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[[File:Walden Thoreau.jpg|thumb|right|Página original do título de ''[[Walden]]'', de 1854, com uma [[ilustração]] da autoria de Sophia Thoreau, irmã do escritor. O livro é uma [[autobiografia]] do afamado escritor [[Transcendentalismo|transcendentalista]] [[Henry David Thoreau]]]]
Chama-se '''memórias''' ao gênero de [[literatura]] em que o [[narrador]] conta fatos da sua vida. É tipicamente um gênero do modo narrativo, assim como a [[novela]] e o [[conto]], porém essa classificação é predominantemente atribuída a histórias verídicas ou mesmo sim baseadas em factos reais. Diferencia-se da [[biografia]] pois não se prende a contar a vida de alguém em particular, mas sim narrar as suas lembranças.
 
Em se tratando da comunidade científica, é bastante comum os cientistas e pesquisadores comunicarem-se entre si por meio de cartas, ou mais recentemente, por meio de e-mails, nos quais o gênero predominante é a '''memória'''. Ou seja, quando, por exemplo, [[Charles Darwin]] escreveu ao senhor Hudson pedindo esclarecimentos sobre os hábitos do [[Molothrus]] banarienses, semelhante aos [[estorninhos]] (A Origem das espécies por meios da seleção natural. DARWIN, Charles Robert. Tradução de: André Campos Mesquita. pg 112. São paulo: Escala, 20??. Tomo II. Coleção: Grandes obras do pensamento universal) e quando este respondeu, respectivamente, àquele; ambos utilizam o gênero memória. Quando dois pesquisadores trocam informações sobre determinado experimento ou sobre os resultados obtidos em determinado procedimento, eles também utilizam esse gênero. Poderíamos reduzi-lo, então, ao ato de transcrever e comunicar algo que se passou e que, portanto, se lembra; daí, o gênero memória aplicado à finalidade científica. É importante lembrar que tal gênero abre espaço para a opinião de quem escreve em função do assunto tratado, de modo que os interlocutores desse gênero compartilham não apenas a informação fatídica, mas também constroem uma interpretação juntos. Seria uma maneira informal de os cientistas comunicarem-se, visto que esse gênero nem exige tanto rigor quanto um relatório, mas, porém, está calcado no raciocínio típico do método científico.
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No Brasil temos memorialistas de expressão. Os mais notáveis são [[Joaquim Nabuco]] com ''Minha Formação'', [[Rodrigo Octávio]] com ''Minhas Memórias dos Outros'', [[Gilberto Amado]] com suas Memórias em cinco volumes: ''História de Minha Infância'', ''Minha Formação no Recife'', ''Viagem ao Rio e Primeira Viagem a Europa'', ''Presença na Política'' e ''Depois da Política'', [[João Neves da Fontoura]] com suas Memória em dois volumes ''Nos tempos de Borges de Medeiros'' e ''A Aliança Liberal e a Revolução de 1930'', [[Afonso Arinos de Melo Franco]] com suas Memórias em quatro volumes ''Alma do Tempo'', ''Escalada'', ''Planalto'', ''Alto Mar-Mar Alto'', depois reunidos num único volume intitulado ''Alma do Tempo'', [[Manuel Bandeira]] com ''Itinerário de Pasárgada'', [[Paulo Duarte]] com suas Memórias em 10 volumes, [[Pedro Nava]] com sua obra memorialística em seis volumes (''[[Baú de Ossos]]'', ''Balão Cativo'', ''Chão-de-Ferro'', ''Beira-Mar'', ''Galo-das-Trevas'', ''O Círio Perfeito''), [[Antonio Carlos Villaça]] com ''O Nariz do Morto''.
 
Outro bom livro desse gênero textual, é ''As Curvas do Tempo'' de [[Oscar_Niemeyer|Oscar Niemeyer]], que conta suas memórias e sua história.
 
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