Juramentos de Estrasburgo: diferenças entre revisões

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dois netos: correção dois filhos Carlos o Calvo: designação correta Carlos, (vírgula antes do título) o Calvo Luís o Germânico: Luís, (mesma situação do nome anterior) o Germânico
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== Texto em ''romana lingua'' ==
A língua é ''protofrancês'', recém separado do [[latim]]. É uma das primeiras [[línguas românicas]] a ser atestada. O texto foi pronunciado por Luís o Germânico:
* '''Luís, o Germânico''': « ''Pro deo amur et pro christian poblo et nostro commun salvament, d'ist di in avant, in quant deus savir et podir me dunat, si salvarai eo cist meon fradre Karlo et in aiudha et in cadhuna cosa, si cum om per dreit son fradra salvar dist, in o quid il mi altresi fazet, et ab Ludher nul plaid nunquam prindrai, qui meon vol cist meon fradre Karle in damno sit'' » <small> Pelo amor de Deus e pelo bem do povo cristão e nosso bem a todos os dois, a partir deste dia, enquanto Deus me dará sabedoria e poder, eu darei socorro a meu irmão Carlos com minha ajuda e toda outra coisa, como se deve acudir seu irmão por igualdade, à condição que ele faça o mesmo por mim, e não passarei nenhum acordo com Lotário que, de minha vontade, possa ser prejudicial a meu irmão Carlos. </small>
 
[[Ficheiro:Sacramenta Argentariae (pars brevis).png|thumb|250px|Outro trecho dos Juramentos de Estrasburgo]]
* '''tropas de Carlos, o Calvo''': « ''Si Lodhuvigs sagrament, que son fradre Karlo iurat, conservat, et Karlus meos sendra de suo part non lo tanit, si io returnar non l'int pois : ne io ne neuls, cui eo returnar int pois, in nulla aiudha contra Lodhuvig nun li iu er'' » <small> Se Luís respeitar o Juramento que ele faz a seu irmão Carlos e se Carlos, meu senhor, por sua vez não o respeitar, se eu não puder dissuadi-lo, nem eu nem nenhum daqueles que eu puder convencer não lhe daremos nenhuma ajuda contra Luís.]</small>
 
Existem textos mais antigos atestando a existência de uma língua românica falada na França, como os ''Gloses'' de Cassel (por volta do [[século VIII]] ou [[século IX|IX]]) ou os ''Gloses'' de Reicheneau (século VIII), entre os mais célebres. Estes, no entanto, são glossários, listas de palavras, e não permitem a leitura de frases em ''romana lingua''. O próprio termo ''romana lingua'' é atestado já em [[813]]: durante as deliberações do [[sínodo de Tours]], pediu-se aos bispos que traduzissem em língua vulgar as [[homilia]]s: o povo, na verdade, não mais compreendia o latim. As duas línguas vulgares assinaladas são a ''rustica romana lingua'' « língua romana da campanha » e a ''thiostica'' « teudisca » (antigo termo para « alemão »).