Russell T Davies: diferenças entre revisões

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Davies tenta criar uma imagem e fazer um comentário social ao mesmo tempo em seus roteiros; por exemplo, ele define mais as direções das câmeras nos ''scripts'' do que argumentistas com menos tempo de carreira, para garantir que qualquer outra pessoa que leia sua criação, incluindo o diretor, seja capaz de "sentir... o ritmo, a velocidade, a atmosfera, o clima, as piadas [e] o pavor". Suas didascálias também criam uma atmosfera através de sua formatação e a evitação da primeira pessoa.{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 85–87}} Embora que a base de uma boa parte dos seus roteiros seja criada a partir de conceitos antigos, ele afirma que a maioria dos conceitos narrativos já foram utilizados, e, ao invés de inventar novos, tenta possuir uma trama relativamente nova e divertida; "Turn Left", um episódio de ''Doctor Who'', por exemplo, tem um enredo similar ao do filme ''[[Sliding Doors]]'', de 1998. Assim como na película, em que são analisadas duas linhas do tempo baseadas no momento em que Helen Quilley ([[Gwyneth Paltrow]]) pega um [[Metropolitano de Londres|metrô londrino]], Davies usa a escolha da companheira do Doutor em ir para a esquerda ou para a direita, numa interseção da estrada, para descrever tanto um mundo com o Doutor, visto durante o resto da quarta temporada, ou um universo paralelo sem o personagem, explorado durante todo o episódio.{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=p 33}} O mundo sem o Doutor cria uma [[distopia]], que é usada pelo autor para opinar sobre o [[nazifascismo]].<ref name="TLcompanion">{{cite journal|last=Pixley|first=Andrew|date=14 de agosto de 2008|title=Turn Left|journal=Doctor Who Magazine|publisher=Panini Comics|location=Royal Tunbridge Wells, Kent|volume=The Doctor Who Companion: Series 4|issue=Special Edition 20|pages=pp 116–125}}</ref><ref name="tlscript">{{citar web|língua3-en|url=http://www.thewriterstale.com/pdfs/Doctor%20Who%204%20Ep.11-%20Shooting%20Script%20-%20Turn%20Left%20-%2030.01.08.pdf|arquivourl=http://web.archive.org/web/20130508100443/http://www.thewriterstale.com/pdfs/Doctor%20Who%204%20Ep.11-%20Shooting%20Script%20-%20Turn%20Left%20-%2030.01.08.pdf|arquivodata=8 de maio de 2013|título=Shooting Script for "Turn Left": Green script|último=Davies|primeiro=Russell T|data=20 de novembro de 2007|data-publicação=1 October 2008|publicado=[[BBC Books]]|pp=33–34|acessodata=2 de dezembro de 2007}}</ref> Geralmente, o galês tenta fazer roteiros "bastante detalhados, mas muito sucintos", e evita descrever o personagem e o cenário muito detalhadamente, limitando-se a três adjetivos para seus personagens e duas linhas para detalhar o cenário, deixando assim o diálogo esmiuçar toda a história.<ref>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/writersroom/insight/russell_t_davies_7.shtml|title=Russell T Davies|last=Davies|first=Russell T|date=Outubro de 2008|work=Writersroom|publisher=BBC|at=p 7|accessdate=13 de julho de 2009|archiveurl=http://web.archive.org/web/20090214054757/http://bbc.co.uk/writersroom/insight/russell_t_davies_7.shtml|archivedate=14 de fevereiro de 2009}}</ref>
 
Outras características de seus trabalhos são a análise e o debate sobre várias questões, como sexualidade e religião, especialmente de uma perspectiva homossexual e [[Ateísmo|ateísta]]. Ele abstém-se de uma dependência em "linhas baratas e fáceis", que provêm pouco conhecimento mais aprofundado;{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 35–36}} seu mantra durante o início de sua carreira escrevendo dramas adultos era "não incluir questões chatas".{{sfn|Aldridge|Murray|2008|loc=pp 61–62}} ''Queer as Folk'' é seu principal veículo de seu comentário social sobre a homossexualidade e a vocação de maior aceitação. O britânico usou a série para desafiar o "princípio fundamental" da homofobia ao apresentar a imagem homossexual em contraste à "imagem fundamental da vida, da família, da infância [e] de sobrevivência" heterossexual.{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 35–36}}{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 123–124}} Seu próximo projeto, ''Bob & Rose'', examina o dilema de um homem gay que se apaixona por uma mulher, e a reação dos respectivos ciclos sociais do casal.{{sfn|Aldridge|Murray|2008|loc=p 138}} ''Torchwood'', nas palavras do próprio, é um "programa muito bissexual", e demonstra uma abordagem fluida tanto para gênero quanto para sexualidade "quase que desde o início": por exemplo, o personagem principal, [[Jack Harkness|Capitão Jack Harkness]], despreocupadamente menciona que já engravidou; e, mais tarde, os outros protagonistas discutem a sexualidade de Harkness. O portal gay [[AfterEllen.com|AfterElton]] opinou que o maior destaque de ''Torchwood'' poderia ser uma "representação ''[[queer]]''" ao mostrar o Capitão Jack como um personagem cuja bissexualidade é explorada mas não é seu principal traço.<ref name="verybisexual">{{citar web|último=Hall|primeiro=Locksley|língua3=en|data=24 de outubro de 2006|acessodata=19 de setembro de 2011|título=Torchwood: Captain Jack Gets His Own Show|url=http://www.afterelton.com/TV/2006/10/torchwood.html|publicado=[[AfterElton]]}}</ref>
 
==Créditos==