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O tratamento de "vossa excelência" surgiu no [[século XVI]], depois de D. Sebastião ter adoptado o título de "majestade" para os reis de Portugal. Posteriormente, o título passou a ser considerado um privilégio oficial e exclusivo dos Duques de Bragança<ref name="ref4" >RUMEU, Márcia Cristina de Brito. Vestígios da pronominalização de Vossa Mercê > Você em missivas cariocas e mineiras: uma incursão pelo português brasileiro escrito nos séculos XIX e XX. [http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2012/10/artigo-3.pdf| Veredas Atemática], v. 16, n. 2, p. 36- 55, 2012. Acesso em: 27 de novembro de 2014. </ref>, por determinação de D. Filipe I, monarca da coroa espanhola e herdeiro da coroa portuguesa, como forma de facilitar a aceitação da [[União Ibérica]]. Este mesmo título, "vossa excelência" , foi depois generalizando, gradualmente, a outros duques portugueses, e finalmente a todos os grandes do Reino, incluindo todos os fidalgos portugueses - sendo a restante nobreza chamada de ''senhoria (vossa senhoria, sua senhoria).''
 
No século XIX, sendo os ministros de Estado [[Portugal|portugueses]] e [[brasileiroBrasil|brasileiros]]s, os grandes, os bispos, os conselheiros, e a fidalguia lusófona em geral tratados pelo título que lhes era reservado de ''excelência'' (''vossa excelência'', ''sua excelência''), o alargado e diminuído tratamento de ''vossa mercê'', contraído no seu uso coloquial em ''vossemecê'', e ''vosmecê'', já estava tão generalizado na Lusofonia que [[Camilo Castelo Branco]] ironiza a respeito, escrevendo de modo risonho que o seu merceeiro se ofendera por ele corajosamente o ter tratado por ''você. S''egundo Camilo, o lojista quereria ser tratado por ''senhoria'' (''vossa senhoria'', ''sua senhoria''), que era o tratamento intermédio então ainda reservado a toda a nobreza distinta em geral, sem foros de fidalguia principal; ou seja, aos escalões médios e inferiores da nobreza, antes da mesma passar a chamar-se ''excelentíssima'' (''excelentíssimo senhor''), abandonando o título de ''senhoria'' (''vossa senhoria, ilustríssimo senhor'') aos burgueses e ao povo.
 
Com a implantação de regimes republicanos, mantém-se oficialmente em [[Portugal]] e no [[Brasil]] o tratamento oficialmente obrigado de ''excelência'' para os chefes de Estado, [[primeiros-ministros]], ministros e algumas outras altas dignidades eclesiásticas e civis, sendo os restantes tratamentos usados cada vez menos, em meras formas de cortesia facultativa e cada vez mais em desuso.