Queercore: diferenças entre revisões

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* Idealização da liberdade.
 
Bandas influentes do gênero são [[Limp Wrist]], [[Pansy Division]], [[God Is My Co-Pilot]] e [[The Dicks]].
 
==História==
 
===Origens===
 
No início dos anos 1980, várias bandas hardcore americanas escreveram canções com temas [[Teoria queer|queer]]. [[Gary Floyd]] (do [[The Dicks]]) e [[Randy Turner]] (do [[Big Boys]]) ganharam notoriedade por serem gays assumidos e falarem sem rodeios. Na Inglaterra, quem se destacava era [[Andy Martin]] ([[The Apostles]]), da cena [[anarcopunk]]. Nessa época, nos Estados Unidos, bandas politicamente motivadas, como MDC e 7 Seconds, passaram a incluir mensagens anti-homofóbicas em suas músicas. Os [[Nip Drivers]], por exemplo, tinham em seu repertório a canção ''Quentin'', dedicada ao escritor, ator e modelo britânico [[Quentin Crisp]], figura importante para a história do movimento gay.
 
O '''[[fanzine]] ''[[J.D.s]]''''', criado por [[G.B. Jones]] e [[Bruce LaBruce|Bruce La Bruce]], é amplamente reconhecido como o zine que deu início ao movimento. "''J.D.s'' é visto por muitos como o catalisador que impulsionou a cena queercore à existência", escreve [[Amy Spencer]] em seu livro de 2005 ''DIY: The Rise Of Lo-Fi Culture'' (ainda não publicado em português e cujo título, em tradução livre, seria algo como "Faça você mesmo: o crescimento da cultura Lo-Fi"). Originários da cena [[Anarquismo|anarquista]], os editores do ''J.D.s'' haviam escolhido inicialmente o termo homocore para descrever o movimento, mas logo substituíram a palavra ''homo'' por ''[[queer]]'' para refletir melhor a diversidade dos elementos envolvidos e se desassociarem por completo dos limites do movimento gay e lésbico mais "ortodoxo". A primeira edição foi lançada em 1985, logo seguida por um manifesto intitulado ''Don't Be Gay'' ("Deixe de Ser Gay", em tradução livre) publicado no fanzine ''[[Maximumrocknroll|MaximumRocknRoll]]''.
 
O ''J.D.s'' inspirou, entre muitos outros zines, o ''[[Holy Titclamps]]'', editado por Larry-bob; o ''Homocore'', de [[Tom Jennings]] e [[Deke Nihilson]]; o ''[[Chainsaw]]'', de Donna Dresch; e o ''Outpunk'', de Matt Wobensmith. Os dois últimos funcionavam também como gravadoras musicais. Esses zines, assim como o próprio movimento, tinham como características e propostas principais: 
 
- a busca de uma alternativa à cultura (autoimposta) de "gueto" dos gays e lésbicas ortodoxos; 
 
- a diversidade sexual e de gênero em oposição à segregação praticada pela comunidade gay mainstream (o notório "meio gay"); 
 
- a insatisfação com o [[consumismo]] generalizado, propondo em seu lugar uma atitude do tipo "[[Faça você mesmo|mãos à obra]]", com vistas à criação de uma cultura própria; 
 
- a oposição a doutrinas religiosas opressivas e à repressão política.
 
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