Cânone bíblico: diferenças entre revisões

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{{Bíblia}}
"A BIBLIOTECA DIVINA
 
O que o homem conhece hoje como Bíblia é, na realidade, uma coleção de antigos documentos divinamente inspirados. Foram compostos e compilados na forma escrita durante um período de 16 séculos. No todo, esta coleção de documentos constitui o que Jerônimo bem descreveu em latim como Bibliotheca Divina. Esta biblioteca possui um catálogo, ou lista oficial de publicações, que se limita àqueles livros que pertencem ao campo e à especialização desta biblioteca. Excluem-se todos os livros não-autorizados. [https://pt.wikipedia.org/wiki/Jeov%C3%A1]Jeová]] Deus é o Grande Bibliotecário, que estabelece o padrão que determina que escritos devem ser incluídos. Portanto, a [https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia]Bíblia]] possui catálogo fixo que contém 66 livros, todos produtos do orientador espírito santo de Deus."
 
"Não se deve pensar que a aceitação do que constituía a Escritura inspirada teve de esperar até o término do cânon hebraico, no quinto século AC. Os escritos de Moisés, sob a orientação do espírito de Deus, foram logo de início aceitos pelos israelitas como inspirados, de autoria divina. Quando completo, o Pentateuco constituía o cânon até aquele tempo. Revelações adicionais relacionadas com os propósitos de Jeová dadas a homens sob inspiração, precisariam seguir de forma lógica e estar em harmonia com os princípios fundamentais relacionados com a verdadeira adoração estabelecidos no Pentateuco. Vimos a veracidade disso quando consideramos os diferentes livros da Bíblia, especialmente como estes tratam diretamente do grandioso tema da Bíblia, a santificação do nome de Jeová e a vindicação da sua soberania mediante o Reino sob Cristo, a Semente prometida"
 
O '''cânone bíblico''' designa o inventário ou lista de escritos ou livros considerados pela [[Igreja Católica]] e aceita pelas demais igrejas cristãs, como tendo evidências de inspiração divina. Cânone, em [[língua hebraica|hebraico]] ''qenéh'' e no [[língua grega|grego]] ''kanóni'', tem o significado de "régua" ou "cana [de medir]", no sentido de um catálogo. A formação do cânone bíblico se deu gradualmente. Foi formado num período aproximado de 1 500 anos. Os cristãos protestantes acreditam que o último livro do [[Antigo Testamento]] foi escrito pelo profeta [[Malaquias]]. Para os católicos e ortodoxos foi o [[Eclesiástico]] ou Sabedoria de Sirácida.
 
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As descobertas do [[Pergaminhos do Mar Morto|mar Morto]] e [[Massada]] mostram que entre os antigos judeus ainda não havia um cânon bíblico fixo ou instituído, que só veio depois do século I a criar corpo, e mesmo assim com muitas divergências.
 
"Quais são algumas das indicações divinas que determinaram a canonicidade dos 66 livros da Bíblia? Em primeiro lugar, os documentos devem tratar dos assuntos de Jeová na terra, direcionando os homens para a Sua adoração e estimulando profundo respeito por Seu nome e Sua obra e propósitos na terra. Devem dar evidência de inspiração, isto é, de que são produtos do espírito santo. (2 Ped. 1:21) Não deve incentivar a superstição ou a adoração de criaturas, mas, antes, incentivar o amor e o serviço a Deus. Não haveria nada, em nenhum escrito individual, que entrasse em conflito com a harmonia interna do todo, mas, em vez disto, cada livro deve, por sua unidade com os outros, apoiar a autoria única, a de Jeová Deus. Esperaríamos também que os escritos dessem evidência de exatidão até nos mínimos pormenores. Além desses aspectos essenciais básicos, há outras indicações específicas de inspiração e, por conseguinte, de canonicidade, segundo a natureza do conteúdo de cada livro, e estas foram abordadas junto com a matéria introdutória de cada um dos livros da Bíblia. Além disso, há circunstâncias especiais que se aplicam às Escrituras Hebraicas e outras às Escrituras Gregas Cristãs, que ajudam a estabelecer o cânon da Bíblia."
 
São alistados "39 livros das Escrituras Hebraicas; o [http://www.jewishencyclopedia.com/articles/3259-bible-canon#anchor24]cânon judaico tradicional]], embora inclua os mesmos livros, conta-os como 24. Algumas autoridades, colocando Rute com Juízes e Lamentações com Jeremias, contam o número de livros como 22, embora ainda se apeguem exatamente aos mesmos escritos canônicos.(Encyclopaedia Judaica, 1973, Vol. 4, cols. 826, 827) Isto torna o número de livros inspirados igual ao número de letras do alfabeto hebraico. O que segue é a lista dos 24 livros segundo o cânon judaico tradicional:
 
A Lei (O Pentateuco)
 
1. Gênesis
 
2. Êxodo
 
3. Levítico
 
4. Números
 
5. Deuteronômio
 
Os Profetas
 
6. Josué
 
7. Juízes
 
8. Samuel (Primeiro e Segundo juntos como um único livro)
 
9. Reis (Primeiro e Segundo juntos como um único livro)
 
10. Isaías
 
11. Jeremias
 
12. Ezequiel
 
13. Os Doze Profetas (Oséias, Joel, Amós, Obadias,
 
Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias,
 
Ageu, Zacarias e Malaquias, como um único livro)
 
1Os Escritos (Hagiógrafos)
 
14. Salmos
 
15. Provérbios
 
16. Jó
 
17. O Cântico de Salomão
 
18. Rute
 
19. Lamentações
 
20. Eclesiastes
 
21. Ester
 
22. Daniel
 
23. Esdras (Neemias foi incluído com Esdras)
 
24. Crônicas (Primeiro e Segundo juntos como um único livro)
 
12 Este era o catálogo, ou cânon, que foi aceito por Cristo Jesus e pela primitiva congregação cristã como Escritura inspirada. Foi apenas desses escritos que os inspirados escritores das Escrituras Gregas Cristãs citaram, e por introduzirem tais citações com expressões do tipo “como está escrito”, confirmaram-nos como sendo a Palavra de Deus. (Rom. 15:9)"
 
Alguns dizem que o Cânone Hebraico de 39 livros, só foi realmente fixado no [[Concílio de Jâmnia]] em {{DC|100|x}}, embora nesse mesmo concílio livros como o de [[Livro de Ester|Ester]], [[Livro de Daniel|Daniel]], [[Cântico dos Cânticos]], ficaram de fora do cânon, que só veio a ser fixado mesmo no {{séc|IV}}. Estudiosos como Leonard Rost garantem que tais decisões demoraram muito para serem aceitas e até hoje não tiveram aceitação em muitas comunidades judaicas; como o caso dos judeus do Egito, quem tem um cânon semelhante ao [[Igreja Católica|católico]] e [[Igreja Ortodoxa|ortodoxo]].
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Da mesma forma, outros livros já estiveram no cânon Novo Testamento, porém depois foram rejeitados. É o caso da [[I Clemente|Primeira Carta de Clemente aos Coríntios]] ({{séc|I|x}}) e o [[Pastor de Hermas]] ({{séc|II|x}}). São os chamados [[antilegomena]].
 
"Orígenes, por volta do ano 230 EC, aceitou entre as Escrituras inspiradas os livros de Hebreus e de Tiago, ambos ausentes do Fragmento Muratoriano. Embora indique que alguns duvidavam da sua natureza canônica, isto também demonstra que, por este tempo, a canonicidade da maior parte das Escrituras Gregas era aceita, somente alguns duvidando de algumas das menos conhecidas epístolas. Mais tarde, Atanásio, Jerônimo e Agostinho reconheceram as conclusões das listas anteriores, definindo como o cânon os mesmos 27 livros que temos agora." (The Books and the Parchments, 1963, F. F. Bruce, página 112)
 
A lista completa dos livros do Novo Testamento conforme existe hoje aparece pela primeira vez na Epístola 39 de [[Santo Atanásio de Alexandria]] para a Páscoa de {{DC|367|x}}.
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Durante a [[Reforma Protestante]], [[Martinho Lutero]] demonstrou dúvida quanto à autoria e canonicidade de alguns livros do Novo Testamento: [[Epístola aos Hebreus|Hebreus]], [[Epístola de Tiago|Tiago]], [[Epístola de Judas|Judas]] e o [[Apocalipse]]. No entanto sem mais evidências da não autenticidade da mensagem, ao traduzir o Novo Testamento para o alemão em 1522, Lutero traduziu esses livros perfazendo ao todo 27 livros que temos hoje.
 
"A fé no Deus todo-poderoso, que é o Inspirador e Preservador de sua Palavra, nos dá confiança de que foi ele quem orientou o ajuntamento das várias partes das Escrituras. Assim, aceitamos confiantemente os 27 livros das Escrituras Gregas Cristãs junto com os 39 das Escrituras Hebraicas como uma só Bíblia, feita por um só Autor, Jeová Deus. Sua Palavra, nos seus 66 livros, é o nosso guia, e sua plena harmonia e equilíbrio testificam a favor de sua inteireza. Todo louvor seja dado a Jeová Deus, o Criador deste incomparável livro! Este pode equipar-nos completamente e colocar nossos pés no caminho da vida. Usemo-lo sabiamente em toda a oportunidade."
 
== Ver também ==
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== Bibliografia ==
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{{Refbegin|}}* LIMA, Alessandro. O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros Sagrados. São José dos Campos-SP: Editora COMDEUS, 2007.
* PASQUERO, Fedele. O Mundo da Bíblia, Autores Vários. São Paulo: Paulinas, 1986.
* ROST, Leonard. Introdução aos Livros Apócrifos e Pseudo-Epígrafos do Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1980.
* SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Antigo Testamento Poliglota, hebraico, grego, português, inglês. São Paulo: Vida Nova, 2003.
* (ATV 1992)Toda escritura é inspirada por Deus e proveitosa, Estudo 4, páginas 299-305
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