Pena: diferenças entre revisões

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Protegem a pele contra o desgaste e as penas finas, achatadas e sobrepostas das asas e da cauda formam superfícies para sustentar a ave durante o voo.
 
== Partes ==
O crescimento de uma pena começa com uma papila dérmica local forçando, para cima, a epiderme sobreposta. A base deste primórdio de pena aprofunda-se em uma depressão circular, o futuro [[folículo]], que manterá a pena na pele.
As penas são estruturas mortas, de [[queratina]], originadas a partir de papilas vivas da derme (origem mesodérmica). As penas ou plumas das [[aves]] são formadas de:
 
* Cálamo - É a ponta oca que fica enterrada na pele da ave;
As [[célula]]s epidérmicas mais externas do primórdio formam uma bainha lisa cornificada, chamada e[[periderme]], dentro da qual outras câmaras epidérmicas dispõem-se em costelas paralelas, uma maior mediana formando a futura ráquis e as outras produzindo as barbas.
* Raque - É a parte central o "eixo da pena";
* Barbas - São os "raminhos" das penas, que estão presos à raque;
* Bárbulas - São as pequeninas ramificações das barbas.
* Hamuli - São ganchos presentes nas bárbulas.
 
== Crescimento de Penas ==
As penas se desenvolvem ao longo de fileiras específicas no corpo, denominadas pterilas. O estágio inicial de crescimento da pena é a formação do placódio, que consiste em espessamento da epiderme, via alteração no formato das células de cuboide para colunar. Placódios estão presentes nos estágios iniciais de escamas avianas da região do tarso glândulas mamárias e pelos de mamíferos; contudo não foram observados nos estágios iniciais das escamas de lagartos e jacarés.
 
                O placódio se alonga, originando o germe da pena. O estágio seguinte é a formação de uma invaginação epidérmica (denominada folículo) em torno da base desse germe. Neste estágio, observa-se, em corte transversal, a região mais interna, denominada polpa dérmica, envolta pelo colar do folículo; a estrutura mais externa é a epiderme do folículo, separada do colar por uma cavidade. A proliferação de células do colar (queratinócitos), força células mais velhas para fora, criando uma estrutura em forma de tubo. As células mais externas desse tubo formam a bainha, estrutura temporária que protege a pena em crescimento. As mais internas se organizam em uma série de costelas longitudinais paralelas (cristas da barba), que darão origem às barbas da pena. As bárbulas são formadas por diferenciação de algumas células periféricas das cristas da barba e morte de outras.
 
                Em penas penáceas, as cristas são deslocadas de maneira helicoidal conforme crescem, até se fundirem com a maior das cristas (crista da raque). Nas plumas, não ocorre esse crescimento helicoidal; a raque é simples e ocorre na base da pena.
 
                O crescimento da pena a impulsiona para fora da bainha protetora, desenrolando-a, o que leva ao estabelecimento do formato laminar da pena penácea. Somente nesse estágio final que as bárbulas de uma barba podem se enganchar com as de outras barbas, estabelecendo relativa rigidez à lâmina. O cálamo (estrutura oca na base da pena) também se forma nesses estágios finais, a partir do colar do folículo.
 
O pigmento para a coloração é depositado nas células epidérmicas durante o crescimento no folículo, porém não depois. Quando o crescimento termina, rompe-se a bainha, a qual é retida por alisamento com o bico. Aí, a pena distende-se em sua forma completa.
 
== Evolução das penas ==
                Não há consenso se as penas evoluíram a partir de escamas reptilianas. Estudos recentes indicam que penas e escamas compartilham um estágio inicial de formação, com base na expressão de β-catenina<ref>{{citar periódico|ultimo = Musser|primeiro = Jacob M.|titulo = Nuclear b-catenin localization supports homology of feathers, avian scutate scales, and alligator scales in early development|jornal = Evolution & Development|doi = 10.1111/ede.12123|url = http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ede.12123/abstract|acessadoem = |coautores = Wagner, Gunter P. & Prum, Richard O|data = 2015|volume = 17|numero = 3|paginas = 185-194}}</ref>. Outro estudo indica que as penas podem ter evoluído a partir da reutilização do módulo de sinalização ''Shh-Bmp2''<ref>{{citar periódico|ultimo = Harris|primeiro = Matthew P.|titulo = Shh-Bmp2 signaling module and the evolutionary origin and diversification of feathers|jornal = Journal of Experimental Zoology|doi = 10.1002/jez.10157|url = http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jez.10157/pdf|acessadoem = |coautores = Fallon, John F. & Prum, Richard O|data = 2002|volume = 294|paginas = 160-176}}</ref>. Estes genes se expressam na fase do placódio de penas e escamas e também nos estágios subsequentes do crescimento das penas.
 
                Richard Prum propôs um modelo de evolução das penas a partir dos estágios de crescimento dessas estruturas nas aves atuais<ref>{{citar periódico|ultimo = Prum|primeiro = Richard O.|titulo = Development and evolutionary origin of feathers|jornal = Journal of Experimental Zoology|doi = 10.1002/(SICI)1097-010X(19991215)285:4<291::AID-JEZ1>3.0.CO;2-9|url = http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/(SICI)1097-010X(19991215)285:4%3C291::AID-JEZ1%3E3.0.CO;2-9/abstract|acessadoem = |data = 1999|volume = 285|paginas = 291-306}}</ref>. A primeira pena seria um filamento oco, composto do germe e o folículo. No estágio 2, haveria a diferenciação do colar do folículo com a camada externa formando a bainha e a interna se diferenciando nas cristas da barba; isso permitiu a evolução de uma pena com barbas fundidas a uma base oca, o cálamo. O estágio 3 possui duas alternativas (3a e 3b). Na primeira opção, a evolução da raque e da lâmina  precedem as bárbulas; na segunda ocorre o oposto. O chamado estágio 3a+b consiste numa pena penácea sem enganchamento das bárbulas das diferentes raques; essa condição marca o estágio 4, que consiste numa típica pena de contorno. O estágio 5 é a formação da pena assimétrica, similar as penas das asas das aves voadoras.
 
               <nowiki> </nowiki>Este modelo encontra certo respaldo nos fósseis<ref>{{citar periódico|ultimo = Xu|primeiro = Xing|titulo = The origin and early evolution of feathers: insights from recent paleontological and neontological data|jornal = Vertebrata PalAsiatica|doi = |url = http://www.ivpp.cas.cn/cbw/gjzdwxb/xbwzxz/200911/P020091104362654347399.pdf|acessadoem = |coautores = Guo, Yu|ano = 2009|volume = 47|numero = 4|paginas = 311-329}}</ref>. As evidências recentes indicam que penas correspondentes aos estágios iniciais do modelo descrito acima estavam presentes nas formas mais distantes de aves. Possivelmente, as penas se originaram na base de Dinosauria; elas são tidas como presentes em Coelurosauria. Penas penáceas estavam presentes em Oviraptorosauria, Dromaeosauridae, Troodontidae e Aves. Penas assimétricas foram encontradas nas Paraves, grupo que inclui Dromaeosauridae, Troodontidae e as Aves; um indicativo que o voo tenha surgido antes da origem das aves propriamente ditas, fato suportado por descobertas recentes, como ''Microraptor gui'', que possuía penas de voo nos membros anteriores e posteriores.
 
==Coloração variadas das penas==
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Por vezes, um ambiente demasiado seco também pode desencadear o mesmo procedimento, assim como uma falta de [[vitaminas]] ou [[sais minerais]]. Como é evidente, é necessário então fazer pulverizações frequentes de água tépida e não esquecer os alimentos que forneçam vitaminas e sais minerais.<ref>www.avespt.com</ref>
 
==Partes==
As penas são estruturas mortas, de [[queratina]], originadas a partir de papilas vivas da derme (origem mesodérmica).
As penas ou plumas das [[aves]] são formadas de:
 
* Cálamo - É a ponta oca que fica enterrada na pele da ave;
* Raque - É a parte central o "eixo da pena";
* Barbas - São os "raminhos" das penas, que estão presos à raque;
* Bárbulas - São as pequeninas ramificações das barbas.
* Hamuli - São ganchos presentes nas bárbulas.
 
==Penas em [[Dinossauro]]s==
 
Foram descobertas penas em certas espécies de dinossauros.
Os dinossauro adquiriram penas de seus ancestrais répteis que tinham escamas.
Ver ''[[Archeopteryx]]''.
 
== Referências ==
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;Notas
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;Bibliografia
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== {{Ver também}} ==