História do Espírito Santo (estado): diferenças entre revisões

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Gil de Araújo promoveu 14 entradas através do rio Doce, dirigidas à serra das Esmeraldas, as quais podem ter travado contato com os paulistas de [[Fernão Dias Pais]]. Da grande atividade e do vultoso emprego de capital realizados por Francisco Gil não tesultou qualquer descoberta metalífera, embora se tenham produzido alguns fruros na valorização das terras, pelo estabelecimento de povoadores e criação de novos [[engenho]]s.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40"/> Os lucros, de qualquer modo, não compensaram o investimento feito. Seu filho e herdeiro, talvez por esse motivo, preferiu conservar-se ausente do senhorio e, por morte deste, a capitania tornou-se devoluta, sendo vendida à coroa por Cosme Rolim de Moura, primo do último donatário. Em consequência, ficou o Espírito Santo submetido à jurisdição da [[Bahia]], e seu governo sempre a cargo de displicentes capitães-mores.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40"/>
 
Durante o {{séc|XVIII}} ainda perdurou o interesse pela [[mineração]], reanimado pela descoberta de [[Antônio Rodrigues Arzão]] de pequena quantidade de ouro no [[rio Doce]], em 1692. Seguiram-se numerosas entradas, dando início à abertura do caminho para as [[Minas Gerais]], enquanto as [[jazida]]s do [[Castelo (Espírito Santo)|Castelo]] e outras atraíam moradores de capitanias vizinhas.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40"/> Assistiu-se a um novo impulso de conquista e ocupação do interior, e as concessões de [[sesmaria]]s favoreceram a fixação dos colonos mais empreendedores. O movimento desperrou a atenção das auroridades baianas, e acabou prejudicado pelos cuidados do [[monopólio]] real e receio de invasão estrangeira às [[Minas Gerais]] a partir do Espíriro Santo. Tomaram-se então medidas para fortificar melhor a capitania, enquanto por ordem do rei ficou proibido o prosseguimento das explorações. Impediu-se a abertura de entradas para as minas. A capitania defendia-se de surpresas marítimas e ficava isolada pelas defesas naturais: [[floresta]]s cerradas e selvagens inimigospor índios que lutavam por seus territórios.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40"/> A [[colonização]], portanto, continuou sem maiores progressos, embora em 1741 fosse criada a [[comarca]] de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], que abrangia São Salvador de Campos e [[São João da Barra]]. Em 1747 o ouvidor Manuel Nunes Macedo assim descrevia a situação de Vitória:<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40"/> {{Citação2|quotetext=Aqui não há cadeia nem Casa de Câmara, por terem caído de todo e não cuidarem os meus antecessores na sua reedificação (...) <br /> pois a Câmara não tem rendimento algum.|personquoted=Manuel Nunes Macedo}}
 
É certo que a obstinação dos mineradores e as melhorias efetuadas no sistema de defesa acabaram por diminuir o rigor das proibições e, em 1758, de acordo com ordem régia, abriu-se um caminho para as minas e estabeleceu-se um posro de quitação na vila de [[Campos de Goitacases|Campos]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40"/>