Batalha de Panormo (250 a.C.): diferenças entre revisões

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== Contexto ==
Depois da derrota na [[Batalha de Tunes]], os romanos tentaram retornar com a frota e os sobreviventes para Roma, mas um naufrágio destruiu 340 dos 420 navios romanos e as perdas foram enormes. No ano seguinte, as [[legião romana|legiões romanas]] [[Batalha de Panormo (254 a.C.)|conquistaram Panormo]] (moderna [[Palermo]]) enquanto [[Asdrúbal Hanão]], um general cartaginês enviado à [[Sicília Romana|Sicília]] treinava seus exércitos perto de [[LilibeiaLilibeu]], que estava nas mãos de Cartago. Na campanha seguinte, [[Cneu Servílio Cepião (cônsul em 253 a.C.)|Cneu Servílio Cepião]] e [[Caio Semprônio Bleso]], os [[cônsul romano|cônsules romanos]], cruzaram novamente até a África, o território cartaginês, para desembarcar com um novo exército, mas, perto da ilha de [[Meninge (ilha)|Meninge]] (moderna [[Djerba]]), conhecida também como "ilha dos Lotofágios", no [[golfo de Gabès]], a frota encalhou depois de uma tempestade e só depois de muito esforço conseguiu escapar para retornar à Sicília. Mais uma vez os romanos sofreram grandes perdas por conta do clima e mais de 150 navios afundaram<ref>[[Políbio]], ''[[Histórias (Políbio)|Histórias]]'' I, 39</ref>.
 
Neste ponto, os romanos decidiram não mais insistir em investidas pelo mar e, à frente de uma frota de sessenta navios encarregada do apoio logístico, enviaram à Sicília os novos cônsules de 252 a.C., [[Caio Aurélio Cota (cônsul em 252 a.C.)|Caio Aurélio Cota]] e [[Públio Servílio Gêmino]], com reforços para as legiões da ilha.
 
Por conta disto, a situação dos cartagineses melhorou muito; no mar, era incontestáveis e, depois da vitória em Tunes pelo uso dos [[elefante de guerra|elefantes]], acreditavam saber como conter efetivamente as poderosas legiões romanas. A contestada reconstrução [[Políbio|polibiana]] cita um exército suportado por mais de duzentos navios e cento e quarenta elefantes de guerra. Asdrúbal Hanão, que já liderava suas forças em LilibeiaLilibeu, assumiu o comando da guarnição de Heracleia e mais esta nova força enviada de Cartago<ref>[[Políbio]], ''[[Histórias (Políbio)|Histórias]]'' I, 38</ref>.
 
No ano seguinte, as legiões romanas se recusaram a dar aos cartagineses a oportunidade de um confronto direto, com Asdrúbal mantendo-se em território acidentado, impróprio para o uso de elefantes, e [[cerco|cercaram]] [[Termini Imerese|Terme]] e as [[ilhas Líparas]]. Roma construiu cinquenta navios para travar no mar uma guerra que, no front terrestre, já estava decidida. A partir destas bases estratégicas, a metade do exército foi chamada a Roma pelo cônsul [[Caio Fúrio Pácilo (cônsul em 251 a.C.)|Caio Fúrio Pácilo]] e a outra permaneceu em Panormo, aos cuidados de seu colega, [[Lúcio Cecílio Metelo (cônsul em 251 a.C.)|Lúcio Cecílio Metelo]], para protegê-la. Asdrúbal, quando soube da redução das forças romanas em Panormo, finalmente deixou de hesitar e decidiu levar seu exército de Lilibeu até as redondezas de Panormo.