Biota ediacarana: diferenças entre revisões

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Vestígios [[fóssil|fósseis]] destes seres têm sido encontrados em todo o mundo, pensando-se que representavam os mais antigos [[organismo multicelular|organismos multicelulares]] complexos conhecidos. Apesar de seres multicelulares simples, tais como [[algas vermelhas]] já se terem desenvolvido há pelo menos 1200 Ma, recentemente foram descobertos macrofósseis de seres multicelulares com cerca de 2100 Ma.<ref>{{citar web|URL=http://www.nature.com/news/2010/100630/full/news.2010.323.html|título=Ancient macrofossils unearthed in West Africa|autor=Amy Maxmen|data=30 de junho de 2010|publicado=30 de junho de 2010|acessodata=03 de julho de 2014}}</ref>,<ref>{{citar web|URL=http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0099438|título= The 2.1 Ga Old Francevillian Biota: Biogenicity, Taphonomy and Biodiversity |autor=Abderrazak El Albani et al.|data=25 de junho de 2014|publicado=25 de junho de 2014|acessodata=03 de julho de 2014}}</ref> Os antepassados da Biota Ediacarana têm a sua origem enquanto a [[Terra]] se debatia com as [[Terra bola de neve|extensas glaciações]] do período [[Criogeniano]], tendo surgido pela primeira vez há cerca de 580 Ma e florescido até ao seu desaparecimento quase completo durante o rápido aumento de [[biodiversidade]] conhecido como [[explosão cambriana]], há 542 Ma atrás. Apesar de alguns fósseis raros que parecem representar sobreviventes destes seres terem sido datados tão recentemente como o [[Câmbrico|Câmbrico Médio]] (510-500 Ma), as comunidades fósseis primitivas desaparecem do registo no final do Ediacarano, deixando para trás apenas esporádicos fragmentos de outrora ricos [[ecossistema]]s.<ref name="ConwayMorris1993" /> A maioria dos planos corporais actualmente existentes nos [[Animalia|animais]] aparecem pela primeira vez nos [[registo fóssil|registos fósseis]] do [[Câmbrico]], tendo a Biota Cambriana substituído completamente os organismos que dominavam o registo fóssil ediacarano. Várias [[hipótese]]s tentam explicar o seu desaparecimento, incluindo [[amostra polarizada|amostragem polarizada]], um ambiente em mudança, o advento de [[predação|predadores]] e competição com outras formas de vida mais adaptadas.
 
A determinação do lugar destes organismos na [[árvore filogenética]] tem-se demonstrado impossível. A morfologia e hábito de alguns [[taxon|taxa]] (e.g. ''[[Funisia dorothea]]'') sugere relações com os actuais [[Porifera]] e [[Cnidaria]],<ref>Droser and Gehling 2008. Synchronous Aggregate Growth in an Abundant New Ediacaran Tubular Organism. ''Science'' 319: 1660-1662</ref> ''[[Kimberella]]'' parece mostrar similaridades com os [[molusco]]s, e outros organismos são suspeitos de demonstrar [[simetria bilateral]], apesar disto ser controverso. A maioria dos [[macrofóssil|fósseis macroscópicos]] são [[morfologia (biologia)|morfologicamente]] diferentes de formas de vida mais recentes: assemelham-se a discos, tubos, sacos cheios de lama ou mantos acolchoados. Devido à dificuldade na dedução de relações [[evolução|evolucionárias]] entre estes organismos, alguns [[paleontologia|paleontologistas]] sugerem que estes representam linhagens completamente [[extinção|extintas]] que não se assemelham a nenhum ser vivo actual. Um paleontologista sugeriu uma categoria [[taxonomia|taxonómica]] separada para estes seres ao nível hierárquico do [[reino (biologia)|reino]], denominada '''Vendozoa''', entretanto renomeada '''Vendobionta'''.<ref name="Seilacher1992"/> Se de facto estes organismos enigmáticos não deixaram descendência, as suas estranhas formas podem ser vistas como uma ''experiência falhada'' da vida multicelular, com uma re-evolução posterior e independente do multicelularismo a partir de organismos unicelulares não relacionados.<ref>{{Citar web
| último = Narbonne
| primeiro = Guy