Sébastien Le Prestre de Vauban: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Vauban.jpg|thumb|Sébastien Le Prestre de Vauban (pormenor de retrato por [[Hyacinthe Rigaud]]).]]
'''Sébastien Le Prestre, marquês de Vauban''' ([[{{nascimento|||1633]]}} - [[{{morte|||1707]]}}), também conhecido por '''Sébastien Le Prestre de Vauban''', foi um arquitecto militar francês, introdutor do chamado ''estilo Vauban'' de fortificação. Especialista em [[poliorcética]], diz-se que deu à França uma impenetrável ''cintura de aço''. Foi nomeado ''Marechal de França'' por [[Luís XIV de França|Luís XIV]].
 
== Biografia==
Sébastien Le Prestre nasceu em Saint-Léger-de-Foucherets (hoje [[Saint-Léger-Vauban]]), na região de [[Morvan]], e foi baptizado a [[15 de Maio]] de [[1633]]. Em 1651, ao 17 anos, incorporou-se como cadete às tropas de [[Condé]], na época revoltadas contra o rei. Perdoado, aos 22 anos de idade torna-se ''engenheiro militar de fortificações''. Nestas funções, aperfeiçoa as técnicas defensivas e obtém importantes conhecimentos sobre a interacção entre as estruturas defensivas, nomeadamente entre a sua forma e estruturas arquitectónica, e a eficácia dos cercos e sortidas. Com esses conhecimentos aperfeiçoa a arquitectura das cortinas de defesa das fortalezas. Dirige pessoalmente a defesa de várias cidadelas, entre as quais a de [[Lille]] em [[1667]], a de [[Maastricht]] em [[1673]] e a de [[Philippsburg]] em [[1688]].
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== Seu sistema de ataque==
 
Adotado com pouquíssimas variações durante o [[século XVIII]], o sistema de ataque de Vauban era um processo muito vagaroso e formalizado. Os atacantes reuniam seus homens e meios materiais num ponto situado além do alcance dos fogos da fortaleza que se desejava assediar. Nesse ponto, os sapadores começavam a cavar uma [[trincheira]] que se deslocava lentamente em direção à praça forte. Depois que ela tinha progredido por uma certa distância, era aberta perpendicularmente uma profunda trincheira, paralela à linha do futuro ataque.
 
Essa vala — chamada de primeira paralela — era mobiliada com homens e equipamento, para constituir uma 'place d'armes'. A partir dela, a trincheira de aproximação progredia novamente, ziguezagueando à medida que se aproximava da fortaleza. Após uma certa distância, era construída a segunda paralela, e a trincheira avançava de novo, até que uma terceira e normalmente última paralela fosse construída a uma curta distância do sopé do [[talude]] (glacis). Mais uma vez, a trincheira prosseguia, com os sapadores regulando a progressão de forma a atingir o sopé do talude ao mesmo tempo que se completava a ocupação da terceira paralela.
 
A arriscada tarefa de avançar sobre o talude, com exposição ao fogo de enfiada do inimigo instalado em seu caminho protegido, era executada como auxílio de estruturas temporárias chamadas 'cavaliers de tranchées', que eram aterros elevados, dotados de parapeitos, dos quais os sitiantes tinham condições de atirar sobre os defensores do caminho protegido. Esta linha de defesa exterior podia ser eliminada, submetendo os defensores aos efeitos de um bombardeio de ricochete, ou destacando os granadeiros para tomar a posição de assalto, com o apoio de fogo de proteção partido dos 'cavaliers'. Uma vez conquistado o caminho protegido, baterias de sítio eram instaladas e fazia-se um esforço para romper as defesas principais.
 
O aspecto principal do sistema de sítio de Vauban era o emprego de fortificações temporárias - trincheiras e aterros — para proteger a progressão da tropa. Suas paralelas foram experimentadas pela primeira vez no sítio de [[Maastricht]], em [[1673]], e os 'cavaliers de tranchées' no sítio do [[Luxemburgo]], em [[1684]]. O sistema aperfeiçoado foi descrito em pormenores em seu 'Traité des sieges', escrito para o Duque de [[Borgonha]] em [[1705]].