Família na Doutrina Social da Igreja: diferenças entre revisões

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→‎Bibliografia: COTINGO, Augusto Cacande, A Familia o espelho da Sociedade, Luanda, 2014
A Família Espelho da Sociedade
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A FAMILIA O ESPELHO DA SOCIEDADE
{{Artigo principal|[[Doutrina Social da Igreja]]}}
 
AGRADECIMENTOS
 
Agradeço a Deus o Autor e Proctector da vida.
 
Aos meus Pais que serviram de trampolim para minha vinda na terra;
 
Aos meus docentes da vida.
 
A minha familia e a todos que de forma directa ou indirecta fizeram com este trabalho fosse um facto.
 
“A minha Septerna gratidão”
 
DEDICATORIA
 
Dedico este trabalho a todas a extrutura social da familia e a toda comunidade académica.
 
INTRODUÇÃO
 
Desde o alvorecer da humanidade a família sempre foi e sempre a base da nossa sociedade e a base do nosso bem-estar. Quando surgem acontecimentos perturbadores na família o seu efeito pode estender-se por várias gerações. Criar famílias estáveis que possam gerir, entender e resolver os seus problemas é o objectivo das Constelações Familiares.
 
Como é óbvio neste trabalho propusemo-nos falar da família como espelho da sociedade; trabalho composto por dois pontos chaves, onde no primeiro abordamos um pouco sobre os conceitos e historia da família, como são vista as família hoje e a mesma como fonte de valores para o sustentáculo da sociedade; e no segundo ponto falamos do que vem a ser a final de contas a família dentro da sociedade e o que seria da mesmo “sociedade” sem os pilares da família. Basicamente isto que nos leva a viajar no mundo do saber.
 
I- Conceito, Historia da Família
 
O termo “família” é derivado do latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem introduzidas à agricultura e também escravidão legalizada.
 
No direito romano clássico a "família natural" cresce de importância - esta família é baseada no casamento e no vínculo de sangue. A família natural é o agrupamento constituído apenas dos cônjuges e de seus filhos. A família natural tem por base o casamento e as relações jurídicas deles resultantes, entre os cônjuges, e pais e filhos. Se nesta época predominava uma estrutura familiar patriarcal em que um vasto leque de pessoas se encontrava sob a autoridade do mesmo chefe, nos tempos medievais (Idade Média), as pessoas começaram a estar ligadas por vínculos matrimoniais, formando novas famílias. Dessas novas famílias fazia também parte a descendência gerada que, assim, tinha duas famílias, a paterna e a materna.
 
Com a Revolução Francesa surgiram os casamentos laicos no Ocidente e, com a Revolução Industrial, tornaram-se frequentes os movimentos migratórios para cidades maiores, construídas em redor dos complexos industriais. Estas mudanças demográficas originaram o estreitamento dos laços familiares e as pequenas famílias, num cenário similar ao que existe hoje em dia. As mulheres saem de casa, integrando a população activa, e a educação dos filhos é partilhada com as escolas. Os idosos deixam também de poder contar com o apoio directo dos familiares nos moldes pré-Revoluções Francesa e Industrial, sendo entregues aos cuidados de instituições de assistência. Na altura, a família era definida como um “agregado doméstico (…) composto por pessoas unidas por vínculos de aliança, consanguinidade ou outros laços sociais, podendo ser restrita ou alargada” Nesta definição, nota-se a ambiguidade motivada pela transição entre o período anterior às revoluções, representada pelas referências à família alargada, com a tendência reducionista que começava a instalar-se reflectida pelos vínculos de aliança matrimonial.
 
Na cultura ocidental, uma família é definida especificamente como um grupo de pessoas de mesmo sangue, ou unidas legalmente (como no casamento e na adopção). Muitos etnólogos argumentam que a noção de "sangue" como elemento de unificação familiar deve ser entendida metaforicamente; dizem que em muitas sociedades e culturas não-ocidentais a família é definida por outros conceitos que não "sangue". A família poderia assim se constituir de uma instituição normalizada por uma série de regulamentos de afiliação e aliança, aceites pelos membros. Alguns destes regulamentos envolvem: a exogamia, a endogamia, o incesto, a monogamia, a poligamia, e a poliandria.
 
A família vem-se transformando através dos tempos, acompanhando as mudanças religiosas, económicas e sócio-culturais do contexto em que se encontram inseridas. Esta é um espaço sócio-cultural que pode ser continuamente renovado e reconstruído; o conceito de próximo encontra-se realizado mais que em outro espaço social qualquer, e pode ser visto como um espaço político de natureza criativa e inspiradora sendo vital para qualquer circunstância a transmissão de valores socialmente aceites.
 
Assim, a família deverá ser encarada como um todo que integra contextos mais vastos como a comunidade em que se insere. De encontro a esta afirmação, <nowiki>[[JANOSIK e GREEN]]</nowiki>, referem que a família é um “sistema de membros interdependentes que possuem dois atributos: comunidade dentro da família e interacção com outros membros” .
 
Engels, em seu livro Origem da família da propriedade privada e do estado, faz uma ligação da família com a produção material, utilizando-se do materialismo-hitórico-dialético e relacionando a monogamia como "propriedade privada da mulher".
 
1.1- A FAMÍLIA HOJE
 
Durante os estudos, partindo da necessidade de compreender a evolução das famílias até a atualidade, procurei subsídios para que facilitasse este trabalho na busca por respostas em relação ao modelo de família que vem se formando nos dias de hoje. A família estar em conexão intima com a sociedade, e esta em resposta a sua participação não deve deixar de lado o seu dever de respeitar e promover a família tendo em vista que ela constitui um valor indispensável e irrenunciável, possui direitos próprios, inalienáveis, que jamais podem ser rechaçados.Interpretar de forma crítica e reflexiva, a formação das diferentes famílias constituídas na atualidade, é importantíssimo que façamos uso de fundamentação teórica, extraída de artigos da internet e tambémleituras, mostrando que as famílias vem perdendo espaço para o consumismo desenfreado, o que ocasiona o distanciamento entre as pessoas por conta da falta de diálogo, de afeto, regras e limites, que porsua vez deposita-se nas instituições educacionais a responsabilidade de cuidar e educar e que a omissão das famílias tem transformado essa nova geração em pessoas deprimidas, frustradas, vazias e angustiadas.
 
A família e seus valores em meio às ameaças e desafios do nosso tempo
 
A família é a primeira escola das virtudes sociais de que a sociedade tem necessidade. Frente a esta realidade afamília traz em si inúmeros valores essenciais que por nada pode ser ofuscado, tolhido ou menosprezado, pois a família não é somente lugar um de crescimento pessoal, dos afetos, da transmissão da culturaentre as gerações, mas sim uma comunidade de amor, o lugar do direito e do princípio do cuidado, da solidariedade, partilha, amizade, companheirismo, respeito e-unidade.
 
A família foi sempreconsiderada como a primeira e fundamental expressão da natureza social do homem, em que delineia-se, no desígnio do Criador, como lugar primário da humanização.
 
Por tanto, Ser família hoje é construir um espaço de confiança e apoio incondicional. É saber que nesse espaço, cada membro terá acolhido, carinho e compreensão, sem importar as falhas e limites pessoais. É um antídoto para a solidão, o desespero e a tristeza; Ser família hoje, significa nadar contra a maré e ter coragem de corroborar valores como solidariedade, amor ao próximo, honestidade, dignidade e respeito às diferenças. É saber colocar limites e respeitá-los também. É conviver com as diversas formações que surgem com o tempo: filho de ex-marido, actual namorada do pai, etc. Ser família hoje, significa mais que convivência, é estar ao lado, aceitar as diferenças, compartilhar as flores e as pedras, espaço de onde brotam as vocações. Ser família nos dias actuais, vai além do âmbito familiar, a família começa dentro de casa, mas se manifesta nos diferentes campos de actuação. Devemos ser família na rua, na escola, no trabalho, e até nas discussões conflituosas. Família é quem se sente parte importante, peça fundamental na construção da história, família é quem podemos abreviar ou simplificar, chamando pelo nome de AMOR!
 
Apesar de tudo, a família, seja lá o que ela for, continua respondendo pelos seus membros. Esta resposta pode ser mais ou menos calorosa, amorosa, e responsável, mas a responsabilidade é da família.
 
Creio, mesmo, que com a mundialização, etc., houve um retorno a um “fundamentalismo” do qual a família seria um dos elementos-chave, ou seja, uma busca de valores, de estabilidade, de segurança, etc., em um fechamento, representado pela família como valor, e não uma abertura para um universalismo, pretendido há algum tempo atrás, e que parece não poder dar sustentação às pessoas em uma sociedade esgarçada.
 
1.2 - A Família como fonte de valores para a Sociedade
 
Os bons valores devem ser aprendidos ainda na infância e transmitidos de pais para filhos, como uma herança. Só assim é possível garantir que as crianças de hoje se tornem adultos melhores amanhã.
 
Quando os valores prioritários são os valores ou bens materiais, como ocorre em amplos sectores da sociedade actual, ou quando os valores se confundem com os desejos ou as apetências de um ser humano, como também acontece, a descoberta de verdadeiros valores humanos tem uma grande importância para a motivação da vontade humana. Porquê? Porque a motivação humana remete sempre para valores humanos verdadeiros, materiais e espirituais – sempre que os primeiros sirvam os segundos e não ao contrário.
 
A descoberta e valores corresponde aos imateriais, aos do espírito, aos que fazem referência à verdade (valores intelectuais), ao bem (valores morais) e à beleza (valores estéticos). São três tipos de valores estreitamente relacionados entre si, porque verdade, bem e beleza são os termos inseparáveis de um trinómio. (Se alguém tentasse separá-los, encontrar-se-ia com uma verdade má e feia, com um bem feio e falso, com uma beleza falsa e má).
 
Como descobrir estes valores? Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque lhe são muito importantes: são os elementos que aperfeiçoam o próprio ser; mediante eles, um indivíduo pode acabar por ser, chegar a ser aquilo que é: pessoa ser mais e melhor pessoa.
 
Mas nem sempre que se procuram, se encontram. Também é verdade que às vezes, emergem de repente no nosso horizonte existencial, inclusivamente apesar da nossa resistência (…). Um dia qualquer. uma vida rotineira, e talvez sem relevo, pode sentir-se sacudida – e até invadida – pela descoberta de um novo valor que a transforma.
 
Há algum âmbito onde a descoberta de valores seja menos difícil ou mais provável? Em primeiro lugar, o âmbito vital da família. Se os pais optaram por certos valores e se comprometeram com eles, cada filho que vem ao mundo não tem de desenvolver a tarefa hercúlea e problemática de tratar de descobrir por que valores vale a pena arriscar a vida (ibidem).
 
Nem sempre acontece assim. Optar por certos valores significa escolher, entre os melhores, aqueles que mais convenham, numa família concreta com as suas circunstâncias actuais, para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a melhoria familiar. Logicamente, serão prioritários os valores humanos mais cultivados por ambos os cônjuges.
 
Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em função deles supõe tê-los interiorizado profundamente. Só assim serão capazes de os pôr de moda na sua família, sendo eles próprios, para os seus filhos, portadores de valores.
 
Esses valores, vividos pelos pais. com naturalidade e com graça, com bom humor, sabendo sorrir habitualmente, serão atractivos para os filhos e contagiosos. A família, sob esta perspectiva, aparece-nos como um museu vivo de valores. E não porque os pais pendurem os valores nas paredes, como se se tratasse de um quadro que, passivamente, se deve admirar. Os valores familiares constituem, pelo contrário, um dado irrefutável, quase com cunho testemunhal, que vai unido ao comportamento diário dos pais (ibidem, p. 76). E também estarão presentes estes valores na conduta dos filhos, quando os pais, além de os viverem e de os fomentarem, promovem e mantêm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presença viva destes valores preferenciais.
 
Os valores familiares – em famílias cristãs não são só valores naturais, mas também valores sobrenaturais – nenhuma criança inicialmente os questiona. Mais tarde sim, porque, na medida em que cresce, emerge e amadurece a sua liberdade pessoal, há-de comprometer-se também nas escolhas que faz e que, obviamente, são sempre muito pessoais (…). Precisamente, por isso, os pais têm de preparar essa fase de referência – através do seu comportamento – que lhe sirva de orientação.
 
Isto será tanto menos difícil para os pais quanto mais cedo façam da sua família um museu vivo de valores, quando os filhos são ainda muito pequenos.
 
Será menos difícil também a sua adolescência, quando o quadro de referência e um mínimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar acolhedor desde a primeira infância.
 
Deste modo, quando o filho adolescente ou o filho jovem dá prioridade a alguns valores como fundamento para apoiar a sua vida, tem já, como em depósito, uns valores que anteriormente assumiu e integrou, quase sem dar por isso, contagiados ou emprestados pelos seus pais.
 
Estes valores familiares descobertos na convivência do lar paterno, nas relações diárias de pais e filhos, de irmãos de diferentes idades, traduzem-se – como efeito de descoberta – em motivos. Em consequência, a conduta de cada filho estará motivada desde o princípio, a sua vontade estará motivada.
 
Penso, por contraste, em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescência, quando os primeiros responsáveis da família não se propuseram ou não souberam criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade, na generosidade, na lealdade, na laboriosidade, no optimismo, na compreensão exigente, no respeito confiado, na disponibilidade, na gratidão, na amizade e noutros valores humanos.
 
No entretanto, Os valores humanos estão diretamente ligados, ao que é, ou ao que teria que ser do homem para o homem tais como, honestidade, ética, educação, cultura, humildade, bondade, moral, respeito, solidariedade, justiça, e por aí vai; A família é onde, em princípio, qualquer ser humano adquire os seus primeiros valores.
 
I- A FAMÍLIA O ESPELHO DA SOCIEDADE
 
Família na Doutrina Social da Igreja é compreendida como sendo célula vital da sociedade, primeira sociedade natural, fundada no matrimónio (um vínculo perpétuo entre um homem e uma mulher), santuário da vida, a quem é atribuída uma tarefa educativa que é direito dos filhos, é protagonista da vida social e deve ter a sociedade a seu serviço.
 
A família é importante para a pessoa e para a sociedade, é no âmbito da família que o homem recebe as primeiras noções do bem e da verdade, aprende a amar e ser amado e o significado de ser pessoa. De outro tanto, sem famílias fortes na comunhão e estáveis no seu compromisso, os povos se debilitam e é no seu âmbito que se dá a aprendizagem das responsabilidade sociais e da solidariedade.
 
Também é afirmada a prioridade e precedência da família em relação à sociedade e ao Estado. Na sua função procriadora a família é mesmo condição de existência da própria sociedade. A legitimação da família está fundada na própria natureza humana e não no reconhecimento da lei civil. Ela antecede ao próprio Estado, por isto ela não existe em função do Estado, antes o contrário a sociedade e o Estado é que existem para a família. Nas suas relações com a família o Estado tem o dever de ater-se ao Princípio da Subsidiariedade, não lhe subtraindo as tarefas que pode realizar sozinha ou associada a outras famílias e tem o dever de apoiá-la garantindo-lhe os auxílios necessários para que possa bem cumprir as suas responsabilidades.
 
A família, neste contexto, é compreendida como sendo a primeira escola de sociabilidade da pessoa humana, no seu âmbito os anciãos são vistos como escola de vida e transmissores de valores e tradições e têm direito de ser tratados com amor, sobretudo quando se encontram em situação de dependência. Há um provérbio na língua Umbundo que diz “ Tchilanda Ongombe tchitunda kondjo” ; o que significa dizer que a família tem que ser aquela instituição onde auguramos a identidade para a vida na sociedade.
 
Segundo a Doutrina Social da Igreja o divórcio é verdadeira praga social, o adultério, a poligamia e a união livre representam graves ofensas à dignidade do casamento.
 
De outro tanto, …"a Igreja não abandona a si próprio aqueles que se divorciaram, esforçar-se-á infatigavelmente por oferecer-lhes os meios de salvação. São exortados a perseverar na vida eclesial e a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça" …"que não se considerem separados da Igreja"… "A Igreja reza por eles."
 
"A Sagrada Família é um exemplo preclaro de "vida familiar". Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua beleza austera e simples, o seu carácter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social. Enfim aprendamos uma lição de trabalho."
 
Com quanto, relação da família sempre teve grande importância no desenvolvimento da sociedade. O núcleo familiar, pais e filhos, é responsável pela forma como veremos o mundo no futuro. A escola tem o objetivo de difundir conhecimento e não de educar, dar limites ou moralidade.
 
Não podemos permitir que a influência da família na sociedade seja desvalorizada, ela é quem define nossos princípios, o que entendemos por certo e errado e, principalmente, como nos relacionaremos com os integrantes de outras famílias. É a partir da nossa casa que aprendemos como administrar os nossos sentimentos e tudo isso contribui completamente como será o comportamento da sociedade futuramente.
 
2.1- O QUE SERIA A SOCIEDADE SEM A FAMÍLIA
 
Hoje em dia muito se comenta sobre a “falta de valores” na sociedade, criam teorias, protesta-se por uma sociedade com mais “valores”. Chegamos a um nível absurdo onde constatamos que a própria vida, o bem mais importante que temos, não tem mais valor algum, podendo a qualquer momento ser trocada por um par de ténis em um assalto. Nossos filhos, tanto adolescentes como as crianças, não têm mais o hábito da leitura, manter-se focados por 15 minutos em uma actividade então é coisa rara hoje em dia, excepto, claro, as relacionadas com a internet. Têm dificuldades de aprendizagens, não respeitam mais a família e muito menos a si próprios. Seria essa situação uma decadência social? Precisamos voltar a ser uma sociedade de valores, onde haja cuidado pelo ser humano, na mais profunda ética de Kant. Será isso ainda possível? Ou essa mudança seria um fato e a única coisa que podemos fazer é aprender a lidar com a mesma? Quando falamos dessa “perda de valores”, estamos nos referindo à falta de um comportamento individual do ser humano mais ético, adicionado a outros comportamentos que de alguma forma agridem o hoje e o amanhã, como a falta de respeito com o próximo, agressão por fatos fúteis, periodização económica em relação ao ser humano, dentre outros. Com isso, estamos aos poucos dissolvendo valores que antigamente eram importantes para o funcionamento da sociedade, como ética, moral, família, amizade e outros e passamos a viver em um mundo completamente individual (cada um por si), onde acabamos experienciando aquilo que chamamos de “falta de valores”.
 
Hoje julgamos as pessoas pela etnia, pelo que elas ouvem, pela função e valor que recebem em seus empregos, pelo valor de suas contas bancárias, pelo fato de como se vestem, dentre outras diversas formas de julgamentos e acabamos esquecendo o que realmente é importante, ou seja, carácter, honra, honestidade, ética, moralidade e etc. Há hoje no mundo um enorme desrespeito com as pessoas de um modo geral e que cada vez mais crescente, fazendo com que o mundo viva uma guerra continua. Perdemos nossa essência, não temos mais vontades próprias, somos facilmente manipulados pelas médias em gerais, o que acaba nos tornando ainda mais individuais só que esquecemos, que nossas atitudes querendo ou não influenciam nosso meio social, ainda que seja de modo discreto. O mundo está esquecendo o amor e a solidariedade e com isso, está trazendo a ganância, o sofrimento. Estamos vivemos em um mundo sem regras e preceitos, mas desde quando isso é bom?
 
Jean-Jacques Rousseau dizia: “O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe”, mas no fundo acho que seria ao contrário, afinal, é o homem que passa a ter um comportamento individual e a se separar da sociedade como um todo, pensamento apenas em si mesmo, em busca da vantagem pessoal, tal como prescreve, pragmaticamente, a “Lei de Gerson”. Sem afirmar e defender os valores fundamentais de nossa sociedade, essa crise de valores irá existir por um longo tempo e continuaremos a viver em uma sociedade sem valores e sem escrúpulos.
 
CONCLUSÃO
 
A relação da família sempre teve grande importância no desenvolvimento da sociedade. O núcleo familiar, pais e filhos, é responsável pela forma como veremos o mundo no futuro. A escola tem o objetivo de difundir conhecimento e não de educar, dar limites ou moralidade.
 
Não podemos permitir que a influência da família na sociedade seja desvalorizada, ela é quem define nossos princípios, o que entendemos por certo e errado e, principalmente, como nos relacionaremos com os integrantes de outras famílias. É a partir da nossa casa que aprendemos como administrar os nossos sentimentos e tudo isso contribui completamente como será o comportamento da sociedade futuramente.
 
A família é, sempre foi e sempre será a base da nossa sociedade e a base do nosso bem-estar. Quando a família se encontra doente toda a sociedade fica doente. A melhor maneira de medir o estado da saúde da família acaba sendo medir o estado de saúde da sociedade. Quando a família não está bem, a sociedade não está bem. A sociedade é apenas um reflexo da família. A sociedade apenas reflecte o que se passa na família. A sociedade é apenas um reflexo da família e quando a sociedade não está bem, não é na sociedade que devemos procurar as causas mas sim na família. A sociedade é a consequência da família e o resultado da família uma vez que esta mesma sociedade é apenas constituída por famílias. Quando uma sociedade se encontra doente isso apenas significa que as famílias se encontram doentes.
 
Este é o efeito alavanca; um pequeno problema na família, traduz-se num grande problema na sociedade.
 
BIBLIOGRAFIA
 
ALVES, José Carlos Moreira. Direito Romano. Rio: Forense, 1977.
 
STANHOPE, Márcia – Teorias e Desenvolvimento Familiar. In STANHOPE, Márcia ; LANCASTER, Jeanette – Enfermagem Comunitária: Promoção de Saúde de Grupos, Famílias e Indivíduos. 1.ª ed. Lisboa : Lusociência, 1999.
 
Catecismo, 2224.
 
Paulo VI, Discurso em Nazaré, 5 de janeiro de 1964.
 
Familiaris Consortio, 472.
 
Polaino e Carreño, l992, p. 75
 
INDICE
 
Agradecimentos .................................................................................. 1
 
Dedicatória …………………………………………..……………………….…….2
 
Introdução ………………………………………….………………………………3
 
I- - Conceito, Historia da Família …………………….. 4
 
1.2- A Família hoje ……………………………………………………………….7
 
1.3- A Família como fonte de valores para a Sociedade ………………... 9
 
II- - A Família o espelho da Sociedade ……………... 13
 
2.1 O que seria a Sociedade sem a Família …………….………………. 16
 
Conclusão ……………………….…. ……………………………. …………… 18
 
Bibliografia ……...………………………………………….…………………… 19
 
Índice ………………………….……………………………….…………………..20
 
POR: Augusto Cacande Cotingo{{Artigo principal|[[Doutrina Social da Igreja]]}}
{{Catolicismo}}
'''A Família na Doutrina Social da Igreja''' é compreendida como sendo célula vital da sociedade, primeira sociedade natural, fundada no matrimônio (um vínculo perpétuo entre um homem e uma mulher), santuário da vida, a quem é atribuída uma tarefa educativa que é direito dos filhos, é protagonista da vida social e deve ter a sociedade a seu serviço.