Intervencionismo (economia): diferenças entre revisões

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# Em [[política internacional]], denomina-se intervencionismo ao conjunto de atos mediante os quais um Estado procura influir sobre as decisões de outro de forma não legítima, com ou sem o uso da força. Historicamente, essas práticas foram frequentes, com finalidades políticas e econômicas. Foram adotadas, por exemplo, durante o [[Segunda Guerra Mundial|segundo pós-guerra]], na chamada [[Guerra Fria]], no sentido de manter um certo equilíbrio [[geopolítico]] entre os blocos de poder hegemônicos - a [[OTAN]] (constituída pelos países [[capitalista]]s do [[Ocidente]], capitaneados pelos [[Estados Unidos]]) e o [[Pacto de Varsóvia]] (integrado pelos países [[comunista]]s da [[União Soviética]] e seus aliados). Na [[América Latina]], os Estados Unidos mantinham, no [[Canal do Panamá]], sob sua [[jurisdição]], a famosa [[Escola das Américas]], destinada a treinar [[militar]]es e apoiar [[ditadura|regimes ditatoriais]] pró-americanos, o que pode ser configurado como uma prática intervencionista.
# Com referência à política interna de um Estado, entende-se como intervencionistas as ações do poder central destinadas a reduzir a autonomia política de outras esferas da administração territorial. No [[Brasil]], é legalmente prevista, em situações especiais, a [[intervenção política]] da União (o Governo Federal) sobre os estados-membros, ou de governos de estados nos respectivos [[município]]s.
# Em [[economia]], segundo os [[liberalismo econômico|liberais]], o intervencionismo se caracteriza pelas ações do Estado que condicionam a atividade econômica do país mediante a regulação do [[mercado]], com a fixação de preços e salários, controle do [[política cambial|mercado de câmbio]] ou [[estatização]] de determinados setores (financeiro, [[indústria pesada]]), dando ao Estado uma ampla capacidade como produtor de bens e serviços. A avaliação do intervencionismo econômico varia segundo as diversas correntes de pensamento. Assim, enquanto alguns consideram que o papel do Estado nas economias capitalistas deve ser o menor possível porque o setor público tenderia a favorecer as [[indústria]]s e [[serviços]] que controla, artificializando as condições do mercado, outros consideram que, em determinadas circunstâncias, é precisamente o Estado que deve intervir ou atuar diretamente em certas atividades econômicas que, em mãos de particulares, condicionariam de forma exagerada a economia de um país e deixariam desamparados os direitos da maioria. Em geral, o intervencionismo é uma característica de governos de inspiração [[social-democrata]] e [[progressismo|progressistas]], segundo os quais algumas tendências do mercado são negativas e devem ser mitigadas ou controladas. Todavia políticas intervencionistas também podem ser adotadas por governos [[conservador]]es, quando práticas do [[livre mercado]] ameaçam as tradições nacionais, a [[ordem pública|ordem]] social ou a própria [[autoridade]] do Estado. A disposição para a intervenção estatal na economia também pode surgir repentinamente, em um momento de [[crise econômica]], especialmente quando grandes empresas, ameaçadas de [[falência]], colocam em risco a economia do país como um todo (''too big to fail''). Um exemplo é o acordo firmado em [[1997]] pelos governos da Alemanha, Espanha, França e Reino Unido para ajuda governamental às respectivas indústrias carboníferas, em crise.<ref>[http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=COM:2000:0380:FIN:PT:PDF Relatório da Comissão sobre a aplicação do regime comunitário das intervenções dos Estados-Membros a favor da indústria do carvão em 1998 e 1999]. Comissão das Comunidades Europeias. Bruxelas, 20 de novembro de 2000.</ref> Mais recentemente, em [[crise econômica de 2008-2009|2008-2009]], a crise da [[indústria automobilística]] dos Estados Unidos também suscitou a intervenção do governo central para socorrer as empresas em dificuldades.<ref>[http://www.nytimes.com/2008/12/09/business/economy/09nationalize.html?_r=2&hp Washington Takes Risks With Its Auto Bailout Plans], por David E. Sanger.</ref> No caso das [[economia planificada|economias centralmente planejadas]], não se pode falar em intervencionismo estatal, mas em controle total ou de grande parte da economia de um país, pelo Estado.Boa sorte amigo e que tudo de bom aconteça na sua vida, isso foi o que Monteiro Lobato nos disse ! Dizia ele.
 
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