Fernão da Silveira, o Moço: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 10:
Foi [[Escrivão da Puridade]] de D. [[João II de Portugal]].<ref>{{citar livro|autor=Vários|título=[[Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira]]|editora=Editorial Enciclopédia, L.da|ano=|páginas=Volume XXVIII|id=906-7}}</ref>
 
Tornou-se, depois, inimigo de D. João II, e entrou na conspiração de D. [[Diogo, Duque de Viseu|Diogo]], 4.º [[Duque de Viseu]] e 3.º [[Duque de Beja]], pelo que foi perseguido, sendo forçado a esconder-se em [[Setúbal]], em casa dum velho [[Escudeiro]] de seu pai, de seu nome João Pegas. Depois de buscas minuciosas, como não tivesse sido encontrado, os Inquiridores supuseram que, efectivamente, não estaria ali escondido, mas continuaram convencidos de que João Pegas conhecia o paradeiro do filho de seu [[Amo]], a quem nunca traiu, a despeito de ameaças e de promessas de grande recompensa, caso declarasse onde ele se encontrava. O Escudeiro havia-o ocultado dentro duma [[cova]], tapada por uma [[arca]] sem fundo, e, como muito naturalmente deitava comestíveis para dentro da arca, assim o ia sustentando, sem que ninguém o suspeitasse. Certo dia, uma [[Escravidão|escrava]] [[Africanos|negra]], ouvindo gemidos vindos de dentro da arca, correu assustada a avisar o Amo, e este, receando alguma indiscrição, atirou a escrava a um [[poço]], quando esta estava a tirar [[água]]. Só meses depois conseguiu escapar-se para [[Coroa de Castela|Castela]], graças ao auxílio dum [[mercador]] de [[Sevilha]]. D. João II, enfurecido ao tomar conhecimento da fuga e, ainda mais, por haver sido informado que Fernão da Silveira tinha sido muito bem acolhido na [[Corte (realeza)|Corte]] dos [[Reis Católicos]], D. [[Isabel I de Castela]] e D. [[Fernando V de Castela]], por influência do 4.º [[:es:Condado de Benavente|Conde de Benavente]] e 1.º [[:es:Ducado de Benavente|Duque de Benavente]] [[:es:Grandeza de España|Grande de Castela]] e 3.º [[:es:Condado de Mayorga|Conde de Mayorga]] D. [[:es:Rodrigo Alonso Pimentel|Rodrigo Alonso Pimentel]], amigo de seu pai, pediu insistentemente a sua [[extradição]]. Receando que esta fosse concedida, o foragido passou a [[Reino de França|França]], mas ainda aí a cólera implacável de D. João II o perseguiu, chegando mesmo a assalariar um assassino, o [[emigrante]] [[Catalães|Catalão]] [[:es:Hugo Roger III de Pallars Sobirá|Hugo Roger III de Pallars Sobirá]], [[Conde de Pallars Sobirá]], para o matar, tendo, assim, sido [[Assassínio|assassinado]] nas [[rua]]s de [[Avinhão]], a 8 de Setembro de 1489. A sua morte indignou [[Carlos VIII de França]], e o [[Conde]] de [[Pallars Sobirá]] foi [[Prisão|preso]] e punido severamente, mas D. João II intercedeu, e o castigo foi menos severo do que deveria ser.<ref name="GEPB"/>
 
Casou com Beatriz ou Brites de Sousa, filha de [[João de Melo, 1.º Senhor do Redondo|João de Melo]] e de sua segunda mulher Mécia de Sousa. Foi pai de [[João da Silveira]], também Poeta apreciado.<ref name="GEPB"/>