Batalha das Forcas Caudinas: diferenças entre revisões
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Além disto, as condições de rendição exigiam a entrega de várias populações fronteiriças, como [[Frégelas]], [[Terentino]] e [[Sátrico]], a evacuação dos colonos romanos de [[Lucera]] e do vale do [[rio Liris]], a retirada de todas as posições que mantinham no Sâmnio e uma trégua de cinco anos. Para garantir que o [[Senado Romano]] ratificaria o acordo (''"Foedus Caudinum"''), Pôncio enviou os dois cônsules a Roma para que informassem os senadores e manteve 600 cavaleiros como reféns.
Contudo, os historiadores romanos minimizaram a humilhação e criaram a lenda de que, quando chegaram a Roma, os cônsules exortaram o Senado para que se continuasse a luta para que fosse revertida a humilhação, não importando a sua própria sorte ou a dos cavaleiros retidos. Lívio, por exemplo, conta que, a respeito das demandas dos samnitas, os cônsules afirmaram que não estavam em posição de concordar com um tratado pois algo assim deveria ser autorizado pela [[Assembleia do povo]] e ratificado pelos [[feciais]] depois dos rituais apropriados. Portanto, ao invés de um tratado, ficou acordado uma garantia, com os cônsules, os oficiais de ambos os exércitos e os [[questor]]es na posição de garantidores. Seiscentos [[ordem equestre|cavaleiros]] foram entregues como reféns ''"cujas vidas seriam perdidas se os romanos falhassem em manter sua palavra"''<ref>
O certo é que o Senado não teve mais remédio além de ratificar o tratado, marcando assim um momento humilhante na história de [[Roma Antiga|Roma]] e um dia nefasto para a cidade: os senadores despojaram-se das suas [[toga]]s e foram proibidas festas e casamentos durante um ano inteiro. Muitos dos [[legionário]]s liberados refugiram-se nos campos ou voltaram de noite para a cidade pelo [[:wikt:opróbrio|opróbrio]] que sentiam, embora os dois cônsules entrassem de dia, pois a lei romana obrigava-os a mostrarem a sua autoridade, que porém não voltaram a exercer durante o restante do seu consulado.
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Contudo, a sabedoria do conselho de Herênio ficou logo demonstrada, pois esta afronta ficou marcada no orgulho de Roma, que [[Terceira Guerra Samnita|reiniciaria a guerra]] em 316 a.C., vingando-se com a captura de [[Lucera]] e o resgate das armas, [[estandarte]]s e reféns perdidos cinco anos antes<ref>E. T. Salmon, Samnium and the Samnites (New York: Cambridge University Press, 2010 [1967]), 228.</ref>.
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== Bibliografia ==
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