Companhia Holandesa das Índias Ocidentais: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Cidade mauricia.jpg|thumb|Maurícia (atual [[Recife]]), capital da [[Nova Holanda]].]]
O objetivo da companhia era levar ao [[Novo Mundo]] (tal como a sua congênere, a bem sucedida [[Companhia Holandesa das Índias Orientais]], já fazia na Ásia), a [[Revolta holandesa|guerra da independência dos Países Baixos]], atacando os pontos-chave do [[Império espanhol]]. As possessões portuguesas, segundo se calculava, seriam o [[calcanhar-de-aquiles]], e pensava-se que a Espanha sacrificaria sua própria defesa em benefício da proteção dos seus domínios americanos. Por isso, em 1624-1625, a ''WIC'' dedicava ao [[Brasil]] o melhor de suas atenções, tentando ocupar [[Salvador (Bahia)|Salvador]], capital da colônia [[lusitana]] na [[América]], onde, porém, os neerlandeses não obtiveram êxito.
 
A intenção era transformar a Bahia em um grande celeiro mundial, com a produção de cana de açúcar, gengibre e criação de gado. Em Salvador, especificamente, após a tomada da cidade, foram introduzidas melhorias diversas, como a construção de uma grande escadaria que ligava a cidade baixa à cidade alta, o calçamento da área central, a construção de diques de defesa, entre outras.
 
Vale também ressaltar que uma das primeiras intervenções no sistema legal local foi a extinção da escravidão, pois o novo sistema implantado era o da remuneração do trabalho.
 
Entretanto, depois de alguns acontecimentos nos Países Baixos, Portugal e Espanha principalmente, como também na própria Salvador, os Portugueses, amparados pelos Espanhóis - em razão da União Ibérica, retomaram a cidade e a ordem legal voltou a reinar com antigamente.
 
Após uma resistência de alguns meses, os Holandeses saíram da cidade desarmados e partiram com seus navios em busca de outras regiões para exploração mercantil.
 
A opção por ocupar [[Pernambuco]] era óbvia: D. [[Diogo de Menezes]], governador-geral, escreveria na época à Corte que « no Brasil, não há mais que este lugar de Pernambuco e da [[Bahia]]». Eram as chamadas «[[capitanias]] de cima», que monopolizavam a produção do [[açúcar]], principal gênero de [[exportação]], e que geravam o excedente fiscal que tornava o Brasil rentável, pois as «capitanias de baixo» eram deficitárias. Mas, mesmo assim, não se pense serem povoadas: a ocupação era meramente litorânea, não excedendo uma faixa de 70 quilômetros a partir da costa.