Acupuntura no Brasil: diferenças entre revisões

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Ref. acupuntura Ocidente / SUS, Br
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A '''[[acupuntura]] no Brasil''', como em muitos outros países, acompanhou o histórico das migrações de profissionais que dominam essa técnica dos países orientais, onde é uma [[medicina tradicional]] reconhecida, e o processo de legitimação enquanto prática de saúde e [[Profissional da área da saúde|profissionalização]], ou melhor a regulamentação jurídica de prática e processo de ensino aprendizagem formal e a demanda da população por tal forma de atendimento. <ref>NAGAI S.C.; QUEIROZ M.S. Medicina complementar e alternativa na rede básica de serviços de saúde: uma aproximação qualitativa. Ciência e Saúde Coletiva, 16(3):1793-1800,2011. [http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n3/15.pdf PDF] Acesso Set. 2015</ref> <ref>PALMEIRA, Guido. A acupuntura no ocidente. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 6, n. 2, p. 117-128, June 1990 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1990000200002&lng=en&nrm=iso>. access on 04 Sept. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1990000200002.</ref>
[[Imagem:Archie McPhee acupuncture.jpg|thumb|right|Moderno mapa de [[Meridiano (acupuntura)|Meridianos]]]]
 
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Outro aspecto importante desta questão é o exercício desta prática por pessoas com outra formação ou sem formação universitária, incluindo muitos dos responsáveis pela introdução desta técnica no Brasil. É irônico pensar numa regulamentação que não incorpore nem mesmo os acupunturistas formados no oriente que trouxeram esta prática para o país e estão entre os mais qualificados para o seu exercício. Por outro lado, é claro que a prática exige regulamentação para evitar charlatanismos e assegurar o respeito aos direitos dos pacientes, mas esta legislação poderia pensar formas de incluir os profissionais que já exercem esta profissão dialogando com as entidades da classe.
 
Apesar de a acupuntura estar largamente difundida no Brasil e contar com a credibilidade de outros profissionais de saúde e cidadãos de diferentes níveis socio-econômicos, a profissão de acupunturista ainda não foi regulamentada (Atualmente tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei n.1549/2003[5]), sendo, portanto, de livre exercício. Por outro lado, ela já existe na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO em quatro distintas modalidades (acupunturista, fisioterapeuta acupunturista, médico acupunturista e psicólogo acupunturista, sendo protegida por sindicatos registrados no Ministério do Trabalho, como o Sindicato dos Profissionais de Acupuntura e Terapias Afins do Estado do Rio de Janeiro - SINDACTA [www.sindacta.org.br], o SATOSP e o SATOPAR.
 
Nos países onde esta técnica se originou as práticas suaves de [[Chi Kung]], de [[meditação]], e de [[neijia|artes marciais internas]] são tradicionalmente utilizadas para potencializar o seu efeito, auxiliando a circulação da energia vital [[chi]] em sua polaridade [[yin yang]].
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''Considerando-se as mudanças no perfil demográfico e epidemiológico das populações, com o aumento da expectativa de vida ao nascer, as reduções das taxas de natalidade e fecundidade, a maior prevalência de doenças crônico-degenerativas, neoplasias e problemas relacionados com saúde mental, ocupacional e ambiental (inclusive, drogas e violência em suas diversas formas), é bem provável que se amplie a produção e se diversifique o acesso a tais "práticas alternativas", podendo-se até imaginar a possibilidade de incorporação de parte delas ao perfil de oferta de serviços prestados pelos sistemas oficiais de saúde.''
 
Observe-se que a adequação da acupuntura ao tratamento da dor, problema crucial em algumas doenças crônicas e ocupacionais já são responsáveis pela presença do acupunturista nos serviços públicos de saúde geralmente como opção pessoal da escolha técnicas de tratamento e formação de cada profissional. <ref>ILVA, Emiliana Domingues Cunha da; TESSER, Charles Dalcanale. Experiência de pacientes com acupuntura no Sistema Único de Saúde em diferentes ambientes de cuidado e (des)medicalização social. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 29, n. 11, p. 2186-2196, Nov. 2013 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2013001100006&lng=en&nrm=iso>. access on 04 Sept. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00159612.</ref>
 
É bem possível que os problemas do controle da prática e formação profissional e mercado de trabalho tenham um maior peso para determinar sua utilização do que os problemas conceituais de incorporar questões até então não abordadas pela ciência e/ou integração com conhecimento mítico-religioso e [[saber popular]] ou a verificação da sua eficácia (até então não demonstradas) em doenças freqüentes que acometem à população a exemplo da [[hipertensão arterial]] e [[depressão nervosa|depressão]] e outros problemas prevalentes com potencial indicação para tratamento com acupuntura.