Grau académico: diferenças entre revisões

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/* Brasil {{citar web |url=http://www.martinsfontespaulista.com.br/anexos/produtos/capitulos/648637.pdf |titulo=Entendendo a organização do sistema acadêmico brasileiro |author=Livraria Martins Fontes Paulista |acessodata=9 de maio de 2016 |arqui...
m Homogeneizar português brasileiro e europeu.
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O moderno sistema de graus académicos desenvolveu-se a partir da [[universidade medieval]] europeia, acompanhando posteriormente, a expansão global deste tipo de instituição. Os graus de [[bacharelato|bacharel]], [[licenciatura|licenciado]], [[mestrado|mestre]] e [[doutor]] - concedidos pelas antigas universidades da [[Europa]] - acabaram por ser adoptados pelas mais diversas sociedades do Mundo.<ref name="Ruegg">RÜEGG, Walter: "Foreword. The University as a European Institution", in ''A History of the University in Europe. Vol. 1: Universities in the Middle Ages'', Cambridge: Cambridge University Press, 1992</ref>
 
O grau de doutor (do [[latim]]: "''doceo''", significando "eu ensino") apareceu na Europa [[Idade Média|medieval]] como uma licença para ensinar (latim: ''licentia docendi'') numa universidade. As suas raízes podem ser traçadas à [[Igreja Católica|Igreja]] primitiva, na qual o termo "doutor" se referia aos [[apóstolo]]s, aos [[padres da Igreja]] e a outras autoridades eclesiásticas que interpretavam e ensinavam a [[Bíblia]]. O direito para conceder uma ''licentia docendi'' estava originalmente reservado à Igreja, que requeria que o candidato passasse num exame, fizesse um juramento e pagasse uma propinataxa. No [[Terceiro Concílio de Latrão]] — realizado em 1179 — foi concedido o acesso, agora praticamente gratuito, a todos os candidatos aptos, que no entanto ainda tinham que ser examinados na aptidão para a escolástica eclesiástica. A direito da concessão do grau de doutor tornou-se num motivo de contenda entre as autoridades da Igreja e as cada vez mais emancipadas universidades, mas foi concedido pelo [[Papa]] à [[Universidade de Paris]] em 1213, sob a forma de licenciatura geral para o ensino (''licentia ubique docendi''). No entanto, a [[licenciatura]] acabou por se tornar numa etapa intermédia para o acesso ao [[doutoramento]], o qual passou a constituir a qualificação exclusiva para ensinar numa universidade.<ref name="Ruegg"/><ref name=Verger1>VERGER, J., "Doctor, doctoratus" in ''Lexikon des Mittelalters. 3'', Estugarda: J.B. Metzler, 1999</ref><ref name=Verger2>Verger, J., "Licentia" in ''Lexikon des Mittelalters. 5'', Estugarda: J.B. Metzler, 1999</ref>
 
Numa universidade, a formação de um doutorando era realizada de uma forma equivalente ao treino que um membro de [[corporações de ofício|corporação de ofícios]] tinha que realizar para obter o grau profissional de [[mestre]] (latim: ''magister'', significando "[[professor]]") no seu ofício. O termo "mestre" passou assim também a ser usado na universidade como equivalente ao de "doutor". O uso do grau de mestre tornou-se numa matéria de usos e costumes em algumas universidades, não sendo usado em outras. Contudo, nas universidades que o usavam, o grau de mestre acabou por se tornar normalmente num grau de qualificação inferior ao de doutor.<ref name="Ruegg"/><ref name="Verger1"/><ref name="Verger2"/>