Bilinguismo: diferenças entre revisões

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==Tipos==
Existem dois tipo de bilinguismos, conforme a idade de aquisição das línguas, o bilíngue precoce (ou primário) é, a criança que, até três anos de idade, aprende a falar duas línguas ao mesmo tempo; e o bilíngue tardio (ou secundário, ou diglota,), é a criança já que tem aprendida a primeira língua e, depois de quatro anos de idade, começa a estudar uma ou mais de uma língua.<ref name="DW" /><ref name=hamers>HAMERS, Josiane F.; BLANC, Michel H. Bilinguality and bilingualism. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.</ref>
 
O conceito de bilinguismo sofreu profundas mudanças no último século, passando de uma visão excludente e fechada para uma definição mais socialmente situada e próxima das situações reais de uso das línguas. Se em 1935 Bloomfield definia bilinguismo como o "controle nativo de duas línguas", Macnamara, em 1967, admitia "uma competência mínima em pelo menos uma das quatro habilidades de compreensão, fala, leitura e escrita". Wiliams e Sniper, em 1990, vêem o bilíngue como um sujeito capaz de processar duas línguas nas habilidades de compreensão da mensagem e na produção de uma resposta adequada à situação em ambas as línguas, enquanto Grosjean, em 1985, alerta ao fato de que o bilíngue é mais que a soma de dois monolíngues, pois apresenta características específicas.
O Bilinguismo é um fenômeno multidimensional, e como afirmam Hamers & Blanc (2001), "cada nível de análise requer abordagens disciplinares específicas: psicológica a nível individual, sócio-psicológica no nível interpessoal e sociológica a nível intergrupal". Ao estudar o bilinguismo individual pesquisadores como Mackey (1968) propõe considerar 4 dimensões: Proficiência; função e uso; Alternância de código (''code-switiching'') e Interferência. Valdés e Figueroa (1994) propõe que o bilinguismo seja visto como um continuum, e os sujeitos bilíngues se colocando em pontos diferentes deste continuum, dependendo dos pontos fortes e das características cognitivas de suas línguas".
O bilinguismo não é sinônimo de educação bilíngue, já que pode ocorrer fora se situações formais de ensino. Quando o bilinguismo é parte de um programa planejando e estruturado pedagogicamente, constitui-se em educação bilíngue.