Agência de classificação de risco de crédito: diferenças entre revisões

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No seu relatório de investigação sobre a crise financeira, a ''Financial Crisis Inquiry Commission''<ref>Comissão de dez membros designados pelo governo dos EUA com o objetivo de investigar as causas da crise financeira de 2007–2010</ref> referiu-se às "falhas" das ''Big Three'' como "engrenagens essenciais na roda da destruição financeira."
No livro que escreveram sobre a crise, os jornalistas Bethany McLeane e Joe Nocera criticam as agências de ''rating'' por continuar, ao longo de 2005, 2006 e 2007, batendo o carimbo de triplo A em títulos ''[[subprime]]'', mesmo quando as subscrições se deterioraram, e era óbvio que o ''[[boom]]'' habitacional se transformara em uma [[bolha especulativa|bolha]]. <ref>McLean, Bethany; Joe Nocera. ''All the Devils Are Here: The Hidden History of the Financial Crisis'', Portfolio, Penguin, 2010 (p.111)</ref> McLean & Nocera classificam essa prática como uma erosão das normas, com afastamento proposital de qualquer dúvida, visando manter gordas comissões e quotas de mercados - mas também por incapacidade de enfrentar "os bancos de investimento emissores desses títulos. Em 5 de fevereiro de 2013 ''[[The Economist ]]'' afirmou: "É indiscutível que as agências de ''rating'' fizeram um péssimo trabalho na avaliação dos títulos vinculados a hipotecas, antes que a crise estourasse". <ref name=econ>{{cite journal|last=TE|title=Free speech or knowing misrepresentation?|journal=The Economist|date=5 de fevereiro de 2013|url=http://www.economist.com/blogs/schumpeter/2013/02/rating-agencies}}</ref>
===Rebaixamentos recentesposteriores ===
Em agosto de 2011, a S&P rebaixou a nota dos títulos dos [[Estados Unidos]], que por muito tempo mantiveram a classificação AAA.<ref name=controversy/>
No segundo trimestre de 2010, pelo menos uma das ''Big Three'' rebaixou os títulos da dívida da [[Grécia]], de [[Portugal]] e da [[Irlanda]] ao ''status'' de "[[títulos podres|lixo]]" - e muitos analistas da [[UE]] acreditam que esse movimento tenha turbinado a [[Crise da dívida pública da Zona Euro|crise europeia da dívida soberana]]. Em janeiro de 2012, em meio à persistente instabilidade da [[zona euro]], a S&P ainda rebaixou nove países da zona, retirando da [[França]] e da [[Áustria]] a classificação de triplo A.<ref name=controversy/>
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In November 2013, credit ratings organizations from five countries (CPR of Portugal, CARE Rating of India, GCR of South Africa, MARC of Malaysia, and SR Rating of Brazil) joint ventured to launch [[ARC Ratings]], a new global agency touted as an alternative to the "Big Three".<ref>''[[Reuters]]'', 12 November 2013, [http://in.reuters.com/article/2013/11/12/credit-ratings-agency-idINDEE9AB0AQ20131112 " (Reuters) - Credit ratings organisations from five countries are launching a new global agency, touting it as an alternative to the Big Three agencies which they say no longer meet the needs of the new globalised world. In a statement on Tuesday, ARC Ratings said the agency would launch in London as a joint venture between CPR of Portugal, CARE Rating of India, GCR of South Africa, MARC of Malaysia, and Brazil's SR Rating."]</ref>
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== Funcionamento ==
As agências atribuem as [[nota de risco|notas de risco de crédito]] não apenas a estados nacionais, mas também entidades subnacionais e [[empresa]]s, especialmente bancos. O objetivo da classificação é mostrar a capacidade de pagamento de [[dívida]]s (valor total e juros) no prazo prometido - ou seja, mostrar a capacidade de o [[emissor]] cumprir seu contrato no prazo prometido.