Linha do Minho: diferenças entre revisões

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Desde o Século XIX que se considerou continuar a Linha do Minho até [[Monção (Portugal)|Monção]] e [[Melgaço (Portugal)|Melgaço]], devido à presença de fontes de águas termais naquelas duas localidades, e à rica produção agrícola da região.<ref name=Gazeta343/> Este prolongamento foi desde logo discutido favoravelmente num relatório de 3 de Julho de 1889.<ref name=Gazeta1684/>
 
O primeiro projecto para a continuação da Linha do Minho a partir de Valença foi apresentado em 22 de Novembro de 1894, quando foi autorizada a construção de uma via de [[Carro americano|Carros americanos]], com 1 metro de bitola; no entanto, em 11 de Janeiro de 1896, data em que foi concedida a utilização de tracção a vapor, ainda não se tinha iniciado a construção.<ref name=Gazeta1684/> Com efeito, os concessionários não lograram obter o apoio das autoridades locais, devido aos reduzidos recursos económicos de que estas dispunham, pelo que tentaram encontrar outras fontes de apoio financeiro, sem sucesso.<ref name=Gazeta343/> Formou-se, então, um sindicato de capitalistas, que entregaram o planeamento da linha ao conceituado engenheiro [[Justino Teixeira]].<ref name=Gazeta343/> O estudo e o ante-projecto do ''Caminho de Ferro de Valença a Monsão'', como era denominado, apresentava cerca de 45 km de comprimento, previa a ligação directa à [[Estação de Valença]], e antecipava desde logo a hipótese de se utilizar tracção eléctrica, que se considerava mais eficiente e económica.<ref name=Gazeta343/> Procurou-se obter fundos a partir de negócios em [[África]], tentativa que falhou.<ref name=Gazeta343/> Mesmo assim, os concessionários formaram uma companhia, e apresentaram uma proposta de lei às [[Câmara Legislativa|Câmaras Legislativas]], que concedia uma garantia de juro de 5% durante 30 anos, sobre os capitais investidos naquele empreendimento.<ref name=Gazeta343>{{Citar periódico|data=1 de Abril de 1902|titulo=Linha do Alto Minho|jornal=gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=15|numero=343|paginas=97, 98|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1902/N343/N343_master/GazetaCFN343.pdf|acessadoem=9 de Janeiro de 2013}}</ref>
[[Ficheiro:CPA 4007 (5043418113).jpg|left|thumb|227x227px|[[Alfa Pendular]] com destino a [[Estação Ferroviária de Braga|Braga]] na [[Linha do Minho]], na zona de [[Apeadeiro de Águas Santas/Palmilheira|Águas Santas-Palmilheira]].]]
 
[[Ficheiro:Maderero internacional Vila Nova de Cerveira Portugal (14848142587).jpg|left|thumb|230x230px|Comboio de mercadorias atravessando [[Vila Nova de Cerveira]], junto ao Rio Minho]]
Este projecto foi incluído, em bitola ibérica, no Plano Geral da Rede ao Norte do Mondego, datado de 15 de Fevereiro de 1900; no entanto, surgiram vários problemas de planeamento, devido às influências de várias partes locais, que defendiam a construção deste ramal em via reduzida sobre as estradas, de forma a ser classificada de complementar, e assim, beneficiar de várias vantagens previstas numa lei de 14 de Julho de 1899.<ref name=Gazeta1684/> Aquele diploma autorizou, igualmente, o estado a construir, por sua conta, aquele ramal, caso a concessão da companhia caducasse.<ref>{{citar jornal|titulo=Linhas Portuguezas|paginas=170|data=16 de Maio de 1903|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=16|numero=370| url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1903/N370/N370_master/GazetaCFN370.pdf|acessodata=9 de Janeiro de 2013}}</ref> Em 14 de Março de 1902, foi aceite um pedido dos concessionários do ''Caminho de Ferro de Valença a Monsão'' para ampliar o prazo limite para a construção daquele ramal, até 29 de Março de 1903.<ref>{{Citar periódico|titulo=Parte Official|data=1 de Abril de 1902|paginas=101|volume=15|numero=343|jornal=gazeta dos Caminhos de Ferro|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1902/N343/N343_master/GazetaCFN343.pdf|acessadoem=9 de Janeiro de 2013}}</ref> Em 16 de Março de 1903, o Ministro das Obras Públicas, [[Conde de Paçô Vieira]], voltou a adiar a data de conclusão, para 29 de Março de 1904.<ref>{{Citar periódico|titulo=Parte Official|numero=369|data=1 de Maio de 1903|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=18| paginas=146|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1903/N369/N369_master/GazetaCFN369.pdf|acessadoem=9 de Janeiro de 2013}}</ref>
[[Ficheiro:CP 592 (8303399505).jpg|left|thumb|236x236px|Automotora da série 592 atravessando o Viaduto de Durrães, entre as estações de [[Estação Ferroviária de Tamel|Tamel]] e [[Durrães]]]]
 
Uma portaria de 5 de Março de 1904, complementada por um despacho de 27 de Setembro do mesmo ano, ordenou a realização dos estudos para a construção em via larga, e um despacho de 30 de Setembro prescreveu a autorização para a linha dos carros americanos, por ter já sido terminado o último prazo para o seu início.<ref name=Gazeta1684/>