmica" de Horta teve efeito imediato e se tornou um dos principais assuntos da imprensa esportiva paulista antes da decisão, ao que se somou a empolgação geral de torcedores do Corinthians com a classificação para a semifinal do nacional - a maior euforia desde que o clube havia disputado a decisão estadual do [[Campeonato Paulista de Futebol de 1974|Campeonato Paulista de 1974]] contra o [[Sociedade Esportiva Palmeiras|Palmeiras]],{{nota de rodapé|O Palmeiras venceu a final, para frustração dos torcedores do time do Parque São Jorge, que amargava até então a 20ª temporada sem o título estadual.}}<ref name="FSP-05-DEZ-1976/QUINTO-CADERNO/O-IMPORTANTE-LUTAR"CHIORINO>''"O importante é lutar"'' - Aroldo Chiorino - Folha de S.Paulo, 5 de dezembro de 1976, p.68, 5º caderno</ref> e gerou um clima para dar uma resposta ao dirigente do clube carioca.{{nota de rodapé|O Corinthians era mais uma vez o líder absoluto em arrecadações por clubes no futebol brasileiro. Nas 21 partidas, foram levantados Cr$ 17 565 675,00.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/QUINTO-CADERNO/O-IMPORTANTE-LUTAR"CHIORINO>Chiorino, 5 de dezembro de 1976, p.68, 5º caderno</ref>}}{{nota de rodapé|O clima na cidade de São Paulo levou até mesmo os detentos da [[Casa de Detenção de São Paulo]] e da [[Penitenciária do Estado]] a pedir, devido a partida entre Fluminense x Corinthians, que a visita dominical fosse encerada mais cedo, para que os encarcerados pudessem acompanhar as transmissões da partida via rádio - os mais bem comportados poderiam assistir ao jogo pela televisão. Os delegados titulares dos distritos policiais paulistanos autorizaram excepcionalmente que os carcereiros ligassem rádios para atender os pedidos de presos em cadeias da cidade. ''"Se os presos não fossem atendidos, [eles] poderiam provocar um levante em massa"'', afirmou uma autoridade da Secretaria de Segurança Pública. - ''JOGO EM CORES CONSOME SALÁRIO DE ZELADOR'' - FOLHA DE S.PAULO, 6 DE DEZEMBRO DE 1976, CADERNO DE ESPORTES, PÁGINA 18''}}
 
===Chegada ao Rio===
Mesmo com a promessa de transmissão direta da partida pela TV para o [[Estado de São Paulo]], milhares de corinthianoscorintianos começaram a se dirigir para a [[Rio de Janeiro (cidade)|cidade do Rio de Janeiro]].<ref name="FSP-05-DEZ-1976/PRIMEIRA-PÁGINA/INVASÃO-CORINTIANA"CAPA/> O movimento na [[Rodovia Presidente Dutra]] aumentou a partir do dia [[3 de dezembro]], dois dias antes da partida, e se intensificou ainda mais no dia seguinte, sábado, dia 4, ''"quando milhares de autos particulares, 'peruas' e ônibus deixaram São Paulo com destino ao Rio de Janeiro, conduzindo torcedores para assistir"'' o jogo no Maracanã.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-MARATONA-DUTRA">[[Folha de S.Paulo]], (6 de dezembro de 1976)., ''"Umapágina calma maratona na Dutra"''.18 (Caderno de Esportes, página 18)</ref> O movimento de torcedores quebrou o recorde de volume de tráfego na via, de acordo com [[DNER|Departamento Nacional de Estrada de Rodagem]], que implantou uma operação inédita até o momento e única até os dias atuais, a denominada ''"Operação Corinthians"''.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-TRANSTORNOS">[[Folha de S.Paulo]], (6 de dezembro de 1976).''"Os, transtornospágina do Rio com os corintianos"''.18 (Caderno de Esportes, página 18)</ref> {{nota de rodapé|Antes do resultado, os cariocas diziam que a Via Dutra se transformaria na ''"estrada das lágrimas"'', em alusão a uma eventual derrota corintiana.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/PRIMEIRA-PÁGINA/INVASÃO-CORINTIANA"CAPA/>}} Depois da grande movimentação entre sexta e sábado à noite, o tráfico na Dutra estava ''"abaixo do normal"'' na manhã de domingo.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-MARATONA-DUTRA"/>
 
Ao chegarem, muitos corintianos percorriampercorreram ruidosamente as ruas de Copacabana e áreas centrais do Rio.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/PRIMEIRA-PÁGINA/INVASÃO-CORINTIANA"CAPA/> No sábado de manhã, véspera da partida, havia grande concentração de corintianos na avenida Atlântica e em Ipanema. Os guardas de trânsito não puderam controlar o grande fluxo e, aos poucos, alguns torcedores estacionavam seus veículos no calçadão da praia.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-AUGE-INVASÃO-8H">[[Folha de S.Paulo]], (6 de dezembro de 1976). ''"Às 8 horas, opágina auge da grande invasão"''.18 (Caderno de Esportes, página 18)</ref> O auge da ''"invasão"'' ocorreu a partir das 8h de domingo, quando a grande maioria dos corintianos vindos de São Paulo já se concentravam no Rio. Os 300 ônibus da torcida organizada ''"[[Gaviões da Fiel]]"'' tinham chegado por volta das 4h de domingo. Também já estavam presentes integrantes de organizadas corintianas, como ''"Patota do Timão"'', ''"Torcida Jovem"'' e ''"Camisa 12"''. Foram registradas brigas entre torcedores e pelo menos um ficou gravemente ferido.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-AUGE-INVASÃO-8H"/>{{nota de rodapé|Os ânimos ficaram mais exaltados pela manhã, com as praias cheias, quando alguns banhistas chegaram a atirar copos de areia contra ônibus de torcedores corintianos. À tarde, uma bandeira corintiana foi arrancada de um ônibus e queimada. A polícia informava que ''"de uma maneira geral, os corintianos não estão representando bem o nome de São Paulo e estão provocando tumultos e irritando a população da cidade"''. Uma briga no início da tarde levou ao atropelamento de uma pessoa, levada em estado grave para o Hospital Miguel Couto. Alguns carros de torcedores, automóveis e ônibus com placas de São Paulo eram parados e depredados por torcedores cariocas armados de paus e latas de cerveja.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-AUGE-INVASÃO-8H">Folha de S.Paulo, 6 de dezembro de 1976, página 18 (Caderno de Esportes)</ref>.}}
 
A presença maciça de torcedores do Corinthians, calculada em torno de 70 mil pessoas, causou certos transtornos no Rio, com engarrafamentos, tumultos, agressões e até o esgotamento de bebidas e cigarros nos bares e lanchonetes das imediações do estádio do Maracanã.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-TRANSTORNOS"/> O [[Detran]] e a [[polícia militar]] tentaram organizar a ''"Operação Corinthians"'' para receber os torcedores que chegavam ao Rio, mas mesmo assim o engarrafamento estendido foi de cinco quilômetros na avenida Brasil, principal via de acesso à cidade. Nas proximidades do estádio do Maracanã, o trânsito fluía lentamente e o engarrafamento se estendeu por mais de dez quilômetros. Já no início da manhã de domingo, pouco menos de dez horas antes do pontapé inicial no estádio, o tráfego era complicado nos túneis Rebouças e Santa Bárbara, quando dezenas de milhares de torcedores começaram a se dirigir para o Maracanã.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-TRANSTORNOS"/> O policiamento em toda cidade foi feito por cerca de 1 500 soldados da polícia militar carioca.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-AUGE-INVASÃO-8H"/>
 
===Dentro do estádio===
Os portões do estádio do Maracanã foram abertos às 13h, com mais de meia hora de atraso e certo tumulto. A demora na abertura ocorreu por conta da conclusão de um concurso da Escola Naval, realizada em pleno Maracanã, durante a manhã de domingo.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-PORTOES-13-HORAS">[[Folha de S.Paulo]], (6 de dezembro de 1976)., ''"Portõespágina só foram abertos às 13h"''.18 (Caderno de Esportes, página 18)</ref> Dentro do estádio, o clima era de certa tensão, com o registro de ''"brigas, bandeiras rasgadas, canções pornográficas, agressividade em todos os níveis"''.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-CLIMA-VIOLÊNCIA">[[Folha de S.Paulo]] (6 de dezembro de 1976). ''"Clima de cantos pornográficos e violência"''. Caderno de Esportes, página 18</ref>
 
A torcida corintiana chegou mais cedo ao Maracanã e conseguiu preencher rapidamente mais espaços do estádio que a do Fluminense, o que gerou atritos. Soldados da polícia militar formaram um cordão de alto a baixo das arquibancadas, na faixa que a divide ao meio, para que acalmar os torcedores. Alguns ainda trocavam insultos e cantavam os gritos de suas torcidas. A torcida corintiana se concentrava especialmente nas arquibancadas (metade) e nas cadeiras, na proporção de 2/3 ou 3/4 - não havia corintianos na geral.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-CLIMA-VIOLÊNCIA">[[Folha de S.Paulo]] (6 de dezembro de 1976). ''"Clima de cantos pornográficos e violência"''. Caderno de Esportes, página 18</ref>
 
Foram registrados alguns desmaios e atendimentos médicos, especialmente por conta do forte calor durante toda a manhã e início da tarde na cidade,{{nota de rodapé|Os hospitais do Rio apresentaram movimento recorde para uma manhã de domingo. Foram cerca de 200 atendimentos, a maioria por excesso de bebidas alcoólicas.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-TRANSTORNOS"/>}} e até prisões.{{nota de rodapé|Também houve intenso movimento nas delegacias, provocado principalmente por agressões entre torcedores de Corinthians e Fluminense.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-CLIMA-VIOLÊNCIA">[[Folha de S.Paulo]], (6 de dezembro de 1976)., ''"Climapágina de cantos pornográficos e violência"''.18 (Caderno de Esportes, página 18)</ref>}}
 
Às 15h, duas horas antes de começar a partida, as arquibancadas estavam completamente lotadas. Torcidas de times cariocas dividiram suas preferências. Do lado dos corintianos, havia algumas bandeiras do Flamengo; do lado do Fluminense, bandeiras do [[Club de Regatas Vasco da Gama|Vasco da Gama]].<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-CLIMA-VIOLÊNCIA">[[Folha de S.Paulo]] (6 de dezembro de 1976). ''"Clima de cantos pornográficos e violência"''. Caderno de Esportes, página 18</ref> Garrafas e lixos se acumulavam em grandes quantidades, e os banheiros superlotados faziam com que torcedores urinassem em qualquer parte do estádio, sem a menor cerimônia.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-CLIMA-VIOLÊNCIA">[[Folha de S.Paulo]] (6 de dezembro de 1976). ''"Clima de cantos pornográficos e violência"''. Caderno de Esportes, página 18</ref>
 
Nas tribunas de imprensa, cerca de 40 emissoras de vários Estados e as principais agências de notícias brasileiras se aglomeravam entre os pequenos espaços reservados para a transmissão da partida.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-CLIMA-VIOLÊNCIA">[[Folha de S.Paulo]] (6 de dezembro de 1976). ''"Clima de cantos pornográficos e violência"''. Caderno de Esportes, página 18</ref>
 
O público pagante foi de 146 043 pessoas acrescidos de cerca de 12 000 menores de 14 anos que não pagavam ingressos, na época.
 
===O jogo===
===Fluminense===
Como vencedor do Grupo R e, por ter sido campeão de chave, o Fluminense tinha direito de jogar em casa a única partida da semifinal daquele Brasileiro. A equipe carioca formou naquela época um dos melhores times de sua história. Apelidado de ''"Máquina Tricolor"'', o clube das Laranjeiras havia montado uma time repleto de craques, comandadas pelo meia [[Roberto Rivellino|Rivellino]], por ironia ex-jogador do Corinthians e um dos maiores ídolos da história do clube do Parque São Jorge. A fama não foi por acaso: o time faturou o [[Campeonato Carioca de Futebol|bicampeonato estadual]] em [[1975]] e [[1976]]. Da equipe titular que enfrentaria o Corinthians, todos - com exceção do [[argentino]] [[Narciso Horacio Doval|Doval]], por motivos óbvios - já haviam sido convocado para defender a [[Seleção Brasileira de Futebol|Seleção Brasileira]].
 
Apesar da força do Fluminense, da tarefa de decidir a partida fora de casa e de algumas dúvidas que pairavam sobre a equipe do Corinthians, havia certo otimismo por parte do elenco corintiano, baseado em três aspectos: as boas atuações como visitante naquele campeonato, o espírito de reação da equipe nos momentos decisivos do mesmo e a seqüência de cinco vitórias consecutivas até aquela decisão.<ref name=FSP-05-DEZ-1976-O-LONGO-CAMINHO/>
===Corinthians===
Apesar da força do Fluminense, da tarefa de decidir a partida fora de casa e de algumas dúvidas que pairavam sobre a equipe do Corinthians, havia certo otimismo por parte do elenco corintiano, baseado em três aspectos: as boas atuações como visitante naquele campeonato, o espírito de reação da equipe nos momentos decisivos do mesmo e a seqüência de cinco vitórias consecutivas até aquela decisão.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/O-LONGO-CAMINHO">[[Folha de S.Paulo]] (5 de dezembro de 1976). ''"O longo caminho, entre esperanças e lágrimas"''. 5º caderno, página 72</ref>
 
Do time que disputou a final do [[Campeonato Paulista de Futebol de 1974|Campeonato Paulista de 1974]] contra o Palmeiras, restavam apenas cinco: [[José Maria Rodrigues Alves|Zé Maria]], Ademir, [[Wladimir Rodrigues dos Santos|Wladimir]], [[Wagno de Freitas|Waguinho]] e [[Ernesto Luís Lance|Lance]].<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-UM-TIME-PRONTO-DECISAO">[[Folha de S.Paulo]], (5 de dezembro de 1976)., ''"Umpágina time pronto para a decisão? Hoje a resposta"''.74 (5º caderno, página 74)</ref> Ao longo da competição, [[José Eduardo de Toledo Pereira|Zé Eduardo]], [[José Carlos dos Santos (Ruço)|Ruço]] e [[Geraldo da Silva|Geraldão]] ganharam as vagas titulares de Ademir, [[João Roberto Basílio|Basílio]] e [[Ernesto Luís Lance|Lance]], respectivamente.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-UM-TIME-PRONTO-DECISAO"/> Os contratados [[Givanildo José de Oliveira|Givanildo]] e [[Antônio Rodrigues Filho|Neca]] deram mais qualidade ao meio de campo do time.<ref name="FSP-05-DEZ-1976/-EQUIPE-MAIS-EXPERIENTE-AMADURECIDA">[[Folha de S.Paulo]], (5 de dezembro de 1976)., ''"Agorapágina uma equipe mais experiente e amadurecida"''.76 (5º caderno, página 76)</ref>
 
O gramado escorregadio fez com que as duas equipes iniciassem a partida de maneira cautelosa, com muita troca de passes.<ref name=FSP-06-DEZ-1976-NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE>Folha de S.Paulo, 6 de dezembro de 1976, página 14 (Caderno de Esportes)</ref> Coube aos visitantes o primeiro ataque do jogo. Zé Maria cruzou da linha de fundo, mas o goleiro Renato antecipou-se a Geraldão e fez a defesa. O Fluminense respondeu aos 7 min. Após jogada de Rivellino, Dirceu chutou de fora da área e Tobias defendeu parcialmente.<ref name=FSP-06-DEZ-1976-NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE/> O Fluminense tocava bastante a bola, tentando atrair o Corinthians para seu campo. Rivellino buscava lançar Gil, mas a defesa corintiana, comandada pelo volante Givanildo, dava combate. Em alguns momentos, o jogo apresentou alguma violência por parte dos atletas de ambas equipes. O árbitro baiano Saul Mendes aplicou o primeiro [[cartão amarelo]] da partida aos 10 min, após Rivellino receber uma entrada forte de Ruço.<ref name=FSP-06-DEZ-1976-NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE/>
===Sumário===
O gramado escorregadio fez com que as duas equipes iniciassem a partida de maneira cautelosa, com muita troca de passes.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE">[[Folha de S.Paulo]] (6 de dezembro de 1976).''"Nos pênaltis, o Coríntians vence"''. Caderno de Esportes, página 14</ref> Coube aos visitantes o primeiro ataque do jogo. Zé Maria cruzou da linha de fundo, mas o goleiro Renato antecipou-se a Geraldão e fez a defesa. O Fluminense respondeu aos 7 min. Após jogada de Rivellino, Dirceu chutou de fora da área e Tobias defendeu parcialmente.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE"/> O Fluminense tocava bastante a bola, tentando atrair o Corinthians para seu campo. Rivellino buscava lançar Gil, mas a defesa corintiana, comandada pelo volante Givanildo, dava combate. Em alguns momentos, o jogo apresentou alguma violência por parte dos atletas de ambas equipes. O árbitro baiano Saul Mendes aplicou o primeiro [[cartão amarelo]] da partida aos 10 min, após Rivellino receber uma entrada forte de Ruço.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE"/>
 
Aos 19 min, o Fluminense chegou ao gol. Após um rápido contra-ataque, Gil cruzou à meia altura na área corintiana. Carlos Alberto Pintinho se antecipou à marcação de Zé Eduardo e desviou a bola, que entrou no canto direito de Tobias.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE"/> Após o gol, o Corinthians tentou reagir. Aos 21 min, Vaguinho ganhou de Edinho na corrida, driblou o goleiro Renato, mas Edinho se recuperou e afastou o perigo da área carioca. O Corinthians seguiu no campo ofensivo, mas o time tocava a bola em demasia, demorando para chegar ao gol adversário. Romeu insistia em realizar cruzamentos na área do Fluminense, o que facilitava a vida da dupla Carlos Alberto Torres e Edinho.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE"/>
 
Aos 28 min, Vaguinho cobrou escanteio e Neca chutou para fora, perdendo uma grande oportunidade para empatar. De tanto insistir, o Corinthians chegou ao gol. Aos 29 min, em novo escanteio cobrado por Vaguinho, Neca ganhou disputa de cabeça com Rodrigues Neto. A bola sobrou a meia altura na pequena área e Ruço marcou, de meia- bicicleta, no canto esquerdo de Renato.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE"/>
 
Durante o intervalo de jogo, a chuva se intensificou, mas o árbitro - após consultar os jogadores - resolveu que a partida continuaria. Sem poder trabalhar a posse de bola, os chutões foram constantes e frequentemente paravam nas poças d'águas. Mario Travaglini tirou Cléber para entrada de Erivelto, e Duque substituiu Geraldão por Lance. Depois, foi a vez de Givanildo - com problemas na garganta - ceder espaço para Basílio. O jogo seguiu, porém sem jogadas de grande técnica. O Corinthians chegava mais ao ataque, mas sem aproveitar suas oportunidades. Já o Fluminense esbarrava na defesa corintiana.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE"/>
 
Com o empate no tempo normal, as duas equipes foram para a prorrogação de trinta minutos. O empate persistiu e a decisão foi para os pênaltis.<ref name="FSP-06-DEZ-1976/-NOS-PENALTIS-CORINTIANS-VENCE"/>
 
===Sumário===
{{footballbox
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|penalidades1= [[José Rodrigues Neto|Rodrigues Neto]] {{penmiss}}<br "/>[[Carlos Alberto Torres]] {{penmiss}}<br "/>[[Narciso Horacio Doval|Doval]] {{pengol}}
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===Pós-jogo===
'''Fluminense:'''<br "/>
[[Renato da Cunha Valle|Renato]] – [[Rubens Márcio Cordeiro Galaxe|Rubem Galaxe]], [[Carlos Alberto Torres]], [[Edino Nazareth Filho|Edinho]] e [[José Rodrigues Neto|Rodrigues Neto]] {{Camarelo}} – [[Carlos Roberto Gomes|Pintinho]] {{pengol}}, [[Cléber Ribeiro Machado|Cléber]] ([[Erivélton Martins|Erivelto]]) e [[Roberto Rivelino|Rivelino]] – [[Gilberto Alves|Gil]], [[Narciso Horacio Doval|Doval]] e [[Dirceu José Guimarães|Dirceu]]<br "/>Treinador: [[Mário Travaglini]].
 
'''Corinthians:'''<br "/>
[[José Benedito Tobias|Tobias]] – [[José Maria Rodrigues Alves|Zé Maria]], [[Moisés Matias de Andrade|Moisés]] {{Camarelo}}, [[José Eduardo de Toledo Pereira|Zé Eduardo]] e [[Wladimir Rodrigues dos Santos|Wladimir]] – [[Givanildo José de Oliveira|Givanildo]] ([[João Roberto Basílio|Basílio]]), [[José Carlos dos Santos (Ruço)|Ruço]] {{pengol}}{{Camarelo}} e [[Antônio Rodrigues Filho|Neca]] – [[Wagno de Freitas|Waguinho]] {{Camarelo}}, [[Geraldo da Silva|Geraldão]] ([[Ernesto Luís Lance|Lance]]) e [[Romeu Evangelista|Romeu]]<br "/>Treinador: Duque.
 
==Pós-jogo==
Com a vitória nos pênaltis sobre o Fluminense, o Corinthians avançava para a final do Campeonato Brasileiro daquele ano, contra o Internacional, que havia eliminado o [[Clube Atlético Mineiro|Atlético-MG]]{{nota de rodapé|A final seria disputada em uma partida única, no [[estádio Beira-Rio]], em [[Porto Alegre]], já que o Internacional tinha melhor campanha que os corintianos}} e também ganhava o direto de disputar a [[Taça Libertadores da América de 1977]].{{nota de rodapé|Entre 1971 e 1989, o campeão e o vice-campeão do [[Brasil]] eram os dois representantes do país na [[Copa Libertadores da América|torneio sul-americano]].}}
 
Na segunda-feira, um dia após o jogo, pelo menos 8 mil torcedores foram ao [[Aeroporto de Congonhas]] para esperar a volta do avião dque trazia a delegação do clube, que depois desfilou em carreata até o Parque São Jorge.<ref name="OESP-07-DEZ-1976/-CARNAVAL-CIDADE">[[O Estado de S.Paulo]], (7 de dezembro de 1976).''"Uma segunda-feira de carnaval na cidade"''., Páginapágina 60</ref>
 
{{Notasnotas|col=2}}
{{Referênciasreferências|col=2}}
 
=={{ Bibliografia}} consultada ==
<div class="references-small ref-scroll">{{dividir em colunas}}
* {{Aut|Folha de São Paulo}}. 5 de dezembro de 1976. Páginas 01, 68, 70, 72, 74.
* {{Aut|Negreiros, P.L}}. ''A invasão corinthiana – Rio, 05 de dezembro de 1976''. Revista Aurora, Edição 9, 2010. São Paulo, PUC. Visitado em 7 de maio de 2015. Disponível [http://revistas.pucsp.br/index.php/aurora/article/view/3784 aqui]
* {{Aut|Folha de São Paulo}}. 6 de dezembro de 1976. Páginas 01, 13, 14, 18, 20.
* ''Com Coríntians, metade do Maracanã''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 5 de dezembro de 1976, p.1, Capa
* '''Um, dois, três…', o Fluminense será freguês?''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 5 de dezembro de 1976, p.68, 5º caderno
* ''O longo caminho, entre esperanças e lágrimas''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 5 de dezembro de 1976, p.72, 5º caderno
* {{Aut|Chiorino, A}}. ''O importante é lutar''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 5 de dezembro de 1976, p.68, 5º caderno
* ''Um time pronto para a decisão? Hoje a resposta''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 5 de dezembro de 1976, p.74, 5º caderno
* ''Agora uma equipe mais experiente e amadurecida''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 5 de dezembro de 1976, p.76, 5º caderno
* ''O susto, a euforia, a festa''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 6 de dezembro de 1976, p.13, Caderno de Esportes
* ''Clima de cantos pornográficos e violência''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 6 de dezembro de 1976, p.18, Caderno de Esportes
* ''Nos pênaltis, o Coríntians vence''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 6 de dezembro de 1976, p.14, Caderno de Esportes
* ''Uma calma maratona na Dutra''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 6 de dezembro de 1976, p.18, Caderno de Esportes
* ''Os transtornos do Rio com os corintianos''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 6 de dezembro de 1976, p.18, Caderno de Esportes
* ''Às 8 horas, o auge da grande invasão''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 6 de dezembro de 1976, p.18, Caderno de Esportes
* ''Portões só foram abertos às 13h''. Folha de S.Paulo. São Paulo, 6 de dezembro de 1976, p.18, Caderno de Esportes
* ''Uma segunda-feira de carnaval na cidade''. O Estado de S.Paulo. São Paulo, 7 de dezembro de 1976, p.60
* ''Campeonato Brasileiro de 1976''. Futpédia, GloboEsporte.com. Visitado em 5 de maio de 2015. Disponível [http://futpedia.globo.com/campeonato/campeonato-brasileiro/1976#/fase=terceira-fase aqui]
* ''Há 33 anos a paixão pelo Corinthians levou 70 mil fiéis ao Maracanã''. Folha.com, 5 de dezembro de 2009. Visitado em 23 de dezembro de 2013
* ''Ex-presidente do Fluminense fala sobre a "invasão corintiana" em 5 de dezembro de 1976, quando 70 mil torcedores de cada lado assistiram à vitória do Corinthians sobre o time carioca nos pênaltis''. Rádio CBN, 5 de dezembro de 2006. Visitado em 23 de dezembro, 2013. Disponível [http://archive.is/RZ7p4# aqui]
* ''Corinthians x Fluminense - a maior invasão da história do futebol''. Jovem Pan Online, 18 de julho de 2012. Visitado em 23 de dezembro de 2013
* ''Anos 1977: A libertação de uma nação''. Gazeta Esportiva.net, 29 de agosto de 2010. Visitado em 23 de dezembro de 2013
* {{Aut|Azenha, L.C}}. ''O dia em que o Corinthians conquistou o Rio''. Viomundo, 2 de dezembro de 2011. Visitado em 23 de dezembro de 2013. Disponível [http://www.viomundo.com.br/humor/o-dia-em-que-o-corinthians-conquistou-o-rio.html aqui]
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=={{Ver também}}==
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*[[Fluminense Football Club|Fluminense]]
*[[Campeonato Brasileiro de Futebol de 1976]]
*[[Estádio do Maracanã]]
*[[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]
 
==Ligações externas==