Luís de Valois, Duque de Orleães: diferenças entre revisões

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A inimizade entre ambos era pública e uma fonte de instabilidade política na já problemática França. Luís teve a vantagem inicial, possuindo sangue real, mas sua personalidade difícil e rumores de um caso amoroso entre ele e a rainha consorte [[Isabel da Baviera, Rainha de França|Isabel de Bavária]] fizeram-no extremamente impopular. Nos anos seguintes, os filhos de Carlos VI foram sucessivamente sequestrados e resgatados por ambas as partes, até que o duque de Borgonha conseguiu ser designado por decreto real como guardião do [[Delfim de França|delfim]], tornando-se regente de França.
 
Luís não desistiu e esforçou-se para sabotar o mandato de João, incluindo esbanjar o dinheiro levantado para libertar [[Calais]], então ocupada pelos ingleses. Após esse episódio, João e Luís romperam em ameaças abertas e somente por meio da intervenção de [[João, Duque de Berry|João de Valois]], [[Duque de Berry]] e tio de ambos, é que foi possível evitar-se uma guerra civil. Em [[20 de novembro]] de [[1407]] uma reconciliação solene foi jurada por ambos em frente à corte de França.
 
Três dias depois, em 23 de novembro, o duque de Orléans vai visitar a [[Isabel da Baviera, Rainha de França|rainha Isabel]], que tinha dado a luz pouco tempo antes, no ''[[Hôtel particulier|hôtel]] Barbette'', na rua Vieille-du-Temple, em Paris. Thomas de Courteheuse o informa que o rei Carlos VI o esperava com urgência no ''[[Hôtel Saint-Pol]]''. Na saída, Luís é apunhalado por um grupo de homens mascarados, liderados por Raoulet d'Anquetonville, homem de confiança do duque de Borgonha. Os valetes e guardas que o acompanhavam foram incapazes de protegê-lo.<ref>[http://www.herodote.net/histoire/evenement.php?jour=14071123 23 novembre 1407 - Assassinat dans la rue Vieille du Temple.]</ref> O duque de Borgonha tem o apoio da população parisiense e da [[Universidade de Paris|Universidade]], que ele soube seduzir. Pronto a assumir o poder, João, o Temerário confessa publicamente o assassinato. Longe de pensar em se esconder, ele faz redigir um elogio do tiranocídio, pelo teólogo Jean Petit, universitário da Sorbonne.