Guerra Russo-Georgiana: diferenças entre revisões

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A [[Guerra na Ossétia do Sul em 1991-1992|Guerra da Ossétia do Sul de 1991-1992]] entre georgianos e ossetas havia deixado um pouco mais da metade da Ossétia do Sul sob o controle ''[[de facto]]'' de um governo apoiado pela Rússia não reconhecido internacionalmente. <ref name="king_fivedaywar">{{citar web|url=http://www9.georgetown.edu/faculty/kingch/King_Five_Day_War.pdf |title=Charles King, The Five-Day War |format=PDF |accessdate=| archiveurl= http://web.archive.org/web/20100601235542/http://www9.georgetown.edu/faculty/kingch/King_Five_Day_War.pdf| archivedate= 2010-06-01 | deadurl= no}}</ref><ref name=dansk>{{cite web|url=http://www.caucasus.dk/chapter4.htm |title=The Georgian — South Ossetian Conflict, chapter 4 |publisher=Caucasus.dk |accessdate=2009-05-10| archiveurl= http://web.archive.org/web/20090430213436/http://www.caucasus.dk/chapter4.htm| archivedate= 2009-04-30 | deadurl= no}}</ref> A maior parte dos georgianos da Ossétia do Sul permaneceram sob o controle da Geórgia (distrito de [[Akhalgori]], e a maioria das aldeias vizinhas a [[Tskhinvali]]), com uma força de paz conjunta da Geórgia, da [[Ossétia do Norte]] e da Rússia presente nos territórios. Uma situação similar existia na Abecásia após a [[Guerra na Abecásia (1992–1993)|Guerra na Abecásia de 1992-1993]].
 
As tensões escalaram durante os meses de verão de 2008. Bombardeios por separatistas ossetas contra aldeias georgianas começaram logo em [[1 de agosto]], atraindo uma resposta pontual das forças de paz da Geórgia e de outros combatentes já existentes na região.<ref name="shelling">{{cite web| url=http://www.rferl.org/content/Is_The_Clock_Ticking_For_Saakashvili/1199512.html | work=RFE/RL |author=Brian Whitmore |title=Is The Clock Ticking For Saakashvili?' | date=2008-09-12}}</ref> A Geórgia lançou uma ofensiva militar de grande escala contra a Ossétia do Sul durante a noite de 7 para 8 de agosto, em uma tentativa de recuperar o território;<ref>{{cite journal|last=King|first=Charles|date=2009-10-11|title=Clarity in the Caucasus?|journal=Foreign Affairs|url=http://www.foreignaffairs.com/articles/65469/charles-king/clarity-in-the-caucasus| accessdate= }}</ref> declarando que estava respondendo aos ataques contra suas forças de paz e aldeias da Ossétia do Sul, e que a Rússia estava movendo unidades não pertencentes à manutenção da paz para o país. A Geórgia capturou com sucesso a maior parte de Tskhinvali em poucas horas. A Rússia reagiu, com a implantação de unidades do 58ª Exército Russo e das [[Tropas Aerotransportadas da Federação Russa|Tropas Aerotransportadas]] na Ossétia do Sul um dia depois, e lançou ataques aéreos contra as forças georgianas na Ossétia do Sul e em alvos militares e logísticos na Geórgia. A Rússia reivindicou que estas ações foram uma [[intervenção humanitária]] necessária ea imposição da [[paz]]. <ref name="ger">{{cite news | title = The West Begins to Doubt Georgian Leader| publisher = [[Der Spiegel]] | date = 15 September 2008 | url = http://www.spiegel.de/international/world/0,1518,578273-2,00.html | accessdate = 2008-09-15 | archiveurl= http://web.archive.org/web/20080917234114/http://www.spiegel.de/international/world/0,1518,578273-2,00.html| archivedate= 2008-09-17 | deadurl= no}}</ref><ref name=ger/><ref>{{cite web|url=http://www.heritage.org/research/RussiaandEurasia/wm2017.cfm |title=Russia and Eurasia |publisher=Heritage.org |accessdate=2009-05-10|archiveurl=http://www.webcitation.org/5h7JPwfdR|archivedate=2009-05-28|deadurl=no}}</ref><ref name="Russia_NYTimes">{{cite news |url=http://www.nytimes.com/2008/08/13/world/europe/13georgia.html |title=Russia, in Accord With Georgians, Sets Withdrawal |work=[[The New York Times]]|date=2008-08-12 | first1=Andrew E. | last1=Kramer | first2=Ellen | last2=Barry | accessdate=2010-03-29| archiveurl= http://web.archive.org/web/20100511081312/http://www.nytimes.com/2008/08/13/world/europe/13georgia.html?| archivedate= 2010-05-11 | deadurl= no}}</ref>
 
As forças russas e ossetas lutaram contra as forças georgianas na Ossétia do Sul ao longo de quatro dias; os combates mais pesados ocorremocorreram em Tskhinvali. Em [[9 de agosto]], as forças navais russas supostamente bloquearam uma parte da costa da Geórgia e desembarcaram fuzileiros navais na costa da Abecásia. <ref name="Allison">Roy Allison, [http://www.chathamhouse.org.uk/files/12445_84_6allison.pdf Russia resurgent? Moscow's campaign to ‘force Georgia to peace’], in [[International Affairs (journal)|International Affairs]], 84: 6 (2008) 1145–1171. Accessed 2009-09-02. [http://www.webcitation.org/5jZjEOb2T Archived] 2009-09-05.</ref> A marinha georgiana tentou intervir, mas foi derrotada em uma batalha naval. As forças russas e abecases e abriram uma segunda frente, atacando o [[Vale de Kodori]], mantido pela Geórgia. <ref>{{cite web|url=http://www.thaindian.com/newsportal/world-news/abkhazia-launches-operation-to-force-georgian-troops-out_10081986.html |title=Abkhazia launches operation to force Georgian troops out |publisher=Thaindian.com |accessdate=2009-05-10|archiveurl=http://www.webcitation.org/5h7JQIJl3|archivedate=2009-05-28|deadurl=no}}</ref> As forças georgianas colocaram apenas uma resistência mínima, e as forças russas invadiram posteriormente bases militares na Geórgia ocidental. Após cinco dias de intensos combates na Ossétia do Sul, as forças georgianas recuaram, permitindo que os russos entrassem no território incontestado da Geórgia e, temporariamente, ocupam as cidades de [[Poti]], [[Gori]], [[Senaki]] e [[Zugdidi]]. <ref>{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7551576.stm |title=Day-by-day: Georgia-Russia crisis |publisher=BBC News |date=2008-08-21 |accessdate=}}</ref>
 
Através da mediação pela presidência francesa da [[União Europeia]], as partes chegaram a um acordo preliminar de [[cessar-fogo]] em [[12 de agosto]], assinado pela Geórgia em [[15 de agosto]], em [[Tbilisi]] e pela Rússia em [[16 de agosto]], em [[Moscou]]. Várias semanas após a assinatura do acordo de cessar-fogo, a Rússia começou a retirar a maioria de suas tropas do território incontestado da Geórgia. No entanto, as autoridades ocidentais insistem que as tropas não retornaram para a linha onde estavam estacionadas antes do início das hostilidades, conforme descrito no plano de paz.<ref name="Houseoflords">{{cite web|url=http://www.publications.parliament.uk/pa/ld200809/ldselect/ldeucom/26/26.pdf |title=After Georgia. The EU and Russia: Follow-Up Report |format=PDF |date=2009-02-12 |accessdate=}}</ref><ref name="Kouchner2009">{{fr}} [http://www.ambafrance-ru.org/Interview-de-M-Bernard-KOUCHNER-a Interview de M. Bernard Kouchner à la radio "Echo de Moscou" (1er octobre 2009)]</ref> As forças russas permanecem estacionadas na Abecásia e na Ossétia do Sul no âmbito de acordos bilaterais com os governos correspondentes. <ref>{{cite news|url=http://en.rian.ru/world/20081008/117600495.html|title=Russia completes troop pullout from S.Ossetia buffer zone|location=Moscow|agency=[[RIA Novosti]]|date=8 October 2008|accessdate=2008-10-10| archiveurl= http://web.archive.org/web/20081009171629/http://en.rian.ru/world/20081008/117600495.html| archivedate= 2008-10-09 | deadurl= no}}