Francisco Solano López: diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|a cidade paraguaia|Mariscal Francisco Solano López}}
{{Revisão|biografia=sim|sociedade=sim|data=junho de 2015}}
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{{Info/Político/Presidente
|nome = =Francisco Solano López
|imagem = Lopez1870.jpg
|imagem-tamanhoimagem_tamanho = =210px
|ordem_presidente = [[Anexo:Lista de presidentes do Paraguai|2]]
|preposição =do do
|país = Paraguai
|mandato_início = [[10 de setembro]] de [[1862]]
|mandato_fim = [[1 de março]] de [[1870]]
|vice-presidente = Domingo Francisco Sánchez
|antes = =[[Carlos Antonio López]]
|depois = =[[Cirilo Antonio Rivarola]]
|nascimento_data = {{nascimentodni|24|7|1827|si|lang=ptbr|sem idade}}
|nascimento_local = [[Assunção]]
|nacionalidade = {{PARbPRYb}} [[Paraguaio]]
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<!--Serviço militar-->
|ramo = [[Exército do Paraguai|Exército]]
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|graduação = Marechal
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|batalhas = [[Guerra do Paraguai]]
|condecorações =
|assinatura = Francisco solano lopez signature.png
}}
'''Francisco Solano López Carrillo''' ([[Assunção]], [[24 de Julho]] de [[1827]] — [[Cerro Corá]], [[1 de Março]] de [[1870]]) foi o segundo presidente constitucional da [[Paraguai|República do Paraguai]], exercendo o cargo desde [[1862]] até a data de sua morte. Foi comandante das Forças Armadas e chefe supremo do seu país durante a [[Guerra do Paraguai]]. É um personagem extremamente controvertido, sendo considerado herói nacional do [[Paraguai]], enquanto no Brasil é considerado um ditador sanguinário que levou seu país à ruína.
 
== Vida ==
 
Filho do presidente vitalício [[Carlos Antonio López]], foi nomeado general-de-brigada aos dezoito anos de idade. Comandou por duas vezes ([[1846]] e [[1849]]) as forças de seu país enviadas à província de [[Corrientes]] para combater o governo argentino de [[Juan Manuel de Rosas]].
 
De [[1853]] a [[1856]], viajou diversas vezes à [[Europa]], onde estudou e absorveu o sistema militar [[prussia]]no. Durante suas viagens, comprava armas e munições para as forças armadas paraguaias{{semCarece de fontes|biografia=sim|sociedade=sim|data=junho de 2015}}, contratou técnicos estrangeiros e conseguiu a ratificação de tratados comerciais com a [[França]] e com a [[Inglaterra]]{{semCarece de fontes|biografia=sim|sociedade=sim|data=junho de 2015}}, além de frequentar a corte de [[Napoleão III]]. Lá foi apresentado à irlandesa [[Elisa Alicia Lynch|Elisa Lynch]], que se tornou sua companheira e mãe de seus filhos, após se mudar para o Paraguai.
 
Ao ser nomeado pelo pai ministro da [[Guerra]] e da [[Marinha]], Solano adotou nas forças armadas paraguaias o sistema militar aprendido na Europa.
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Após a morte de seu pai Carlos Antonio López, Francisco Solano convocou, conforme a Constituição Paraguaia de 1844, um congresso que, em [[16 de outubro]] de [[1862]], o elegeu presidente por 10 anos.
 
Segundo Alfredo d'Escragnolle Taunay, autor do livro A Retirada da Laguna: Episódio da Guerra do Paraguai, Solano era chamado pelo povo de "El Supremo". Em suas Memórias, Taunay testemunha que "Identificado o povo paraguaio tão completamente com seu chefe, seria necessário dar cabo do último homem para alcançar a pessoa do ditador, ''El Supremo''".
 
[[FicheiroImagem:Francisco Solano Lopes.jpg|thumb|leftesquerda|Francisco Solano López.]]
 
Há diferentes teorias que explicam a guerra do Paraguai ou da Tríplice Aliança, que teria iniciado com a resposta de Solano López à invasão do Uruguai pelo Império Brasileiro. Nas últimas décadas, alguns historiadores, como J.J. Chiavenatto, entenderam que, dada a independência econômica paraguaia em relação ao [[Reino Unido]], condição francamente distinta das condições econômicas dos outros países da América do Sul (profundamente ancorados em dívidas e dependentes dele), a coroa britânica teria feito com que Argentina e Brasil iniciassem uma guerra contra o Paraguai. Como o pai de Solano López, [[Carlos Antonio López]], havia firmado em [[1850]] um tratado com o [[Uruguai]], comprometendo-se a defender este país se a sua soberania fosse ameaçada (a soberania do Uruguai era fundamental para que o país tivesse garantida sua saída ao mar), Brasil e Argentina utilizaram-se desse tratado, depondo à força o governo de [[Bernardo Berro]] em favor do caudilho [[Venâncio Flores]]. Com isso, o Uruguai passou para a influência do Brasil, assinando o '''"Tratado da Tríplice Aliança"''', no qual os três países comprometiam-se a lutar contra López, definiam as terras do país que se apossariam e a cobrança de dívida de guerra. As hostilidades iniciaram-se com a captura do navio brasileiro ''Marquês de Olinda'', da Marinha Mercante Imperial, o qual levava ao Mato Grosso o Coronel [[Frederico Carneiro de Campos|Carneiro de Campos]], nomeado então seu governador, iniciando assim a guerra.
 
A teoria mais aceita atualmente sustenta que foi a ambição desmedida de Solano López, diferente de seu pai e do dr. Francia, que fora o primeiro governante do Paraguai, e que eram ambos mais prudentes, que teria causado a guerra. Mesmo que o Paraguai se tenha sentido ameaçado pela intervenção de seus maiores vizinhos no Uruguai, Francisco Solano López deu mostra, durante a longa guerra, de ações bastante cruéis, chegando a mandar matar familiares próximos por seus lanceiros{{semCarece de fontes|biografia=sim|sociedade=sim|data=junho de 2015}}.
 
No início do conflito López obteve alguns êxitos militares, pois possuía um exército mais numeroso e profissional, além de haver dentro da Argentina rivalidades entre os caudilhos. Porém, logo a guerra evoluiu de forma adversa para o Paraguai.
 
== Massacre de São Fernando ==
 
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| footer = [[Benigno López]], o General [[José Vicente Barrios]] e o Bispo [[Manuel Antonio Palacios]], executados em dezembro de [[1868]].
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Na manhã de [[21 de dezembro]] de [[1868]], dia da Batalha de [[Lomas Valentinas]], momentos antes de começar o combate, o coronel paraguaio [[Hilario Marcó]] por ordens de Solano López fez executar nas imediações de "Potrero Mármol" numerosos prisioneiros, investigados por supostas conspirações para derrubar Lopez e concertar a paz. Entre os executados nessa jornada e no curso das chamadas "matanzas de San Fernando" que custaram a vida de centenas de prisioneiros se encontravam [[Benigno López]], irmão "del Mariscal" e ex-secretário, [[José Berges]] e [[Gumersindo Benítez]], ex-ministros de Relações Exteriores, o general [[José María Bruguez]], o general [[Vicente Barrios]], ex-ministro de Guerra e Marinha e cunhado de Lopez, o coronel Manuel Núñez, o coronel [[Paulino Alén Benítez]],<ref>Atuou na Campanha de Corrientes. Era considerado o oficial mais ilustrado do exército paraguaio. Falava e escrevia corretamente o francês e o inglês, havia sido ajudante técnico do engenheiro [[John Withehead]] na construção de estradas de ferro e companheiro de López em sua viagem à Europa. Em 1865 foi secretário geral do Comando-em-Chefe.</ref> o Sargento-Mor Vicente Mora, o bispo do Paraguai [[Manuel Antônio Palacios]], o deão [[Eugenio Bogado]], o presbítero Vicente Bazán, o sacerdote Juan Bautista Zalduondo, Carlos Riveros,<ref> Redactor de ''El Semanario'', como integrante do "Congresso de 18 de março de 1865", se lhe atribuía a redação da declaração de guerra a Argentina.</ref> Saturnino Bedoya, também cunhado de Lopez, Gaspar López, López Juliana Insfrán de Martínez, esposa do coronel [[Francisco Martínez]], defensor de [[Humaitá]], fuzilada pelas costas como ''"traidora a la patria y al Supremo Gobierno"'', Dolores Recalde, María de Jesús Egusquiza Quevedo,<ref> Filha de [[Juan Bautista Egusquiza]], rico comerciante de Villa Rica, patriota detido em novembro de 1810 por participar de uma conspiração contra o governo espanhol pela independência do Paraguai.</ref> o cônsul português [[José María Leite Pereira]], o dirigente do [[partido Blanco]] uruguaio [[Antonio de las Carreras]], o ex-secretário da Legação uruguaia [[Francisco Rodríguez Larrata]], o capitão italiano [[Simón Fidanza]],<ref> No comando do vapor paquete argentino ''Salto'' efetuava viagens habituais a Assunção. Ao ter início a guerra o barco mercante foi confiscado e Fidanza detido.</ref> dentre muitos outros.
 
Na manhã de [[21 de dezembro]] de [[1868]], dia da Batalha de [[Lomas Valentinas]], momentos antes de começar o combate, o coronel paraguaio [[Hilario Marcó]] por ordens de Solano López fez executar nas imediações de "Potrero Mármol" numerosos prisioneiros, investigados por supostas conspirações para derrubar Lopez e concertar a paz. Entre os executados nessa jornada e no curso das chamadas "matanzas de San Fernando" que custaram a vida de centenas de prisioneiros se encontravam [[Benigno López]], irmão "del Mariscal" e ex-secretário, [[José Berges]] e [[Gumersindo Benítez]], ex-ministros de Relações Exteriores, o general [[José María Bruguez]], o general [[Vicente Barrios]], ex-ministro de Guerra e Marinha e cunhado de Lopez, o coronel Manuel Núñez, o coronel [[Paulino Alén Benítez]],<ref>Atuou na Campanha de Corrientes. Era considerado o oficial mais ilustrado do exército paraguaio. Falava e escrevia corretamente o francês e o inglês, havia sido ajudante técnico do engenheiro [[John Withehead]] na construção de estradas de ferro e companheiro de López em sua viagem à Europa. Em 1865 foi secretário geral do Comando-em-Chefe.</ref> o Sargento-Mor Vicente Mora, o bispo do Paraguai [[Manuel Antônio Palacios]], o deão [[Eugenio Bogado]], o presbítero Vicente Bazán, o sacerdote Juan Bautista Zalduondo, Carlos Riveros,<ref> Redactor de ''El Semanario'', como integrante do "Congresso de 18 de março de 1865", se lhe atribuía a redação da declaração de guerra a Argentina.</ref> Saturnino Bedoya, também cunhado de Lopez, Gaspar López, López Juliana Insfrán de Martínez, esposa do coronel [[Francisco Martínez]], defensor de [[Humaitá]], fuzilada pelas costas como ''"traidora a la patria y al Supremo Gobierno"'', Dolores Recalde, María de Jesús Egusquiza Quevedo,<ref> Filha de [[Juan Bautista Egusquiza]], rico comerciante de Villa Rica, patriota detido em novembro de 1810 por participar de uma conspiração contra o governo espanhol pela independência do Paraguai.</ref> o cônsul português [[José María Leite Pereira]], o dirigente do [[partido Blanco]] uruguaio [[Antonio de las Carreras]], o ex-secretário da Legação uruguaia [[Francisco Rodríguez Larrata]], o capitão italiano [[Simón Fidanza]],<ref> No comando do vapor paquete argentino ''Salto'' efetuava viagens habituais a Assunção. Ao ter início a guerra o barco mercante foi confiscado e Fidanza detido.</ref> dentre muitos outros.
 
== A perseguição final ==
[[FicheiroImagem:CHICO DIABO atravessando com uma lança Solano López (Semana Illustrada n 485, 27.03.1870).JPG|thumb|[[Chico Diabo]] fere Solano López com uma [[lança]] ([[Semana Illustrada]], nº 485, 27/03/1870).]]
 
O final da perseguição a Solano López se deu no seu último acampamento, em Cerro Corá, onde foi cercado pelas tropas brasileiras comandadas pelo [[General Câmara]], onde mesmo cercado, Solano López ainda e contra todo o bom senso esboçou uma reação contra a numerosa tropa que o cercava, na esperança de tentar fugir mais uma vez, mas não houve espaço para escapar, como já havia feito outras vezes. Destaque-se aqui a vez que fugiu diante das tropas comandadas por [[Luís Alves de Lima e Silva|Caxias]], talvez com a conivência desse.
[[Ficheiro:CHICO DIABO atravessando com uma lança Solano López (Semana Illustrada n 485, 27.03.1870).JPG|thumb|[[Chico Diabo]] fere Solano López com uma [[lança]] ([[Semana Illustrada]], nº 485, 27/03/1870).]]
 
O final da perseguição a Solano López se deu no seu último acampamento, em Cerro Corá, onde foi cercado pelas tropas brasileiras comandadas pelo [[General Câmara]], onde mesmo cercado, Solano López ainda e contra todo o bom senso esboçou uma reação contra a numerosa tropa que o cercava, na esperança de tentar fugir mais uma vez, mas não houve espaço para escapar, como já havia feito outras vezes. Destaque-se aqui a vez que fugiu diante das tropas comandadas por [[Luís Alves de Lima e Silva|Caxias]], talvez com a conivência desse.
 
Registra a História que a tarefa de identificar Solano López pelos seus perseguidores foi facilitada em razão dele ser o único indivíduo robusto, notadamente gordo entre os seus, estes raquíticos, devido à falta de víveres e padecendo as maiores misérias. Não conseguindo fugir, Solano López foi intimado a se render, mas não aceitou a rendição, apostando na resistência e, ficando separado dos que lhe defendiam, foi ferido pelo Cabo "[[Chico Diabo]]" e intimado a render-se novamente, neste momento já estava caído dentro do riacho [[Aquidaban-nigui]] (um afluente do [[Rio Aquidabã]]), momento em que foi intimado a render-se novamente; como não aceitou a rendição, o General Câmara mandou desarmá-lo, ao que ele impôs fraca resistência, acabando por levar um tiro do soldado gaúcho João Soares, morrendo em razão dos ferimentos sofridos.<ref>O ditador caiu nas margens do Arroio de Aquidabã, com os pés dentro d'agua e, estando nesta posição o [[José Antônio Correia da Câmara|General Câmara]] intimou-o a render-se, obtendo como resposta a frase .."não lhe entrego a minha espada; morro com minha espada e pela minha pátria ..". Um soldado brasileiro tentou tirar-lhe a espada, caindo novamente o ditador na água e, neste momento um outro soldado que estava atrás de Câmara disparou um tiro a revelia acelerando a morte do Ditador. MAGNOLI, Demetrio. História das Guerras : Contexto, 2009. p. 281.</ref>
 
== ''Post mortem'' ==
[[FicheiroImagem:Parag.771.Solano Lopez.jpeg|miniaturadaimagem|direita|Face de Lopez em um selo no [[Paraguai]]]]
Depois de morto, um oficial brasileiro lançou-se sobre ele, cortando-lhe uma orelha, outro cortou-lhe um dedo, ainda outro arrebentou-lhe a boca com a coronha do fuzil para colher-lhe os dentes.{{careceCarece de fontes|biografia=sim|sociedade=sim|data=junho de 2015}} O cadáver de Francisco Solano López foi enterrado, junto ao de seu filho Panchito, pelas mãos de Madame Lynch que, ajudada pela filha menor, cavou com uma lança a sua sepultura.
Seus despojos estão guardados no [[Panteão Nacional dos Heróis (Assunção)|Panteão aos Heróis]], em Assunção.
 
As informações "post mortem" são discutíveis por não terem apoio documental, mas tão somente panfletário, com compromissos ideológicos radicais, não permitindo uma equlibrada e imparcial visão histórica e a ponderada apreciação dos fatos ocorridos. A Guerra contra Lopez é o evento sul-americano com a maior bibliografia, inclusive fora das Américas.{{semCarece de fontes|biografia=sim|sociedade=sim|data=junho de 2015}}
 
== Vida pessoal ==
Ele teve seis filhos, todos sem descendência, com a irlandesa [[Elisa Alicia Lynch]]. Era filho do seu antecessor na presidência do país, [[Carlos Antonio López]].
 
Ele teve seis filhos, todos sem descendência, com a irlandesa [[Elisa Alicia Lynch]]. Era filho do seu antecessor na presidência do país, [[Carlos Antonio López]].
 
{{Referências}}
 
=== {{Bibliografia}} ===
* [[Júlio José Chiavenatto|CHIAVENATTO, Júlio José]] - ''Genocídio Americano: A Guerra do Paraguai''. 18ª Edição. São Paulo: Brasiliense, 1985.
* [[Leandro Narloch|NARLOCH, Leandro]] - Guia politicamente incorreto da historia do Brasil. 2ª ed, revista e ampliada. São Paulo: Leya, 2011.
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* [[Alfredo d'Escragnolle Taunay|TAUNAY, Alfredo d'Escragnolle (Visconde de)]], [[Sérgio Luiz Rodrigues Medeiros|MEDEIROS, Sérgio Luiz Rodrigues]] - ''Memórias''. São Paulo: Editora Iluminuras Ltda, 2004.
* MAGNOLI, Demetrio. História das Guerras : Contexto, 2009
==Galeria==
 
== Galeria ==
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Ficheiro:Lopez1870.jpg| Última [[fotografia|foto]] de Francisco Solano López, [[1870]].
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