Intel 80386: diferenças entre revisões

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link para esclarecimento do barramento VLB
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Pela primeira vez, o processador foi capaz de utilizar eficientemente o modo protegido, capacidades de memória virtual em disco e multitarefa, ainda que os sistemas operacionais da época não aproveitassem plenamente esses recursos. Iria demorar ainda alguns anos para que surgissem os primeiros sistemas operacionais que fizessem uso das avançadas características que o 386 apresentou ao mundo. A versão 1.0 do OS/2 surgiria somente em 1987, de um acordo entre a Microsoft e a IBM
 
=== O Modo Protegido ===
Apesar do modo protegido já ser usado desde o 286, pela primeira vez, foi possível ao processador alternar entre o modo real e o modo protegido livremente.
 
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O 80286, por um erro de projeto não era capaz de voltar ao modo real depois de comutar para o modo protegido, a não ser que fosse reiniciado. Isso, aliado ao fato de inexistir um sistema operacional que fizesse uso desse recurso, fizeram do 286 uma espécie de "super XT", que rodava muito rápido os programas do DOS escritos para o 8088.
 
===Arquitetura e o 386 SX===
O 386 original possuía tanto interna quanto externamente um barramento de dados e de endereços de 32 bits, o que permitia acessar 4 Gigabytes de memória RAM. Como o 386 era um processador de 32 bits, foi preciso desenvolver
toda uma nova categoria de chipsets e circuitos de apoio para trabalhar com ele, o que acabou encarecendo bastante os sistemas baseados no 386 e afastando muitos compradores em potencial. Para contornar este problema, a Intel optou
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O 386 foi a última geração de processadores fabricados pela Intel a não possuir uma unidade de ponto flutuante (FPU). Assim, as placas mãe do 386 vinham equipadas com um soquete destinado à adição de um processador auxiliar, o coprocessador aritmético, que era encarregado de executar todas as operações envolvendo números reais, essenciais em muitos programas de engenharia e CAD/CAM. Muitos fabricantes de chips criaram seus coprocessadores compatíveis com o i386, sendo os mais comuns o i387, da própria Intel e o Weitek 3167.
 
Os sistemas 386 utilizam o mesmo barramento para a instalação de periféricos que o seu antecessor, o ISA (“Industry Standard Architecture”) que era um barramento de 16 bits e que operava a 8 MHz.  Algumas placas, destinadas principalmente a servidores, vinham dotadas com a extensão de 32 bits deste barramento, o Extended Industry Standard Architecture (EISA). O barramento EISA dobrava a largura de banda destinada ao fluxo de dados entre o periférico e o processador, mas tiveram pouca aceitação devido ao alto custo dessas placas e ao insignificante acréscimo que essas placas traziam para o desempenho geral do sistema. Mesmo o barramento sendo de 32 bits, a frequência de 8 MHz do EISA já não era suficiente para acompanhar a demanda de dados exigida pelas versões mais velozes do 386, que já tinham chegado a 33 MHz em 1991.  Mesmo assim, um barramento de alta velocidade realmente eficiente só seria apresentado para utilização com os modernos processadores 486, que viria a ser conhecido como [[VESA Local Bus|VESA LOCAL BUS]] (VLB).
Os sistemas 386 utilizam o mesmo barramento para a
instalação de periféricos que o seu antecessor, o ISA (“Industry Standard Architecture”) que era um barramento de 16 bits e que operava a 8 MHz.  Algumas placas, destinadas principalmente a servidores, vinham dotadas com a extensão de 32 bits deste barramento, o Extended Industry Standard Architecture (EISA). O barramento EISA dobrava a largura de banda destinada ao fluxo de dados entre o periférico e o processador, mas tiveram pouca aceitação devido ao alto custo dessas placas e ao insignificante acréscimo que essas placas traziam para o desempenho geral do sistema. Mesmo o barramento sendo de 32 bits, a frequência de 8 MHz do EISA já não era suficiente para acompanhar a demanda de dados exigida pelas versões mais velozes do 386, que já tinham chegado a 33 MHz em 1991.  Mesmo assim, um barramento de alta velocidade realmente eficiente só seria apresentado para utilização com os modernos processadores 486, que viria a ser conhecido como VESA LOCAL BUS (VLB).
 
=== A introdução do Cache ===
Como o 386 já havia se tornado muito mais veloz do que os chips de memória da época, o processador desperdiçava muitos ciclos de CPU simplesmente esperando os dados serem recebidos da memória. Esses ciclos desperdiçados foram chamados de ciclos de espera, ou “Wait States”.
 
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Assim, mesmo uma pequena quantidade de memória cache, que num 386 típico continha apenas 64 Kbytes de cache, já era suficiente para minimizar o problema dos ciclos de espera, fazendo com que o processador sempre estivesse ocupado processando e não esperando os dados serem trazidos da memória principal.
 
=== Variantes ===
 
====i386SL====
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Uma versão embarcada do i386SX foi produzida como [[Intel 80376|'''i376''']]. Esta, foi mais tarde superada pelo [[Intel 80386EX|'''i386EX''']], a qual foi usada em aplicações espaciais, tais como no [[Telescópio Espacial Hubble]].
 
=== Concorrentes ===
A AMD, através de uma técnica de produção conhecida como engenharia reversa, criou suas próprias versões do 386, que tinham compatibilidade total com o processador da Intel e de quebra, eram mais eficientes, por usarem uma quantidade menor de transistores. Mais tarde, a AMD lançou uma versão mais veloz do 386, que foi batizada de Am386DX 40, elevando a velocidade dos processadores desta geração um passo à frente. Esses processadores foram um enorme sucesso de vendas pelo seu baixo custo e bom desempenho, que em algumas aplicações se igualava a de um 486 SX de 25 MHz.