Doença celíaca: diferenças entre revisões

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==História==
[[File:Samuel_Jones_Gee_1881.jpg|thumb|[[Samuel Gee]] publicou em 1877 a primeira descrição moderna da doença, propondo que o tratamento só podia ser realizado por restrição do nutriente na dieta.]]
 
A humanidade iniciou o cultivo de cereais durante o [[neolítico]] (início c. 9500 a.C.) no [[Crescente Fértil]] na Ásia ocidental, sendo improvável que a doença celíaca tivesse existido antes desta época. [[Areteu|Areteu da Capadócia]], que viveu na mesma região durante o {{séc|II}}, salientou a existência de uma síndrome de má absorção, com diarreia crónica e que provocava uma debilitação do corpo inteiro.<ref name="Aretaeus"/> Esta afeção "celíaca" (do [[Língua grega|grego]] κοιλιακός ''koiliakos'', "abdominal") despertou o interesse da medicina ocidental quando foi apresentada uma tradução da obra de Areteu à ''Sydenham Society'' em 1856. O paciente descrito por Areteu apresentava dores de estômago e encontrava-se atrofiado, pálido, fraco e incapaz de trabalhar. A diarreia manifestava-se através de fezes líquidas esbranquiçadas, com mau cheio e flatulência, sendo a doença intratável e de aparecimento recorrente. Areteu acreditava que a diarreia tinha origem na falta de calor no estômago, o qual seria necessário para digerir a comida, e numa diminuição da capacidade em distribuir os produtos da digestão pelo corpo. Registou ainda que esta doença afetava os idosos e principalmente as mulheres, excluindo explicitamente as crianças. A causa, de acordo com Areteu, podia ser outra doença crónica ou até mesmo a ingestão de quantidades copiosas de água fria.<ref name="Aretaeus"/><ref name=Losowsky/>