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O '''ultrarromantismo''' foi um [[movimento literário]]loucara [[português]] e [[brasileiro]] que aconteceu na segunda metade do [[século XIX]].
 
==Características gerais==
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== Em Portugal ==
===Origem e descrição===
O ultrarromantismo desenvolveu-se mormente em torno da cidade do [[Porto]] e de [[Coimbra]] por escritores jovens que viviam numa "geração perdida" que levara ao exagero as normas e ideais preconizadas pelo romantismo, nomeadamente a exaltação da subjectividade, do individualismo, do idealismo amoroso, da natureza e do mundo medieval.
 
Os ultrarromânticos geram torrentes literárias de qualidade muito discutível, sendo algumas dela considerada como "romance de faca e alguidar", dada a sucessão de crimes sangrentos que invariavelmente descreviam e que os realistas vão caricaturar de forma feroz.
 
Existe, todavia literatura ultrarromântica de qualidade inquestionável. Além de [[João de Deus]], são também autores ultrarromânticos [[Camilo Castelo Branco]], [[Soares de Passos]] e Castilho. Em algumas obras de [[Almeida Garrett]] e de [[Alexandre Herculano]] é já possível detectar alguns traços de ultra-romantismo, apesar de serem dois dos introdutores do romantismo em Portugal.
 
Por outro lado [[Soares de Passos]], uma figura bastante caricaturada pelos escritores realistas, considerado "um representante do ultrarromantismo ''piegas''", foi autor de "Noivado do Sepulcro" (Poesias, 1855).<ref name="Abdala Júnior">{{Citar livro |sobrenome=Abdala Júnior |nome=Benjamin |coautor=Villibor Flory, Suely Fadul |título=Literaturas de língua portuguesa: marcos e marcas. Portugal |subtítulo= |idioma=português |edição= |local= |editora=Arte & Ciência |ano=2007 |página=177-178 |páginas= |volumes= |isbn=8574733369 }}</ref>
 
===Maiores autores===
*[[António Augusto Soares de Passos]] foi um poeta português que nasceu no [[Porto]] em 1826 e morreu na mesma cidade, em 1860. Os seus versos foram muito populares e caracterizavam-se por um sentimentalismo e por uma melancolia exacerbados. A poesia mais popular é "O Noivado do Sepulcro".
 
*[[António Feliciano de Castilho]], escritor português de formação neoclássica, acaba por se render às tendências do romantismo realizando diversas obras dentro deste estilo literário . Evidenciou-se essencialmente como figura de destaque na segunda geração romântica representando uma espécie de padrinho dos jovens poetas que iniciando a sua carreira recorriam à sua influência na negociação com as editoras. Todo o fundamento da Questão Coimbrã vai incidir precisamente na confrontação de ideias entre Feliciano Castilho e alguns jovens intelectuais como [[Antero de Quental]] e [[Eça de Queiroz]] que, contestando os princípios defendidos na geração romântica , proclamam a vontade de expandir a literatura Portuguesa tornando-a num instrumento de renovação que a partir da critica aberta iria alertar o governo para as deficiências do país conduzindo-o à necessária evolução.
 
*[[Camilo Castelo Branco]] foi um paradigma da cultura portuguesa do século XIX. Homem multifacetado, considerado por alguns como o primeiro romancista da península Ibérica, deixou uma obra vasta, produto das paixões e vicissitudes da vida. Uma existência frustrada com um final trágico, com os louros da glória a aparecerem só alguns anos depois da sua morte.<ref name="Abdala Júnior"/>
 
== No Brasil ==
A chamada "geração ultrarromântica" ou "segunda geração" mudaria os rumos do [[Romantismo no Brasil]]. Valores como o [[nacionalismo]] e a valorização do [[Povos indígenas do Brasil|índio]] como o herói nacional brasileiro, um tema constante na [[Indianismo|primeira geração romântica brasileira]], estariam então quase, ou mesmo totalmente, ausentes. Esta nova geração, fortemente influenciada pelo [[romantismo alemão]] e pelas obras de [[Lord Byron]] e de [[Alfred de Musset]], estaria enfocada em temas obscuros e macabros, tais como o [[pessimismo]], o [[sobrenatural]], [[satanismo]], a ânsia pela [[morte]], o passado e a infância, além do [[mal do século]]. O [[amor]] é fortemente idealizado, [[amor platônico|platônico]] e quase sempre não correspondido, além da presença de um forte [[egocentrismo]] e um [[sentimentalismo]] exacerbado na poesia, são claramente notados.<ref>{{citar web|URL=http://www.soliteratura.com.br/romantismo/romantismo05.php|título=Segunda Geração Romântica: mal-do-século|autor=|data=|publicado= Só Literatura. |acessodata=}}</ref>