Eça de Queiroz: diferenças entre revisões

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→‎Biografia: veraneo na Povoa em familia e referencia do batismo.
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== Biografia ==
[[Ficheiro:D. Carolina d'Eça de Queiroz e Dr. José Maria Teixeira de Queiroz.png|thumb|225px|left|Carolina Augusta Pereira de Eça de Queiroz (1826-1918) e José Maria de Almeida Teixeira de Eça de Queiroz (1820-1901), pais de Eça de Queiroz.]]
José Maria de Eça de Queiroz nasceu em 25 de novembro de 1845, numa casa da [[Praça do Almada]] na [[Póvoa de Varzim]], no então numero 1 ao 3 do Largo de São Sebastião (hoje [[Largo Eça de Queiroz]]), no centro da cidade, em casa de um parente de sua mãe, Francisco Augusto Pereira Soromenho, um dos funcionários aduaneiros da Póvoa de Varzim. Dado os seus pais não serem então casados, considerado indecente em meados do século XIX e este parente de certo relevo local, chefe da alfândega local, este preferiu que o batismo fosse realizado na [[Igreja Matriz de Vila do Conde]], em vez da matriz[[Igreja local e fosse ocultado o nomeMatriz da mãe. Eça era filhoPóvoa de José Maria Teixeira de Queiroz, nascido no [[Rio de Janeiro (cidade)Varzim|Riomatriz de Janeirolocal]] em 1820, emuito depróxima Carolinaà Augusta Pereira d'Eçacasa, nascidae emfosse [[Monçãoocultado (Portugal)|Monção]]o emnome 1826.da O casamento ocorreu posteriormente ao nascimentomãe.<ref>{{Referência Oa pailivro de| Eçaautor de= QueirozLandolt, [[magistrado]]Candido e| [[partítulo do= reino]],O conviviaMeu regularmentePantheon com| [[Camiloeditora Castelo= Branco]],Revista quandoQuinzenal este vinha à"A Póvoa parade seVarzim" divertir| noano Largo= doOutubro Café Chinês.1911}}</ref>
 
Eça era filho de José Maria Teixeira de Queiroz, nascido no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] em 1820 e delegado do procurador régio em [[Viana do Castelo]], e de Carolina Augusta Pereira d'Eça, nascida em [[Monção (Portugal)|Monção]] em 1826. O casamento ocorreu posteriormente ao nascimento. O pai de Eça de Queiroz, [[magistrado]] e [[par do reino]], convivia regularmente com [[Camilo Castelo Branco]], quando este vinha à Póvoa para se divertir no Largo do Café Chinês. Uma das teses para tentar justificar o facto de os pais do escritor não se terem casado antes do seu nascimento sustenta que Carolina Augusta Pereira de Eça não teria obtido o necessário consentimento da parte de sua mãe, já viúva do coronel José Pereira de Eça. De facto, seis dias após a morte da avó que a isso se oporia, casaram-se os pais de Eça de Queiroz, quando o menino tinha quase quatro anos.
Eça de Queiroz foi batizado como «filho natural de José Maria d'Almeida de Teixeira de Queiroz e a mãe era Carolina Augusta Pereira de Eça».
 
Eça, por sua vez, apresenta episódios incestuosos em criança relatados no diário de sua prima. Por via dessas contingências foi entregue a uma ama, aos cuidados de quem ficou até passar para a ''casa de Verdemilho'' em [[Aradas]], [[Aveiro]], a casa da sua avó paterna. Nessa altura, foi internado no [[Igreja da Lapa (Porto)|Colégio da Lapa]], no [[Porto]], de onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para a [[Universidade de Coimbra]], onde estudou [[Direito]].<ref name="Brasil Escola">{{citar web |url=http://www.brasilescola.com/literatura/eca-queiros.htm |título=Eça de Queirós |acessodata=15 de novembro de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=R7 |publicado=Brasil Escola |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Além do escritor, os pais teriam mais seis filhos.
Uma das teses para tentar justificar o facto de os pais do escritor não se terem casado antes do seu nascimento sustenta que Carolina Augusta Pereira de Eça não teria obtido o necessário consentimento da parte de sua mãe, já viúva do coronel José Pereira de Eça. De facto, seis dias após a morte da avó que a isso se oporia, casaram-se os pais de Eça de Queiroz, quando o menino tinha quase quatro anos.
 
Eça, por sua vez, apresenta episódios incestuosos em criança relatados no diário de sua prima.
Por via dessas contingências foi entregue a uma ama, aos cuidados de quem ficou até passar para a ''casa de Verdemilho'' em [[Aradas]], [[Aveiro]], a casa da sua avó paterna. Nessa altura, foi internado no [[Igreja da Lapa (Porto)|Colégio da Lapa]], no [[Porto]], de onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para a [[Universidade de Coimbra]], onde estudou [[Direito]].<ref name="Brasil Escola">{{citar web |url=http://www.brasilescola.com/literatura/eca-queiros.htm |título=Eça de Queirós |acessodata=15 de novembro de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=R7 |publicado=Brasil Escola |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Além do escritor, os pais teriam mais seis filhos.
 
[[Ficheiro:Eca de Queiros.jpg|trumb|right|200px|Estátua na Póvoa de Varzim.]]
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O pai era magistrado, formado em Direito por Coimbra.<ref name="UOL - Educação"/> Foi juiz instrutor do célebre processo de [[Camilo Castelo Branco]], juiz da Relação e do Supremo Tribunal de Justiça, presidente do Tribunal do Comércio, deputado por [[Aveiro]], [[fidalgo cavaleiro]] da Casa Real, par do Reino e do Conselho de Sua Majestade.<ref name="Brasil Escola"/> Foi ainda escritor e [[poeta]].
 
Em Coimbra, Eça foi amigo de [[Antero de Quental]]. Os seus primeiros trabalhos, publicados na revista "Gazeta de Portugal", foram depois coligidos em livro, publicado postumamente com o título ''Prosas Bárbaras''. Eça veraneava na Póvoa de Varzim, quando matriculado na Universidade de Coimbra. Sua tia materna, Carlota, arrendava casa na Póvoa, de verão e com ela, além do sobrinho José Maria, iam também os seuss seis filhos, três rapazes e três raparigas.<ref>{{citar web |url=http://www.e-cultura.sapo.pt/artigo/19321 |título=Roteiro queiroziano |acessodata=18 de abril de 2016 |autor= Helena Vaz da Silva|coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=e-Cultura.pt |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
 
Em 1866, Eça de Queiroz terminou a Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra e passou a viver em Lisboa, exercendo a [[advocacia]] e o [[jornalismo]]. Foi director do periódico ''O Distrito de Évora'' e colaborou em publicações periódicas como a ''[[Renascença (1878)|Renascença]]'' <ref >{{Citar web |autor=Helena Roldão |data=03 de outubro de 2013 |título=Ficha histórica: A renascença : orgão dos trabalhos da geração moderna |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/ARenascenca.pdf|formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=31 de março de 2015}}</ref> (1878-1879?), ''[[A Imprensa (1885)|A Imprensa]]'' <ref >{{Citar web |autor=Helena Bruto da Costa |data=11 de janeiro de 2006 |título=Ficha histórica:A imprensa : revista scientifica, litteraria e artistica (1885-1891) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/AImprensa.pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=21 de abril de 2015}}</ref> (1885-1891), [http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/RibaltaseGambiarras/Ribaltasegambiarras.htm Ribaltas e gambiarras] (1881) e postumamente na ''[[Revista de Turismo (1916)|Revista de turismo]]'' <ref >{{Citar web |autor=Jorge Mangorrinha |data=16 de janeiro de 2012 |título=Ficha histórica:Revista de Turismo: publicação quinzenal de turismo, propaganda, viagens, navegação, arte e literatura (1916-1924) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/RevistadeTurismo.pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=13 de Maio de 2015}}</ref> iniciada em 1916 e na ''[[Feira da Ladra (revista)|Feira da Ladra]]'' (1929-1943). Porém, continuaria a colaborar esporadicamente em jornais e revistas ocasionalmente durante toda a vida. Mais tarde fundaria a ''Revista de Portugal''.