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{{Ver desambig|prefixo=Se procura|o filme baseado neste livro|Der Name der Rose}}
{{Info/Livro
| nome = {{lang|it|Il nome della rosa}}
| título_língua_pt= O Nome da Rosa
| imagem = Il nome.jpg
| legenda = Capa da 1a edição
| autor = [[Umberto Eco]]
| idioma2 = it
| origem = {{ITA}}
| assunto =
| gênero = detetive romance histórico
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| tempo = século XIV, 1327
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| artista_capa =
| editora = Fabbri - Bompiani
| lançamento = setembro de [[1980]]
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| páginas = 514
| isbn = 8845207056
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| editora_br = [[Editora Record]]
| lançamento_br = 2009
| páginas_br = 34677888
| isbn_br = 9788501081407
| tradutor_pt = Maria Celeste Pinto
| editora_pt = [[Difel]]
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}}
{{Wikiquote|O Nome da Rosa}}
 
'''''O Nome da Rosa''''' ({{lang-it|'''''Il nome della rosa'''''}}) é um [[romance]] do [[escritor]] [[Itália|italiano]] [[Umberto Eco]], lançado em [[1980]] que o tornou conhecido mundialmente<ref>{{citar web|URL = http://sol.pt/SOL/noticia/395413#close|título = O nome da prosa|data = 07-06-2015|acessadoem = |autor = |publicado = Sol}}</ref>.
 
==Em nome de William de Baskerville==
 
Muita atenção tem sido dada para o mistério sobre a que o título do romance se refere. Na verdade, Eco afirmou que sua intenção era encontrar um "título que dá liberdade de interpretação ao leitor".<ref name="Eco2013">Umberto Eco. ''[http://books.google.com/books?id=FT9rAAAAQBAJ&pg=PT42 Confissões de um jovem romancista]''. Editora Cosac Naify; ISBN 978-85-405-0539-1. p. 42.</ref> Em uma outra versão da história, quando ele tinha acabado de escrever o romance, Eco apressadamente sugeriu dez nomes e pediu a alguns de seus amigos para escolher um, eles então escolheram ''O nome da Rosa''.<ref name="onLiterature">[[Umberto Eco]]. ''On Literature''. Secker & Warburg, 2005, p. 129-130. ISBN 0-436-21017-7.</ref><ref>{{citar livro|título = USANDO FILMES NAS AULAS DE ARTES: O nome da rosa.|sobrenome = SOUZA|nome = Rubens|edição = 1a.|local = Curitiba, PR|editora = CRV|ano = 2013|página = 139 - 151|isbn = 978-85-8042-563-5}}</ref> Sugeriu-se que Eco tenha se inspirado nas referências de [[Borges]], que disse: '"...quem viu o Zahir pronto verá uma rosa: o Zahir é a sombra da rosa e o rasgo do Velo".<ref name="Canto">Estela Canto. ''[http://books.google.com/books?id=9C5KbuLaVvkC&pg=PA148 Borges a Contraluz]''. Editora Iluminuras Ltda; ISBN 978-85-85219-42-0. p. 148.</ref>
 
== Sinopse ==
{{Revelações sobre o enredo}}
Eco retratou um episódio, passado durante a Idade Média, no qual o [[riso]] era considerado, pela Igreja, um pecado.<ref name="Künsch2000">Dimas Antônio Künsch. ''[http://books.google.com/books?id=phYuHXIq-vsC&pg=PA19 Maus pensamentos: os mistérios do mundo e a reportagem jornalística]''. Annablume; 2000. ISBN 978-85-7419-127-0. p. 19.</ref>
O enredo d'''O Nome da Rosa'' gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. Com ares de Sherlock Holmes, o investigador, o frade franciscano [[William de Baskerville|Willian de Baskerville]], assessorado pelo noviço [[Adso de Melk]], vai a fundo em suas investigações, apesar da resistência de alguns dos religiosos do local, até que então desvenda que as causas do crime estavam ligadas a manutenção de uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas, obras que não seriam aceitas em consenso pela igreja cristã da Idade Média, como é a obra risonha criada por Eco e atribuída romantescamente a Aristóteles. A aventura de [[William de Baskerville]] é desta forma uma aventura quase [[Don Quixote de la Mancha|quixotesca]].
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No romance, [[Umberto Eco]] relembra a problemática suscitada pelo [[nominalismo]] entre o que é essencial, que parece ser o nome da [[rosa]] como nome, em si um conceito, portanto um [[universal]], dessa forma, eterno, imutável, imortal e de sua contraposição a rosa [[particular]], individual no mundo, [[flor]] de existência única na realidade, que por acontecer, também é passageira, mortal e transitória.
 
O próprio nome do livro suscita uma questão que relembra a questão dos universais e dos particulares, que se refere a saber se '''o nome da rosa''' é universal ou particular. O quadro da questão pode ser representado de forma tradicional pelo quadrilátero de [[proposições lógicas]]. A questão se refere ao juízo que fazemos do nome da rosa: se ele é universal, por exemplo: O nome da rosa é imortal; particular: O nome da rosa é passageiro (mortal) e ainda: Nenhum nome da rosa é imortal ou: Algum nome de rosa é passageiro. Os vértices do quadrilátero seriam formados por esses quatro juízos. Seria algum desses juízos verdadeiro ou falso? Se sim ou não, nisso há alguma contradição? Haveria outras possibilidades, outras incertezas?
 
Eco sugere n'''O Nome da Rosa'', um ambiente no qual as contradições, oposições, querelas e inquisições, no início do século XIV, justificam ações humanas, as virtudes e os crimes dos personagens, monges copistas de uma abadia cuja maior riqueza é o conhecimento de sua biblioteca. Para as personagens, a discussão do essencial e do particular, do espiritual e da realidade material, do poder secular e da insurreição, dos conceitos e das palavras entranham pelo mundo uma teia de inter-relações das mais conflituosas. A representação, a palavra e o texto escrito passam a ter uma importância vital na organização da abadia beneditina, gestando o [[microcosmo]] do narrador.
 
N'''O Nome da Rosa'', conhecido e desconhecido tecem caminhos secretos pela abadia de pedra e representações, definindo uma história de investigação onde as deduções lógico-gramaticais, são nas mãos do autor similares àquelas dos romances policiais modernos. Por outro lado, a narrativa se afasta do simples romance policial não somente pelo fato de ser escrito ao final do século XX, mas porque expõe e aproxima-se de um mundo de incertezas. A arquitetura da abadia faz lembrar os (des)caminhos do [[labirinto]] da [[internet]] e a difícil situação de decidir politicamente em uma Itália dividida entre o norte rico e articulado e o sul pobre e violento. Esse Sul (''Africae''), mais representado que real, dito [[virtual]] em sua realidade, é no espaço socioeconômico do final do [[século XX]] mais que um elemento isolado.
 
Além disso, "O Nome da Rosa" é uma viagem imaginária à [[Idade Média]] europeia. A oportunidade de reflexão aberta das questões filosóficas, dos conceitos de certo e errado, de bem e mal, da moral cristã, do que está por trás dos conceitos e crenças atuais, mesmo que por contraste com o conjunto de questionamentos que ecoam dos séculos atrás, é uma herança a ser compartilhadas pelos leitores dessa obra aberta.
 
Ainda é importante mencionar que a biblioteca que serve como plano de fundo e personagem principal ao mesmo tempo é inspirada no conto ''A Biblioteca de Babel'' do argentino ''Jorge Luis Borges'' onde é apresentada uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo. Para homenagear o escritor há o personagem Jorge de Burgos, que além da semelhança no nome é cego assim como Borges foi ficando ao longo da vida. Outra homenagem presente no nome é William de Baskerville que seria como um Sherlock Holmes na história, este tem como uma das suas principais aventuras ''O Cão dos Baskervilles''
 
É um dos personagens principais do romance de [[Umberto Eco]] intitulado "O Nome da Rosa". Filho do Barão de Melk, o jovem, juntamente com o seu tutor e mestre, Guilherme de Baskerville, tenta desvendar crimes cometidos em um monastério ao norte da Itália durante a [[Idade Média]]. Há semelhança entre o seu nome e o de "Watson", fiel escudeiro de Sherlock Holmes, somada à referência latina "adsunt", ou seja, "que está sempre presente".
 
A morte provocada por intoxicação é uma adaptação do que na realidade aconteceu ao filósofo grego Ampalus Nostramus.
[[Umberto Eco]], na introdução da obra, diz que Adso é o responsável pela edição dos textos dando conta dos acontecimentos no [[monastério]]: «No dia 16 de Agosto de 1968 foi-me parar às mãos um livro que se deve à pena de um certo abade de Vallet, ''Le Manuscript de Dom Adson de Melk'', traduzido em francês segundo a edição de Dom J. Mabillo (''Aux Presses de l'Abbaye de la Source, Paris, 1984'')»<ref name="onomedarosa_circulodeleitores">Umberto Eco (1980), "O Nome da Rosa", traduzido por Maria Celeste Pinto, Círculo de Leitores</ref>
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{{Fim das revelações sobre o enredo}}{{Referências}}
 
==Ver também==
* [[Os 100 livros do século segundo Le Monde]]
 
{{Esboço-livro}}
{{Portal3|Literatura}}
 
{{DEFAULTSORT:O Nome Rosa}}
 
{{Umberto Eco}}
[[Categoria:Livros de 1980|Nome Rosa, O]]
[[Categoria:Livros de Umberto Eco|Nome Rosa, O]]