Descolonização: diferenças entre revisões
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Durante o século XIX, as potências europeias exploraram exaustivamente os recursos dos continentes africano e asiático. Apesar disso, algumas colônias obtiveram relativo desenvolvimento que, para continuar, exigia a ruptura dos laços coloniais. A [[Segunda Guerra Mundial]], por sua vez, possibilitou aos povos dominados a descoberta da própria força, já que vários deles prestaram auxílio às metrópoles durante o conflito.<ref>Arruda, José Jobson de A., e Piletti, Nelson. Toda a História: história geral e história do Brasil, Capítulo 93. Editora Ática. São Paulo (1999)</ref>
Uma das marcas essenciais da conjuntura internacional do pós-guerra foi o surgimento de numerosas nações. Muitas delas se formaram em consequência da luta de povos asiáticos e africanos para se libertarem do domínio imposto pelas potências colonizadoras. Essa nova realidade estimulou os povos dominados a reafirmarem os princípios de dignidade humana e direitos civis: o direito de
As novas nações acabaram contando em sua luta com o apoio tanto dos [[Estados Unidos]] quanto da [[União Soviética]]. Os caminhos para a conquista da independência, ora pacíficos (a antiga colônia assumia a condição de nação soberana ao receber de forma progressiva concessões pela metrópole), ora violentos (não havia tentativas de abolição progressiva do estatuto colonial e os movimentos de libertação eram reprimidos). Em alguns casos, os países colonizadores, diante de movimento de emancipação irreversível, procuravam preservar as novas nações sob sua influência. A Inglaterra, por exemplo, "promoveu" a descolonização gradual de suas colônias, integrando-as em seu círculo de relações econômicas (como aconteceu, entre outros, com a Índia e o Ceilão). Em outros, como a França, a tentativa de neutralizar os movimentos de independência, promovendo reformas econômicas e sociais, era rompida à força e o conflito terminava em choques armados (como aconteceu na Indochina e na Argélia).
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{{Ver artigo principal|[[História da descolonização de África]]}}
Quando os estados da [[Europa]] no final da [[Idade Média]] começaram a "descobrir" a [[África]], encontraram aí reinos ou estados, quer de feição [[árabe]] ou [[islão|islamizados]], principalmente no norte e ocidente daquele continente, quer de tradição [[bantu]]. Os primeiros contatos entre estes povos não foram imediatamente de dominação, mas de carácter comercial. No entanto, os conflitos originados pela competição entre as várias potências
No entanto, as duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade do [[século XX]] deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio econômico e militar nas suas [[colónia (história)|colônias]]. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou uma forma mais organizada na [[Conferência de Bandung]], levou as antigas potências coloniais a negociarem a [[independência]] das colônias.
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