Viés de confirmação: diferenças entre revisões

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Em um estudo, os participantes leram o perfil de uma mulher rica, o qual descrevia uma mistura de comportamentos introvertidos e extrovertidos.<ref name="snydercantor" /> Posteriormente eles tiveram que se lembrar de exempos de introversão e extroversão. Foi dito a um grupo que isso serviria para avaliar a mulher para um emprego como bibliotecária, enquanto para um segundo grupo foi dito que seria para um emprego como vendedora de imóveis. Houve uma diferença significante entre o que cada um desses dois grupos se lembrou, com o primeiro grupo se lembrando de mais exemplos de introversão e o segundo, exemplos de comportamento extrovertido.<ref name="snydercantor">{{Citation |last= Snyder |first=M. |first2=N. |last2=Cantor |year=1979 |title=Testing hypotheses about other people: the use of historical knowledge |journal=Journal of Experimental Social Psychology |volume=15 |pages=330–342 |doi=10.1016/0022-1031(79)90042-8 |issue= 4}} via {{Harvnb|Goldacre|2008|p=231}}</ref> Um efeito de memória seletiva também tem sido demonstrado em experimentos que manipulam o grau em que um tipo de personalidade é desejável.<ref name=oswald88 /><ref>{{Harvnb|Kunda|1999|pp=225–232}}</ref> Em um deles, foram mostradas a um grupo de participantes evidências de que pessoas extrovertidas são mais bem sucedidas que as introvertidas. Ao outro grupo foi dito o oposto. Em um estudo subsequente, aparentemente não relacionado ao anterior, foi-lhes pedido que se lembrassem de eventos de suas vidas em que eles tenham sido introvertidos ou extrovertidos. Cada grupo de participantes apresentou mais memórias que os relacionavam com o tipo de personalidade mais desejável, e se lembraram dessas memórias com maior rapidez.<ref>{{Citation |last=Sanitioso |first=Rasyid |first2=Ziva |last2=Kunda |first3=G.T. |last3=Fong |year=1990 |title= Motivated recruitment of autobiographical memories |journal=Journal of Personality and Social Psychology |publisher=American Psychological Association |issn=0022-3514 |volume=59 |issue=2 |pages=229–241 |doi= 10.1037/0022-3514.59.2.229 |pmid=2213492}}</ref>
 
Mudanças em estados emocionais também podem influenciar lembranças.<ref name=levine>{{cite journal|last=Levine|first=L.|author2=Prohaska, V. |author3=Burgess, S.L. |author4=Rice, J.A. |author5=Laulhere, T.M. |title=Remembering past emotions: The role of current appraisals.|journal=Cognition and Emotion|year=2001|volume=15|pages=393–417|doi=10.1080/02699930125955}}</ref><ref name=safer>{{cite journal|last=Safer|first=M.A.|author2=Bonanno, G.A. |author3=Field, N. |title="It was never that bad": Biased recall of grief and long-term adjustment to the death of a spouse|journal=Memory|year=2001|volume=9|issue=3|pages=195–203|doi=10.1080/09658210143000065}}</ref> Em um estudo, os participantes avaliaram como se sentiram quando ouviram pela primeira vez que [[O.J. Simpson]] havia sido absolvido das acusações de homicídio.<ref name=levine>{{cite journal|last=Levine|first=L.|author2=Prohaska, V. |author3=Burgess, S.L. |author4=Rice, J.A. |author5=Laulhere, T.M. |title=Remembering past emotions: The role of current appraisals.|journal=Cognition and Emotion|year=2001|volume=15|pages=393–417|doi=10.1080/02699930125955}}</ref> Eles descreveram suas reações emocionais e confiança no veredito uma semana, dois meses e um ano após o julgamento. Os resultados indicaram que as avaliações dos participantes quanto à culpa de Simpson mudaram com o tempo. Quanto mais as opiniões dos participantes mudavam, menos estáveis eram suas memórias em relação a suas reações emocionais iniciais. Nos casos em que, dois meses e um ano depois, os participantes se lembravam de suas reações emocionais iniciais, as avaliações antigas se assemelhavam fortemente às avaliações emocionais novas. As pessoas demonstram um considerável viés de confirmação quando discutem suas opiniões sobre assuntos controversos.<ref name=stanovich /> Lembranças e construções de experiências passam por revisões relacionadas a estados emocionais correspondentes.
 
== Notas ==