Bandeira da França: diferenças entre revisões

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A '''[[Bandeira Nacional]] da [[França]]''' (também conhecida como '''a tricolor''' ou '''bleu, blanc, rouge'''), [[Tricolor (vexilologia)|tricolor]] em três faixas verticais (azul, branca e vermelha), simboliza a [[Revolução Francesa]] ([[1789]]), sendo que o azul e o vermelho representam as cores de Paris enquanto o branco representa as origens ou seja a realeza. De acordo com o [[Marquês de Lafayette]], o branco, a "cor francesa ancestral", foi adicionado as cores da milícia parisiense para criar um laço tricolor, ou nacional. Este laço se tornou parte do uniforme da Guarda Nacional, que sucedeu a milícia e foi comandada por Lafayette. Lembrando do lema francês, as cores representam também Liberdade (Liberté), Igualdade, (Égalité) e Fraternidade (Fraternité), na ordem da bandeira, "método" também usado na moeda francesa. Com vínculo à revolução e ao império, ela foi muito rejeitada inicialmente, sendo substituída por uma bandeira branca entre [[1814]] e [[1830]]. A [[Revolução de 1830]], conhecida também como [[Revolução de Julho]], restabeleceu a antiga bandeira tricolor, que se consagrou definitivamente.
 
Azul e vermelho são as [[Bandeira de Paris|cores tradicionais]] de [[Paris]], utilizadas no [[Brasão de Paris|brasão da cidade]]. Azul é identificado com [[Martinho de Tours|São Martinho de Tours]], e vermelho com [[Dinis de Paris|São Dinis de Paris]]. As cores azul e vermelha já era utilizada pelos franceses antes da Revolução, que somente trouxe seu uso de volta. Durante o início da Idade Média, a oriflama, a bandeira de São Dinis, era utilizada. Era uma bandeira vermelha, com dois, três ou cinco pontas. Originalmente, era a bandeira real da [[Dinastia Capetiana]]. Ele era guardada na abadia de São Dinis, de onde era retirada somente quando uma guerra eclodia. Reis franceses saíam para a batalha precedidos quer pela capa vermelha de São Martinho, que era para proteger o monarca, ou pela bandeira vermelha de São Dinis.
 
Mais tarde, durante a altaAlta Idade Média, essas cores passaram a ser associadas com a casa reinante da França. Em 1328, o brasão de armas da [[Casa de Valois]] era azul com flores-de-liz douradas e com vermelho limitado. Desse momento em diante, os reis da França foram representados em vinhetas e manuscritos vestindo um casaco vermelho sob um manto azul decorado com flores-de-lis douradas.
 
Durante a [[Guerra dos Cem Anos]], a Inglaterra era reconhecida por uma cruz vermelha, e a França, por uma cruz branca. Esta cruz poderia figurar tanto em um campo azul ou um campo vermelho. O campo azul, eventualmente, tornou-se o padrão comum para os exércitos franceses. A bandeira pessoal de [[Joana d'Arc]] durante a Guerra dos Cem Anos é descrita em suas próprias palavras, "Eu tinha uma bandeira da qual o campo estava polvilhado com lírios, o mundo estava pintado lá, com um anjo de cada lado, era branco do pano branco chamado 'Boccassini', estava escrito acima dele, creio eu, 'Jhesus MARIA', que estava franjadafranjado com seda". O estaandarteestandarte de Joana levou ao uso proeminente do branco em bandeiras francesas posteriores.
 
A partir da adesão dos [[Bourbons]] ao trono da França, a bandeira verde da marinha tornou-se uma bandeira branca lisa, o símbolo da pureza e da autoridade real. A marinha mercante foi atribuída "a antiga bandeira da nação da França", a cruz branca em um campo azul.
 
Na [[tomada da Bastilha]] em 1789, a milícia parisiense usava [[laço (insígnia)|laços]] azuis e vermelhos em seus chapéus. A cor branca possuia muito destaque em bandeiras francesas e é descrita como a "cor francesa ancestral" por [[Lafayette]]. O branco foi adicionado as cores "revolucionárias" dos laços da milícia para "nacionalizar" o projeto, criando assim o cocar tricolor. Apesar de Lafayette identificar a faixa branca com a nação, outros a identificaram com a monarquia. Lafayette negou que a bandeira continha qualquer referência ao libré vermelho-e-branco do Duque de Orléans. Apesar disso, [[orleanistas]] adotaram a bandeira tricolor como a sua própria.