Desenho de arma nuclear: diferenças entre revisões

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m - o verbo haver com o sentido de existir é sempre invariável, replaced: haviam → havia, typos fixed: multi-uso → multiúso, reuso → reúso, anti-n → antin utilizando AWB
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** '''''[[Montagem implosiva]]''''', na qual uma [[Material físsil|massa físsil]] de um dos materiais referidos (U-235, Pu-239, ou uma combinação de ambos) é rodeada por uma carga explosiva modelada que comprime a massa, resultando em [[Massa crítica|criticidade]].
* '''[[Arma de fissão intensificada]]''' constitui um melhoramento do desenho implosivo. O ambiente de altas pressões e temperaturas no centro da explosão de uma bomba de fissão comprime e aquece uma mistura de gases de [[trítio]] e [[deutério]] ([[isótopo]]s pesados de [[hidrogénio]]). O hidrogénio funde-se, formando [[hélio]] e [[Nêutron livre|neutrões livres]]. A energia libertada pelas reacções de fusão é relativamente negligenciável, mas cada neutrão libertado inicia, por sua vez, uma nova reacção de fusão em cadeia, reduzindo substancialmente a quantidade de material físsil que, de outra forma, seria gasto. Este mecanismo de ''intensificação'' pode representar uma duplicação da energia libertada por fissão.
* '''[[Desenho de Teller–Ulam|Armas termonucleares bifásicas]]''' são, essencialmente, uma cadeia de armas de fissão intensificada, normalmente com apenas duas fases na referida cadeia. A segunda fase, denominada "secundário", é implodida por energia de [[raios X]] a partir da primeira fase, denominada "primário". Esta implosão por radiação é muito mais eficaz que a implosão do primário, de alta potência. Consequentemente, o secundário pode ser várias vezes mais potente do que primário sem, no entanto, ser maior. O secundário pode ser desenhada para maximizar a libertação de energia de fusão mas, na maioria dos desenhos, é apenas utilizada para conduzir ou melhorar a fissão, como no caso do primário. Mais fases podem ser adicionadas, embora o resultado seja uma arma de [[Megaton|megatoneladasmegaton]]eladas, potente demais para ser utilizada. <ref>Os EUA mantiveram nos seus arsenais, durante um curto período a partir de 1961, uma bomba trifásica de 25 megatoneladas denominada [[Bomba nuclear B41|B41]]. Também em 1961 foi testada (mas não instalada em arsenal), pela URSS, a [[Tsar Bomba]], uma arma trifásica de 50-100 megatoneladas.</ref>
 
Armas de fissão puras constituíram, historicamente, o primeiro tipo a ser construído por uma nação. Países com elevados níveis de [[industrialização]] e com arsenais nucleares desenvolvidos, possuem armas termonucleares bifásicas, as quais são as mais compactas, escaláveis e com melhor relação resultado/preço, assim que esteja disponível a infraestrutura industrial necessária para as construir.
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:::<math>\ {}^{235}\mathrm{U} + n = {}^{95}\mathrm{Sr} + {}^{139}\mathrm{Xe} + 2n + 180\ \mathrm{MeV}</math>
 
A libertação imediata de energia por átomo é de 180 milhões de [[Elétron-volt|electrão-volt]] (MeV), ou seja, 74 [[Tera|T]][[Joule|J]]/[[Quilograma|kg]], sendo 90% desse valor [[energia cinética]] dos fragmentos de fissão, os quais se afastam uns dos outros por repulsão causada pela carga positiva dos seus [[Próton|protões]] (38 para o estrôncio e 54 para o xénon). Assim, a sua energia cinética inicial é de cerca de 67 TJ/kg (correspondendo a uma velocidade inicial de 12.000 &nbsp;km/s), mas a sua elevada carga eléctrica provoca inúmeras colisões inelásticas com núcleos vizinhos. Os fragmentos mantêm-se capturados no ''fosso de urânio'' até que o seu movimento é convertido em raios X, um processo que demora cerca de um milionésimo de segundo (um [[micro]]segundo). Esta energia de raios X produz a explosão e o fogo que são o propósito da explosão nuclear.
 
Após o abrandamento dos produtos de fissão, estes continuam [[Radioatividade|radioactivos]]. Sendo novos elementos com neutrões a mais, eventualmente tornar-se-ão estáveis por [[Partícula beta|decaimento beta]], convertendo neutrões em protões com emissão de [[Elétron|electrões]] e [[Radiação gama|raios gama]]. Cada núcleo dos produtos de fissão decai entre uma e seis vezes (três vezes, em média), produzindo uma variedade de [[isótopo]]s de diferentes elementos, alguns estáveis, alguns altamente radioactivos, e outros radioactivos com tempos de [[vida média]] de até 200.000 anos.<ref>Glasstone, ''Sourcebook'', p. 503.</ref> Em reactores, os produtos radioactivos são os resíduos nucleares do combustível consumido. Nas bombas, tornam-se [[cinza nuclear]], depositando-se na superfície terrestre tanto localmente como globalmente.
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Assim que a massa crítica se encontre agregada com densidade máxima, um jorro de neutrões é fornecido no sentido de iniciar o maior número possível de reacções em cadeia. As armas primitivas empregavam um "''[[Urchin (detonador)|urchin]]''" no fosso, contendo este último [[polónio]]-210 e [[berílio]] separados por uma fina barreira. A implosão do fosso esmagava o urchin e misturava os dois metais, permitindo, desta forma, que partículas alfa provenientes do polónio interagissem com os átomos de berílio, produzindo neutrões livre. Em armas modernas, o gerador de neutrões é um [[Válvula termiônica|tubo de vácuo]] de [[alta tensão]] que contém um [[acelerador de partículas]], o qual bombardeia um alvo de [[hidreto]] de deutério/trítio-metal com [[Íon|iões]] de deutério e trítio. A fusão de pequena escala produz neutrões num local protegido, fora do pacote físico, a partir do qual podem penetrar no fosso. Este método permite melhor sincronização na iniciação da reacção em cadeia.
 
A massa crítica de uma esfera não-comprimida de metal desprotegido é 49,9 &nbsp;kg para urânio-235 e 15,9 &nbsp;kg para plutónio-239 na fase delta. Em aplicações práticas, a quantidade de material requerida para criticidade varia com a forma, pureza, densidade e proximidade ao [[Reflector de neutrões|material reflector de neutrões]], sendo a fuga ou captura de neutrões afectadas por todos os factores anteriores.
 
Para evitar uma reacção em cadeia durante o manuseamento, o material físsil na arma deverá ser sub-crítico antes da explosão. Pode consistir em um ou mais componentes contendo, cada um, menos do que uma massa crítica não-comprimida. Uma fina concha oca pode conter mais do que uma massa crítica esférica e desprotegida, e o mesmo é válido para um cilindro, o qual pode ser arbitrariamente extenso sem nunca atingir criticidade.
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{{Artigo principal|[[Arma de fissão de tipo balístico]]}}
[[Ficheiro:Gun-type fission weapon en-labels thin lines.svg|thumb|350px|Diagrama de uma arma de fissão de tipo balístico.]]
[[Little Boy]], a bomba de [[Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki|Hiroxima]], usou 64 &nbsp;kg de urânio com um enriquecimento médio de 80% (51 &nbsp;kg de U-235), muito próximo da massa crítica para o metal desprotegido. Quando montado dentro da sua calçadeira/reflector de [[carbeto]] de [[tungsténio]], os 64 &nbsp;kg representavam mais do dobro da massa crítica. Antes da explosão, o urânio-235 foi preparado em duas porções sub-críticas, uma das quais foi, mais tarde, disparada por um cilindro contra a outra, iniciando a explosão atómica. Cerca de 1% do urânio sofreu fissão;<ref>Glasstone e Dolan, ''Effects'', p. 12-13. Quando 454 g de U-235 sofrem fissão completa, a potência resultante é de 8 [[quiloton|kt]]. A potência da bomba Little Boy, que variou entre 13 e 16 kt, foi, desta forma, produzida pela fissão de não mais de 907 g de U-235, a partir dos 64 kg existentes no fosso da arma. Os restantes 63 kg, 98,5% do total, não tiveram qualquer contributo para a potência da bomba.</ref> o restante, representando a maior parte de toda a produção em tempo de guerra das gigantescas fábricas de Oak Ridge, espalhou-se inutilmente.<ref>Compere, A.L., e Griffith, W.L. 1991. "The U.S. Calutron Program for Uranium Enrichment: History,. Technology, Operations, and Production. Report," ORNL-5928, como citado em John Coster-Mullen, "Atom Bombs: The Top Secret Inside Story of Little Boy and Fat Man," 2003, nota de rodapé 28, p. 18. A produção total de ''oralloy'' (nome de código para [[urânio enriquecido]], durante o [[Projeto Manhattan|Projecto Manhattan]]) de Oak Ridge era, em 28 de Julho de 1945, de 75,68 kg. Desta quantidade, 84% foram espalhados sobre Hiroxima (ver nota anterior).</ref>
 
A ineficiência foi causada pela velocidade a que o urânio não-comprimido se expandiu e se tornou sub-crítico durante a fissão, devido à sua densidade diminuída. Apesar da sua ineficiência, este desenho, devido ao seu formato, foi adaptado para utilização em projécteis de artilharia cilíndricos e de pequeno diâmetro (uma [[ogiva]] de tipo balístico, disparada de um cano de uma arma muito maior). Tais ogivas foram incorporadas pelo [[Estados Unidos]] no seu arsenal até 1992, sendo responsáveis por uma fracção significativa de todo o U-235 armazenado; estas foram, também, algumas das primeiras armas a serem desmanteladas de acordo com tratados limitativos do número de ogivas. A base lógica desta decisão foi, sem dúvida, a combinação das baixas potências destas armas com os sérios problemas de segurança associados ao desenho de tipo balístico.
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{{Artigo Principal|Arma de fissão de tipo de implosão}}
[[Ficheiro:Implosion Nuclear weapon.svg|right|350px|Diagrama de armas nucleares do tipo implosivo.]]
[[Fat Man]], a bomba de [[Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki|Nagasaki]], usou 6,2 &nbsp;kg (cerca de 350 [[Mililitro|ml]] de volume) de Pu-239, o que representa apenas 39% da massa crítica esférica. Rodeada por uma calçadeira/reflector de U-238, o fosso foi elevado próximo do ponto de massa crítica pelas propriedades de [[Reflector de neutrões|reflectividade neutrónica]] do U-238. Durante a detonação, a criticidade foi atingida por implosão. Com o objectivo de aumentar a sua densidade, o fosso de plutónio foi comprimido pela detonação simultânea de explosivos convencionais colocados uniformemente à sua volta. Estima-se que apenas 20% do plutónio tenha sofrido fissão; o resto, cerca de 5 &nbsp;kg, foi espalhado.
 
[[Ficheiro:Implosion bomb animated.gif|left|175px]]
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O primeiro melhoramento no desenho da bomba Fat Man consistiu na introdução de um espaço com ar entre a calçadeira e o fosso, por forma a criar um impacto similar ao de um martelo a atingir um prego. O fosso, suportado por um cone oco dentro da cavidade da calçadeira, era descrito como "levitado". Os três testes da [[Operação Sandstone]], em 1948, usaram desenhos de tipo Fat Man com fossos levitados. A maior potência foi de 49 kt, mais do dobro da potência do desenho Fat Man sem levitação.<ref>Toda a informação acerca de testes de armas nucleares provém de Chuck Hansen, ''The Swords of Armageddon: U.S. Nuclear Weapons Development since 1945'', Outubro de 1995, Chucklea Productions, Volume VIII, p. 154, Tabela A-1, "U.S. Nuclear Detonations and Tests, 1945-1962."</ref>
 
Foi imediatamente claro que o modelo implosivo seria o mais adequado para uma arma de fissão. A sua única desvantagem residia no seu diâmetro. A bomba Fat Man tinha 1,5 m de largura, contrastando com os 60 &nbsp;cm da bomba Little Boy.
 
Onze anos mais tarde, os desenhos de implosão tinham avançado suficientemente para que a esfera de 1,5 m de diâmetro do engenho Fat Man tivesse sido reduzida para um cilindro de 30 &nbsp;cm de diâmetro e 60 &nbsp;cm de comprimento, no caso do engenho Swan.
 
O fosso de Pu-239 da bomba Fat Man tinha apenas 9 &nbsp;cm de diâmetro, ligeiramente maior do que uma bola de [[Beisebol|basebol]]. A maior parte do anel que rodeava a bomba Fat Man dizia respeito ao mecanismo de implosão, nomeadamente as camadas concêntricas de U-238, alumínio e potentes explosivos. A chave para a redução do anel residiu no desenho de implosão de dois pontos.
 
===Implosão linear de dois pontos===
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A detonação leva o fosso à criticidade pela compressão simultânea dos topos do cilindro, criando uma forma esférica. O choque pode também fazer o plutónio transitar da sua fase delta para a fase alfa, aumentando a sua densidade em 23%, mas sem o momento, do exterior para o interior, de uma verdadeira implosão. A falta de compressão torna a detonação ineficiente, mas a simplicidade e reduzido diâmetro do desenho tornam-no adequado para utilização em projécteis de artilharia e munições atómicas de demolição, também conhecidas por [[Arma nuclear portátil|armas nucleares portáteis]].
 
Todas estas armas de combate de baixa potência, sejam desenhos balísticos de U-235 ou desenhos implosivos lineares de Pu-239, exigem o pagamento de um preço alto em termos de material físsil, já que implicam que se alcancem diâmetros entre 152 e 254 &nbsp;mm.
 
===Implosão de dois pontos em fosso oco===
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Após a guerra assistiu-se ao reavivar do interesse no desenho de fosso oco. A sua vantagem mais óbvia reside no facto de uma casca oca de plutónio, deformada por choque em direcção ao seu centro vazio, transmitir momento na sua súbita e violenta configuração em esfera sólida. Ela própria funcionaria como calçadeira, requerendo um muito menor dispositivo deste tipo (em U-238), sem necessidade de qualquer impulsor, e empregando explosivos de menor potência. O fosso oco tornou a levitação obsoleta.
 
A bomba Fat Man possuía duas conchas esféricas e concêntricas de altos explosivos, cada uma com cerca de 25 &nbsp;cm de espessura. A concha interior guiou a explosão. A concha exterior consistiu num padrão de [[Icosaedro truncado|bola de futebol]] com 32 lentes altamente explosivas, cada uma convertendo a onda convexa proveniente do seu detonador numa onda côncava cuja [[Frente de onda|frente]] se adequava à superfície externa da concha interna. Se estas 32 lentes pudessem ser substituídas por apenas duas, a esfera de altos explosivos poderia tornar-se um [[Elipsoide|elipsóide]] ([[Esferoide|esferóide prolato]]) com muito menor diâmetro.
 
Um excelente exemplo destas duas características reside numa ilustração de 1956 do [[programa sueco de armas nucleares]] (encerrado antes de ter produzido uma explosão de teste), nela se vendo os elementos essenciais do desenho de dois pontos em fosso oco.
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O mecanismo da lente de altos explosivos (item nº 6 no diagrama) não é mostrado no desenho sueco, mas uma lente de tipo padrão feita de explosivos potentes rápidos e lentos, como na bomba Fat Man, seria muito mais alongada do que a forma ilustrada. Para que uma única lente explosiva gere uma onda côncava que envolva por completo um hemisfério, aquela deverá ser ou muito comprida, ou a parte da onda na linha que liga o detonador ao fosso dramaticamente abrandada.
 
Um explosivo potente e lento é, ainda assim, muito rápido, mas a placa voadora de uma "lente de ar" não o é. Uma placa metálica, deformada por choque e empurrada através de um espaço vazio, pode ser desenhada para que se mova à velocidade pretendida.<ref>[http://nuclearweaponarchive.org/Nwfaq/Nfaq4-1.html#Nfaq4.1.6.2 ''Nuclear Weapons FAQ: 4.1.6.2.2.4 Cylindrical and Planar Shock Techniques''] {{en}}, acedido em 31 de Agosto de 2009.</ref><ref>[http://www.fas.org/sgp/othergov/doe/rdd-7.html#I48| ''"Restricted Data Declassification Decisions from 1946 until Present"'', secção V.B.2.k] {{en}}, apresenta o facto da utilização de conchas esféricas de materiais físseis em armas de altos explosivos, com fossos selados; lentes de ar e anel de altos explosivos (tornado público em Novembro de 1972).</ref> Um sistema implosivo de dois pontos usando tecnologia de lente de ar pode ter um comprimento que não exceda o dobro do seu diâmetro, tal como no desenho sueco acima referido.
 
==Arma de fissão intensificada==
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[[Ficheiro:U.S._Swan_Device.svg|center]]
 
O primeiro engenho cujas dimensões sugerem a implementação de todas estas características (dois pontos, fosso oco, implosão intensificada por fusão) foi o engenho [[Swan (arma nuclear)|Swan]], testado a 22 de Junho de 1956 em Enewetak. A explosão recebeu o nome ''Inca'' e foi executada no contexto da [[Operação Redwing]]. A sua potência foi de 15 kt, aproximadamente a mesma da bomba Little Boy, detonada em Hiroima onze anos antes. Pesava 47,6 &nbsp;kg e era de forma cilíndrica, com 29,5 &nbsp;cm de diâmetro e 58 &nbsp;cm de comprimento. O esquema acima ilustra as suas prováveis características essencias.
 
Onze dias mais tarde, a 3 de Julho de 1956, o engenho Swan foi testado novamente em Enewetak, tendo recebido o nome de ''Mohawk''. Desta vez, o engenho desempenhou o papel de primário num engenho termonuclear bifásico, papel esse repetido uma dúzia de vezes ao longo da década de 1950. Swan foi o primeiro primário multi-usomultiúso e pronto a usar, protótipo de todos os que se lhe seguiram.
 
[[Ficheiro:Nuclear Weapon Miniaturization.png|400px|right]]
 
Após o sucesso de Swan, e durante a década de 1950, o padrão de diâmetro dos engenhos monofásicos intensificados parece ter sido de 300 &nbsp;mm. O comprimento era, normalmente, o dobro do diâmetro, embora um único engenho, que mais tarde se tornou a ogiva [[W54]], aproximava-se a uma esfera, com apenas 381 &nbsp;mm de comprimento. Antes de ser produzida em massa foi testada duas dúzias de vezes no período de 1957 a 1962. Nenhum outro desenho teve tão longo histórico de falhas em testes. Como os engenhos mais compridos tendiam a funcionar correctamente na primeira tentativa, supõe-se ter havido alguma dificuldade em achatar suficientemente as duas lentes de altos explosivos por forma a atingir a desejada relação comprimento/largura.
 
Uma das aplicações da ogiva [[W45]] foi o projéctil de [[Canhão sem recuo|canhão nuclear táctico sem recuo]] [[Davy Crockett (arma nuclear)|Davy Crockett]], mostrado aqui em comparação com o seu predecessor Fat Man (dimensões em [[polegada]]s).
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[[Ficheiro:BombH explosion.svg|100%|center|frame|'''A'''&nbsp;Ogiva antes do disparo; primário em cima, secundário em baixo. Ambos os componentes são bombas de fissão intensificadas por fusão. '''B'''&nbsp;Alto-explosivo dispara no primário, comprimindo o núcleo de plutónio e levando-o a supercriticidade e ao início da reacção de fissão. '''C'''&nbsp;Fissão no primário emite raios X que são canalizados ao longo do interior do invólucro, irradiando a espuma de poliestshireno que enche o canal. '''D'''&nbsp;A espuma de poliestireno torna-se um plasma, comprimindo o secundário, e uma vela de ignição de plutónio dentro do secundário inicia a fissão, fornecendo calor. '''E'''&nbsp;Comprimido e aquecido, o combustível de [[hidreto de lítio]] inicia a reacção de fusão e o fluxo de neutrões começa a fissionar o material da calçadeira. Uma bola de fogo começa a formar-se...]]
 
Por exemplo, para o teste ''Redwing Mohawk'', em 3 de Julho de 1956, um secundário chamado ''Flute'' foi anexado ao primário ''Swan''. O secundário tinha 38 &nbsp;cm de diâmetro e 59 &nbsp;cm de comprimento, aproximadamente do tamanho do primário, mas pesava 10 vezes mais e tinha uma potência 24 vezes superior (355 kt vs 15 kt).
 
Igualmente importante, os constituintes activos do ''Flute'' provavelmente não foram mais dispendiosos do que os utilizados no ''Swan''. A maior parte da fissão proveio do barato U-238, e o trítio foi manufacturado ''in loco'' durante a explosão; apenas a vela de ignição no eixo do secundário necessitou de ser físsil.
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Em termos de engenharia, a implosão radioactiva permitiu a exploração de várias características conhecidas dos materiais de bombas nucleares que, até à altura, tinham visto frustrada a sua aplicação prática. Por exemplo:
* A melhor maneira de armazenar deutério num estado razoavelmente denso consiste em [[Ligação química|ligá-lo quimicamente]] com lítio, na forma de hidreto de lítio. No entanto, o isótopo de lítio-6 é também a matéria-prima para a produção de trítio, e a bomba a explodir é um reactor nuclear. A implosão radioactiva manterá a coesão dos vários componentes por tempo suficiente para permitir a conversão completa de lítio-6 em trítio enquanto a bomba explode. Assim, o agente de ligação com o deutério permite a utilização da reacção de fusão D-T sem que qualquer trítio pré-manufacturado seja armazenado no secundário. Desta forma, a restrição inerente à produção de trítio desvanece-se.
 
* Para que o secundário seja implodido pelo plasma (extremamente quente e induzido por radiação), aquele deverá manter-se frio durante o primeiro microsegundo, ou seja, deverá encontrar-se revestido por um escudo de radiação e calor maciço. Esta macicez permite que o escudo funcione também como calçadeira, adicionando momento e duração à implosão. Nenhum material é mais adequado para ambas as tarefas do que o vulgar e barato urânio-238, que também, coincidentemente, sofre fissão quando é submetido a um fluxo de neutrões produzido por fusão D-T. Este invólucro, denominado ''impulsor'' (do inglês ''pusher''), desempenha assim três funções: manter o secundário frio, mantê-lo inercialmente num estado de elevada compressão, e, finalmente, servir de fonte principal de energia a toda a bomba. O impulsor é consumível e torna a bomba mais próxima de uma bomba de fissão de urânio do que de uma bomba de fusão de hidrogénio.<ref>Até ao desenvolvimento de um desenho fiável no início da década de 1950, a bomba de hidrogénio (nome público) era chamada de "superbomba" por quem tinha acesso a informação privilegiada. Posteriormente foi usado um nome mais descritivo: bomba termonuclear bifásica. Seguem-se dois exemplos. De Herb York, ''The Advisors'' (1976), "Este livro é acerca... do desenvolvimento da bomba-H, ou da superbomba, como era então chamada." p.ix, e "O rápido e bem-sucedido desenvolvimento da superbomba (ou super como acabou por ser chamada)..." p. 5. Do programa ''Talk of the Nation'' da [[National Public Radio]], 8 de Novembro de 2005, Siegfried Hecker de Los Alamos, "a bomba de hidrogénio – ou seja, um dispositivo termonuclear bifásico, como a ele nos referíamos – é realmente a parte principal do arsenal dos EU, tal como é do arsenal russo."</ref>
 
* Finalmente, o calor para a ignição da fusão não vem do primário mas sim de uma segunda bomba de fissão denominada vela de ignição, embutida no coração do secundário. A implosão do secundário provoca a compressão violenta desta vela de ignição, detonando-a e iniciando a fusão nuclear do material que a rodeia, mas a vela de ignição continua a fissionar-se no ambiente rico em neutrões, até ser totalmente consumida, aumentando significativamente a potência do engenho.<ref name=CLR>Howard Morland, [http://www.fas.org/sgp/eprint/cardozo.pdf "Born Secret,"] '''Cardozo Law Review''', Março de 2005, pp. 1401-1408.</ref>
 
O projecto de arma bifásica recebeu um impulso inicial com a promessa, em 1950, do presidente [[Harry Truman|Truman]] construir uma superbomba de hidrogénio de 10 megatoneladas em resposta dos Estados Unidos ao teste, em 1949, da primeira bomba de fissão [[União das Repúblicas Socialistas Soviéticas|soviética]]. No entanto, o engenho que resultou deste projecto revelou-se a forma mais barata e compacta de construir tanto pequenas como grandes bombas nucleares, obliterando qualquer diferença significativa entre bombas-A e bombas-H, bem como entre "intensificadas" e "supers". Todas as melhores técnicas de explosões por fissão e fusão encontram-se incorporadas em regras de desenho que são abrangentes e completamente escaláveis. Mesmo projécteis nucleares de artilharia com 152 &nbsp;mm de diâmetro podem ser armas termonucleares bifásicas.
 
Nos 50 anos que se seguiram, ninguém foi capaz de inventar uma melhor forma de construir uma bomba nuclear. É o desenho escolhido pelos Estados Unidos, [[Rússia]], [[Grã-Bretanha]], [[França]] e [[República Popular da China|China]], as cinco potências termonucleares. As restantes nações que possuem armas nucleares, [[Israel]], [[Índia]], [[Paquistão]] e [[Coreia do Norte]], provavelmente têm armas monofásicas, possivelmente intensificadas.<ref name="CLR"/>
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Em 1954, [[Robert Oppenheimer]] foi rotulado como um oponente à bomba de hidrogénio. O público não sabia que existiam dois tipos de bombas de hidrogénio (nenhum dos quais é fielmente descrito como uma bomba de hidrogénio). A 23 de Maio, quando a sua [[habilitação de segurança]] foi revogada, o terceiro dos quatro itens apresentados contra Oppenheimer dizia respeito à "sua conduta no programa da bomba de hidrogénio". Em 1949, Oppenheimer tinha apoiado as bombas de fissão monofásicas com intensificação por fusão, com vista à maximização do potencial explosivo dado o compromisso entre a produção de plutónio e trítio. Opôs-se às bombas termonucleares bifásicas até 1951, quando a implosão radioactiva, que ele apelidou de "tecnicamente doce", as tornou práticas pela primeira vez. Não mais levantou objecções. A complexidade da sua posição não foi revelada ao público até 1976, nove anos após o seu falecimento.<ref>Herbert York, ''The Advisors: Oppenheimer, Teller and the Superbomb'' (1976).</ref>
 
Quando, na década de 1960, os mísseis balísticos substituiram os [[Bombardeiro|bombardeirosbombardeiro]]s, várias bombas de megatoneladas foram substituídas por ogivas de míssil (também termonucleares bifásicas), reduzidas para uma megatonelada ou menos.
 
===Despertador/Sloika===
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=== Bombas limpas ===
[[Ficheiro:Bassoon Prime.jpg|right|thumb|250px|Bassoon, o protótipo de uma bomba limpa de 3,5 megatoneladas ou de uma bomba suja de 25 megatoneladas. A versão suja é mostrada aqui, antes do seu teste de 1956.]]
A 1 de Março de 1954, a até então maior explosão de teste nuclear norte-americana, a explosão [[Castle Bravo|Bravo]] (15 Mt) da Operação Castle (Bikini), libertou imediatamente uma dose letal de cinza nuclear resultante dos produtos de fissão, afectando uma área de mais de 15500 &nbsp;km<sup>2</sup> da superfície do Oceano Pacífico. As lesões radioactivas em habitantes das Ilhas Marshall e em pescadores japoneses tornaram o evento público e revelaram o papel da fissão nas bombas de hidrogénio.
 
Em resposta ao alarme público acerca da cinza nuclear, foi levado a cabo um esforço de desenhar uma arma limpa de várias megatoneladas, baseada quase inteiramente na fusão. Como a energia produzida por fissão é essencialmente livre, ao usar a calçadeira como fonte de energia extraordinária faria com que a bomba fosse bastante maior para a mesma potência. Foi uma ocasião única em que uma terceira fase, denominada ''terciário'', foi adicionada, usando o secundário como seu primário. O engenho recebeu o nome de ''Bassoon'', tendo sido testado na explosão ''Zuni'' da Operação Redwing, em Bikini, em 28 de Maio de 1956. Com todo o urânio no Bassoon substituído por chumbo, a sua potência era de 3,5 Mt, sendo 85% proveniente de fusão e 15% de fissão.
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A 19 de Julho, o presidente da [[Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos|AEC]], [[Lewis Strauss]], afirmou que o teste da bomba limpa "''teve resultados importantes ... por uma perspectiva humanitária.''" No entanto, dois dias mais tarde, a versão suja da bomba Bassoon, com os seus componentes de urânio restaurados, foi testada na explosão ''Tewa'' da Operação Redwing. A sua potência de 5 Mt, a 87% de fissão, foi deliberadamente suprimida para manter a cinza nuclear numa área mais reduzida. Esta versão suja foi mais tarde implementada na bomba trifásica de 25 Mt [[B41 (bomba nuclear)|Mark-41]], que foi efectivamente transportada por bombardeiros da [[Força Aérea dos Estados Unidos|Força Aérea dos EUA]] mas nunca testada à sua potência máxima.
 
Assim, bombas limpas de alta potência foram um exercício de [[relações públicas]]. As armas realmente implementadas foram as versões sujas, as quais maximizavam a potência para cada um dos tamanhos dos diferentes engenhos.
 
=== Bombas de cobalto ===
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Comunalmente conceituada como uma arma designada a matar populações e deixar as infraestruturas intactas, essas bombas (como mencionado acima) são ainda capazes de destruir estruturas em um largo raio. A intenção de seus desenhos foi matar tripulações de tanques, já que tanques dão uma excelente proteção contra a detonação e calor, sobrevivendo a uma detonação (relativamente) perto. E com os vastos batalhões de tanques soviéticos durante a [[Guerra Fria]], essa arma foi perfeita para conte-los.
A radiação de nêutrons pode instantaneamente incapacitar uma tripulação de tanques a mesma distância que uma detonação e calor pode incapacitar um ser humano desprotegido (dependendo do desenho). O chassi do tanque poderia também ser contaminado (temporariamente) impedindo o seu reusoreúso por outra tripulação.
 
Armas de nêutrons também foram intentadas para uso em outras aplicações, contudo, por exemplo, elas são uma efetiva defesa anti-nuclearantinuclear; o fluxo de nêutrons pode ser capaz de neutralizar uma ogiva a uma grande distância, maior que o calor ou detonação. Armas nucleares são resistentes ao dano físico, mas são dificilmente feitas para resistiram a fluxos de nêutrons.{{carece de fontes}}
 
{| class="wikitable" style="float:right; text-align:center;"
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O diagrama acima mostra todas as características padrões de uma ogiva termonuclear de míssil balístico desde a década de 1960, com duas exceções que dá um grande rendimento para o seu tamanho:
* A camada externa do secundário, chamada de "pusher" (impulsor) serve para três funções: escudo contra o calor, impulsionar e ser combustível para a fissão nuclear. Ela é feita de [[U-235]] ao invés de [[U-238]], por isso o nome [[Oralloy]]. Sendo físsil, mais do que apenas meramente fissionável, dão ao impulsor uma fissão mais rápida e completa, aumentando o rendimento. Essa característica só está disponível em países com grande quantidade de urânio físsil. Os E.U.A são estimados para terem 500 toneladas de urânio enriquecido.{{carece de fontes}}
* O secundário é localizado no fim do cone de [[reentrada]], que é mais largo, portanto o secundário pode ser maior e render mais. O usual arranjo coloca o mais pesado e denso secundário no nariz do cone para uma maior estabilidade aerodinâmica durante a reentrada atmosférica, e para dar mais espaço para o volumoso primário (a exemplo do que ocorre na [[W87]]). Por causa da sua geometria, o primário da W88 usa compactos altos explosivos convencionais (conventional high explosives (CHE)) para aproveitar o espaço. <ref>Jonathan Medalia, "The Reliable Replacement Warhead Program: Background and Current Developments," [http://www.fas.org/sgp/crs/nuke/RL32929.pdf CRS Report RL32929], Dec 18, 2007, p CRS-11.</ref>
 
* O secundário é localizado no fim do cone de [[reentrada]], que é mais largo, portanto o secundário pode ser maior e render mais. O usual arranjo coloca o mais pesado e denso secundário no nariz do cone para uma maior estabilidade aerodinâmica durante a reentrada atmosférica, e para dar mais espaço para o volumoso primário (a exemplo do que ocorre na [[W87]]). Por causa da sua geometria, o primário da W88 usa compactos altos explosivos convencionais (conventional high explosives (CHE)) para aproveitar o espaço. <ref>Jonathan Medalia, "The Reliable Replacement Warhead Program: Background and Current Developments," [http://www.fas.org/sgp/crs/nuke/RL32929.pdf CRS Report RL32929], Dec 18, 2007, p CRS-11.</ref>
Diferente do usuais, seguros e mais volumosos [[explosivos insensíveis]] (insensitive high explosives (IHE)). O cone de reentrada provavelmente tem lastro no nariz para a estabilidade aerodinâmica.<ref>Richard Garwin, [http://www.armscontrol.org/act/1999_04-05/rgam99.asp "Why China Won't Build U.S. Warheads"], ''Arms Control Today'', April–May 1999.</ref>
 
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Em Los Alamos , verificou-se que em abril de 1944 por [[Emilio G. Segrè]] que a proposta [[Thin Man]], arma nuclear do tipo balístico de plutônio por causa do alto risco de pré-detonação devido a contaminação de [[Pu-240]]. Então o Fat Man recebeu a prioridade como a única forma de criar uma arma de plutônio. As discussões de Berkeley gerou estimativas teóricas de massa crítica, mas nada preciso. O principal trabalho em Los Alamos foi a determinação experimental da massa crítica, que que precisava esperar até que quantidades suficientes de material físsil chegasse das fábricas de urânio em [[Oak Ridge, Tennessee]] e plutônio de [[Hanford]] em Washington.
 
Em 1945, usando os resultados dos experimentos de massa crítica, técnicos de Los Alamos fabricaram e montaram componentes para quatro bombas: [[Trinity]], [[Little Boy]]], [[Fat Man]] e uma cópia não usada do Fat Man. Depois da guerra, aqueles puderam, incluindo Oppenheimer, retornaram as universidades para lecionar. Aqueles que permaneceram trabalharam em núcleos levitados e ocos e conduziram testes nucleares para verificar os efeitos dessas armas nucleares assim como ocorreu na nos testes [[Able]] e [[Baker]] na [[Operação Crossroads]] no [[Atol Bikini]] em 1946.
 
Todas as ideias essenciais para incorporar o uso da fusão nuclear nos E.U.A originaram-se em Los Alamos entre 1946 e 1952. Depois da implosão por radiação ser teorizada pelos cientistas Teller e Ulam em 1951, as implicações técnicas e possibilidades foram totalmente exploradas, mas não ideias diretamente relevantes para fazer as maiores bombas possíveis para bombardeiros de longo alcance foram arquivadas.
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Armas nucleares são em geral desenhados e projetadas por tentativa e erro. A tentativa envolve a detonação de um protótipo.
 
Em uma explosão nuclear, um grande número de eventos discretos, com várias possibilidades, agregam-se em um evento caótico de curta duração no interior do dispositivo, Complexos modelos matemáticos são requeridos para o processo de aproximação, e na década de 1950 não haviamhavia computadores potentes o suficiente para realizar estas tarefas. Mesmo hoje, a simulação em supercomputadores não é adequada e para uma grande confiabilidade é necessário um testes nuclear.<ref>Walter Goad, [http://www.fas.org/irp/ops/ci/goad.html Declaration for the Wen Ho Lee case], May 17, 2000. Goad began thermonuclear weapon design work at Los Alamos in 1950. In his Declaration, he mentions "basic scientific problems of computability which cannot be solved by more computing power alone. These are typified by the problem of long range predictions of weather and climate, and extend to predictions of nuclear weapons behavior. This accounts for the fact that, after the enormous investment of effort over many years, weapons codes can still not be relied on for significantly new designs."</ref>
 
Foi fácil o suficiente projetar armas lançáveis para o estoque. Se o protótipo funcionasse, ela poderia ser militarizado e produzido em massa.
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;Método da bola de aço
Como mostrado no diagrama acima, um método usado para diminuir a probabilidade de detonação nuclear, era a inserção de esferas de aço entre o núcleo e o espaço oco, dessa forma no caso de uma detonação acidental do sistema de implosão, ele não formaria uma onda de choque perfeitamente simétrica como é requerido e provavelmente não haveria uma grande detonação nuclear, esse método foi muito utilizado em armas nucleares britânicas como a [[Yellow Sun]] e [[Violet Club]].
 
 
[[File:One-Point Safety Test.svg|right]]
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{{referências|Notas e referências}}
 
=={{Ligações externas}}==
{{Commons|Nuclear weapon design}}
* [http://nuclearweaponarchive.org ''Carey Sublette's Nuclear Weapon Archive''] {{en}} é uma fonte fiável de informação e tem ligações a outras fontes.
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*[[Henry DeWolf Smyth|Smyth, Henry DeWolf]], ''[http://www.atomicarchive.com/Docs/SmythReport/index.shtml Atomic Energy for Military Purposes]'', Princeton University Press, 1945. (see: [[Smyth Report]])
 
{{Predefinição:Armas nucleares}}
 
{{DEFAULTSORT:Desenho De Arma Nuclear}}
 
[[Categoria:Física nuclear]]
[[Categoria:Tecnologia nuclear]]