Vírus: diferenças entre revisões
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=== Liberação de novas partículas virais ===
A liberação dos vírions do citosol pode se dar por lise celular ou brotamento. A liberação por lise celular é mais comum aos vírus não-envelopados, e ocorre quando a membrana plasmática da célula infectada se rompe, levando-a morte celular.<ref name="PMV2005" /> Porém, nem todo processo de liberação viral causa danos a célula hospedeira. O brotamento é um mecanismo de liberação que pode provocar pouco ou nenhum prejuízo à célula.<ref name="FMV2007" /> Vírus que obtém envelope a partir da [[membrana plasmática]] saem da célula por meio de brotamento direto do [[nucleocapsídeo]] em contato com a face interna da membrana, em regiões específicas, onde se localizam as [[glicoproteínas]] virais sintetizadas em momentos prévios da infecção. Vírus com envelope originado de compartimentos intracelulares ([[Organelas citoplasmáticas|organelas]]) são liberados da célula por meio de vesículas que se fundem com a membrana plasmática. Após a liberação, quando os vírions se encontram no meio extracelular, a maioria deles permanece inerte até que outra célula hospedeira seja infectada, reiniciando o ciclo de replicação viral.<ref name="VPA2007" />
== Vírus: seres vivos ou seres não vivos? ==
A [[vida]], em sua definição biológica, é considerada um complexo e dinâmico estado de interações [[bioquímica]]s e [[biofísica]]s. Sob esta perspectiva, são citadas duas propriedades básicas de sistemas vivos:
* (a) são capazes de produzir e utilizar energia química para a síntese de [[macromoléculas]] por meio de uma variedade de proteínas, sendo a maior parte delas [[enzima]]s, as quais de maneira coordenada atuam nestes processos biossintéticos; * (b) possuem [[ácido nucleico]] que carrega em sua estrutura os mecanismos essenciais à [[Código genético|codificação]] e [[decodificação]] das informações necessárias para a produção das macromoléculas citadas anteriormente.<ref name="Conrat" /> Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos ou não, e esse debate é primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a ser vida, em outras palavras, a definição de vida.
Muitos, porém, não concordam com esta perspectiva, e argumentam que, uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos; eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira, mas até aí todos os seres vivos dependem de interações com outros seres vivos.<ref name="AFM" /> Assim como [[Plasmídeo|plasmídeos]] e outros elementos genéticos, os vírus se aproveitam da maquinaria celular para se multiplicar. No entanto, diferentemente destes elementos genéticos, os vírus possuem uma forma extracelular por meio da qual o material genético viral é transmitido de um hospedeiro a outro. Em função da existência deste estágio independente das células no ciclo biológico viral, algumas pessoas consideram os vírus como "organismos vivos" ou "formas de vida".<ref name="brock" /> Outros ainda levam em consideração a presença maciça de vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem — aparentemente tão antiga como a própria vida —, sua importância na história natural de todos os outros organismos, etc.<ref name="PMV2005" /> Conforme já mencionado, diferentes conceitos a respeito do que vem a ser vida formam o cerne dessa discussão.<ref name="AL">LANGTON, C. G.. Artificial Life: An Overview (Complex Adaptive Systems). Massachusetts: The MIT Press, 1997. 336 p. ISBN 978-0262621120</ref>
== A origem dos vírus ==
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== Origem da diversidade genética viral ==
Diversos são os processos responsáveis por gerar variabilidade genética dentro de uma população viral. Entre tais processos, estão: mutações, recombinações, rearranjos genéticos em
== Doenças humanas virais ==
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* [[RNA satélite|RNAs satélite]]: considerados subtipos de virusóides, são constituídos por pequenas moléculas de RNA, que variam de 200 a 1700 nucleotídeos, sendo os maiores capazes de codificar algumas proteínas.
* [[RNA interferente defectivo|RNAs interferentes defectivos]] (DI-RNAs): são pequenas moléculas de RNA viral provenientes de genomas virais que perderam função essenciais em decorrência de seguidas [[Deleção|deleções]]. Um DI-RNA depende essencialmente do vírus parental (que o originou) para se replicar.
* [[Príon]]s (ou priões): são agentes infecciosos que não possuem nenhum ácido
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