Invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos: diferenças entre revisões

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|combatente1 ={{flag|Estados Unidos|1960}}<br />{{flag|Reino Unido}}<br />{{flag|Austrália}}<br />{{flag|Canadá}}<br /> {{flagicon|Afghanistan|1992}} [[Aliança do Norte]]
|combatente2 ={{flagicon|Afghanistan|Taliban}} [[Emirado Islâmico do Afeganistão]]<br>
:[[Taliban]]<br>
[[File:Flag of al-Qaeda.svg|border|23px]] [[al-Qaeda]]
|comandante1 ={{flagicon|Estados Unidos|1960}} [[George W. Bush]]<br />{{flagicon|Estados Unidos|1960}} [[Tommy Franks]]<br />{{flagicon|Reino Unido}} [[Tony Blair]]<br />{{flagicon|Afghanistan|1992}} [[Burhanuddin Rabbani]]<br />{{flagicon|Afghanistan|1992}} [[Mohammed Fahim]]<br />{{flagicon|Afghanistan|1992}} [[Abdul Rashid Dostum]]<br />{{flagicon|Afghanistan|1992}} [[Karim Khalili]]
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A '''invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos''' ocorreu após os [[ataques de 11 de setembro]] no final de [[2001]] <ref>Peter Dahl Thruelsen, From Soldier to Civilian: DISARMAMENT DEMOBILISATION REINTEGRATION IN AFGHANISTAN, DIIS REPORT 2006:7, 12, supported by Uppsala Conflict Database Project, Uppsala University.</ref>, apoiado por aliados próximos. O conflito também foi conhecido como '''guerra dos Estados Unidos no Afeganistão'''. <ref>{{citecitar web |url=http://www.cfr.org/afghanistan/us-war-afghanistan/p20018 |title=U.S. War in Afghanistan: 1999-Present |author=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |date=2014 |websiteobra=cfr.org |publisher=Council on Foreign Relations |accessdate= }}<br/>{{citecitar web |url=http://www.nbcnews.com/id/33210358/ns/world_news-south_and_central_asia/t/us-war-afghanistan/#.VOj0EHzF-8A |title=U.S. War in Afghanistan |author=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |date=2015 |websiteobra=NBCNews.com |publisher=NBC News Digital |accessdate= }}<br/>{{citecitar newsnotícia |last=Lamothe |first=Dan |title=This new graphic shows the state of the U.S. war in Afghanistan |url=http://www.washingtonpost.com/news/checkpoint/wp/2015/01/06/this-new-graphic-shows-the-state-of-the-u-s-war-in-afghanistan/ |publisher=Washington post |date=6 de janeiro de 2015 |accessdate= }}<br/>{{citecitar booklivro|author1=Matt Doeden|author2=Blake Hoena|title=War in Afghanistan: An Interactive Modern History Adventure|url=http://books.google.com/books?id=gbxLAgAAQBAJ&pg=PT2|date=1 January 2014|publisher=Capstone|isbn=978-1-4765-5221-7|page=2}}<br/>{{citecitar booklivro|author1=David P. Auerswald|author2=Stephen M. Saideman|title=NATO in Afghanistan: Fighting Together, Fighting Alone|url=http://books.google.com/books?id=XXtAAQAAQBAJ&pg=PA87|date=5 de janeiro de 2014|publisher=Princeton University Press|isbn=978-1-4008-4867-6|page=87}}<br/>{{citecitar booklivro|author1=Michael Cox|author2=Doug Stokes|title=US Foreign Policy|url=http://books.google.com/books?id=9nGmUJ9HwwgC&pg=PA140|date= |publisher=Oxford University Press|isbn=978-0-19-958581-6|page=140}}<br/>{{citecitar booklivro|author=Robert M. Cassidy (Ph.D.)|title=Peacekeeping in the Abyss: British and American Peacekeeping Doctrine and Practice After the Cold War|url=http://books.google.com/books?id=wEvUeAAXjHQC&pg=PA243|year=2004|publisher=Greenwood Publishing Group|isbn=978-0-275-97696-5|page=243}}</ref> Os seus objetivos públicos eram desmantelar a [[Al-Qaeda]], e negar-lhes uma base segura de operações no [[Afeganistão]] removendo o [[Taliban]] do poder. <ref>{{citecitar newsnotícia|author1=Darlene Superville and Steven R. Hurst|title=Updated: Obama speech balances Afghanistan troop buildup with exit pledge|url=http://www.cleveland.com/nation/index.ssf/2009/12/obamas_speech_on_adding_30000.html|agency=Associated Press|publisher=cleveland.com}} and {{citecitar newsnotícia|last1=Arkedis|first1=Jim|title=Why Al Qaeda Wants a Safe Haven|url=http://www.foreignpolicy.com/articles/2009/10/23/got_safe_haven|accessdate= |publisher=Foreign Policy|date=23 de outubro de 2009}}</ref> O [[Reino Unido]] foi um aliado fundamental dos [[Estados Unidos]], oferecendo suporte para a ação militar desde o início dos preparativos para a invasão. Em agosto de [[2003]], a [[OTAN]] envolveu-se como uma aliança, que assumiu o comando da [[Força Internacional de Assistência à Segurança]].
 
O [[presidente dos Estados Unidos]] [[George W. Bush]] exigiu que o Taliban entregasse [[Osama bin Laden]] e expulsasse a al-Qaeda, bin Laden já estava sendo procurado pela ONU desde 1999. O Taliban se recusou a extraditá-lo, a menos que lhes fossem dado o que eles consideravam provas convincentes do seu envolvimento nos ataques de 11 de setembro <ref>{{citecitar newsnotícia |title=Bush rejects Taliban offer to hand Bin Laden over|url=http://www.theguardian.com/world/2001/oct/14/afghanistan.terrorism5|accessdate= |publisher=The Guardian}}</ref> e ignoraram demandas para fechar bases terroristas e entregar outros suspeitos de terrorismo além de bin Laden. O pedido foi indeferido pelos Estados Unidos como uma manobra dilatória sem sentido e lançaram a [[Operação Enduring Freedom]] em 7 de outubro de 2001 com o Reino Unido. Os dois se juntaram posteriormente a outras forças, incluindo a [[Aliança do Norte]]. <ref>{{citecitar newsnotícia |url=http://www.guardian.co.uk/world/2001/oct/07/politics.september11 |title=After the September Eleventh Terrorist attacks on America, "It's time for war, Bush and Blair tell Taliban – We're ready to go in – PM&#124;Planes shot at over Kabul" |publisher=The Guardian |date= 7 de outubro de 2001|accessdate= |location=London |first1=Ed |last1=Vulliamy |first2=Patrick |last2=Wintour |first3=Ian |last3=Traynor |first4=Kamal |last4=Ahmed}}</ref><ref name="Canada in Afghanistan 2001">{{citecitar newsnotícia |title=Canada in Afghanistan: 2001|url=http://afghanistan.nationalpost.com/canada-in-afghanistan-2001/|accessdate= |publisher=National Post}}</ref> Os Estados Unidos e seus aliados expulsaram o Taliban do poder e construíram bases militares perto de grandes cidades em todo o país. A maioria dos membros da al-Qaeda e do Taliban não foram capturados, fugindo para o vizinho [[Paquistão]] ou se retirando para regiões montanhosas rurais ou remotas.
A '''invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos''' ocorreu após os [[ataques de 11 de setembro]] no final de [[2001]] <ref>Peter Dahl Thruelsen, From Soldier to Civilian: DISARMAMENT DEMOBILISATION REINTEGRATION IN AFGHANISTAN, DIIS REPORT 2006:7, 12, supported by Uppsala Conflict Database Project, Uppsala University.</ref>, apoiado por aliados próximos. O conflito também foi conhecido como '''guerra dos Estados Unidos no Afeganistão'''. <ref>{{cite web |url=http://www.cfr.org/afghanistan/us-war-afghanistan/p20018 |title=U.S. War in Afghanistan: 1999-Present |author=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |date=2014 |website=cfr.org |publisher=Council on Foreign Relations |accessdate= }}<br/>{{cite web |url=http://www.nbcnews.com/id/33210358/ns/world_news-south_and_central_asia/t/us-war-afghanistan/#.VOj0EHzF-8A |title=U.S. War in Afghanistan |author=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |date=2015 |website=NBCNews.com |publisher=NBC News Digital |accessdate= }}<br/>{{cite news |last=Lamothe |first=Dan |title=This new graphic shows the state of the U.S. war in Afghanistan |url=http://www.washingtonpost.com/news/checkpoint/wp/2015/01/06/this-new-graphic-shows-the-state-of-the-u-s-war-in-afghanistan/ |publisher=Washington post |date=6 de janeiro de 2015 |accessdate= }}<br/>{{cite book|author1=Matt Doeden|author2=Blake Hoena|title=War in Afghanistan: An Interactive Modern History Adventure|url=http://books.google.com/books?id=gbxLAgAAQBAJ&pg=PT2|date=1 January 2014|publisher=Capstone|isbn=978-1-4765-5221-7|page=2}}<br/>{{cite book|author1=David P. Auerswald|author2=Stephen M. Saideman|title=NATO in Afghanistan: Fighting Together, Fighting Alone|url=http://books.google.com/books?id=XXtAAQAAQBAJ&pg=PA87|date=5 de janeiro de 2014|publisher=Princeton University Press|isbn=978-1-4008-4867-6|page=87}}<br/>{{cite book|author1=Michael Cox|author2=Doug Stokes|title=US Foreign Policy|url=http://books.google.com/books?id=9nGmUJ9HwwgC&pg=PA140|date= |publisher=Oxford University Press|isbn=978-0-19-958581-6|page=140}}<br/>{{cite book|author=Robert M. Cassidy (Ph.D.)|title=Peacekeeping in the Abyss: British and American Peacekeeping Doctrine and Practice After the Cold War|url=http://books.google.com/books?id=wEvUeAAXjHQC&pg=PA243|year=2004|publisher=Greenwood Publishing Group|isbn=978-0-275-97696-5|page=243}}</ref> Os seus objetivos públicos eram desmantelar a [[Al-Qaeda]], e negar-lhes uma base segura de operações no [[Afeganistão]] removendo o [[Taliban]] do poder. <ref>{{cite news|author1=Darlene Superville and Steven R. Hurst|title=Updated: Obama speech balances Afghanistan troop buildup with exit pledge|url=http://www.cleveland.com/nation/index.ssf/2009/12/obamas_speech_on_adding_30000.html|agency=Associated Press|publisher=cleveland.com}} and {{cite news|last1=Arkedis|first1=Jim|title=Why Al Qaeda Wants a Safe Haven|url=http://www.foreignpolicy.com/articles/2009/10/23/got_safe_haven|accessdate= |publisher=Foreign Policy|date=23 de outubro de 2009}}</ref> O [[Reino Unido]] foi um aliado fundamental dos [[Estados Unidos]], oferecendo suporte para a ação militar desde o início dos preparativos para a invasão. Em agosto de [[2003]], a [[OTAN]] envolveu-se como uma aliança, que assumiu o comando da [[Força Internacional de Assistência à Segurança]].
 
O [[presidente dos Estados Unidos]] [[George W. Bush]] exigiu que o Taliban entregasse [[Osama bin Laden]] e expulsasse a al-Qaeda, bin Laden já estava sendo procurado pela ONU desde 1999. O Taliban se recusou a extraditá-lo, a menos que lhes fossem dado o que eles consideravam provas convincentes do seu envolvimento nos ataques de 11 de setembro <ref>{{cite news |title=Bush rejects Taliban offer to hand Bin Laden over|url=http://www.theguardian.com/world/2001/oct/14/afghanistan.terrorism5|accessdate= |publisher=The Guardian}}</ref> e ignoraram demandas para fechar bases terroristas e entregar outros suspeitos de terrorismo além de bin Laden. O pedido foi indeferido pelos Estados Unidos como uma manobra dilatória sem sentido e lançaram a [[Operação Enduring Freedom]] em 7 de outubro de 2001 com o Reino Unido. Os dois se juntaram posteriormente a outras forças, incluindo a [[Aliança do Norte]]. <ref>{{cite news |url=http://www.guardian.co.uk/world/2001/oct/07/politics.september11 |title=After the September Eleventh Terrorist attacks on America, "It's time for war, Bush and Blair tell Taliban – We're ready to go in – PM&#124;Planes shot at over Kabul" |publisher=The Guardian |date= 7 de outubro de 2001|accessdate= |location=London |first1=Ed |last1=Vulliamy |first2=Patrick |last2=Wintour |first3=Ian |last3=Traynor |first4=Kamal |last4=Ahmed}}</ref><ref name="Canada in Afghanistan 2001">{{cite news |title=Canada in Afghanistan: 2001|url=http://afghanistan.nationalpost.com/canada-in-afghanistan-2001/|accessdate= |publisher=National Post}}</ref> Os Estados Unidos e seus aliados expulsaram o Taliban do poder e construíram bases militares perto de grandes cidades em todo o país. A maioria dos membros da al-Qaeda e do Taliban não foram capturados, fugindo para o vizinho [[Paquistão]] ou se retirando para regiões montanhosas rurais ou remotas.
 
Em dezembro de 2001, o [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]] criou a Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), para supervisionar as operações militares no país e treinar a Força de Segurança Nacional Afegã. Na [[Conferência de Bonn]], em dezembro de 2001, [[Hamid Karzai]] foi escolhido para chefiar a [[Autoridade Interina Afegã]], que depois de uma ''loya jirga'' de 2002 em [[Cabul]] tornou-se a [[Administração Transitória do Afeganistão]]. Nas [[Eleição presidencial no Afeganistão em 2004|eleições populares de 2004]], Karzai foi eleito presidente do país, agora nomeado República Islâmica do Afeganistão.<ref name="dx">Felbab-Brown, V. 2012. "Slip-Sliding on a Yellow Brick Road: Stabilization Efforts in Afghanistan." ''Stability: International Journal of Security and Development'' 1(1):4–19, DOI: http://dx.doi.org/10.5334/sta.af</ref>
 
Em 2003, a OTAN assumiu a liderança da ISAF .<ref>{{citecitar newsnotícia |first=Alyssa J. |last=Rubin |url=http://www.nytimes.com/2009/12/23/world/asia/23afghan.html |title=NATO Chief Promises to Stand by Afghanistan |newspaper=The New York Times |date=22 de dezembro de 2009 |accessdate= }}</ref> Uma parte das forças dos Estados Unidos no Afeganistão operavam sob o comando da OTAN; o restante permaneceu sob comando direto dos Estados Unidos. O líder talibã [[Mohammed Omar|Mulá Omar]] reorganizou o movimento e, em 2003, [[insurgência talibã|lançou uma insurgência]] contra o governo e a ISAF. <ref>{{citecitar web |url=http://www.cfr.org/publication/10551/|title=The Taliban Resurgence in Afghanistan}}</ref><ref name="rothstein">{{citecitar booklivro |url=http://books.google.com/?id=w7fmg1cCjskC&dq=Afghanistan+and+the+troubled+future+of+unconventional+warfare&q=Al+Qaeda |title=Afghanistan: and the troubled future of unconventional warfare By Hy S. Rothstein|isbn=978-81-7049-306-8|author1=Rothstein, Hy S|date=15 de outubro de 2006}}</ref>
 
== Antecedentes ==
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Após a [[Retirada soviética do Afeganistão|retirada dos militares soviéticos do Afeganistão]] em maio de 1989, o regime do PDPA sob [[Mohammad Najibullah]] foi mantido até 1992, quando o [[colapso da União Soviética]] privou o regime de ajuda, e a deserção do general uzbeque [[Abdul Rashid Dostum]] removeu a aproximação para Cabul. Com o cenário político livre dos socialistas afegãos, os demais senhores da guerra islâmicos disputavam poder. Até então, bin Laden havia deixado o país e o interesse dos Estados Unidos no Afeganistão também diminuiu.
 
Em 1992, Rabbani se tornou oficialmente presidente do [[Estado Islâmico do Afeganistão]], mas teve que lutar com outros senhores da guerra pelo controle de Cabul. No final de 1994, o ministro da Defesa de Rabbani, [[Ahmad Shah Massoud]] derrotou Hekmatyr em Cabul e encerrou o bombardeamento contínuo da capital.<ref name="Afghanistan Justice Project">{{citecitar web |year=2005|url=http://www.afghanistanjusticeproject.org/warcrimesandcrimesagainsthumanity19782001.pdf |title =Casting Shadows: War Crimes and Crimes against Humanity: 1978–2001 | publisher = Afghanistan Justice Project}}</ref><ref name="amnesty.org">{{citecitar web |publisher=Amnesty International|title=Afghanistan: Further Information on Fear for Safety and New Concern: Deliberate and Arbitrary Killings: Civilians in Kabul |date=16 de novembro de 1995|url=http://www.amnesty.org/en/library/info/ASA11/015/1995/en|accessdate=19 Novemberde novembro de 2012}}</ref><ref name="International Committee of the Red Cross">{{citecitar web |year=1995|url=http://www.icrc.org/eng/resources/documents/misc/57jly2.htm |title =Afghanistan: escalation of indiscriminate shelling in Kabul| publisher =International Committee of the Red Cross}}</ref> Massoud tentou iniciar um processo político em todo o país com o objetivo de consolidação nacional. Outros senhores da guerra, incluindo [[Ismail Khan]], no oeste, e Dostum, no norte, mantiveram seus feudos.
 
Em 1994, [[Mulá Omar]], um mujahideen pashtun, que ensinava a uma [[madrassa]] paquistanesa, voltou a [[Kandahar]] e fundou o [[Taliban]]. Seus seguidores eram estudantes religiosos, conhecidos como ''Talib'' e buscavam acabar com senhores da guerra por meio da adesão rigorosa para a [[lei islâmica]]. Em novembro de 1994, o Talibã capturou toda a província de Kandahar; recusou uma oferta do governo para participar em um governo de coalizão e marchou em Cabul, em 1995. <ref name="Webster University Press Book">{{cite book | last = Marcela Grad| title = Massoud: An Intimate Portrait of the Legendary Afghan Leader|date=1 March 2009 |page=310 | publisher = Webster University Press| isbn= }}</ref>
 
Em 1994, [[Mulá Omar]], um mujahideen pashtun, que ensinava a uma [[madrassa]] paquistanesa, voltou a [[Kandahar]] e fundou o [[Taliban]]. Seus seguidores eram estudantes religiosos, conhecidos como ''Talib'' e buscavam acabar com senhores da guerra por meio da adesão rigorosa para a [[lei islâmica]]. Em novembro de 1994, o Talibã capturou toda a província de Kandahar; recusou uma oferta do governo para participar em um governo de coalizão e marchou em Cabul, em 1995. <ref name="Webster University Press Book">{{citecitar booklivro | last = Marcela Grad| title = Massoud: An Intimate Portrait of the Legendary Afghan Leader|date=1 March 2009 |page=310 | publisher = Webster University Press| isbn= }}</ref>
 
=== Emirado do Taliban vs. Aliança do Norte ===
As primeiras vitórias do Talibã, em 1994, foram seguidas por uma série de derrotas dispendiosas. <ref name="Human Rights Watch (5)">{{citecitar web |url=http://www.hrw.org/legacy/reports98/afghan/Afrepor0-01.htm|title=II. BACKGROUND |publisher=Human Rights Watch}}</ref> O Paquistão forneceu um forte apoio para o Talibã. <ref name="Amin Saikal">{{citecitar booklivro|last=Amin Saikal |authorlink=Amin Saikal|title=Modern Afghanistan: A History of Struggle and Survival|edition=2006 1st |page=352|publisher=I.B. Tauris & Co Ltd., London New York |isbn=1-85043-437-9}}</ref><ref name="George Washington University">{{citecitar web |year=2007|url=http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB227/index.htm#17 |title=Documents Detail Years of Pakistani Support for Taliban, Extremists|publisher=[[National Security Archive]]|accessdate= }}</ref> Analistas como Amin Saikal descreveram o grupo como o desenvolvimento em uma força ''[[Guerra por procuração|proxy]]'' pelos interesses regionais do Paquistão, o que os talibãs negaram. <ref name="Amin Saikal" /> O Taliban começou a bombardear Cabul no início de 1995, mas foram rechaçados por Massoud. <ref name="amnesty.org" />
 
Em 27 de setembro de 1996, o Talibã, com apoio militar do Paquistão e o apoio financeiro da Arábia Saudita, tomou Cabul e fundou o [[Emirado Islâmico do Afeganistão]]. {{sfn|Coll|2004|p=14}} Eles impuseram sua interpretação fundamentalista do [[Islã]] em áreas sob seu controle, emitindo decretos proibindo mulheres de trabalhar fora de casa, frequentar escola, ou deixar suas casas a menos que acompanhadas por um parente do sexo masculino. <ref name="Physicians for Human Rights">{{citecitar web |year=1998 |url=http://www.law.georgetown.edu/rossrights/docs/reports/taliban.pdf |title=The Taliban's War on Women: A Health and Human Rights Crisis in Afghanistan| publisher=[[Physicians for Human Rights]]}}</ref> De acordo com o especialista paquistanês [[Ahmed Rashid]], "entre 1994 e 1999, cerca de 80.000 a 100.000 paquistaneses treinaram e lutaram no Afeganistão" ao lado dos talibãs. <ref name=Maley>{{citecitar booklivro |last=Maley|first=William|title=The Afghanistan wars|year=2009|publisher=Palgrave Macmillan|isbn=978-0-230-21313-5|page=288}}</ref><ref name=Tomsen>[[Peter Tomsen]] said that up until 9/11, Pakistani military and [[Inter-Services Intelligence|ISI]] officers, along with thousands of regular Pakistani armed forces personnel, had been involved in the fighting in Afghanistan.{{citecitar booklivro |last=Tomsen|first=Peter|title=Wars of Afghanistan|year=2011|publisher=PublicAffairs|isbn=978-1-58648-763-8|page=322}}</ref>
 
Massoud e Dostum, antigos arqui-inimigos, criaram uma Frente Unida contra o Taliban, vulgarmente conhecida como [[Aliança do Norte]]. Além da força tajique de Massoud e da força uzbeque de Dostum, a Frente Unida incluiu facções [[hazaras]] e forças pashtuns, sob a liderança de comandantes, como [[Abdul Haq]] e Haji [[Abdul Qadir]]. Abdul Haq também reuniu um número limitado de pashtuns desertados do Taliban. <ref name=autogenerated5>{{citecitar booklivro |last=Tomsen|first=Peter|title=Wars of Afghanistan|year=2011|publisher=PublicAffairs|isbn=978-1-58648-763-8|page=565}}</ref> Ambos concordaram em trabalhar juntos com o rei afegão exilado [[Zahir Shah]]. <ref name="Tomsen" /> A Aliança do Norte recebeu vários graus de apoio da [[Rússia]], [[Irã]], [[Tajiquistão]] e [[Índia]].
O Taliban capturaria [[Mazar-i-Sharif]], em 1998, e Dostum passaria para o exílio.
 
De acordo com a [[Organização das Nações Unidas]] (ONU), o Talibã, enquanto tentava consolidar o controle sobre o norte e oeste do Afeganistão, cometeu massacres sistemáticos contra civis. Oficiais da ONU afirmaram que houve "15 massacres" entre 1996 e 2001. O Taliban visava especialmente os hazaras [[xiitas]]. <ref name="Newsday 2001">{{citecitar newsnotícia |url=http://articles.chicagotribune.com/2001-10-12/news/0110120312_1_taliban-fighters-massacres-in-recent-years-mullah-mohammed-omar|title=Taliban massacres outlined for UN |author=Newsday|date=October 2001 |work=Chicago Tribune}}</ref><ref name="papillonsartpalace.com">{{citecitar web |url=http://archive.is/VbQFO|title=Confidential UN report details mass killings of civilian villagers |accessdate= |author=Newsday|year=2001|publisher=newsday.org}}</ref>
 
Em 2001, o Talibã controlava até 90% do país, com a Aliança do Norte confinada a cantos no nordeste do país. Lutando ao lado das forças do Talibã estavam 28.000-30.000 paquistaneses e 2.000-3.000 militantes da al-Qaeda. <ref name="Webster University Press Book" /><ref name="Ahmed Rashid/The Telegraph" />{{sfn|Girardet|2011|p=416}}{{sfn|Rashid|2000|p=91}} Muitos dos paquistaneses foram recrutados de madrassas. <ref name="Ahmed Rashid/The Telegraph">{{citecitar newsnotícia |url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/afghanistan/1340244/Afghanistan-resistance-leader-feared-dead-in-blast.html |title=Afghanistan resistance leader feared dead in blast|author=Ahmed Rashid|publisher=The Telegraph|location=London|date=11 de setembro de 2001}}</ref> Um documento de 1998 pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou que "20-40 por cento dos soldados [regulares] do Taliban são paquistaneses." <ref name="George Washington University" /><ref name="Human Rights Watch">{{citecitar newsnotícia |url=http://www.hrw.org/reports/2001/afghan2/Afghan0701-02.htm |title=Pakistan's support of the taliban |publisher=[[Human Rights Watch]] |year=2000}}</ref>
 
=== al-Qaeda ===
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=== Mudança na política dos Estados Unidos em relação ao Afeganistão ===
Durante o governo Clinton, os Estados Unidos tendem a favorecer o Paquistão e até 1998-1999 não tinham uma política clara em relação ao Afeganistão. Em 1997, por exemplo, [[Robin Raphel ]] do [[Departamento de Estado dos Estados Unidos]] declarou que Massoud se renderia ao Taliban. Massoud respondeu que, enquanto controlasse uma área do tamanho de seu chapéu, continuaria a defendê-la do Taliban. <ref name="Webster University Press Book" /> Ao mesmo tempo, altos oficiais de política externa da administração Clinton voaram para o norte do Afeganistão para tentar persuadir a Frente Unida a não tirar proveito da chance de obter ganhos cruciais contra os talibãs. Eles insistiram que era o momento para um cessar-fogo e um [[embargo de armas]]. Na época, o Paquistão deu início a uma "[[Transporte aéreo tático|ponte aérea]] [[Bloqueio de Berlim|tipo Berlim]] para reabastecer e reequipar o Taliban", financiado com dinheiro saudita. <ref name="U.S. Congressman Dana Rohrabacher">{{citecitar web |year=2004 |url=http://rohrabacher.house.gov/911-represented-dramatic-failure-policy-and-people|title =9/11 Represented a Dramatic Failure of Policy and People |publisher=U.S. Congressman Dana Rohrabacher}}</ref>
 
A política dos Estados Unidos para o Afeganistão mudou após os ataques às embaixadas dos Estados Unidos em 1998. Posteriormente, Osama bin Laden foi indiciado por seu envolvimento nos atentados às embaixadas. Em 1999, tanto os Estados Unidos como as Nações Unidas adotaram sanções contra os talibãs através da [[Resolução 1267 do Conselho de Segurança das Nações Unidas]], que exigia que o Taliban entregasse Osama bin Laden a julgamento nos Estados Unidos e fechasse todas as bases terroristas no Afeganistão. <ref>{{cite press release |title=Security Council demands that Taliban turn over Osama bin Laden to appropriate authorities|url=http://www.un.org/News/Press/docs/1999/19991015.sc6739.doc.html |publisher=United Nations|date=15 October 1999}}</ref> A única colaboração entre Massoud e os Estados Unidos na época seria um esforço com a CIA para rastrear bin Laden após os atentados de 1998. {{sfn|Risen|2008}} Os Estados Unidos e a [[União Europeia]] prestariam apoio a Massoud para a luta contra o Taleban.
 
Em 2001, a mudança de política buscou por agentes da CIA que sabiam Massoud estava a caminho. {{sfn|Coll|2004|p=720}} Juristas da CIA, trabalhando com oficiais na Divisão do Oriente Próximo e Centro Contra-Terrorista, começaram a elaborar uma conclusão formal para a assinatura do presidente [[George W. Bush]], que autoriza um programa de ação secreta no Afeganistão. Seria o primeiro de uma década para procurar influenciar o curso da guerra afegã em favor de Massoud. {{sfn|Coll|2004|p=14}} [[Richard A. Clarke]], presidente do Grupo de Segurança de Contra-Terrorismo, sob a administração Clinton, e mais tarde um oficial da administração Bush, alegadamente apresentou um plano para entrada da [[Conselheiro de Segurança Nacional|Conselheira de Segurança Nacional]] de Bush, [[Condoleezza Rice]], em janeiro de 2001.
 
Uma mudança na política dos Estados Unidos foi realizada em agosto de 2001. {{sfn|Coll|2004|p=14}} O governo Bush concordou com um plano para começar a apoiar Massoud. Uma reunião de altos oficiais de segurança nacional concordaram que seria apresentado um ultimato para os talibãs para que entregassem bin Laden e outros agentes da al-Qaeda. Se o Taliban se recusar, os Estados Unidos iriam fornecer ajuda militar secreta a grupos anti-TalibanantiTaliban. Se ambas as opções falhassem "os adjuntos concordaram que os Estados Unidos procurariam derrubar o regime talibã através de ação mais direta." <ref>{{citecitar newsnotícia |url=http://www.guardian.co.uk/world/2004/mar/24/september11.usa2 |author=Julian Borger |title=Bush team 'agreed plan to attack the Taliban the day before September 11' |publisher=The Guardian |location=London |date=24 de março de 2004}}</ref>
 
=== Aliança do Norte às vésperas do 11 de Setembro ===
[[File:Afghanistan map civilwar01.png|thumb|Área controlada pela Aliança do Norte antes da intervenção dos EUA em outubro de 2001.]]
Ahmad Shah Massoud era o único líder da Frente Unida no Afeganistão. Nas áreas sob seu controle, Massoud estabeleceu instituições democráticas e assinou a Declaração dos Direitos das Mulheres. <ref name=autogenerated4>{{citecitar booklivro|last=Marcela Grad|authorlink=Marcela Grad|title=Massoud: An Intimate Portrait of the Legendary Afghan Leader|edition=1 March 2009 |page=310 |publisher=Webster University Press}}</ref> Como consequência, muitos civis fugiram para as áreas sob seu controle. <ref>{{citecitar web|year=2007 |url=http://channel.nationalgeographic.com/channel/episodes/inside-the-taliban/|title=Inside the Taliban |publisher=[[National Geographic Society|National Geographic]]}}</ref> No total, as estimativas variam de até um milhão de pessoas que fugiam do Taliban.
 
No final de 2000, Massoud oficialmente reuniu esta nova aliança em uma reunião no norte do Afeganistão para discutir "uma Loya Jirga, ou um conselho tradicional de anciãos, para resolver a turbulência política no Afeganistão". <ref name="Corbis">{{citecitar web |year=2001|url=http://www.corbisimages.com/stock-photo/rights-managed/AAEC001272/council-of-afghan-opposition |title=Council of Afghan opposition|publisher=Corbis}}</ref> Essa parte do plano de paz pashtun-tajique-hazara-uzbeque acabou por se desenvolver. Entre os presentes estava [[Hamid Karzai]]. <ref name="Webster University Press Book 2">{{citecitar booklivro |last=Marcela Grad|title=Massoud: An Intimate Portrait of the Legendary Afghan Leader|edition=1 March 2009 |page=65 |publisher=Webster University Press}}</ref><ref name=autogenerated3>Senior diplomat and Afghanistan expert [[Peter Tomsen]] wrote: "The 'Lion of Kabul' [Abdul Haq] and the 'Lion of Panjshir' [Ahmad Shah Massoud] … Haq, Massoud, and Karzai, Afghanistan's three leading moderates, could transcend the Pashtun—non-Pashtun, north-south divide."{{citecitar booklivro|last=Tomsen|first=Peter|title=Wars of Afghanistan|year=2011|publisher=PublicAffairs|isbn=978-1-58648-763-8|page=566}}</ref>
 
No início de 2001, Massoud, com outros líderes étnicos, dirigiu-se ao [[Parlamento Europeu]] em [[Bruxelas]], pedindo à comunidade internacional para fornecer [[ajuda humanitária]] ao povo do Afeganistão. Ele disse que o Talibã e a al-Qaeda haviam introduzido "uma percepção muito errada do Islã "e que, sem o apoio do Paquistão e Osama bin Laden, o Talibã não seria capaz de sustentar a sua campanha militar por mais um ano.<ref name="nome">[http://www.telegraph.co.uk/news/obituaries/1340726/Ahmad-Shah-Massoud.html Ahmad Shah Massoud] - The Telegraph</ref> Nesta visita à Europa, ele alertou que sua inteligência tinha recolhido informação sobre um ataque iminente em grande escala em solo americano. <ref name="gwu.edu">{{citecitar web|title=Defense Intelligence Agency|year=2001|url=http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB97/tal32.pdf|publisher=National Security Archive|accessdate=}}</ref>
 
Em 9 de setembro de 2001, Massoud foi gravemente ferido em um ataque suicida por dois árabes que se apresentaram como jornalistas e detonaram uma bomba escondida em sua câmera de vídeo durante uma entrevista em Khoja Bahauddin, na [[Takhar|província de Takhar]], Afeganistão. <ref>{{citecitar newsnotícia |url=http://www.nytimes.com/2001/09/10/world/taliban-foe-hurt-and-aide-killed-by-bomb.html |title=Taliban Foe Hurt and Aide Killed by Bomb |location=Afghanistan |work=The New York Times |date=10 de setembro de 2001 |accessdate= }}</ref><ref>{{citecitar newsnotícia |last=Burns |first=John F. |url=http://www.nytimes.com/2002/09/09/world/threats-responses-assassination-afghans-too-mark-day-disaster-hero-was-lost.html |title=Threats and Responses: Assassination; Afghans, Too, Mark a Day of Disaster: A Hero Was Lost |location=Afghanistan |publisher=The New York Times |date=9 de setembro de 2002 |accessdate=}}</ref> Massoud morreu dentro do helicóptero no caminho para um hospital. O funeral, realizado em uma área rural, foi assistido por centenas de milhares de afegãos.
 
== Ataques de 11 de Setembro ==
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[[File:WTCgroundzero.jpg|thumb|[[Ground Zero (Nova Iorque)|Ground Zero]] em Nova Iorque após os ataques de 11 de setembro de 2001.]]
 
Na manhã de 11 de setembro de 2001, a al-Qaeda realizou quatro ataques coordenados em solo estadunidense. Quatro aviões comerciais de passageiros foram sequestrados. <ref name="Holmes">{{citecitar booklivro |last=Holmes|first=Stephen|title=Making sense of suicide missions|year=2006|publisher=Oxford University Press|isbn=978-0-19-929797-9|editor=Diego Gambetta|chapter=Al Qaeda, 11 September 2001}}</ref><ref name="Keppel2008">{{citecitar booklivro |last=Keppel|first=Gilles|title=Al Qaeda in its own words|year=2008|publisher=Harvard University Press|isbn=978-0-674-02804-3|last2=Milelli |first2=Jean-Pierre |last3=Ghazaleh |first3=Pascale}}</ref> Os sequestradores – membros da [[célula de Hamburgo]] da al-Qaeda –<ref>"[http://www.9-11commission.gov/report/911Report_Ch5.htm Chapter of the 9/11 Commission Report detailing the history of the Hamburg Cell]". [[9/11 Commission]].</ref> intencionalmente colidiram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do [[World Trade Center]] na [[Cidade de Nova Iorque]], matando todos a bordo e milhares que trabalhavam nos edifícios. Ambos os edifícios desmoronaram dentro de duas horas pelos danos causados pelos incêndios relacionados com as colisões, destruindo edifícios próximos e prejudicando outros. Os sequestradores lançaram um terceiro avião de passageiros no [[O Pentágono|Pentágono]] em [[Condado de Arlington|Arlington]], [[Virgínia]], nos arredores de [[Washington, D.C.]] O quarto avião caiu em um campo perto de [[Shanksville (Pensilvânia)|Shanksville]], na zona rural da [[Pensilvânia]], após alguns de seus passageiros e tripulação tentarem retomar o controle do avião, que os terroristas haviam redirecionado para Washington, D.C., para atingir a [[Casa Branca]] ou o [[Capitólio dos Estados Unidos]]. Nenhum voo teve sobreviventes.
 
No total, 2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores, morreram nos ataques. <ref name="FOX Responders">{{citecitar newsnotícia |publisher=FOX News|title=9 Years Later, Nearly 900 9/11 Responders Have Died, Survivors Fight for Compensation|date=11 de setembro de 2010|url=http://www.foxnews.com/politics/2010/09/09/report-responders-died-ground-zero-illnesses/|accessdate= }}</ref> De acordo com o Departamento de Saúde do Estado de Nova Iorque, 836 socorristas, incluindo bombeiros e efetivos da polícia, teriam morrido até junho de 2009. <ref name="FOX Responders" />
 
Em 11 de setembro, o ministro das Relações Exteriores do Talibã [[Wakil Ahmed Muttawakil]] "condeno[u] o ataque terrorista, quem está por trás disso" <ref>[http://edition.cnn.com/2001/WORLD/europe/09/11/trade.centre.reaction/ "World shock over U.S. attacks", CNN] - 11 de setembro de 2001</ref>, mas o Mulá Omar emitiu imediatamente um comunicado dizendo que bin Laden não era o responsável. <ref>[http://www.nytimes.com/2001/09/12/us/day-terror-afghans-condemning-attacks-taliban-says-bin-laden-not-involved.html A DAY OF TERROR: THE AFGHANS; Condemning Attacks, Taliban Says bin Laden Not Involved] New York Times - 12 de setembro de 2001.</ref> No dia seguinte, o presidente Bush chamou os ataques de mais do que apenas "atos de terror", mas "atos de guerra" e decidiu perseguir e conquistar um "inimigo" que não estaria mais seguro em "seus portos". <ref name="Bush20010912">[http://www.pbs.org/newshour/updates/terrorism/july-dec01/bush_speech_9-12.html "Full text of President Bush's public remarks during a Cabinet meeting Wednesday, Sept. 12, 2001" ''PBS Newshour''] 12 de setembro de 2001</ref> O embaixador do Talibã no Paquistão, [[Abdul Salam Zaeef]] afirmou em 13 de setembro de 2001, que o Talibã poderia considerar extraditar bin Laden se houvesse evidência sólida ligando-o aos ataques. <ref>[http://www.radioaustralia.net.au/international/2001-09-13/afghanistans-militia-may-consider-extradition-of-binladen/547054 "Afghanistan's militia may "consider" extradition of bin-Laden", Radio Australia] 13 de setembro de 2001</ref> Apesar de Osama bin Laden finalmente assumir a responsabilidade pelos ataques de 11 de setembro em 2004, ele negou ter qualquer envolvimento em um comunicado divulgado em 17 de setembro de 2001, e por meio de entrevistas em 29 de setembro de 2001. <ref>[http://edition.cnn.com/2001/US/09/16/inv.binladen.denial "Bin Laden says he wasn't behind attacks" CNN] - 17 de setembro de 2001</ref><ref name='fiskummat'>{{citecitar web |title=Usama bin Laden Says the Al-Qa'idah Group had Nothing to Do with the September 11 Attacks |url=http://www.robert-fisk.com/usama_interview_ummat.htm |publisher=[[Ummat Karachi]] |accessdate= |archiveurl=http://web.archive.org/web/20080516041810/http://www.robert-fisk.com/usama_interview_ummat.htm <!-- Bot retrieved archive --> |archivedate=16 May 2008}}</ref>
[[File:President George W. Bush address to the nation and joint session of Congress Sept. 20.jpg|thumb|left|Em um discurso a uma sessão conjunta do [[Congresso dos Estados Unidos]] em 20 de setembro de 2001, o [[presidente dos EUA]], [[George W. Bush]] exigiu que o Talibã entregasse Osama bin Laden e destruísse as bases da Al-Qaeda.]]
 
O Departamento de Estado, em um memorando de 14 de setembro, exigiu que o Talibã entregasse todos os associados conhecidos da al-Qaeda no Afeganistão, fornecesse informações sobre bin Laden e seus afiliados e expulsasse todos os terroristas do Afeganistão. <ref name=NSADoc6>[http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB358a/ "U.S. Department of State, Gameplan for Polmil Strategy for Pakistan and Afghanistan", September 14, 2001, Secret/NODIS" Document 6, The National Security Archive] </ref> Em 18 de setembro, o diretor da Inter-Services Intelligence do Paquistão, Mahmud Ahmed transmitiu essas demandas a Mulá Omar e a altos dirigentes do Talibã, cuja resposta foi "não, negativo em todos os pontos". <ref name=NSADoc9 /> Mahmud relatou que a liderança do Talibã estava em "profunda introspecção" e esperando a recomendação de um grande conselho de clérigos religiosos que estava reunindo para decidir o assunto. <ref name=NSADoc9>[http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB358a/ U.S. Department of State, Cable, "Deputy Secretary Armitage-Mamoud Phone Call – September 18, 2001", September 18, 2001, Confidential, 2 pp. Document 9, The National Security Archive] </ref> Em 20 de setembro, o presidente Bush, em um discurso ao Congresso, exigiu que o Talibã entregasse bin Laden e outros terroristas suspeitos e destruísse as bases da al-Qaeda. <ref>{{citar web |url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/nation/specials/attacked/transcripts/bushaddress_092001.html|publicado=[[The Washington Post]]|titulo=Specials Attacked Transcripts: Bush Address|accessdate= }}</ref> "Essas exigências não estão abertas à negociação ou discussão. O Talibã deve agir e agir imediatamente. Eles terão que entregar os terroristas, ou eles irão compartilhar o seu destino." <ref>[http://www.presidency.ucsb.edu/ws/index.php?pid=64731&st=&st1= Address Before a Joint Session of the Congress on the United States Response to the Terrorist Attacks of September 11] - 20 de setembro de 2001</ref>
[[File:Osama bin Laden portrait.jpg|thumb|upright|Nos dias e semanas imediatamente após o 11 de Setembro, quando o Talibã procurava evidências de seu envolvimento nos ataques, Osama bin Laden negou várias vezes ter qualquer ligação.]]
 
No mesmo dia, um [[shura|grande conselho]] de mais de 1.000 [[Ulema|clérigos muçulmanos]] de todo o Afeganistão, que tinha sido convocado para decidir o destino de bin Laden, emitiu uma [[fatwa]], expressando pesar pelas mortes nos ataques de 11 de setembro, recomendando que o Emirado Islâmico "persuadisse" bin Laden a deixar seu país, e convidando as [[Nações Unidas]] e a [[Organização para a Cooperação Islâmica]] para conduzir uma investigação independente sobre "os eventos recentes para esclarecer a realidade e impedir perseguição de pessoas inocentes". <ref name=Fatwa>[http://www.guardian.co.uk/world/2001/sep/20/afghanistan.september115 " The Taliban clerics' statement on Bin Laden", ''Guardian''] - 20 de setembro de 2001</ref> A fatwa continuou advertindo que se os Estados Unidos não concordassem com sua decisão e invadisse o Afeganistão, uma "[[jihad]] se torna uma ordem para todos os muçulmanos." <ref name=Fatwa /> No entanto, nesse mesmo dia, o embaixador do Talibã no Paquistão disse: "Nós não vamos entregar Osama bin Laden, nem lhe pedir para sair do Afeganistão". Essas manobras foram dispensadas pelos Estados Unidos como insuficientes. <ref>[http://articles.latimes.com/2001/sep/21/news/mn-48175 Tyler Marshall, "Afghan Clerics Urge Bin Laden to Go – AFTER THE ATTACK Policy: Religious council's edict is applauded in the region. U.S. dismisses the move"], ''Los Angeles Times, 21 de setembro de 2001</ref>
[[File:Colin Powell official Secretary of State photo.jpg|thumb|left|upright|[[Secretário de Estado dos Estados Unidos]] [[Colin Powell]]]]
 
Em 21 de setembro, representantes do Talibã no Paquistão reagiram às exigências dos Estados Unidos com desafio. Zaeef disse que o Talibã estava disposto, se necessário, a uma guerra com os Estados Unidos. Seu adjunto Suhail Shaheen advertiu que uma invasão norte-americana poderia partilhar o mesmo destino que se abateu sobre a [[Grã-Bretanha]] e a [[União Soviética]] nos séculos anteriores. Ele confirmou que a decisão dos clérigos "foi apenas uma recomendação" e bin Laden não seria solicitado a deixar o Afeganistão. Mas sugeriu "se os americanos fornecerem provas, vamos cooperar com eles... Na América, se eu acho que você é um terrorista, é suficientemente fundamentado que você deveria ser punido sem provas?", ele questionou. "Este é um princípio internacional. Se você usa o princípio, por que não aplicá-lo para o Afeganistão?" Como formulado anteriormente por Mulá Omar, a exigência de provas foi anexada a uma sugestão de que bin Laden fosse entregue para um julgamento perante um tribunal islâmico em outro país muçulmano. <ref name=NYTBurns20010922>[http://www.nytimes.com/2001/09/22/world/nation-challenged-taliban-clerics-answer-no-no-no-invoke-fates-past-foes.html John F. Burns, "A NATION CHALLENGED: THE TALIBAN; Clerics Answer 'No, No, No!' and Invoke Fates of Past Foes"] - 22 de setembro de 2001</ref> Ele não abordou as demandas para entregar outros suspeitos de terrorismo ou fechar campos de treinamento.
 
Em 28 de setembro, Bush comentou: "Em primeiro lugar, não há negociações com o Talibã. Eles ouviram o que eu disse. E agora podem agir. E não é apenas o Sr. bin Laden que nós esperamos ver e ser entregues à justiça... são os todos associado com sua organização que está no Afeganistão. E não apenas aquelas diretamente associadas com o Sr. bin Laden, qualquer terrorista que está abrigado e alimentado no Afeganistão precisa ser entregue. E, finalmente, esperamos que haja a completa destruição dos campos de terroristas. Isso foi o que eu disse a eles... isso é o que eu quero dizer. E nós os esperamos — esperamos que não só ouçam o que eu digo, mas que façam algo sobre isso." <ref>[http://www.presidency.ucsb.edu/ws/index.php?pid=64217&st=&st1= Remarks Prior to Discussions With King Abdullah II of Jordan and an Exchange With Reporters] - 28 de setembro de 2001</ref>
 
Em 24 de setembro, Mahmoud contou ao embaixador dos Estados Unidos para o Paquistão que, embora o Talibã estivesse "fraco e mal preparado para enfrentar a investida americana”, a "vitória real virá através de negociações", pois se o Talibã for eliminado, o Afeganistão reverteria para senhores da guerra. <ref name=NSADoc11>[http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB358a/ U.S. Department of State, Cable, "U.S. Embassy (Islamabad), Cable, "Mahmud Plans 2nd Mission to Afghanistan" September 24, 2001, Secret" Document 11, The National Security Archive] </ref> Em 28 de setembro, ele liderou uma delegação de oito líderes religiosos paquistaneses para persuadir Mulá Omar a aceitar que líderes religiosos de países islâmicos examinassem as provas e decidissem o destino de bin Laden, porém Mulá Omar recusou. <ref name=NSADoc12>[http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB358a/ U.S. Embassy (Islamabad), Cable, "Mahmud on Failed Kandahar Trip" September 29, 2001, Confidential" Document 12, The National Security Archive] </ref><ref>[http://www.nytimes.com/2001/09/29/world/nation-challenged-afghanistan-pakistanis-fail-last-ditch-bid-persuade-taliban.html A NATION CHALLENGED: AFGHANISTAN; Pakistanis Fail in Last-Ditch Bid to Persuade Taliban to Turn Over bin Laden] - The New York Times</ref>
 
[[File:Rumsfeld1.jpg|left|thumb|upright|[[Secretário de Defesa dos Estados Unidos]] [[Donald Rumsfeld]]]]
Em 1º de outubro, Mulá Omar concordou com uma proposta de Qazi Hussain Ahmad, o chefe do mais importante partido islamita do Paquistão, o [[Jamaat-i-Islami]], para conduzir bin Laden ao Paquistão, onde ele seria mantido sob prisão domiciliar em [[Peshawar]] pelo partido e julgado por um tribunal internacional, no âmbito da lei sharia. A proposta foi dita ter a aprovação de bin Laden. O presidente do Paquistão, [[Pervez Musharraf]], bloqueou o plano porque não podia garantir a segurança de bin Laden. <ref name=Telegraph20011004>"[http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/afghanistan/1358464/Pakistan-blocks-bin-Laden-trial.html Pakistan blocks bin Laden trial]" ''The Telegraph'' - 4 de outubro de 2001</ref> Em 2 de outubro, Zaeef apelou aos Estados Unidos para negociar: "Nós não queremos agravar os problemas do povo, do país ou da região". Ele suplicou: "o povo afegão precisa de comida, precisa de ajuda, precisa de abrigo, não guerra." No entanto, reiterou que bin Laden não seria entregue a ninguém a menos que provas fossem apresentadas. <ref name=NYT20011003>[http://www.nytimes.com/2001/10/03/world/nation-challenged-afghans-taliban-say-they-want-negotiate-with-us-over-bin-laden.html Douglas Frantz, "A Nation Challenged: The Afghans; Taliban Say They Want to Negotiate With the U.S. Over bin Laden", ''New York Times''] - 3 de outubro de 2001</ref>
 
Um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos em resposta a uma pergunta sobre o compartilhamento de provas com o Talibã afirmou: "Minha resposta, em primeiro lugar, é que me parece um pedido para retardação e prevaricação ao invés de qualquer pedido sério. E em segundo lugar, eles já estão em atraso. Eles já estão obrigados pelas resoluções das Nações Unidas, que dizem respeito com os atentados no leste da África, a entregar a al-Qaeda, a entregar a sua liderança, e até o encerramento da rede de operações em seu país. Não deveria haver mais atrasos. Não há qualquer motivo para pedir qualquer outra coisa. Eles já estão sob essa obrigação internacional e eles têm que atendê-la." <ref>[http://avalon.law.yale.edu/sept11/state_dept_brief025.asp State Dept. Daily Briefing] - 2 de outubro de 2001</ref> O primeiro-ministro britânico [[Tony Blair]] apelou ao Talibã para "entregar os terroristas ou entregar o poder". <ref name=SFGate20011003 />
 
No entanto, alguns indícios do envolvimento de bin Laden nos ataques de 11 de setembro foram mostrados para o governo do Paquistão cujos líderes mais tarde afirmaram que os materiais que tinham visto "fornece[ram] base suficiente para a acusação em um tribunal de justiça". <ref>[http://www.capecodonline.com/apps/pbcs.dll/article?AID=/20011005/NEWS01/310059920&cid=sitesearch Dudley Altus, "Pakistan satisfied with U.S. evidence against bin Laden" ''Houston Chron.''] - 5 de outubro de 2001</ref> O chefe do ISI tenente-general Mahmud Ahmed compartilhou informação fornecida a ele pelos Estados Unidos com líderes talibãs. Em 4 de outubro, o governo britânico divulgou publicamente um documento resumindo as evidências ligando bin Laden aos ataques. <ref>[http://www.nytimes.com/2001/10/05/world/a-nation-challenged-evidence-british-detail-bin-laden-s-link-to-us-attacks.html A NATION CHALLENGED: EVIDENCE; British Detail bin Laden's Link to U.S. Attacks] - New York Times, 5 de outubro de 2001</ref> O documento afirmava que o Talibã havia sido repetidamente avisado no passado sobre abrigar bin Laden, mas recusou-se a entregá-lo como exigido pela comunidade internacional. Provas haviam sido fornecidas ao Talibã sobre o envolvimento de bin Laden nos atentados a embaixada em 1998, mas nada fizeram. <ref>[http://avalon.law.yale.edu/sept11/uk_005.asp U.K. Documents Case Against Bin Laden] - 4 de outubro de 2001</ref>
 
Em 5 de outubro, o Talibã se ofereceu para julgar bin Laden em um tribunal afegão, contanto que os Estados Unidos fornecessem o que chamaram de "evidência sólida" de sua culpa. <ref>{{citar web |url=http://www.guardian.co.uk/world/2001/oct/05/afghanistan.terrorism |titulo=Taliban 'will try bin Laden if US provides evidence' |publicado=The Guardian |accessdate= |location=London |date=5 de outubro de 2001}}</ref> O governo dos Estados Unidos rejeitou a solicitação das provas como "pedido para retardação e prevaricação"; o comandante da OTAN [[George Robertson]] afirmou que as evidências eram "claras e convincentes". <ref name=SFGate20011003>[http://www.sfgate.com/news/article/Blair-warns-Taliban-Tough-talk-from-Britain-s-2872139.php Edward Epstein, "Blair warns Taliban / Tough talk from Britain's leader makes attack look likely soon", ''San Francisco Chronicle''] - 3 de outubro de 2001</ref> Em 7 de outubro, uma vez que a campanha de bombardeio aéreo dos Estados Unidos começou, o presidente Bush ignorou questões sobre a proposta do Talibã e disse ao invés disso que um "alerta completo havia sido dado e o tempo está se esgotando." <ref>[http://edition.cnn.com/2001/US/10/07/ret.us.taliban/ "U.S. rejects Taliban offer to try bin Laden", CNN] - 7 de outubro de 2001</ref> Nesse mesmo dia, o Departamento de Estado deu ao governo paquistanês uma última mensagem para os talibãs: ceda a todos os líderes da al-Qaeda ou "todos os pilares do regime talibã serão destruídos"."<ref name=NSA16>[http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB358a/ " U.S. Department of State, Cable, "Message to Taliban", October, 2001, Secret/Nodis/Eyes Only" Document 16, The National Security Archive] </ref>
 
Em 11 de outubro, Bush disse aos talibãs: "Vocês ainda tem uma segunda chance. Basta trazê-lo e trazer seus líderes e tenentes e outros bandidos e criminosos com ele." <ref>[http://www.presidency.ucsb.edu/ws/index.php?pid=73426&st=&st1= The President's News Conference] - 11 de outubro de 2001</ref> Em 14 de outubro, [[Abdul Kabir]], o terceiro líder no escalão do Talibã, ofereceu para entregar bin Laden a um país neutro, se o governo dos Estados Unidos fornecessem provas de sua culpa e suspendessem a campanha de bombardeio. Ele, aparentemente, não respondeu à demanda para entregar outros suspeitos de terrorismo além de bin Laden. O presidente Bush rejeitou a oferta como inegociável. <ref>[http://www.guardian.co.uk/world/2001/oct/14/afghanistan.terrorism5 "Bush rejects Taliban offer to hand Bin Laden over", ''Guardian''] - 14 de outubro de 2001</ref> Em 16 de outubro, Muttawakil, o ministro das Relações Exteriores, Talibã sugeriu uma oferta de compromisso que desistia da exigência de provas. <ref>[http://www.guardian.co.uk/world/2001/oct/17/afghanistan.terrorism11 Rory McCarthy, "New offer on Bin Laden"], ''The Guardian'', 16 de outubro de 2001</ref> No entanto, Muttawakil não fazia parte do círculo íntimo do Talibã, ele queria que o bombardeio parasse de modo que pudesse tentar persuadir Mulá Omar a aceitar um compromisso. <ref>[http://www.nytimes.com/2001/10/16/world/a-nation-challenged-the-mullahs-taliban-envoy-talks-of-a-deal-over-bin-laden.html A NATION CHALLENGED: THE MULLAHS; Taliban Envoy Talks of a Deal Over bin Laden] - New York Times, 16 de outubro de 2001</ref>
 
=== Base legal para a guerra ===
Em 14 de setembro de 2001, o Congresso aprovou uma legislação intitulada [[Autorização para Uso de Força Militar Contra Terroristas]], que foi assinada em 18 de setembro de 2001 pelo presidente Bush. Ela autorizou o uso das [[Forças Armadas dos Estados Unidos]] contra os responsáveis pelos Ataques de 11 de Setembro e aqueles que os abrigaram.
 
O Artigo 2(4) da [[Carta das Nações Unidas]], pelo qual todos os países da coalizão são signatários e pelo qual sua ratificação pelos Estados Unidos a torna "lei nacional" <ref name="jurist.law.pit.edu">{{citecitar web|publisher=Jurist|date=6 de novembro de 2001|title=Bombing of Afghanistan Is Illegal and Must Be Stopped|author=Professor Marjorie Cohn|url=http://jurist.law.pitt.edu/forum/forumnew36.htm|accessdate= }}</ref> proíbe a 'ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado, exceto em circunstâncias em que um órgão competente das Nações Unidas (por exemplo, o Conselho de Segurança) o tenha autorizado, ou em que esteja em autodefesa nos termos do Artigo 51 da Carta. <ref name=UK>{{citecitar newsnotícia|last1=Smith and Thorp|first1=Ben and Arabella|title=The legal basis for the invasion of Afghanistan|url=http://www.parliament.uk/briefing-papers/SN05340.pdf|agency=International Affairs and Defence Section|publisher=House of Commons Library|date=26 de fevereiro de 2010}}</ref> Embora o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) não autorizasse a campanha militar liderada pelos Estados Unidos, foi amplamente (embora não universalmente) percebido como uma forma legítima de autodefesa nos termos da Carta das Nações Unidas. <ref name=UK /><ref>{{citecitar newsnotícia|title=September 11, 2001 : Attack on America Statement Made Today by Secretary-General Kofi Annan on Military Strikes in Afghanistan; October 8, 2001|url=http://avalon.law.yale.edu/sept11/un_005.asp}}</ref>
 
Os defensores da invasão argumentaram que a autorização do CSNU não era necessária, uma vez que a invasão foi um ato de autodefesa coletiva prevista no Artigo 51 da Carta das Nações Unidas.<ref name=UK /><ref>{{citecitar newsnotícia|last1=Koh|first1=Harold|title=The Obama Administration and International Law|url=http://www.state.gov/s/l/releases/remarks/139119.htm|agency=Department of State|publisher=US Government|date=25 de março de 2010}}</ref> Especificamente, argumenta-se que uma série de Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o Afeganistão previam a possibilidade de estabelecer que os talibãs tiveram indiretamente a responsabilidade pelos ataques da al-Qaeda <ref name=UK /> e, embora a invasão inicial do Afeganistão não fosse mandatada por uma resolução específica do Conselho de Segurança da ONU, o Conselho de Segurança agiu rapidamente para autorizar uma operação militar para estabilizar o país. <ref name=UK /> Os críticos alegaram que a invasão era ilegítima ao abrigo do Artigo 51, porque os Ataques de 11 de Setembro não foram "ataques armados" por um outro Estado, mas foram perpetrados por atores não-estatais. Alegaram que os atacantes não tinham qualquer ligação comprovada com o Afeganistão ou o Taliban. Críticos afirmam que, mesmo que um Estado tivesse feito os Ataques de 11 de Setembro, nenhuma campanha de bombardeio constituiria autodefesa. Eles interpretam autodefesa para cobrir ações que sejam "instantâneas, esmagadoras, não deixando escolha dos meios e nenhum momento para deliberação." <ref name="jurist.law.pit.edu" /><ref>{{citecitar web|url=http://austlii.org/au/journals/MelbJIL/2003/3.html|title=Security Council Resolutions 1368 (2001) and 1373 (2001): What They Say and What They Do Not Say |work=European Journal of International Law}}</ref>
 
Em 20 de dezembro de 2001, mais de dois meses após o ataque, o Conselho de Segurança autorizou a criação da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) para ajudar a Autoridade Interina Afegã na manutenção da segurança. <ref>{{citecitar web|url=http://www.un.org/en/ga/search/view_doc.asp?symbol=S/RES/1386%282001%29 |title=Resolution 1386 (2001) Adopted by the Security Council at its 4443rd meeting, on 20 December 2001 |accessdate= }}</ref> O comando da ISAF passou para a OTAN em 11 de agosto de 2003, na sequência da [[Invasão do Iraque em 2003|invasão do Iraque]], em março do mesmo ano. <ref>{{citecitar web|url=http://www.ips.org.pk/the-muslim-world/1052-nato-afghanistan-and-the-region.html|title=NATO, Afghanistan and the Region|publisher=Institute of Policy Studies|author=Shireen M. Mazari|accessdate= |year=2008}}</ref>
 
== 2001: derrubada do Taliban ==
[[Ficheiro:Opérations majeures de la campagne d'Afghanistan d'octobre-décembre 2001.PNG|thumbnail||esquerda|Principais operações da campanha do Afeganistão de outubro-dezembro 2001.]]
 
Fracassadas as negociações entre o governo americano e os talibãs, no domingo, [[7 de outubro]] de [[2001]], as [[Forças Armadas dos Estados Unidos|forças armadas dos Estados Unidos]] e do [[Forças armadas do Reino Unido|Reino Unido]] começam a bombardear o Afeganistão, com o objetivo de atacar o Taliban e a al-Qaeda. As operações foram precedidas e complementadas pelo trabalho da [[Agência Central de Inteligência]] (CIA) e das forças de operações especiais (SOF), com grupos de oposição afegãs, em particular, a [[Aliança do Norte]]. Além do Reino Unido, [[Canadá]], [[França]], [[Austrália]] e [[Alemanha]] também declararam o seu apoio aos Estados Unidos. O presidente do [[Paquistão]] - General [[Pervez Musharraf]] - também manifestou o seu acordo, apesar da falta de entusiasmo dos Estados árabes, relativa à eliminação da al-Qaeda do Paquistão. O Paquistão abre as suas fronteiras às ondas de refugiados provenientes do Afeganistão. Os ataques foram registrados na capital, Cabul, onde a eletricidade foi interrompida, em [[Candaar]], onde vivia o líder taliban, o [[Mohammed Omar|mullah Omar]], e campos de treinamento, na cidade de [[Jalalabad]].<ref>First In: An insiders account of how the CIA spearheaded the War on Terror in Afghanistan by Gary Schroen, 2005</ref><ref>Jawbreaker: The Attack on Bin Laden and AL Qaeda: A personal account by the CIA's field Commander by Gary Berntsen and Ralph Pezzulla, 2005</ref><ref name="ghostwars">Ghost Wars: The Secret History of the CIA, Afghanistan, and Bin Laden, from the Soviet Invasion to September 10, 2001, by Steve Coll, 2004</ref><ref name="archives_cnn_com9">{{citecitar newsnotícia|url=http://edition.cnn.com/2001/US/10/07/ret.attack.pentagon/|title=Defense officials: Air operation to last 'several days'|accessdate=|publisher=CNN|date=7 de outubro de 2001}}</ref>
 
Às 17:00 UTC, cerca de 45 minutos após o bombardeio, [[George W. Bush]] e [[Tony Blair]] confirmaram que seus respectivos países estavam efetuando um ataque aéreo contra o Afeganistão, mas que os alvos eram exclusivamente militares, e, no entanto, também foram lançados alimentos, medicamentos e suprimentos para "homens, mulheres e crianças famintas e sofridas do Afeganistão". <ref name="www_australianpolitics_com8">{{Citar web| url = http://www.australianpolitics.com/news/2001/01-10-07.shtml |título= australianpolitics.com |acessodata= | publicado = }}</ref> Aproximadamente ao mesmo tempo, a [[CNN]] passou a mostrar imagens exclusivas do bombardeio de Cabul em todo o mundo.<ref name="archives_cnn_com9"/>
Um dia antes do bombardeio começar, a [[Human Rights Watch]] publicou um relatório em que exortou que nenhum apoio militar deviria ser dado à Aliança do Norte, devido à sua situação dos direitos humanos.<ref>{{citecitar newsnotícia |title=Afghan opposition's 'record of brutality' |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/south_asia/1608504.stm |publisher=BBC News |date=19 de outubro de 2001 |accessdate= }}</ref>
 
Pouco antes do ataque o canal de informação por satélite nas línguas árabe [[Al Jazeera]] recebeu um vídeo pré-gravado de uma mensagem por Osama bin Laden. Neste, o líder da al-Qaeda condena qualquer ataque contra o Afeganistão, afirmando que os EUA falharão no Afeganistão e, em seguida, iriam desmoronar, tal como a [[União Soviética]]. Então, bin Laden lançou uma [[jihad]] contra os [[Estados Unidos]]. {{Carece de fontes|data=fevereiro de 2010}}
 
Em solo, as equipes da Divisão de Atividades Especiais da CIA chegaram primeiro. Eles logo foram acompanhados pelas [[Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos]] a partir do 5º Grupo das Forças Especiais e outras unidades do [[Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos]]. <ref>Gary Schroen, ''First In: An Insider's Account of How the CIA Spearheaded the War on Terror in Afghanistan,'' 2005</ref><ref>Berntsen and Pezzulla (2005), ''Jawbreaker''</ref>{{sfn|Coll|2004}}
 
[[File:US Special Forces on horseback, Afghanistan, 2001.jpg|thumb|[[Boinas Verdes|Forças Especiais do Exército]] e [[Equipe de Controle de Combate da Força Aérea dos Estados Unidos]] com as tropas da Aliança do Norte a cavalo]]
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As forças especiais do Reino Unido e dos Estados Unidos se juntaram à Aliança do Norte e outros grupos de oposição afegãs para tomar [[Herat]] em novembro de 2001. Canadá e Austrália também destacaram forças. Outros países forneceram suporte, acesso e permissão de sobrevoo.
 
Os Estados Unidos conseguiram rastrear e matar o número três da Al-Qaeda, [[Mohammed Atef]] com um bombardeio em sua casa em Cabul entre 14-16 novembro de 2001, juntamente com seu guarda Abu Ali al-Yafi'i e outros seis. <ref name="wnc">[[World News Connection]], [http://www.why-war.com/news/2003/10/29/alqaidam.html Al-Qa'ida member recalls US bombardment, accuses Taliban of betrayal], 29 October 2003</ref><ref>[[Associated Press]], [http://www.chron.com/disp/story.mpl/special/terror/front/1136330.html "Taliban confirms death of Osama bin Laden's military chief in US strike"], ''Houston Chronicle'', 17 November 2001</ref>
 
===Ataques aéreos iniciais===
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Até 2 de novembro, posições frontais do Taliban foram devastadas e uma marcha em Cabul parecia possível. Segundo o autor [[Stephen Tanner]],
<blockquote>
Depois de um mês de campanha de bombardeio dos Estados Unidos, rumores começaram a chegar a Washington da Europa, Oriente Médio e Paquistão, onde [[Pervez Musharraf|Musharraf]] teria solicitado o cessar dos bombardeios. Tendo iniciado a guerra com a maior reserva imaginável de autoridade moral, os Estados Unidos estavam a ponto de deixá-la escapar por meio de ataques de alto nível utilizando as invenções mais medonhas que seus cientistas poderiam apresentar. <ref name="Tanner">{{citecitar booklivro|last=Tanner|first=Stephen|title=Afghanistan: A Military History from Alexander the Great to the War against the Taliban|year=2002|publisher=Da Capo Press|location=Cambridge, Massachusetts, United States of America|isbn=978-0-306-81826-4|page=300|url=http://books.google.com/?id=8BVIKsDbdKYC&pg=PA300|edition=2009|accessdate= |chapter=12 – The Americans}}</ref></blockquote>
 
Bush foi a Nova York em 10 de novembro de 2001 para discursar nas Nações Unidas. Ele disse que não somente os Estados Unidos estavam em perigo de novos ataques, mas assim estavam todos os outros países do mundo. Tanner observou: "Suas palavras tiveram um impacto. A maioria do mundo renovou o seu apoio para o esforço americano, incluindo os compromissos de ajuda material da Alemanha, França, Itália, Japão e outros países".<ref name="Tanner" />
Linha 171 ⟶ 169:
Combatentes da al-Qaeda assumiram a segurança das cidades afegãs. As tropas da Aliança do Norte planejavam tomar [[Mazar-i-Sharif]], cortando linhas de abastecimento do Talibã e permitindo que os equipamentos chegassem pelo norte e, em seguida, atacar Cabul.
 
Durante os primeiros meses, os militares dos Estados Unidos tinham uma presença limitada em solo. Forças Especiais e oficiais de inteligência com formação militar colaboraram com as milícias afegãs e avançaram após o Taliban ser perturbado pelo poder aéreo. <ref name="ColbyFreePress20011015">{{citecitar newsnotícia |title=U.S. jets hit suspected bin Laden camp |publisher=[[Colby Free Press]] |date=15 October 2001}}</ref><ref name="FoxNews20011105">{{citecitar newsnotícia |title=Massive American Bombing on Taliban Front Lines |publisher=Fox News |author=[[Refet Kaplan]] |date=5 de novembro de 2001}}</ref><ref name="NYTimes20011028">{{citecitar newsnotícia |title= Waging a Deadly Stalemate on Afghanistan's Front Line |publisher=New York Times |author=[[David Rohde]] |date=28 de outubro de 2001}}</ref>
 
Analistas da inteligência militar dos Estados Unidos relataram que os militantes do Taliban e da al Qaeda estavam entrincheirados atrás de uma série de redes fortificadas de cavernas e bunkers subterrâneos e bem abastecidos nas [[Tora Bora|montanhas de Tora Bora]], localizada a leste da capital (e perto da fronteira com o Paquistão). A área foi submetida a bombardeamento intenso e contínuo de [[B-52 Stratofortress|B-52]].<ref name=ColbyFreePress20011015 /><ref name=FoxNews20011105 /><ref name=NYTimes20011028 /><ref name="AsiaTimes20011207">{{citecitar newsnotícia|title=Taking a spin in Tora Bora |publisher=[[Asia Times]] |author=[[Pepe Escobar]] |date=7 de dezembro de 2001}}</ref>
 
As forças dos Estados Unidos e da Aliança do Norte começaram a divergir em seus objetivos. Enquanto os estadunidenses ainda estavam em busca de Osama bin Laden, a Aliança do Norte estava pressionando para obter mais apoio em seus esforços para acabar com o Taliban e controlar o país.
Linha 180 ⟶ 178:
[[File:Special Forces at the Fall of Mazar i Sharif.PNG|thumb|upright|[[Boinas Verdes]] em 10 de novembro, chegando à cidade com combatentes da Aliança do Norte.]]
 
Mazari-i Sharif foi importante porque era o lar do Santuário de Hazrat Ali ou "Mesquita Azul", um local muçulmano sagrado, e porque era um centro de transporte significativo com dois grandes aeroportos e uma importante rota de fornecimento conduzindo para o [[Uzbequistão]]. <ref name="nyt">''[[New York Times]]'', [http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9A00E4D61438F933A25752C1A9679C8B63&n=Top/Reference/Times%20Topics/Subjects/F/Food The Battle for Mazar-i-Sharif], 10 November 2001</ref> Tomar a cidade iria permitir que a [[ajuda humanitária]] aliviasse uma crise alimentar iminente, que ameaçava mais de seis milhões de pessoas com inanição. Muitos daqueles em necessidades mais urgentes viviam em áreas rurais ao sul e oeste de Mazar-i-Sharif. <ref name="nyt" /><ref name=cbcca /> Em 9 de novembro de 2001, as forças da Aliança do Norte, sob o comando de Dostum e [[Ustad Atta Mohammed Noor]], venceram a resistência ao atravessar a ponte Pul-i-Imam Bukhri, <ref name="gov">Cahlink, George. [http://www.govexec.com/features/1202/1202s4.htm Building a Presence], 15 December 2002</ref><ref name="spec">''Special Warfare Journal'', "The Liberation of Mazar e Sharif: 5th SF group conducts UW in Afghanistan", 1 June 2002</ref> e tomaram a principal base militar e o aeroporto da cidade.
 
As forças especiais do Destacamento Operacional A-595, oficiais paramilitares da CIA e a [[Equipe de Controle de Combate da Força Aérea dos Estados Unidos]] <ref name=autogenerated2>"Fronlines", 2 August 2002</ref>{{Sfn|Call|2010|pp=24–25}}<ref>[[Paul Wolfowitz|Wolfowitz, Paul]], [http://www.defense.gov/Speeches/Speech.aspx?SpeechID=497 Speech on 14 November 2001]</ref> a cavalo e com o apoio aéreo aproximado, participaram do avanço em Mazar-i Sharif. Depois de uma sangrenta batalha de 90 minutos, as forças talibãs se retiraram depois de manter a cidade desde 1998, provocando comemorações. <ref name="cbcca">{{citecitar newsnotícia|url=http://www.cbc.ca/world/story/2001/11/07/mazar011107.html |title=Opposition troops closing in on Mazari Sharif |publisher=CBC |location=Canada |date=7 de novembro de 2001 |accessdate= }}</ref><ref name="tony">{{citecitar newsnotícia|url=http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,183885,00.html |title=Rebels: Mazar-i-Sharif is Ours |publisher=Time |date=9 de novembro de 2001 |accessdate= |first=Tony |last=Karon}}</ref>
 
A queda da cidade foi um "golpe" <ref name="tony" /> para os talibãs e, finalmente provou ser um "grande choque", {{sfn|Call|pp=24–25}} uma vez que o [[Comando Central dos Estados Unidos]] (CENTCOM) tinha inicialmente acreditado que a cidade permaneceria nas mãos dos talibãs boa parte do ano seguinte <ref>Maloney, Sean M. [http://www.army.mil/professionalWriting/volumes/volume2/october_2004/10_04_1.html Afghanistan: From here to eternity?] Spring 2004</ref> e qualquer batalha potencial exigiria "um avanço muito lento". <ref name="top">''[[Topeka Capital Journal]]'', [http://www.cjonline.com/stories/111001/ter_cityfall.shtml Taliban: Key city has fallen], 10 November 2001</ref>
 
Na sequência de rumores de que mulá [[Dadullah]] foi chefiado para recapturar a cidade com até 8.000 combatentes, mil soldados norte-americanos da 10ª Divisão de Montanha foram transportadas por via aérea para a cidade, proporcionando a primeira posição sólida a partir da qual Cabul e Kandahar poderiam ser atingidos. <ref name="fajr">Khan, M. Ismail. [[Dawn (newspaper)|Dawn]], [http://www.dawn.com/2001/11/10/top2.htm Mazar falls to Alliance: Taliban says they're regrouping], 10 November 2001 and Crane, Conrad. [http://www.au.af.mil/au/awc/awcgate/ssi/crane_hydra.pdf Facing the Hydra: Maintaining Strategic Balance while Pursuing a Global War Against Terrorism], May 2002</ref> A Força Aérea dos Estados Unidos tinha agora um aeroporto, que lhes permitiam fazer mais manobras para missões de reabastecimento e ajuda humanitária. <ref name="tony" />{{sfn|Dolan|2005|p=150}}
 
=== Queda de Cabul ===
Na noite de 12 de novembro, as forças talibãs fugiram de Cabul na calada da noite. As forças da Aliança do Norte chegaram na tarde seguinte, encontrando um grupo de cerca de vinte combatentes escondidos em um parque da cidade. Este grupo foi morto em uma batalha de 15 minutos. Após essas forças serem neutralizadas, Cabul estava nas mãos das forças da coalizão. <ref>Dobbins, James. [http://www.foreignaffairs.com/articles/65669/james-dobbins/our-man-in-kabul?page=show "Our Man in Kabul"] ''Foreign Affairs''. 4 de novembro de 2009.</ref>
 
A queda de Cabul iniciou um colapso em cascata das posições do Talibã. Dentro de 24 horas, todas as províncias afegãs ao longo da fronteira com o Irã haviam caído, incluindo [[Herat]]. Os comandantes e senhores da guerra locais pashtuns tinham assumido completamente o nordeste do Afeganistão, incluindo [[Jalalabad]]. Redutos do Talibã no norte do país, principalmente voluntários paquistaneses, recuaram para norte da cidade de [[Kunduz]]. Até 16 de novembro, último reduto do Talibã no norte do Afeganistão estava sob cerco. Cerca de 10.000 combatentes talibãs, liderados por combatentes estrangeiros, continuaram a resistir. Até então, os talibãs tinham sido forçados a voltar ao seu reduto no sudeste no Afeganistão em torno de Kandahar. <ref>Poolos, Alexandra. [http://insnews.org/world/focus/1101/kabul.world.reaction.report1.htm "Afghanistan: Seizure of Kabul Catches World by Surprise"] INS News. 13 November 2001</ref>
 
Até 13 de novembro, as forças da Al-Qaeda e do Taliban, possivelmente incluindo bin Laden, estavam se concentrando em [[Tora Bora]], 50 &nbsp;km (31 &nbsp;mi) ao sudoeste de Jalalabad. Quase 2.000 combatentes da al-Qaeda e do Taliban se fortificaram em posições dentro de bunkers e cavernas. Em 16 de novembro os Estados Unidos começaram a bombardear o baluarte da montanha. Na mesma época, agentes da CIA e das forças especiais estavam atuando na área, contando com os senhores da guerra locais e planejando um ataque. <ref>Tyrangiel, Josh. [http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,188521,00.html "Inside Tora Bora: The Final Hours?"] ''Time'', 16 de dezembro de 2001</ref>
 
==== Queda de Kunduz ====
[[Ficheiro:SF Sgt Mario Vigil with SF and NA forces west of Konduz in November 2001.jpg|thumb|Forças especiais estadunidenses e combatentes da Aliança do Norte ao oeste de [[Kunduz]] em novembro de 2001.]]
 
À medida que o bombardeio em Tora Bora crescia, o cerco de Kunduz continuava. Depois de nove dias de combates e bombardeios, combatentes do Taliban se renderam às forças da Aliança do Norte em 25-26 de novembro. Pouco antes da rendição, aviões paquistaneses chegaram a evacuar o pessoal de inteligência e militares que vinham auxiliando a luta do Taliban contra a Aliança do Norte. O transporte aéreo é acusado de ter evacuado até cinco mil pessoas, incluindo tropas do Talibã e da Al-Qaeda.<ref name="www_newyorker_com10">{{citecitar newsnotícia |author=Seymour M. Hersh |url=http://www.newyorker.com/archive/2002/01/28/020128fa_FACT |title=The Getaway |date=28 de janeiro de 2002 |publisher=The New Yorker |accessdate=}}</ref><ref name="news_bbc_co_uk12">{{citecitar newsnotícia |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/1677157.stm|title=Kunduz celebrates end of siege| accessdate=|date=26 de novembro de 2001|publisher=BBC News}}</ref>
 
==== Revolta de Qala-i-Jangi ====
Linha 205 ⟶ 203:
Em 25 de novembro, enquanto prisioneiros talibãs eram transferidos para a fortaleza de Qala-I-Janghi, perto de Mazar-I-Sharif, alguns talibãs atacaram seus guardas da Aliança do Norte. Este incidente desencadeou uma revolta por 600 prisioneiros, que em breve ocupariam a metade sul da fortaleza medieval, incluindo um arsenal estocado. Johnny Micheal Spann, um agente da CIA que estava a interrogar prisioneiros, foi morto, marcando a primeira morte de combate dos Estados Unidos.
 
A revolta foi esmagada depois de sete dias de combates envolvendo uma unidade do [[Serviço de Bote Especial]], as [[Boinas Verdes|Forças Especiais do Exército]] e as forças da Aliança do Norte. Helicópteros AC-130 e outras aeronaves proporcionaram metralhamento e lançaram bombas. <ref>{{citecitar newsnotícia |author =Alex Perry |title=Inside the Battle at Qala-i-Jangi |url=http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,1001390-1,00.html |date=8 de Abril de 2007 |publisher=Time Magazine |accessdate= }}</ref> 86 talibãs sobreviveram e cerca de 50 soldados da Aliança do Norte foram mortos. A revolta foi o combate final no norte do Afeganistão.
 
====Consolidação: a tomada de Kandahar====
Linha 227 ⟶ 225:
Os militantes da al-Qaeda combateram na batalha de Tora Bora. Uma milícia tribal constantemente empurrava bin Laden para trás através do terreno difícil, apoiado pela [[Delta Force]], [[United Kingdom Special Forces]], e ataques aéreos dos Estados Unidos. {{Carece de fontes}} As forças da al-Qaeda concordaram com uma trégua supostamente para dar-lhes tempo para entregar as armas. A trégua foi, aparentemente, um estratagema para permitir que bin Laden e outros fugissem para o Paquistão. Em 12 de dezembro, os combates recomeçaram, provavelmente iniciados por um momento para adquirir retaguarda para a fuga da força principal através das [[Safēd Kōh|Montanhas Brancas]].
 
Até 17 de dezembro, o último complexo de cavernas tinha sido tomado e seus defensores superados. As forças dos Estados Unidos e do Reino Unido continuaram procurando em janeiro, mas nenhum sinal da liderança da al-Qaeda surgiu. Estima-se que 200 combatentes da al-Qaeda foram mortos durante a batalha, juntamente com um número desconhecido de combatentes tribais.
 
=== Esforços diplomáticos e humanitários ===
Linha 234 ⟶ 232:
O [[Acordo de Bona]] resultante criou a [[Autoridade Interina Afegã]], que serviria como o "repositório da soberania afegã" e delineou o chamado Processo de Petersberg que levaria em direção a uma nova Constituição e um novo governo afegão.
 
A [[Resolução 1378 do Conselho de Segurança das Nações Unidas]] de 14 de novembro de 2001, seguiu "condenando o Taliban por permitir que o Afeganistão fosse usado como uma base para a exportação do terrorismo pela rede al-Qaeda e outros grupos terroristas e por proporcionar refúgio a Osama bin Laden, al-Qaeda e outros associados a eles, e, neste contexto, apoiando os esforços do povo afegão para substituir o regime talibã ". <ref>{{citecitar web |url=http://www.un.org/News/Press/docs/2001/sc7212.doc.htm |title=UN Security Council resolution 1378 (2001) |publisher=United Nations |accessdate=}}</ref>
 
O [[Programa Alimentar Mundial]] das Nações Unidas suspendeu temporariamente as atividades dentro do Afeganistão no início dos bombardeios, mas as retomou após a queda do regime talibã.
Linha 240 ⟶ 238:
 
=== Força de segurança para Cabul ===
Em 20 de dezembro de 2001, a Organização das Nações Unidas autorizou a [[Força Internacional de Assistência para Segurança]] (ISAF), com um mandato para ajudar os afegãos a manter a segurança em Cabul e arredores. Foi inicialmente estabelecida a partir da sede da 3ª Divisão Mecanizada Britânica sob o major-general [[John McColl]], e pelos primeiros anos não somava mais que 5000. <ref name = "cdi1">[http://www.cdi.org/terrorism/isaf.cfm ISAF in Afghanistan] CDI, Terrorism Project – 14 February 2002.</ref> O seu mandato não se estendeu além da área de Cabul nos primeiros anos. <ref name="ISAF Chronology">{{citecitar web |url=http://www.nato.int/isaf/topics/chronology/index.html |title=ISAF Chronology |publisher=Nato.int |accessdate= }}</ref> Dezoito países estavam contribuindo para a força em fevereiro de 2002.
 
== 2002: Operação Anaconda ==
Linha 246 ⟶ 244:
[[File:Canadian soldiers afghanistan.jpg|thumb|Soldados canadenses nas montanhas, à procura de militantes da [[al-Qaeda]] e do [[Taliban]].]]
[[File:Anaconda-helicopter.jpg|thumb|Soldados da 10.º Divisão de Montanha estadunidense durante a Operação Anaconda.]]
[[File:Northernalliance2002 crop.jpg|thumb|Um combatente anti-TalibanantiTaliban na província de Helmand, no Afeganistão, Janeiro de 2002.]]
 
Na sequência da Loya Jirga, líderes tribais e ex-exilados estabeleceram um governo provisório em Cabul sob Hamid Karzai. As forças dos Estados Unidos estabeleceram sua principal base na [[Base Aérea de Bagram]], ao norte de Cabul, além disso, o aeroporto de Kandahar também se tornaria uma importante base estadunidense. Foram estabelecidos vários postos avançados em províncias orientais para caçar fugitivos do Taliban e da al-Qaeda.
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As forças da al-Qaeda se reagruparam na área do Vale de Shah-i-Kot, província de Paktia, em janeiro e fevereiro de 2002. Um fugitivo talibã na província de Paktia, Mulá Saifur Rehman começou a reconstituir parte de sua milícia. Somavam mais de 1.000 no início de março de 2002. Os insurgentes pretendiam lançar [[guerra de guerrilha|ataques de guerrilha]] e, possivelmente, uma grande ofensiva, reproduzindo os combatentes anti-soviéticos dos anos 1980.
 
Os Estados Unidos detectaram esse reagrupamento, e em 2 de março de 2002, os estadunidenses juntamente com o Canadá e as forças afegãs prepararam uma enorme força para combatê-los. As forças mujahideen, usando [[Arma ligeira|armas de pequeno calibre]], [[RPG (arma)|granadas lançadas por foguetes]] e morteiros, estavam entrincheiradas em cavernas e bunkers nas encostas em grande parte acima de 3.000 m (10.000 pés). Usavam a tática de "bater e correr", abrindo fogo e logo depois recuando para suas cavernas e bunkers para se proteger dos ataques de represália e dos bombardeios contínuos. Para piorar a situação, os comandantes dos Estados Unidos inicialmente subestimaram seus oponentes como um pequeno grupo isolado de menos de 200 homens. Ao contrário disso, os guerrilheiros numeravam entre 1.000 a 5.000, de acordo com algumas estimativas. <ref>{{citecitar newsnotícia |title=Operation Anaconda costs 8 U.S. lives|publisher=CNN|date=4 March 2002|url=http://edition.cnn.com/2002/WORLD/asiapcf/central/03/04/ret.afghan.fighting/index.html?related/index.html|accessdate=}}</ref> Em 6 de março, oito americanos, sete afegãos aliados, e até 400 combatentes da al-Qaeda haviam sido mortos. <ref>{{citecitar newsnotícia |title=Operation Anaconda entering second week|publisher=CNN|date=8 de março de 2002|url=http://edition.cnn.com/2002/US/03/08/ret.war.facts/index.html|accessdate=}}</ref> Sub-engajamentos incluíram a batalha de Takur Ghar e as posteriores Operações Glock e Polar Harpoon. <ref>Donald P. Wright & al., ''A Different Kind of War : The United States Army in Operation ENDURING FREEDOM (OEF) October 2001-September 2005'', Fort Leavenworth, Kan. : Combat Studies Institute Press, 2009 http://documents.nytimes.com/a-different-kind-of-war#p=1 p.171, 173, 177</ref>
 
Várias centenas de guerrilheiros fugiram às áreas tribais no [[Waziristão]]. Durante a Operação Anaconda e outras missões entre 2002 e 2003, as forças especiais da Austrália, Alemanha, Nova Zelândia e Noruega também estiveram envolvidas.
 
Em fevereiro de 2002, o [[Conselho de Segurança Nacional]] se reuniu para decidir se deveria expandir a ISAF para além de Cabul. Em uma disputa entre Powell e Rumsfeld (um padrão repetido muitas vezes até o fim da administração Bush) a visão de Rumsfeld de que a força não deveria ser expandida prevaleceu. <ref>Seth Jones, 'In the Graveyard of Empires,' Norton & Company, 2009, 114-115. See also Maley in Maley & Schmeidl, 'Reconstructing Afghanistan,' 2015, 104, and reference in B. Greener, 'The New International Policing'</ref> Os historiadores mais tarde escreveram que o fracasso da ISAF a ser implantada para além de Cabul levou Karzai a oferecer posições dentro do estado a potenciais saqueadores cujas atividades fizeram um grande dano à reputação do estado.<ref>Maley in Hynek and Martin, 'Statebuilding in Afghanistan,' 2012, 130.</ref> Pois a ascensão da insurgência estava ligada a queixas sobre a governança, <ref>Seth G. Jones, The Rise of Afghanistan's Insurgency, International Security, 2008.</ref> isso se tornou um problema sério.
 
O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, tinha como objetivo realizar operações no Afeganistão o mais rápido possível, e partir o mais rápido possível. Assim, ele desejava se concentrar em operações cinéticas de contra-terrorismo e construir um novo exército afegão. <ref name="Auer & Said">{{citecitar booklivro|author1=David P. Auerswald|author2=Stephen M. Saideman|title=NATO in Afghanistan: Fighting Together, Fighting Alone|url=http://books.google.com/books?id=XXtAAQAAQBAJ&pg=PA87|date=5 January 2014|publisher=Princeton University Press|isbn=978-1-4008-4867-6|page=87-88}}</ref>
 
=== Pós-Operação Anaconda ===
Após a batalha de Shahi-Kot, combatentes da al-Qaeda estabeleceram santuários na fronteira com o Paquistão, onde recuperaram sua força e, em seguida, começaram a realizar ataques transfronteiriços contra as forças da coalizão durante os meses de verão de 2002. Unidades de guerrilha, numerando entre 5 e 25 homens, cruzavam regularmente a fronteira para disparar foguetes nas bases da coalizão, emboscar comboios e patrulhas e assaltar organizações não-governamentais. A área em torno da base de Shkin, na província de Paktika, viu algumas das atividades mais pesadas.
 
Os combatentes do Taliban permaneceram escondidos nas regiões rurais de quatro províncias do sul: Kandahar, Zabul, Helmand e Uruzgan. Depois da Operação Anaconda o Departamento de Defesa solicitou que fossem implantados [[Royal Marines]] britânicos, altamente treinados em guerra de montanha. Em resposta, o Comando 45 foi implantado sob o codinome operacional "[[Operação Jacana]]" em abril de 2002, que realizaria missões (incluindo a Operação Snipe, Operação Condor e Operação Buzzard) ao longo de várias semanas, com resultados variados. O Taliban evitou combate . <ref>{{citecitar newsnotícia |title=U.S. remains on trail of bin Laden, Taliban leader|publisher=CNN|date=14 de março de 2002|url=http://edition.cnn.com/2002/US/03/14/ret.osama.whereabouts/index.html?_s=PM:US|accessdate=}}</ref>
 
== Consequências ==
Vários eventos, tomados em conjunto, no início de 2002 podem ser vistos como o fim da primeira fase dos Estados Unidos liderando a guerra no país. O primeiro foi a dispersão dos principais grupos do Talibã e da al Qaeda após o fim da Operação Anaconda. Nos Estados Unidos, em fevereiro de 2002, foi tomada a decisão de não expandir as forças de segurança internacionais para além de Cabul. Finalmente, o presidente Bush faz seu discurso no [[Instituto Militar da Virgínia]], em 17 de abril de 2002, invocando a memória do general [[George Marshall]], enquanto falava da reconstrução do Afeganistão, que resultou na discussão de um "[[Plano Marshall]]" para o Afeganistão. <ref>Jones, Graveyard of Empires, 116-117.</ref> A decisão contrária a uma expansão significativa da presença internacional e da ajuda ao desenvolvimento foi visto mais tarde pelos historiadores como um erro grave. <ref>Jones, Graveyard of Empires, 132-33.</ref> A evitação de grandes forças que poderiam suscitar os afegãos contra os Estados Unidos foi posteriormente visto como uma falácia. No entanto, o crescente comprometimento com o [[Iraque]] estava absorvendo mais e mais recursos, o que, em retrospectiva, teria feito o comprometimento desses recursos para o Afeganistão impossível. <ref>Jones, Graveyard of Empires, 124-129.</ref>
 
== Ver também ==
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==Referências==
*Seth Jones, 'In the Graveyard of Empires,' Norton & Company, 2009
*Donald P. Wright & al., ''A Different Kind of War : The United States Army in Operation ENDURING FREEDOM (OEF) October 2001-September 2005'', Fort Leavenworth, Kan. : Combat Studies Institute Press, 2009
 
==Bibliografia==