Jean-François Lyotard: diferenças entre revisões

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* '''Introdução''' ''''''[1]'''Breve Historial''' Jean François Lyotard, Francês, nascido em 1924, estudou Filosofia e Literatura na Sorbonne, onde veio a travar amizade com Gilles Deleuze. Leccionou na Argélia à época das lutas do povo argelino contra o domínio francês, vindo a engajar-se politicamente no movimento. Nos anos 60 aproxima-se do grupo marxista “Socialismo e Barbárie”, escrevendo e editando textos de cunho político, ao lado de Cornelius Castoriadis e Claude Lefort. Após os movimentos políticos de 68, rompe com as posições marxistas, assumindo, a partir de então, uma postura intelectual mais próxima da psicanálise, aprofundando seus estudos sobre Freud. Nos anos 70 e 80 mantém intensa actividade académica leccionando em diversas instituições não só na França Universidade de Paris VIII onde foi professor emérito como também nos Estados Unidos, Canadá e Brasil. Sua obra abarca temas diversos, tais como a análise do discurso, estudos sobre o marxismo e as relações entre política, economia e psicanálise, Lyotard faleceu 1998. Foi com a publicação da obra ''A Condição Pós-Moderna'' que Lyotard tornou-se um pensador mais conhecido do grande público.”. Lyotard colocou-se a investigar a “condição pós-moderna”, a partir de uma encomenda feita pelo Conselho das Universidades do Governo de Quebec, que lhe propôs um estudo sobre a situação do saber nas sociedades mais desenvolvidas. Para levar a adiante seu intento investigativo, parte de um conceito específico de pós-moderno afirmando que o termo: ''designa o estado da cultura após as transformações que afectaram as regras dos jogos da ciência, da literatura e das artes a partir do fim do século XIX”.'' Lyotard cita a da ciência moderna construída pelo Iluminismo, que apoiada em um discurso legitimador, visava atingir uma finalidade “''ética e política''”. A racionalidade científica, o progresso económico, a emancipação dos sujeitos históricos, os valores universais de verdade e justiça. '''Resumo''' Lyotard faz da condição pós-moderna aquela relativa ao problema do estatuto do saber, diferentemente de outras abordagens que enfatizam os processos de produção, as alterações nos processos organizacionais do trabalho. Constata que o discurso da ciência vem sendo permanentemente questionado pela sociedade e que as promessas de progresso e emancipação do homem não se realizaram, abrindo margem para uma crise dos grandes paradigmas anunciados desde a renascença. A falência do que chama de metanarrativa foi aprofundada a partir do pós-guerra com a emergência de novas tecnologias que impulsionaram novas estratégias comunicativas e novos sectores da actividade económica. Consequentemente, mudou a natureza do saber, obrigando os tradicionais canais de produção e transmissão do saber a se reconfigurarem em diferentes estratégias, a fim de se adaptarem a um mundo que ávido por novidades e invenções. O saber na condição pós-moderna converte-se, assim, em uma mercadoria e somente faz sentido quando procura satisfazer o máximo de eficácia exigida pelo sistema produtivo. Os efeitos dessa alteração do estatuto do saber são visíveis na esfera económica, com a alteração no perfil qualificativo da força de trabalho. '''Conceito de condição''' Condição do latim ''Condizione'' o que torna possível a previsão ''provável'' de um evento. Essa noção formou-se na Idade Moderna, inicialmente através da tentativa de isentar a noção de causa das suas implicações antropomórficas, depois pela exigência de isentá-la de seu carácter necessitante. (ABBAGNANO, 2007:170) ''A Condição Pós-Moderna,'' utilizando-se do termo para se referir às mudanças provocadas pelo avanço das técnicas e seu impacto no âmbito do saber e de suas apreensões. (Lyotard apoud CORREA, 20120:5-118). LYOTARD (2003:8) ''a condição pós-moderna é uma peça essencial do debate sobre os avatares do nosso projecto da modernidade.'' A Perspectiva de Lyotard ''A condição pós-moderna'' é de analisar  a posição do saber nas sociedades mais desenvolvidas, uma vez que elas passaram a ser denominadas pós-modernas devido às transformações que se processaram na ciência, na literatura e na arte, modificando o estatuto da cultura como um todo.   '''''[2]''' A condição pós-moderna foi encomendada para produzir um relatório sobre o estado do conhecimento contemporâneo'' para o conselho universitário do governo do Quebec, onde o partido nacionalista Rene Levesque tinha acabado de assumir o poder. Para Lyotatd achegada da pós-modernidade ligava-se ao surgimento de uma sociedade pós-industrial na qual o conhecimento tornara-se a principal forca económica de produção numa corrente desviada dos estados nacionais, embora ao mesmo tempo tendo perdido suas legitimações tradicionais pôs a sociedade era concebida como uma rede de comunicação linguística. Nesta condição a ciência virou apenas um jogo de linguagem dentro dos outros: já não podia reivindicar o privilégio imperial sobre outras formas de conhecimento que pretendera no tempo moderno. Verdade sua pretensão a superioridade como verdade denotativa em relação ao estilo narrativos do conhecimento comum escondia a base da sua própria legitimação, que classicamente residiu em duas formas grandiosas de narrativa: ü  ''A revolução francesa em que colocava a humanidade como agente heróico de sua própria libertação através de avanço do conhecimento;'' ü  ''Descendente do idealismo alemão que via que via o espírito agressiva revelação da verdade.'' Essas foram os grandes mitos justificadores da modernidade''.'' O traço definidor da condição da pós-moderna perda de credibilidade dessas metanarrativas, para Lyotard, elas foram desfeitas pela evolução imanente da própria ciência através de uma proliferação de argumentos, com a proliferação do paradoxo e do paralogismo antecipado na filosofia por Nietzche, wittgenstein e Levinas. '''Objectivo''' Segundo LYOTARD apoud FORTES (2014-12) O objectivo da condição de pós-moderna é descobrir tendências e relações subjacentes entre as diferentes fontes de saber, e de limpar, da forma mais clara possível, o desenvolvimento do conhecimento nas sociedades ocidentais contemporâneas. '''Legitimidade do saber''' Lyotard faz um recorte temático que priorisa as transformações em sua relação directa com o que nomeia ''crise dos relatos''. A Modernidade a sua filosofia constitui-se como o metadiscurso legitimador da ciência, haja vista que a crise da ciência, com seus próprios relatos, demandou uma necessidade de legitimação das regras de seu jogo. Esse discurso de legitimação que, enquanto recorre à dialéctica do espírito, a hermenêutica do sentido, a emancipação do sujeito racional ou trabalhador, o desenvolvimento da riqueza, decide chamar-se moderna a ciência que a isso se refere para se legitimar. Lyotard apresenta duas grandes versões dos relatos da legitimação do saber e das instituições na Modernidade, um especulativo (filosófico) e outro prático (emancipação política). O primeiro “tem por sujeito a humanidade como herói da liberdade” (Ibid., p. 59), mediante a apropriação do saber científico. O segundo consiste na condução, pelo Estado e pela Universidade humboldiana, do povo iluminado cientificamente rumo ao progresso, num processo emancipatório (''Aufklärung''), por intermédio da Formação (''Bildung'') do indivíduo e da Nação. '''Método de jogos de linguagem''' '''A alternativa moderna''' '''A perspectiva pós-moderna''' '''Pragmática dos saberes''' Lyotard diferencia dois tipos principais de discursos: ''o saber científico'' e ''o saber narrativo''. Ele afirma que ''o saber científico não é todo o saber''; ele sempre esteve ligado a seu conceito, em competição com uma outra espécie de saber que chamaremos de ''narrativo.'' Lyotard define narrativa como as histórias que as comunidades contam a si mesmas para explicar sua existência actual, sua história e suas ambições para o futuro. '''A função narrativa e a legitimação do saber''' '''Os relatos da legitimação do saber''' '''A deslegitimarão''' Lyotard, a deslegitimação da metarrelatos não está totalmente e fundamentalmente explicada nem pelo desenvolvimento da tecnologia no pós-guerra, nem pelas mudanças keynesianas do capital. O componente determinante dessa deslegitimarção tem um elemento interno que é a contradição posta pelos jogos de linguagem que são os metarrelatos, eles próprios jogos de linguagem. Lyotard, o marxismo seria também um metarrelato deslegitimado. Quando o partido substituiu a universidade, o proletariado tomou o lugar do povo e da humanidade, e o materialismo dialéctico foi trocado pelo idealismo especulativo, o resultado foi o autoritarismo do socialismo como metarrelato equivalente da vida do Espírito hegeliano. O discurso da emancipação não pode ser verdadeiramente justo, na medida em que é guiado por aquele saber científico. '''A pesquisa e sua legitimação pelo desempenho''' '''O ensino e sua legitimação pelo desempenho''' '''A ciência pós-moderna como pesquisa de instabilidade''' '''Legitimidade pela paralogia''' Lyotard caracteriza as culturas pós-modernas a compreensão de que a legitimação só pode advir da prática da linguagem e da interacção comunicacional.  O determinismo é a hipótese da legitimação pelo desempenho, mas o saber científico contemporâneo está em busca de uma superação do determinismo enquanto foco de sua crise. Ele afirmar: o traço surpreendente do saber pós-moderno é a imanência a si mesmo, mas explícita, do discurso sobre as regras que o legitima.  Mas outro traço importante da ciência pós-moderna é transformar a teoria de sua própria evolução em algo descontínuo e paradoxal, o que remeteu Lyotard a pensar em uma legitimação pela paralogia, haja vista que considera o princípio do consenso, enquanto critério de validação, como insuficiente e considera excluídos os relatos da dialéctica do espírito e da emancipação.    A paralogia é apresentada como um lance, cuja relevância de imediato não é reconhecida, feito na pragmática dos saberes. Conclusão '''Bibliografia''' ABBAGNANO, Nicola. ''Dicionário de filosofia''. 1ª ed. Martis fontes, são Paulo 2007 ANTHONY, Giddens. ''As consequências da modernidade''.5ª repressão. Unesp Fundação: São Paulo, 1991. ANDERSON, Perry. ''As origens da pós-modernidade''. Edt. Jorge Zahar, Londres. 1999 CORREA Rubens Arantes. Condição'', estatuto e fluxo do saber na pós-modernidade segundo Lyotard.''       Educação, Batatais,  2012 FORTES Carolina Coelho. ''O pós-modernismo, lyotard e a história: a condição pós-moderna e uma tentativa de aproximação ao fazer historiográfico.'' UFF/Goytacazes''.'' 2014 LYOTARD Jean François, ''o pós-modern. 3ª edica, edt. J.O,rio de Janeiro, 1988'' ''---------------------------- A condição pós-moderna.'' Edt.Gravita, 3ª edição. Lisboa, 2003 ----[1] Cfr: CORREA Rubens Arantes. Condição'', estatuto e fluxo do saber na pós-modernidade segundo Lyotard.''       Educação, Batatais,  2012 [2] ANDERSON, Perry. ''As origens da pós-modernidade''. Edt. Jorge Zahar, Londres. 1999
* {{Link|en|2=http://www.marxists.org/reference/subject/philosophy/works/fr/lyotard.htm |3=| Cinco primeiros capítulos de ''A Condição Pós-Moderna''}}
 
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