Anatta: diferenças entre revisões

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De acordo com o budismo, todas as coisas componentes ou condicionadas são impermanentes e estão em constante "estado de fluxo". Segue-se, daí, a ideia de "não eu" (''anatta''), que nega a existência de uma essência pessoal imutável e independente - em oposição à doutrina [[Hinduísmo|hinduísta]] de ''[[atman]]''.
 
Os budistas afirmam que a noção de um "eu" permanente é uma das principais causas do sofrimento humano (ver [[Dukkha]]) e que, compreendendo a noção de ''anatta'' ou não eu, podemos ir além de nossos desejos e sofrimentos egoístas. Na linguagem cotidiana, fala-se em "[[alma]]", "eu" ou "''[[self]]''". Nos meios budistas, porém, existe o entendimento de que nós somos interdependentes e mutáveis, em vez de personalidades independentes e imutáveis. Dessa maneira, para o budista, não há alma, espírito ou qualquer "eu" intrínseco ao Ser que migra de um corpo a outro após o evento morte.
 
Segundo a concepção budista, na morte, corpo e mente se desintegram, mas, se a mente desfeita contém quaisquer [[karma|resíduos cármicos]] (caso de não haver se iluminado), ela causa uma continuidade de [[consciência]] que reverbera em uma mente nascente de outro ser. Portanto, o ensinamento budista é que seres renascidos não são completamente distintos nem completamente iguais a seus antecessores.