Invasões bárbaras da Península Ibérica: diferenças entre revisões

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{{História PT-ES|imagem=[[Imagem:Invasions of the Roman Empire 1.png|250px]]|legenda=Mapa das invasões bárbaras no Império Romano mostrando as principais incursões entre os anos [[100]] e [[500]]}}
 
Dá-se o nome de '''invasões bárbaras''' à série de [[Migração humana|migrações]] de vários [[povos germânicos]] para a [[península Ibérica]], que viriaviriam a alterar radicalmente a organização da região até então denominada ''[[Hispânia]]'' sob o [[Império Romano]]. Integradas no [[Migrações dos povos bárbaros|período das migrações]] que ocorreu entre os anos [[300]] a [[800]]<ref>As datas exactas podem variar; geralmente assinala-se o ano [[410]], data do saque de Roma por [[Alarico I]] e [[751]], início da [[Dinastia carolíngia]].</ref> em toda a [[Europa]], estas migrações marcaram a transição da [[Antiguidade]] para a [[Idade Média]] e terão sido desencadeadas pelas incursões dos [[Hunos]] e pressões populacionais a partir da Europa centralicentral.
 
==Migrações bárbaras na península Ibérica==
{{AP|Migrações dos povos bárbaros}}
 
A partir de [[409]] chegaram à [[Lusitânia]], [[província romana]] que correspondia sensivelmente ao Centro e Sul de [[Portugal]] e a [[Cáceres (Espanha)|Cáceres]], [[Badajoz]], [[Salamanca]] e parte de [[Segóvia]] e [[Madrid]] na [[Espanha]] &mdash; os grandes bandos de [[alanos]], [[vândalos]] e [[suevos]], povos que tinham sido violentamente arrancados das suas terasterras pela invasão dos [[hunos]] e que, depois dessa expulsão, se deslocaram pela Europa, para Ocidente, em busca de novas terras onde se instalar. Em linhas gerais, os alanos eram oriundos da região do [[Cáucaso]]; os Vândalos constituíiamconstituíam-se em [[povos germânicos]] de origem [[Escandinávia|escandinava]]; e os suevos, também germânicos, eram aparentados com os grupos [[Inglaterra|anglo]]-[[saxão|saxões]] que, por esta altuaaltura, foram instaalarinstalar-se na [[Inglaterra]].
 
[[Imagem:Hispania 476 AD.PNG|thumb|250px|Mapa da península Ibérica nos anos [[470]], antes da queda de [[Roma Antiga|Roma]], mostrando a ocupação após as campanhas de [[Teodorico II]] e a fuga dos [[Vândalos]]]]
 
Entre estes, apenas os suevos apresentavam uma organização política. A esta invasão assistiu [[Paulo Orósio]], [[presbítero]] de [[Braga]], que deixou registrado que "''depresadepressa trocaram a [[espada]] pelo [[arado]] e se fizeram amigos''". Organizaram um [[Monarquia|reino]] que abrangia a [[Galiza]] e tinha capital em [[Braga]]; o reino alargou-se depois para o Sul do [[rio Douro]]. Neste reino nasceria a língua e [[nacionalidade]] [[galaico-portuguesa]].
 
Este grupos de bárbaros não parecem ter sido numerosos; ainda assim, subjugaram as [[Província romana|províncias romanas]] com grande rapidez e, depois de instalados, não encontraram grandes resistências por parte das populações nativas, facto que se relaciona com as condições sociais da conjuntura de crise que antecedeu a [[Queda do Império Romano]] do Ocidente: uma depressão econômica atingira as cidades, enfraquecendo as [[classe social|classes médias]] e agravando as condições dos camponeses. O fim das conquistas tornara difícil a obtenção de mão-de-obra [[escravatura|escrava]], base sobre a qual assentava a economia romana. Desse modo, a população livre caía numa situação de semiescravatura.