Camillo Benso, Conde de Cavour: diferenças entre revisões
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'''Camilo Benso, Conde de Cavour''', em [[Língua italiana|italiano]] ''Camillo Benso, conte di Cavour'', ([[Turim]], [[10 de agosto]] de [[1810]] — [[Turim]], [[6 de junho]] de [[1861]]) foi um [[político]] [[Reino de Itália (1861–1946)|italiano]]. Ocupou o cargo de [[primeiro-ministro]] do [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino de Italia]] entre [[23 de março]] de [[1861]]
== História ==
Segundo filho do [[marquês]] [[Michele Benso]] e da suíça [[Adèle de Sellon]], Cavour foi, enquanto jovem, oficial do exército do [[Reino da Sardenha]]. Deixou a vida militar em [[1831]], viajou pela Europa durante quatro anos estudando particularmente os efeitos da [[revolução industrial]] na [[Grã-Bretanha]], [[França]] e [[Suíça]], absorvendo os princípios econômicos, sociais e políticos do sistema liberal britânico.
Ao voltar ao [[Piemonte]] em [[1835]], ocupou-se sobretudo de agricultura
No ano de [[1850]], sendo que se pôs em evidência na defesa das [[leis Siccardi]] (leis promovidas para diminuir os privilégios do [[clero]] e que previam a abolição dos tribunais eclesiásticos e do [[direito de asilo]] nas igrejas e nos conventos, a redução do número das festividades religiosas, a proibição das corporações eclesiásticas de comprarem bens e receberem heranças ou donativos sem a permissão do governo), Cavour foi chamado a participar do gabinete [[D'Azeglio]] como ministro da agricultura, do comércio e da marinha. Em seguida foi nomeado ministro das finanças, e neste cargo foi logo adquirindo uma posição de destaque. A sua reputação de homem liberal levou [[Vítor Emanuel II]], [[Reino de Sardenha|rei da Sardenha]], a chamá-lo para o lugar de primeiro-ministro ([[4 de novembro]] de [[1852]]), com o intuito de uma harmonização entre centro-esquerda e o centro-direita, tão necessária à solidez do governo
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As [[Revoluções de 1848]] na [[península Itálica|Itália]] tornaram claro que a unificação deveria vir através de ações do Estado italiano mais forte, o [[Reino da Sardenha]]. Ele visou sobretudo, em matéria de política interna, fazer da Sardenha um Estado constitucional, inspirado num [[liberalismo]] moderado e progressivo, onde a liberdade seria a premissa de todas as iniciativas. Convencido de que os progressos econômicos eram de importância fundamental para a vida política de um país, dedicou-se a uma radical renovação da economia piemontesa:
* a [[Agricultura]] foi valorizada e modernizada graças ao uso contínuo de [[adubos químicos]] que eram cada vez mais difundidos, a uma vasta obra de canalização destinada a eliminar a freqüente falta de água para a irrigação
* a [[Indústria]] foi renovada e fortalecida através da criação de novas fábricas e ao aumento da capacidade produtiva
* o [[Comércio]], fundado no livre intercâmbio interno e externo e facilitado por uma série de tratados com a [[França]], [[Bélgica]] e [[Países Baixos]] ( 1851-1858), conseguiu um forte crescimento.
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* em caso de vitória, se formariam na Itália quatro [[Estado]]s reunidos em uma única confederação colocada sob a presidência honorária do [[Papa]], mas dominada substancialmente pelo Piemonte-Sardenha: um no norte da Itália com a anexação ao [[Reino de Sardenha]], do [[Reino Lombardo-Vêneto]], dos ducados de [[Ducado de Parma e Piacenza|Parma]] e [[Ducado de Módena e Reggio|Módena]] e da restante parte da [[Emília-Romanha]]; um na Itália Central, compreendendo a [[Toscana]], [[Marcas]] e a [[Úmbria]]; um terceiro no sul da Itália correspondente ao [[Reino das Duas Sicílias]]; um quarto formado pelo [[Estados Pontifícios]], com Roma e arredores.
* Em compensação pela ajuda fornecida pela França, o Piemonte deveria ceder
É bastante evidente como um tratado deste tipo não tinha absolutamente em conta as aspirações unitárias da maior parte da população italiana, e que visava somente
A [[Segunda Guerra de Independência Italiana|segunda guerra de independência]] permitiu a aquisição da [[Lombardia]], mas a extensão do [[movimento democrático-nacional]] suscitou nos franceses o medo de que a Itália pudesse criar um Estado unitário forte demais: o [[armistício de Villafranca]] provocou o congelamento temporário das agitações e também a decisão de Cavour de abandonar a chefia do governo.
Ele voltou ao cargo no começo de [[1860]], quando conseguiu novamente o apoio francês e foi o arquiteto da unificação de todo o norte da Itália sob a liderança de [[Vítor Emanuel II]], em [[1859]]. Cavour utilizou a [[expedição dos Mil]] de [[Giuseppe Garibaldi|Garibaldi]] à [[Sicília]] e [[Nápoles]] no ano seguinte para trazer estes Estados para a Itália unificada. Na mesma época, ordenou a invasão dos [[Estados Pontifícios]]. A habilidade diplomática de Cavour em manter o consentimento das potências europeias e a fidelidade de Garibaldi no dito "Itália e Vítor Emanuel" levaram
== Imagens ==
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