Lúcio Cornélio Sula: diferenças entre revisões

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Sem nenhum tipo de apoio do governo central em Roma, a campanha de Sula na Grécia foi caracterizada por um duplo combate: contra os inimigos e contra a situação de penúria. A falta de dinheiro foi mitigada com o saque dos tesouros dos inúmeros templos gregos, especialmente o mais rico de todos eles, o [[Templo de Apolo (Delfos)|Templo de Apolo]], em [[Delfos]], cuja missão ficou a cargo de um amigo, Cáfis, o [[Focea|Fócio]]. Apesar disto, a maior fonte de dores de cabeça para Sula era seu próprio exército, pois aparentemente os problemas com seus soldados parecem ter sido mais graves que os habituais para a época. Dado que o moral de suas tropas ao chegar a Grécia já era muito baixo, Sula se aproveitou de qualquer ocasião que se apresentava para exercitá-los, o que teve o efeito benéfico criar em suas legiões uma excelente disciplina que lhe seria muito útil na sua volta à Itália. Enquanto isto, seu segundo em comando, [[Lúcio Licínio Lúculo]], foi enviado para confiscar barcos e dinheiro nos diversos portos do [[Levante Mediterrâneo]]{{harvnp|Keaveney|1982|pp=78-83|sp=si}}.
 
=== {{Âncora|Cerco de Atenas}}Cerco de Atenas ===
[[Ficheiro:Atene assedio Silla 87-86aC.png|thumb|direita|upright=1|Diagrama do Cerco de [[Atenas]] e [[Pireu]] em 87-86 a.C. por Sula, mostrando as famosas "[[Longas Muralhas]]". Ele só não arrasou a cidade por conta de sua fama internacional, mas ainda assim teve que ser convencido por seus oficiais.]]
Sula cercou [[Atenas]] e [[Pireu]], cidades gêmeas ligadas pelas "[[Longas Muralhas]]" e governadas pelo tirano [[Aristião]], uma marionete do rei do Ponto. A política de [[terra arrasada]] empreendida por Aristião e a consequente falta de madeira para construir suas [[arma de cerco|armas de cerco]] levou Sula a ordenar que fossem derrubadas todas as árvores num raio de cem [[milha romana|milhas]], o que arrasou a [[Ática]] inteira. Entre as árvores cortadas estavam os centenários exemplares da ilustríssima [[Academia de Atenas]], sob cuja sombra passearam [[Platão]] e tantos outros filósofos de renome. O cerco foi completado e, apesar das várias tentativas de rompê-lo, ambas as partes resolveram esperar. Foi nesta ocasião que notícias começaram a chegar a Sula sobre as perseguições dos ''[[populares]]'' de [[Cina]] em Roma{{harvnp|Keaveney|1982|pp=83-91|sp=si}}.