Conquista normanda da Inglaterra: diferenças entre revisões

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Em 911, o [[Reino da França|governante franco]]-[[dinastia carolíngia|carolíngio]] [[Carlos III de França|Carlos, o Simples]] {{nwrap|r.|898|922}} permitiu que um grupo de ''[[Vikings]]'' sob seu líder [[Rollo]] se estabelecesse na [[Ducado da Normandia|Normandia]], como parte do [[Tratado de Saint-Clair-sur-Epte]]. Em troca das terras, esperava-se que os vikings de Rollo fornecessem proteção ao longo da costa contra novos invasores vikings.{{harvref|Bates|1982|p=8-10}} Sua solução foi bem sucedida, e os vikings na região tornaram-se conhecidos como os "homens do Norte", da qual "Normandia" e "normandos" são derivados.{{harvref|Crouch|2007|p=15–16}} Os normandos rapidamente adotaram a cultura nativa, renunciando ao [[paganismo]] e se convertendo ao [[cristianismo]].{{harvref|Bates|1982|p=12}} Adotaram a [[Línguas de oïl|língua de oïl]] de sua nova casa e adicionaram recursos de sua própria [[Língua nórdica antiga|língua nórdica]], transformando-a na [[língua normanda|linguagem normanda]]. Eles se casaram com a população local{{harvref|Bates|1982|p=20-21}} e usaram o território a eles concedido como base para estender as fronteiras do ducado para o oeste, anexando territórios, incluindo o Bessin, a [[península do Cotentin]] e [[Avranches]].{{harvref|Hallam|2001|p=53}}
 
Em 1002, o rei [[Etelredo II de Inglaterra]] {{nwrap|r.|978|1016}} casou-se com [[Ema da Normandia|Ema]], a irmã de [[Ricardo II deda Normandia]] {{nwrap|r.|996|1026}}.{{harvref|Williams|2003|p=54}} Seu filho [[Eduardo, o Confessor]], que passou muitos anos no exílio na Normandia, sucedeu ao trono inglês em 1042.{{harvref|Huscroft|2005|p=3}} Isto levou ao estabelecimento de uma poderosa participação normanda na política inglesa, já que Eduardo buscou apoio em seus antigos hospedeiros, trazendo cortesãos, soldados e clérigos normandos e nomeando-os a cargos de poder, particularmente na Igreja. Sem filhos e envolvido em conflitos com o formidável [[Goduino de Wessex]] e seus filhos, Eduardo também pode ter encorajado as ambições do duque Guilherme da Normandia ao trono inglês.{{harvref|Stafford|1989|p=86-99}}
 
Quando o rei Eduardo morreu no início de 1066, a falta de um [[herdeiro aparente]] levou a uma sucessão disputada em que vários candidatos reivindicaram o trono da Inglaterra. O sucessor imediato de Eduardo era o [[Conde de Wessex]], Haroldo Godwineson, o mais rico e poderoso dos aristocratas ingleses. Haroldo foi eleito rei pela ''[[Witenagemot]]'' da Inglaterra e coroado por [[Ealdred|Ealdred, Arcebispo de Iorque]], embora a propaganda normanda tenha alegado que a cerimônia teria sido realizada por [[Stigand]], o [[Direito canónico|não canonicamente]] eleito [[Arcebispo da Cantuária]].{{harvref|Higham|2000|p=167-181}}{{harvref|Walker|2000|p=136–138}} Haroldo foi imediatamente contestado por dois poderosos governantes vizinhos. O duque Guilherme alegou que o trono inglês lhe tinha sido prometido pelo rei Eduardo e que Haroldo tinha jurado estar de acordo;{{harvref|Bates|2001|p=73–77}} o rei Haroldo III da Noruega, conhecido como Haroldo Hardrada, também contestou a sucessão. Seu direito ao trono foi baseado em um acordo entre seu antecessor [[Magno I da Noruega]] e o rei inglês anterior, [[Hardacanuto]], pelo qual aquele que morresse sem herdeiro deixaria ao outro os tronos da Inglaterra e da Noruega.{{harvref|Higham|2000|p=188-190}}{{nota de rodapé|Hardacanuto era o filho do rei [[Canuto II da Dinamarca|Canuto, o Grande]] e Ema da Noruega e, portanto, era o meio-irmão de [[Eduardo, o Confessor]]. Ele reinou de 1040-1042 e morreu sem filhos.{{harvref|Keynes|2001|loc=cap "Harthacnut"}} O pai de Hardacanuto, Canuto, havia derrotado o filho de Etelredo, [[Edmundo II de Inglaterra|Edmundo, o Braço de Ferro]], em 1016 para reivindicar o trono inglês e se casar com a viúva de Etelredo, Ema.{{harvref|Huscroft|2009|p=84}} Após a morte de Hardacanuto em 1042, Magno começou os preparativos para uma invasão da Inglaterra, que só foi interrompida por sua morte em 1047.{{harvref|Stenton|1971|p=423–424}}}} Guilherme e Haroldo imediatamente começaram a reunir tropas e navios para invadir a Inglaterra.{{harvref|Huscroft|2005|p=12-14}}{{Nota de rodapé|Outros concorrentes mais tarde vieram à tona. O primeiro foi [[Edgar de Wessex|Edgar, o Atelingo]], sobrinho-neto de Eduardo, o Confessor, que era descendente patrilinear do rei [[Edmundo II de Inglaterra|Edmundo, o Braço de Ferro]]. Ele era filho de Eduardo, o Exilado, filho de Edmundo, o Braço de Ferro, e nasceu na Hungria, para onde seu pai fugiu depois da conquista da Inglaterra por [[Canuto II da Dinamarca|Canuto]]. Após o posterior retorno de sua família para a Inglaterra e a morte de seu pai em 1057,{{harvref|Huscroft|2009|p=96-97}} Edgar tinha de longe a mais forte reivindicação hereditária ao trono, mas tinha apenas cerca de treze ou catorze anos no momento da morte do Eduardo, Confessor, e com pouca família para apoiá-lo, seu pedido foi preterido pela ''Witenagemot''.{{harvref|Huscroft|2009|p=132-133}} Outro candidato foi [[Sueno II da Dinamarca]], que tinha uma reivindicação ao trono, como o neto de [[Sueno I da Dinamarca]] e sobrinho de Canuto,{{harvref|Stafford|1989|p=86-87}} mas ele não fez a sua oferta ao trono até 1069.{{harvref|Bates|2001|p=103-104}} Os ataques de [[Tostig Godwinson]] no início de 1066 podem ter sido o início de uma investida ao trono, mas após a derrota nas mãos de [[Eduíno de Mércia|Eduíno]] e [[Morcar]] e a deserção da maioria de seus seguidores, ele jogou sua sorte com [[Haroldo III da Noruega|Haroldo Hardrada]].{{harvref|Thomas|2007|p=33–34}}}}