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==Origens e conceito==
O conceito de modernização provém de uma visão [[mundo ocidental|ocidental]] e [[eurocentrismo|eurocêntrica]]<ref name="Sociologia">CANCIAN, Renato.[http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u39.jhtm Transformação política e econômica] em [[UOL|UOL Educação]]. Acessado em [[29 de fevereiro]] de [[2008]].</ref> segundo a qual as sociedades seguem um padrão [[evolução|evolutivo]], conforme descrito nas teorias da [[evolução sociocultural]]. De acordo com esta, cada sociedade evoluiria inexoravelmente da barbárie para níveis sempre crescentes de desenvolvimento e civilização. Os estados mais modernos seriam também os mais ricos e poderosos, e seus cidadãos mais livres e com um alto padrão de vida. Este foi o ponto de vista padrão das ciências sociais por muitas décadas, tendo como seu primeiro defensor [[Talcott Parsons]]. Esta teoria acentuava a importância das sociedades se abrirem à mudança e encaravam as forças reacionárias como restritivas do desenvolvimento. Manter a tradição pela tradição era visto como daninho ao progresso e ao desenvolvimento.
Esta abordagem tem recebido pesadas críticas, principalmente porque mistura modernização com [[ocidentalização]]. Neste modelo, a modernização de uma sociedade exigia a destruição da [[cultura]] nativa e sua substituição por outra mais ocidentalizada. Tecnicamente, ''modernidade'' refere-se simplesmente ao presente, e qualquer sociedade ainda existente é, portanto, moderna. Os proponentes da modernização tipicamente viam apenas a sociedade ocidental como sendo genuinamente moderna, argumentando que em comparação, as demais eram primitivas ou subdesenvolvidas. Este ponto de vista encara sociedades não-modernizadas como inferiores, mesmo se tiverem o mesmo padrão de vida das sociedades ocidentais. Opositores desta visão, argumentam que a modernidade independe da cultura e pode ser adaptada para qualquer sociedade. O [[Japão]] é citado como exemplo por ambos os lados. Alguns
De acordo com o teórico social [[Peter Wagner]], a modernização pode ser vista como um processo e como uma ofensiva. A primeira visão é comumemnte projetada por políticos e pela mídia, e sugere que é o desenvolvimento, originando novos dados tecnológicos ou leis ultrapassadas, que tornam a modernização necessária ou preferível. Esta visão critica as dificuldades da modernização, visto que implica que são estes desenvolvimentos que controlam os limites da interação humana e não o contrário. A visão que considera a modernização como uma ofensiva argumenta que tanto o desenvolvimento e as novas oportunidades tornadas disponíveis por ele, são moldados e controlados por agentes humanos. Logo, este ponto de vista vê o processo como um produto do planejamento e ação humanos, um processo ativo capaz de ser tanto alterado quanto criticado. A modernização é muito mais provavelmente, um dos mais influentes acontecimentos numa sociedade.
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