Caio Atílio Régulo (cônsul em 225 a.C.): diferenças entre revisões

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{{Info/Nobre
'''Caio Atílio Régulo''' (em [[latim]], ''Gaius Atilius Regulus'') foi um político e militar da [[República Romana]] que ocupou o [[cônsul romano|consulado]] em [[225 a.C.]] Durante esse ano fez face a uma invasão [[celtas|celta]] na [[Itália (província romana)|Itália]], mas faleceu em batalha e foi decapitado. Régulo procedia de uma proeminente família romana da qual surgiram cônsules durante quatro gerações.
|nome =Caio Atílio Régulo
|titulo =[[Cônsul da República Romana]]
|imagem =
|imgw =
|legenda =
|sucessão =
|reinado =225 a.C.
|tipo-reinado =Consulado
|data da morte ={{morte|||-225}}
|local da morte =
}}
'''Caio Atílio Régulo''' (m. 225 a.C.; {{lang-la|''Gaius Atilius Regulus''}}) foi um político da [[gente (Roma Antiga)|gente]] [[Atílios|Atília]] da [[República Romana]] eleito [[cônsul romano|cônsul]] em 225 a.C. com [[Lúcio Emílio Papo]]. Morreu combatendo os [[gauleses]] na [[Batalha de Telamão]]. Era filho de [[Marco Atílio Régulo]], cônsul em 267 e 256 a.C., e que morreu no exílio em [[Cartago]] depois de ser capturado na [[Batalha de Túnis]] durante a [[Primeira Guerra Púnica]]. [[Marco Atílio Régulo (cônsul em 227 a.C.)|Marco Atílio Régulo]], cônsul em 227 e 217 a.C., era seu irmão.
 
== FamíliaConsulado (225 a.C.) ==
Foi eleito cônsul com [[Lúcio Emílio Papo]] em 225 a.C., ano da grande guerra na [[Gália Cisalpina]]. Foi enviado pelo [[Senado Romano]] para enfrentar uma revolta na [[Sardenha romana|Sardenha]] enquanto Emílio Papo dirigia a campanha contra os [[gauleses]]. Foi depois reconvocado para lutar na Gália e desembarcou com seu exército em [[Pisa]] para cercar o exército gaulês. Obrigados a lutar mesmo estando em uma posição desvantajosa, os gauleses lutaram furiosamente na planície de [[Campo Regio]] na batalha que ficou conhecida como [[Batalha de Talamão]]<ref>Políbio, ''Histories,'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Polybius/2*.html#27 2.27]</ref>. Régulo, possivelmente tentando obter um [[triunfo romano|triunfo]] por conta própria, decidiu enfrentar os gauleses sem aguardar a ajuda de Emílio Papo. Contudo, os seus planos vieram abaixo quando a [[cavalaria romana]] se defrontou com a cavalaria gaulesa, mais forte, e foi esmagada no primeiro encontro. O cônsul foi morto no confronto e a sua cabeça foi entregue aos reis gauleses<ref>Políbio, ''Histórias,'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Polybius/2*.html#28 2.28]</ref>. Apesar da morte de Atílio Régulo, a vitória romana foi total: segundo as fontes, os romanos mataram {{fmtn|40000}} e aprisionaram outros {{fmtn|10000}} gauleses, incluindo o rei [[Concolitano]].
Caio Atílio Régulo era o filho menor do herói romano [[Marco Atílio Régulo]], o cônsul que fora capturado durante o transcurso da [[Primeira Guerra Púnica]], que pela sua vez era neto de [[Marco Atílio Régulo (cônsul em 294 a.C.)|Marco Atílio Régulo]], cônsul em [[294 a.C.]]
 
== Ver também ==
O seu irmão maior, também chamado [[Marco Atílio Régulo (cônsul em 227 a.C.)|Marco Atílio Régulo]], foi cônsul em [[227 a.C.]], com [[Públio Valério Flaco]], e [[cônsul sufecto]] em [[217 a.C.]], substituindo a [[Caio Flamínio Nepote]]. Também ocupou o cargo de [[censor romano|censor]].
{{Cônsules da República Romana
|ant1=[[Marco Valério Máximo Messala]]
|ant2=[[Lúcio Apústio Fulão]]
|con1=[[Lúcio Emílio Papo]]
|con2=[[Caio Atílio Régulo]]
|ano=225 a.C.
|seg1= [[Tito Mânlio Torquato (cônsul em 235 a.C.)|Tito Mânlio Torquato]] II
|seg2=[[Quinto Fúlvio Flaco (cônsul em 237 a.C.)|Quinto Fúlvio Flaco]] II
}}
 
{{referências|col=2}}
Caio Atílio Régulo era sobrinho de outro [[Caio Atílio Régulo Serrano|C. Atílio Régulo Serrano]] que foi cônsul em duas ocasiões durante a Primeira Guerra Púnica.<ref name="smith">[[William Smith (lexicographer)|William Smith]], '' [[Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology]] '', 1870, [http://www.ancientlibrary.com/smith-bio/2977.html "G. Atilius M. f. M. n. Regulus"]</ref>
 
== {{Bibliografia}} ==
Desconhece-se se esteve casado ou teve descendência. Não aparecem mais personagens com esse nome em histórias de anos posteriores.
{{refbegin|2}}
* {{citar livro| nome=T. Robert S.| sobrenome=Broughton| título=The Magistrates of the Roman Republic| subtítulo=Volume I, 509 B.C. - 100 B.C.| ano=1951| editora=The American Philological Association| número = | volume = I, número XV| local=Nova Iorque |páginas=578| língua = inglês}}
* {{SmithDGRBM|url=http://www.ancientlibrary.com/smith-bio/2977.html| artigo =Gaius Atilius Regulus}}
{{refend}}
 
{{DEFAULTSORT:Regulus, Gaius Atilius}}
== Carreira ==
[[Categoria:Cônsules da República Romana]]
Caio Atílio Régulo foi eleito cônsul em [[225 a.C.]], sendo o cônsul plebeu e tendo como colega consular a [[Lúcio Emílio Papo]]. Foi enviado a terminar com uma revolta em [[Sardenha]], missão que completou com sucesso depressa. Depois retornou à península itálica para lutar contra os gauleses, aos quais se enfrentou na [[batalha de Telamão]].
[[Categoria:Romanos antigos do século III a.C.]]
[[Categoria:Nascidos no século III a.C.]]
[[Categoria:Ano de nascimento desconhecido]]
[[Categoria:Atilii]]
 
À volta de Sardenha com as suas legiões, e após escutar as informações a respeito da invasão celta (ou gala) da [[Etrúria]], o cônsul deslocou-se depressa para a fazer frente em batalha. Caio Atílio Régulo, pode que buscando obter um [[triunfo romano|triunfo]] pela sua conta,<ref>Políbio, ''Histories,'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Polybius/2*.html#27 2.27]</ref> decidiu enfrentar-se aos gauleses sem aguardar a ajuda do seu colega. Contudo, os seus planos viram abaixo quando a cavalaria romana se encontrou com uma cavalaria celta, mais forte, sendo esmagada no seu primeiro encontro. O cônsul faleceu no confronto, e a sua cabeça foi entregue aos reis celtas. Contudo, a cavalaria romana reporia-se do primeiro encontro, e conseguiram fazer face ao inimigo e recuperar a colina.<ref>Políbio, ''Histories,'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Polybius/2*.html#28 2.28]</ref>
 
A batalha finalizaria com vitória romana. Os gauleses mantiveram a batalha em duas frentes separadas, pois também [[Lúcio Emílio Papo]] se encontrava na zona com o seu exército, o que permitiu ao exército de Caio Atílio Régulo assegurar a colina. O ataque combinado de ambos os exércitos acabou com a resistência dos gauleses.
 
Seria finalmente Lúcio Emílio Papo quem obteria o crédito pela vitória e celebraria o seu triunfo.
{{Referências|Referências}}
 
== {{Bibliografia}} ==
* [[Tito Lívio]], [http://mcadams.posc.mu.edu/txt/ah/Livy/ ''História de Roma''].
* [[Políbio]], [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Polybius/2*.html#21 ''Histories'', 2.28-2.28].