Madureira (Rio de Janeiro): diferenças entre revisões

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| bairro = <font color="white">Madureira

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| imagem_legenda = Av, Ministro Edgar Romero, próximo a estação de trem de Madureira

"Coração da Zona Norte"}}

'''Madureira''' é um [[bairro]] de [[classe média]] da [[Zona Norte (Rio de Janeiro)|Zona Norte]] da cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]. É um bairro muito popular do Rio, sendo conhecido como "Capital do Subúrbio", "Coração da Zona Norte" e "Berço do Samba", é fundamental para a cultura e economia da cidade, é um bairro de localização central e de encontro de algumas linhas de [[SuperVia|trens]] e [[BRT do Rio de Janeiro|BRTs]] que operam na cidade. Conjectura passagem para inúmeros bairros da [[Zona Norte (Rio de Janeiro)|Zona Norte]], [[Zona Oeste (Rio de Janeiro)|Zona Oeste]] e da [[Baixada Fluminense]]. O destaque também fica por conta do tamanho do bairro, de quase quatrocentos hectares, ser um terço maior do que a média dos bairros da Zona Norte, sendo assim uma referência comercial e cultural aos bairros vizinhos; [[Cascadura (bairro do Rio de Janeiro)|Cascadura]], [[Campinho (bairro do Rio de Janeiro)|Campinho]], [[Cavalcante (bairro do Rio de Janeiro)|Cavalcanti]], [[Engenheiro Leal]], [[Osvaldo Cruz (bairro do Rio de Janeiro)|Oswaldo Cruz]], [[Turiaçu (bairro do Rio de Janeiro)|Turiaçu]], e [[Vaz Lobo]],<ref>[http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/1314_bairros%20-%202004.JPG Bairros do Rio]</ref> incluindo algumas pequenas favelas, além disso o bairro tem uma grande diversidade de opções de lazer como shoppings, escolas de samba, clubes, bares, bailes e o [[Parque Madureira|Parque de Madureira]]. Por esses motivos o bairro é cortado por uma amplitude de linhas de ônibus e sua variedade de estabelecimentos comerciais, sendo o segundo maior centro comercial e o quinto maior centro financeiro da cidade e o maior do subúrbio comercialmente e financeiramente.

O bairro é famoso por sediar duas grandes escolas de samba, [[GRES Império Serrano|Império Serrano]] e a [[GRES Portela|Portela]], além de ter o maior mercado popular do Brasil o [[Mercadão de Madureira]] e o terceiro maior parque da cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] o [[Parque Madureira]] que possui uma área de 103,5 mil metros quadrados. Possui nove tradicionais paróquias católicas. Possui ainda uma rádio exclusiva para toda a região, a emissora ''BICUDA'' (FM 98,7) tem alcance total e cobertura 24 horas. Seu [[IDH|índice de qualidade de vida]] em 2000, era de 0,831, o 67º melhor da cidade dentre 126 bairros avaliados, sendo considerado regular.<ref>[http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/1172_%C3%ADndice%20de%20desenvolvimento%20humano%20municipal%20(idh).xls Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000]</ref>

 

== História ==

{{RioBairros}}

No início do [[século XIX]], o Rio de Janeiro, recém alçado à condição de sede do [[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve|Reino]], era fracamente povoado em seu interior, o chamado "sertão carioca". Esta região era composta por [[Latifúndio|grandes propriedades rurais]].

 

Uma dessas [[fazenda]]s era a do [[Campinho (bairro do Rio de Janeiro)|Campinho]], situada na Freguesia do [[Irajá (bairro do Rio de Janeiro)|Irajá]]. Era proprietário da fazenda o capitão [[Francisco Ignácio do Canto]], e [[Arrendamento|arrendatário]] um boiadeiro de nome [[Lourenço Madureira]]. Com a morte do capitão, iniciou-se uma [[processo (direito)|disputa judicial]] entre o arrendatário e a viúva do proprietário, Rosa Maria dos Santos, a qual saiu perdedora. Lourenço Madureira deteve a propriedade do imóvel até falecer, em [[16 de fevereiro]] de [[1851]]. Após a morte do boiadeiro, com o loteamento da fazenda, surgiu a semente do que viria a se tornar o bairro de Madureira.

Até essa época, o acesso àquelas paragens era feito a [[cavalo]]. Somente em [[1858]] é que os trilhos da [[Estrada de Ferro Central do Brasil|Central do Brasil]] chegaram à região, com a construção da [[Estação Cascadura]], no que atualmente é o bairro vizinho de [[Cascadura (bairro do Rio de Janeiro)|Cascadura]]. Em [[1890]], foi inaugurada no bairro a [[Estação Madureira]], que recebeu essa denominação em homenagem ao boiadeiro e proprietário.<ref>{{citar web|título=Estação Madureira |autor=Ralph Mennucci Giesbrecht|data=23.01.2012|acessodata=18.12.2012|url=http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_rj_linha_centro/madureira.htm}}</ref> A denominação ajudou a consolidar o nome de Madureira ao nascente bairro. Em 1897, foi inaugurada a [[Estação Dona Clara]]<ref>{{citar web|título=Estação Dona Clara |autor=Ralph Mennucci Giesbrecht |data=22.04.2011|acessodata=18.12.2012|url=http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_rj_linha_centro/donaclara.htm}}</ref>, que daria origem à localidade [[Estação Dona Clara|Dona Clara]], considerada, posteriormente, juntamente com a [[Morro da Serrinha|Serrinha]]<ref name="nelson" />, Oswaldo Cruz<ref name="nelson" /> e [[Magno (Rio de Janeiro)|Magno]], uma das principais adjacências de Madureira.<ref name="nelson">Citação: "Serrinha, Osvaldo Cruz e Dona Clara são lugares periféricos a Madureira e centrais para a geografia e a história das escolas de samba. É verdade que em Dona Clara não se formou nenhuma grande escola de samba; porém, foi dali que saíram aqueles que levaram o samba para a Mangueira, segundo testemunhou Carlos Cachaça a Cabral" - Nélson da Nóbrega Fernandes. ''Escolas de Samba: Sujeitos Celebrantes e Objetos Celebrados''. Rio de Janeiro: Coleção Memória Carioca, vol. 3, 2001, página 59.</ref> Finalmente, em 1908, foi inaugurada a ''Estação Inharajá'', rebatizada para [[Estação Mercadão de Madureira|Estação Magno]] em 1928.<ref>{{citar web|título=Estação Magno (Mercadão de Madureira) |autor=Ralph Mennucci Giesbrecht |data=12.08.2009|acessodata=18.12.2012|url=http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_rj_auxiliar/magno.htm}}</ref>