Interação social: diferenças entre revisões

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{{Fusão|1=Relação social|data=agosto de 2015}}
Comunicação online e aprendizagem/Os 3 Tipos de Interação e o Teorema da Equivalência da Interação
O aspecto mais importante da '''interação social''' é que ela provoca uma modificação de [[comportamento]] importante nos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e da comunicação que se estabelece entre eles. Desse modo, fica claro que o simples contato físico não é suficiente para que haja interação social. Por exemplo, se alguém se senta ao lado de outra pessoa num [[ônibus]], mas ambos não conversam, não está havendo interação social (embora presença de uma das pessoas influencie, às vezes, o comportamento da outra). Os contatos sociais e a interação constituem condições indispensáveis à associação humana. Os indivíduos se socializam através dos contatos e da interação social.
< Comunicação online e aprendizagem
Os três tipos de interação
 
Comunicação online e aprendizagem/Os 3 Tipos de Interação e o Teorema da Equivalência da Interação
< Comunicação online e aprendizagem
Os três tipos de interação
 
 
Um dos eixos centrais do desenvolvimento de processos educativos é a interação. Tal como a capacidade de manipulação da linguagem não é, por si só, garante de comunicação; também a existência de um aluno, de um professor, ou de um conteúdo não representam necessariamente aprendizagem. A qualquer uma destas realidades falta um elemento essencial: a reciprocidade, a interinfluência, a mutualidade que o conceito de interação encerra. É o continuado movimento de ação-reação, de interatividade, que caracteriza a construção de aprendizagem.
 
A interação coloca-se, assim, sem surpresa, como um fator de especial preocupação e reflexão também no campo da educação online. Exatamente por se tratar de um constructo que sustenta a teorização e a prática educativa, Moore (1989) preocupou-se em delimitar-lhe coordenadas que permitissem melhor gerir e ajustar a eficácia e eficiência do design de um curso à distância.
 
À luz dos mecanismos e dos media que caracterizavam a educação à distância nas décadas de 80 e 90 do século passado, Moore sugere a distinção entre três tipos de interação com intuito de facilitar a conceptualização, apropriação e aplicação prática desta ideia pelos educadores responsáveis pela implementação dos cursos à distância. Assim, como foi anteriormente referido, define três tipos de interação que focou na perspetiva do aluno e que etiquetou como interação aluno-conteúdo, interação aluno-professor e interação aluno-aluno.
 
De acordo com Moore, a interação aluno-conteúdo é fulcral para a mudança das estruturas cognitivas do aprendente, na medida em que o processo intelectual que lhe está subjacente promove o acesso à aprendizagem. A interação aluno-professor, por seu lado, permite uma apropriação mais eficaz dos conteúdos, perspetivando-se aqui o professor como validador da aplicação dos conhecimentos. É o terceiro tipo de interação - aluno-aluno - que começa aqui a desenhar-se como um modelo de interatividade fundamental à construção da aprendizagem. De facto, a transformação tecnológica que, à época, começa a anunciar-se de forma mais alargada, permite introduzir elementos de interação entre alunos e perceber a importância que esta dinâmica poderia ter na qualidade dos cursos à distância e nos respetivos resultados de aprendizagem.
 
Moore deixa bem clara a centralidade desta reflexão e a presença destes constructos para imprimir eficácia e eficiência aos cursos na hora de definir as estratégias e os media a que recorrer ao longo de uma formação com as características da educação à distância. Manifesta assim, que:
 
Educators need to organize programs to ensure maximum effectiveness of each type of interaction, and ensure they provide the type of interaction that is most suitable for the various teaching tasks of different subject areas, and for learners at different stages of development.
 
The main weakness of many distance education programs is their commitment to only one type of medium. (Moore, 1989: 3).
”O teorema da Equivalência da Interação
 
 
Quando em 2003 Terry Anderson retoma a reflexão sobe a importância da interação e a necessidade de encontrar um formato equilibrado que otimize a qualidade e os custos de um curso online, a realidade é já bem distinta da que contextualiza a análise de Moore. A vivência da aprendizagem cada vez mais assente na Internet, o socio-cognitivismo como modelo de trabalho cada vez mais marcante e o contexto da web-semântica foram colocando desafios aos distintos eixos de interação.
 
Em busca da fórmula ideal para calibrar a interação no design educacional de cursos online, Anderson propõe uma nova abordagem formulando duas teses que refletem, para além das interações definidas por Moore, três formas de interação descritas por Anderson e Garrison em 1998: as interações professor-professor, professor-conteúdo e conteúdo-conteúdo representadas na figura 1. Rodrigues
Um dos eixos centrais do desenvolvimento de processos educativos é a interação. Tal como a capacidade de manipulação da linguagem não é, por si só, garante de comunicação; também a existência de um aluno, de um professor, ou de um conteúdo não representam necessariamente aprendizagem. A qualquer uma destas realidades falta um elemento essencial: a reciprocidade, a interinfluência, a mutualidade que o conceito de interação encerra. É o continuado movimento de ação-reação, de interatividade, que caracteriza a construção de aprendizagem.
 
A interação coloca-se, assim, sem surpresa, como um fator de especial preocupação e reflexão também no campo da educação online. Exatamente por se tratar de um constructo que sustenta a teorização e a prática educativa, Moore (1989) preocupou-se em delimitar-lhe coordenadas que permitissem melhor gerir e ajustar a eficácia e eficiência do design de um curso à distância.
 
À luz dos mecanismos e dos media que caracterizavam a educação à distância nas décadas de 80 e 90 do século passado, Moore sugere a distinção entre três tipos de interação com intuito de facilitar a conceptualização, apropriação e aplicação prática desta ideia pelos educadores responsáveis pela implementação dos cursos à distância. Assim, como foi anteriormente referido, define três tipos de interação que focou na perspetiva do aluno e que etiquetou como interação aluno-conteúdo, interação aluno-professor e interação aluno-aluno.
 
De acordo com Moore, a interação aluno-conteúdo é fulcral para a mudança das estruturas cognitivas do aprendente, na medida em que o processo intelectual que lhe está subjacente promove o acesso à aprendizagem. A interação aluno-professor, por seu lado, permite uma apropriação mais eficaz dos conteúdos, perspetivando-se aqui o professor como validador da aplicação dos conhecimentos. É o terceiro tipo de interação - aluno-aluno - que começa aqui a desenhar-se como um modelo de interatividade fundamental à construção da aprendizagem. De facto, a transformação tecnológica que, à época, começa a anunciar-se de forma mais alargada, permite introduzir elementos de interação entre alunos e perceber a importância que esta dinâmica poderia ter na qualidade dos cursos à distância e nos respetivos resultados de aprendizagem.
 
Moore deixa bem clara a centralidade desta reflexão e a presença destes constructos para imprimir eficácia e eficiência aos cursos na hora de definir as estratégias e os media a que recorrer ao longo de uma formação com as características da educação à distância. Manifesta assim, que:
 
Educators need to organize programs to ensure maximum effectiveness of each type of interaction, and ensure they provide the type of interaction that is most suitable for the various teaching tasks of different subject areas, and for learners at different stages of development.
 
The main weakness of many distance education programs is their commitment to only one type of medium. (Moore, 1989: 3).
”O teorema da Equivalência da Interação
 
 
Quando em 2003 Terry Anderson retoma a reflexão sobe a importância da interação e a necessidade de encontrar um formato equilibrado que otimize a qualidade e os custos de um curso online, a realidade é já bem distinta da que contextualiza a análise de Moore. A vivência da aprendizagem cada vez mais assente na Internet, o socio-cognitivismo como modelo de trabalho cada vez mais marcante e o contexto da web-semântica foram colocando desafios aos distintos eixos de interação.
 
Em busca da fórmula ideal para calibrar a interação no design educacional de cursos online, Anderson propõe uma nova abordagem formulando duas teses que refletem, para além das interações definidas por Moore, três formas de interação descritas por Anderson e Garrison em 1998: as interações professor-professor, professor-conteúdo e conteúdo-conteúdo representadas na figura 1.
 
== Formas ==
A interação social pode ocorrer entre uma pessoa e outra, entre uma pessoa e um grupo ou entre um grupo e outro: